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Percepção, consciência e emoção: "Intencionalidade educacional"

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PROBLEMA 1: INTESIONALIDADE EDUCACIONAL 
Objetivo 1 – Definir bioeletrogênese. 
 Os neurônios são células excitáveis que se comunicam com outras a partir de potenciais de ação. Há 
primeiramente (1) o potencial graduado o qual é uma comunicação entre neurônios próximos, (2) 
comunicação entre os neurônios por grandes distâncias no corpo. O potencial de ação em células nervosas é 
denominado de potencial de ação nervoso ou impulso nervoso. Essa característica de produzir potenciais de 
ação deriva de duas características presentes na célula nervosa: (1) a presença de um potencial de 
membrana de repouso o qual é assegurado pela entrada e saída de íons o que determina a voltagem ou 
carga presente no interior da célula e (2) pela presença de vários tipos de canais iônicos que permite a 
passagem de íons e a diferença de carga, produzindo um impulso nervoso. Os potenciais graduados e de 
ação que ocorre nas células neuronais é devido a sua grande variedade de canais iônicos que se abrem e 
fecham a depender do estímulo que chega. É importante destacar que a membrana plasmática serve como 
um isolante para passagem de íons, assim a sua única porta de entrada são os canais iônicos. 
Canais iônicos 
 A abertura dos canais iônicos permite a passagem de íons específicos gerando gradientes eletroquímicos 
(diferença de concentração de íons e formação de um gradiente elétrico). É importante relembrar que o 
movimento ou fluxo de íons acontecem de acordo com o gradiente ou concentração sempre partindo do 
mais concentrado (maior gradiente) para o menor concentrado (menor gradiente). O controle da abertura e 
fechamento desses canais é realizado pela ação de proteínas (comportas). Desse modo, há quatro tipos de 
canais iônicos: canais de vazamento, canais ativados com ligante, canais mecanoativados e canais 
dependentes de voltagem. 
1. Canais de vazamento são canais presentes em quase todos os tipos celulares, sendo responsáveis 
pela evacuação de íons bastante concentrados dentro da membrana plasmática. Eles apresentam 
uma maior afinidade pelos íons de potássio do que os íons de sódio. 
2. Canais ativados com ligante são regulados como seu próprio nome já diz a partir de uma ligação 
específica com ele. Normalmente, esse ligante é um químico (neurotransmissor, hormônios e íons 
específicos), por exemplo, a acetilcolina que se liga a um receptor e permite o fluxo de íons positivos 
(cálcio e sódio). 
3. Canais mecanoativados são controlados por estímulos na forma de vibração, toque, pressão ou 
estiramento tecidual. Uma força permite a abertura do canal, assim possibilitando o fluxo de íons. 
4. Canais dependentes de voltagem como o próprio nome já diz ele necessita de um estímulo elétrico 
para que seja aberto. Esse tipo de canal encontra-se presente em todos os tipos celulares. 
Potencia de membrana em repouso 
 O potencial de membrana em repouso é mantido pelo um 
equilíbrio existente entre os íons positivos e negativos que se 
acumulam nas duas faces da membrana plasmática. 
Normalmente, há um acúmulo de íons negativos na parte interna, 
esses íons são o potássio, os fosfatos presentes no ATP e as 
aminas presentes nas proteínas grandes, enquanto na face 
externa prevalece um potencial positivo garantido pelo acúmulo 
de sódio, íons potássio que evacuam devido o gradiente formado. 
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O potencial de membrana em repouso é medido por meio de dois microelétrodos, sendo um colocado na 
membrana plasmática e outro em uma zona referência fora da célula em análise. O resultado de forma geral 
será apresentando no intervalo de (-40mV a -90mV). O sinal negativo nos diz que a célula encontra-se com 
sua região interna, o citosol, mais negativo do que a sua face externa, logo as células se apresentaram na 
forma polarizada. 
 
 O potencial de membrana em repouso é garantido por três fatores: 
1. Distribuição irregular dos íons no líquido extracelular sendo a maior presença de sódio e cloro, bem 
como o refluxo de potássio ocasionado pelo gradiente de concentração criado pelo seu acúmulo no 
citosol. Essa passagem constante de íons de potássio é justificada pela maior afinidade desse íon com 
os canais de evacuação, assim quando há um aumento de sua concentração na parte intracelular 
ocorre então a sua evacuação para o meio extracelular. Desse modo, a quantidade de íons de 
potássio que se difundem por meio da membrana é maior do que quantidade de íons de sódio, assim 
o meio intracelular se mantem negativo pela saída de íons de potássio. 
2. Incapacidade dos outros ânios se difundirem pela membrana, dentre eles podemos destacar as 
proteínas grandes e ATPs. Desse modo, a saída dos íons potássio acentua ainda mais a carga 
negativa. 
3. A natureza eletrogênica das bombas de sódio de potássio. Essas bombas contribuem para a 
manutenção do potencial de membrana. As bombas de sódio e potássio realizam a função de 
manutenção do potencial devido o desequilíbrio dos fluxos de íons sódio de potássio ocasionado por 
uma maior permeabilidade dos íons potássio. Desse modo, a bomba funciona retirando os íons 
sódios que entraram por difusão e captação dos íons de potássio no meio extracelular. A quantidade 
é 3 sódios para 2 potássios. 
 
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Potencial graduado 
 O potencial é toda e qualquer alteração no potencial de membrana. Ele pode aturar aumentando a 
polarização da célula (aumento da carga negativa) fenômeno chamado de hiperpolarização ou 
despolarizando a célula. O potencial graduado surge por meio de um estímulo que controla o fechamento ou 
abertura de canais iônicos mecanoativos ou estimulados por ligantes. É importante destacar que há uma 
maior concentração desses tipos de canais nos dendritos e corpos celulares de interneurônios. O potencial 
graduado varia de amplitude de acordo com o estímulo produzindo um fluxo de corrente localizado que 
dissemina nas regiões adjacentes. Esses potenciais se disseminam a medida de que se propagam pela 
membrana celular, sendo denominado de condução decrescente. Embora o potencial de ação seja algo 
isolado ele pode se somar com outros potenciais por meio do que se chama somação, dessa maneira 
potencializa a sua capacidade. O potencial de graduação que ocorre nos dendritos do corpo celular de um 
neurônio em resposta de um neurotransmissor é chamado de potencial pós-sináptico, enquanto o potencial 
de graduação gerado em neurônios sensitivos é denominado de potenciais de receptores ou potenciais 
geradores. 
 
Potencial de ação 
 O potencial de ação consiste na geração de um impulso nervoso capaz de alterar a concentração de cargas 
na membrana e assim retirar a célula de seu repouso. Ele é subdivido em fases: despolarização, 
repolarização e hiperpolarização. A passagem do estímulo nervoso permite a abertura inicial de canais de 
sódio (influxo para o interior da célula) permitindo a despolarização, depois abertura dos canais de potássio 
(influxo para o meio extracelular) permitindo a hiperpolarização. 
 A produção do potencial de ação necessita de um estímulo mínimo capaz de desencadear todos esses 
eventos, esse patamar é chamado de limiar. Desse modo, para que haja a propagação do estímulo necessita-
se que se atinja o limiar, princípio do tudo ou nada, um estímuloabaixo desse limiar não permitirá que esse 
impulso seja propagado. Por outro lado, um estímulo acima do limiar permitirá a realização do impulso 
normalmente, no entanto com maior frequência. 
 A fase despolarização consiste na ativação dos canais de sódio dependentes de voltagem permitindo 
sua abertura para possibilitar a entrada de sódio na célula. O influxo de sódio é assegurado tanto 
pelo estímulo no canal quanto o gradiente de concentração criado pela bomba de sódio e potássio. 
Esse influxo permite a alteração do potencial de ação de (-55mV para +30mV). É importante falar que 
o canal de sódio apresenta duas comportas, uma de ativação e outra inativação. Durante o repouso a 
comporta de desativação está aberta, enquanto durante a propagação do potencial de ação as duas 
encontram-se abertas para permitir a passagem de íons. Uma vez atingido o limiar abrem-se mais 
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canais de sódio possibilitando mais entrada de íons, formando assim um sistema de retroalimentação 
positivo. Todo esse mecanismo ocorre em intervalos de milésimos de segundos e devido à atuação 
da bomba de sódio e potássio a concentração de íons quase não se altera. 
 A fase repolarização consiste na abertura dos canais de potássio para permitir sua saída da célula. 
Diferentemente dos canais de sódio, os canais de potássio demoram de serem abertos e sua abertura 
coincide com o fechamento dos canais de sódio em condições fisiológicas normais. Desse modo, com 
o fechamento dos canais de sódio e abertura dos canais de potássio possibilita que o meio interno 
acumule cargas negativas retornando ao potencial de repouso. 
 A fase de pós-hiperpolarização consiste na acentuação da saída de íons de potássio. O 
prolongamento de sua abertura possibilita que o meio intracelular acumule ainda mais carga 
negativas chegando até (-90mV). A causa principal dessa situação é que os canais de potássio não 
apresentam um esquema de ativação e inativação, dessa maneira eles trabalham abrindo e se 
fechando o que permite uma acentuação no mecanismo de repolarização. 
 O período refratário consiste na não propagação do impulso mesmo na presença de estímulos que 
atinjam o limiar. Existem dois tipos de períodos refratários: absoluto e relativo. O primeiro consiste 
na não propagação do impulso mesmo com estímulos acima do limiar, isso acontece principalmente 
quando a comporta de inativação do sódio está ativada, pois para que o canal seja novamente aberto 
necessita de que a célula alcance primeiro o estado de repouso para gerar um novo impulso. O 
segundo acontece na fase de pós-hiperpolarização sendo que a célula necessite de um maior 
estímulo para que alcance o limiar, devido a redução do potencial de repouso. 
Correlação clínica: alguns moluscos contêm neurotoxinas, por exemplo, a tetrodotoxina (TTX) presentem em 
suas vísceras. Essa neurotoxina impede a abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem. Usando a 
mesma lógica os anestésicos locais (procaína e lidocaína) bloqueiam os canais de sódio, desse modo, os 
sinais álgicos (dor) não serão transmitidos para o SNC. Da esma forma o resfriamento de o nervo pode 
causar o mesmo mecanismo de interrupção da geração do potencial de ação. 
 
Objetivo 2 – Definir gustação e olfação. 
 Gustação 
 Os humanos se desenvolveram a partir de sua alimentação, desse modo, é imprescindível que os homens 
possuam um sistema que possibilite distinguir os sabores para reconhecer a fonte do alimento e se há 
presença de toxinas. O ser humano apresenta algumas preferências gustativas inatas, por exemplo, pelo 
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sabor doce o que é satisfeito pelo leite materno, enquanto da mesma forma apresenta rejeições inatas como 
o amargo o que sugere o sabor de venenos e toxinas. No entanto, a preferencia pode ser aguçada e 
aprendida com o desenvolvimento do indivíduo. O corpo tem a capacidade de por meio do reconhecimento 
de deficiência de algum nutriente poder expressar o desejo por algum determinado alimento que supra essa 
deficiência. 
 Mesmo com um número ilimitado de substâncias químicas que podem ser detectadas pelas células da 
gustação o ser humano pode reconhecer apenas sabores básicos, dentre eles podemos destacar o doce, 
amargo, salgado e azedo. Além desses quatros básicos há um quinto sabor denominado de umami o qual 
está associado ao sabor do aminoácido glutamato. A correspondência química com o sabor apresentado 
pela substância normalmente é óbvia, no entanto, alguns alimentos apresentam um sabor doce e outros 
apresentam o sabor amargo. Em relação ao sabor amargo é interessante apontar que ele é percebido em 
baixas concentrações da substância sendo a nível nanomolar, isso acarreta uma vantagem haja vista que a 
maioria das toxinas apresenta esse sabor. Cada alimento ativa combinações diferentes dos sabores básicos o 
que torna cada alimento único. Muitos alimentos têm o sabor distinto por meio da combinação de seu sabor 
e aroma, bem como outras modalidades sensoriais como o tato que permite a distinguir a temperatura do 
alimento, sua textura e dor ao sabor picante. 
Células receptoras gustativas 
 A camada superficial do botão é constituída por células apicais que apresentam microvilosidades (aumento 
da superfície de contato) que se projetam ao poro gustativo. As células gustativas não são classificadas como 
neurônios, mas elas realizam a sinapses com os terminais dos axônios aferentes que envolvem as células 
receptoras. Além disso, as células receptoras podem realizar sinapses também com as células basais que 
também se comunicam com os terminais dos axônios para formar um circuito complexo de processamento 
da informação. Quando os receptores são estimulados o potencial de membrana se altera causando uma 
despolarização (potencial do receptor), o que permite disparos de despolarização nos axônios adjacentes. 
Esse potencial de receptor permite a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem permitindo a 
entrado do íon no citoplasma para promover a liberação das substâncias transmissoras. A identidade da 
substância ainda é desconhecida, mas ela age da mesma forma que um neurotransmissor comum 
possibilitado a excitação do neurônio pós-sináptico. 
 Mecanismo de transdução gustativa 
 Consiste no mecanismo pelo qual o estímulo ambiental realiza 
a geração de um estímulo nervoso nos axônios terminais. Esse 
mecanismo utiliza diversos processos diferentes: (1) passagem 
direta por meio dos canais iônicos, (2) ligar-se aos canais ebloquear outros canais e (3) ligar-se aos receptores de 
membranas acoplados a proteína G. 
 O sabor salgado é principal sabor 
associado ao íon sódio, necessitando de uma 
concentração limiar para que o estímulo seja 
propagado (despolarização) cerca de 10mM. O canal responsável pela passagem dos 
íons de sódio é sensíveis ao fármaco amilorida, podendo ser bloqueado pelo 
mesmo, assim esse canal difere dos canais comuns de sódio por serem insensíveis à 
voltagem e permanece aberto o tempo todo. Desse modo, quando o indivíduo 
ingere sal ou um alimento salgado a concentração extracelular desse íon aumenta, 
formando, assim, um gradiente que permite a difusão do íon para dentro da célula 
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ocasionando a sua despolarização. Uma vez que o estímulo ambiental é gerado a despolarização 
causa à abertura de canais (dependentes de voltagem) de sódio e cálcio próximos as vesículas 
terminais promovendo sua exocitose dos neurotransmissores responsáveis por estimular o terminal 
do axônio aferente. É importante destacar que os ânions quanto maior forem mais eles tentaram 
impor o seu sabor, assim, reduziram o sabor salgado. 
 O sabor azedo é identificado pelas células gustativas pela maior concentração 
de prótons no meio extracelular. A captação do estímulo ao sabor azedo pode ocorrer 
de duas formas: a primeira consiste na difusão de prótons para o interior da célula, por 
meio do canal de sódio sensível a amilorida e causando uma despolarização; segundo 
os prótons ligam-se aos canais seletivos de potássio a fim de bloqueá-los para causar 
uma despolarização. A passagem dos íons de hidrogênio pelos canais de sódio impede 
a célula diferenciar qual íon está atravessando a membrana, por isso a existência de 
dois mecanismos de transdução. Desse modo acredita-se que há outros tipos de 
mecanismos de transdução para o sabor azedo, haja vista que alterações no pH do 
líquido extracelular altera a funcionalidade das células biológicas. 
 O sabor amargo para ser compreendido deve-se entender que os seus 
receptores foram descobertos nas últimas décadas, isso por meio da 
identificação dos genes responsáveis pela sua expressão (denominado 
de T1R e T2R). Esses genes codificam uma grande variedade de 
receptores que se encontram acoplados a proteína G. Para o sabor 
amargo são identificados cerca de 30 receptores (T2R) diferentes, embora cada 
célula possa realizar apenas a propagação de um estímulo ao axônio do neurônio 
aferente, qualquer interação com esses receptores ativaram a via, desse modo, o ser 
humano não consegue diferenciar os 30 sabores amargos existentes. Os sabores 
amargo, doce e umami realizam a mesma via para propagar o estímulo ao axônio. A 
ligação da substância ao receptor permite que a proteína G estimule a enzima 
fosfolipase C e posterior produção do mensageiro intracelular inositol trifosfato 
(IP3). O inositol trifosfato é uma via de sinalização presente em todo o corpo, ele 
permite a abertura de canais de sódio para promover a despolarização. Uma vez que 
a célula despolariza ocorre a abertura de canais de cálcio dependentes de 
voltagem que ajudam a desencadear a liberação dos neurotransmissores. 
 O sabor doce é identificado pela mesma via gustativa que o sabor 
amargo realiza. O seus receptores fazem parte da família (T1R) sendo a 
junção dos receptores T1R2+T1R3. Casos a expressão de um receptor desse 
seja interrompida o animal não consegue identificar o sabor doce. A 
substância externa ao se ligar ao receptor doce realiza a produção do 
sinalizador intracelular inositol trifosfato que realizará a mesma função do 
sabor amargo. A diferenciação entre os sabores amargos e doce é que a 
expressão dos receptores é realizada por células diferentes que se conectam à axônios 
diferentes. Nesse sentido, as informações transmitidas ao encéfalo relacionadas ao sabor 
doce e amargo ocorrem por vias diferentes (neurônios diferentes). 
 O sabor umami apresenta sua via de transmissão idêntica ao sabor doce, mas com 
uma exceção. O seu receptor é da mesma família do sabor doce (T1R), sendo T1R1+T1R2. A 
diferenciação do sabor ocorre porque a célula gustativa expressa apensa um receptor. 
 
 
 
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 Olfato 
 Ele se combina com a gustação para auxiliar na detecção dos alimentos, aumentando a satisfação ao ingerir. 
Além disso, ele pode apresentar uma importante função de detectar algumas substâncias como comida 
estragada ou de lugares como a presença de fumaça. O olfato consegue distinguir centenas de aromas ou 
substâncias, bem como os feromônios que são substâncias sinalizadoras emitidas pelos animas, entretanto 
sua funcionalidade é desconhecida nos seres humanos. 
 Nós não cheiramos com o nariz, o cheiro é percebido por uma fina camada de células presentes no alto da 
cavidade nasal denominada de epitélio olfativo. Esse epitélio pode variar de tamanho entre os animas, 
expressando a maior capacidade em uns e menor capacidade em outros, haja vista que o ser humano 
consegue captar estímulos na ordem de parte por trilhão. Por exemplo, o tamanho do epitélio em humanos 
é cerca de 10cm², enquanto que em cães chega a 170cm². O sistema olfativo é composto por três tipos de 
células: receptores olfatórios, células de sustentação e células basais. A primeira são os neurônios de 
primeira ordem, isso permite diferenciar a transdução gustativa da olfativa. Os dendritos presentes no 
neurônio emitem cílios imóveis que são os locais que ocorrem à transdução olfatória, pois em suas 
membranas há receptores olfatórios que permitem detectar as substâncias inaladas (odorantes). A segunda 
são células epiteliais derivadas da túnica mucosa que reveste o nariz. Ela fornece nutrientes, suspenção física 
e isolamento elétrico para os receptores olfatórios e participam da desintoxicação dos mesmos. A terceira e 
última são como células-tronco que participam na regeneração desse epitélio olfativo, haja vista que sua 
vida dura em cerca de 4 a 8 semanas. 
 O ato de cheirar permite apassagem do ar sobre tortuosas estruturas presentes no interior do nariz até 
chegar ao epitélio olfativo. O epitélio é recoberto por uma camada de muco que é substituído 
constantemente a cada 10 minutos. Os estímulos olfativos se dissolvem nesse muco antes de atingir os 
receptores. A constituição do muco é realizada por mucopolissacarídeos, uma variedade de proteínas e sais, 
além da presença de anticorpos que participam na defesa dessa porta de entrada ao sistema nervoso central 
contra bactérias e vírus. Dentre a variedade de proteínas podemos destacar a função das proteínas ligantes 
presentes no muco. Elas se ligam aos odorantes. As glândulas olfatórias presentes no epitélio são chamadas 
de glândulas de Bowman as quais são responsáveis pela produção e secreção do muco presente. Essas 
glândulas são inervadas por neurônios parassimpáticos dos ramos do nervo facial. O impulso desse nervo 
pode estimular tanto as glândulas lacrimais como as olfatórias. Isso justifica a presença da coriza após a 
inalação de pimenta ou vapores de amônia. 
 
Transdução do estímulo olfativo 
 Os neurônios receptores olfativos possuem apenas um dendrito fino que emite cílios longos que penetram a 
camada de muco para se ligar aos odorantes para realizar a transdução do estímulo. Os axônios 
representados são do nervo craniano olfativo, ele diferentemente dos outros não apresenta uma fusão de 
axônios, dessa maneira, os axônios que partem da camada de muco penetram uma fina camada óssea 
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denominada de placa cribiforme até chegarem ao bulbo olfatório. É importante destacar que esse axônios 
são frágeis a ponto de que um pequeno trauma pode secciona-los e impedir a transmissão do estímulo, 
provocando a anosmia (perda da acuidade olfativa). 
 A transdução olfativa consiste na ligação de substâncias odoríferas na membrana com auxílio de um 
receptor acoplado a proteína G. A ativação dessa ligação permite que uma subunidade da proteína G ative o 
adenilato ciclase e produza AMP cíclico. Esse sinalizador intracelular permite a abertura de canais iônicos 
para cátions permitindo a entrada de íons de sódio e cálcio. Uma vez que o íon cálcio entra na célula permite 
a abertura dos canais de cloreto e assim possibilitando a despolarização. Se o potencial resultante do 
receptor for suficientemente grande, ele poderá exceder o limiar permitindo um estímulo muito forte. A 
resposta olfativa pode terminar pelas seguintes razões: as substâncias odoríferas podem se difundir, as 
enzimas presentes no muco podem hidrolisar os odorantes e o AMPc pode ativar outras vias intracelulares 
que permitem o encerramento do estímulo. Isso pode acontecer mesmo com a presença da substância 
odorífera o que é denominado de mecanismo de adaptação que consiste na adaptação do receptor com a 
substância cerca de 1 minuto. Esse processo de adaptação é um mecanismo comum dos receptores 
sensitivos. 
 As proteínas receptoras apresentam milhares de sítios de ligação 
os quais permitem a interação com as substâncias odoríferas. Essas 
proteínas são codificadas por centenas de genes que representam 
a maior família de genes já descoberta. Essa superfamília está 
acoplada em receptores de proteínas G que apresentam sete 
domínios transmembrana. Nesse sentido, o olfato apresenta um 
esquema de código de população semelhante ao sistema gustativo. 
Desse modo, cada proteína receptora se liga a diferentes 
substâncias odoríferas mais ou menos fortemente, apresentando uma diferença de sensibilidade aos 
distintos odorantes. 
Objetivo 3 – Caracterizar a estrutura e funções da língua e do nariz. 
Anatomia dos botões e papilas linguais 
 Os receptores para a sensação gustatória estão localizados os botões gustativos os quais são distribuídos na 
língua (papilas), no palato duro, na epiglote e faringe. As papilas são proeminências representadas na língua 
o que garante o seu aspecto rugoso. Elas são classificadas em filiforme (foliadas), valadas (achatadas) ou 
fungiformes (cogumelo). Cada papila apresenta centenas de botões gustativos. A organização dos botões é 
realizada por células receptoras gustativas que garante um aspecto de gomo de laranja ao botão. A 
composição do botão é realizada por três tipos de células (sustentação, 
aspecto de gomo de laranja; receptoras gustatórias, realiza sinapse 
com neurônios, mas não é considerado um neurônio; e basais células-
tronco). As o botão gustativo tem uma vida de cerca de 10 dias, logo é 
um órgão de constante regeneração, sendo a presença das 
terminações nervosa um fator importante para a manutenção de sua 
sobrevivência. A percepção do sabor e o estímulo à gustação são 
desencadeados pela ativação de um limiar de concentração de uma 
substância. Obs: concentrações muito acima do limiar permitem que as 
papilas sintam o sabor básico, dessa forma, perdem sua capacidade de 
seletividade ou especificidade a um determinado sabor, haja vista que 
normalmente cada botão consegue distinguir 2 sabores diferentes. 
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Anatomia do nariz 
Possui uma parte externa denominada Nariz Externo e outra interior conhecida como cavidade nasal. 
Funções: olfação, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, recepção e eliminação de 
secreções dos seios paranasais e dos ductos lacrimonasais. O esqueleto do nariz é formado por osso e 
cartilagem; O septo nasal divide o nariz em duas cavidades nasais. Também é 
formada por osso mais cartilagem. A cavidade nasal é dividada em 2 
compartimentos, um direito e outro esquerdo. Cada um dispõe de um orifício 
anterior que é a narina e posterior denominada de coano. Os cóanos fazem a 
comunicação da cavidade nasal com a nasofaringe. Na parede lateral da 
cavidade nasal encontramos as conchas nasais que são divididas em superior, 
media e inferior. Sob cada concha há um recesso ou meato. Assim, a cavidade 
nasal é dividida em 5 passagens. Os seios paranasais são expansões cheias de 
ar e compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. 
Objetivo 4 – Descrever as vias neurológicas sensitivas 
relacionadas à gustação e a olfação. 
 Vias centrais da gustação 
 As vias centrais da gustação são realizadas por três pares cranianos (nervo facial, glossofaríngeo e vago). A 
distribuição desses neurônios acontece da seguinte forma: os dois terços anteriores da língua e palato são 
inervadospelo nervo craniano facial (sétimo par), o terço posterior é inervado pelo glossofaríngeo (nono 
par) e as regiões da garganta e epiglote são inervadas pelo nervo vago (décimo par). Esses nervos estão 
envolvidos em funções motoras e sensitivas, mas seus axônios sensitivos penetram o tronco encefálico e 
estabelecem sinapses dentro do núcleo gustativo delgado presente no núcleo solitário do trato solitário do 
bulbo. Os neurônios do núcleo gustativo estabelecem sinapses com neurônios presentes no tálamo, núcleo 
ventral póstero-medial (núcleo VPM) que envia informações para o córtex gustativo primário garantindo a 
experiência consciente do gosto dos alimentos. Lesões no núcleo VPM do tálamo ou no córtex gustativo 
resultado de um acidente vascular encefálico pode 
resultar em perda do sentido gustativo (ageusia ou 
augestia). 
 As células do núcleo gustativo estabelecem conexões 
com outras estruturas presentes no tronco encefálico, 
como ocorre com a medula oblonga a qual está 
envolvida com a deglutição, salivação, vômito e 
funções básicas da respiração e digestão. Nessa parte 
do tronco há o estabelecimento de reflexos que 
partem dele para os núcleos salivares (superior e 
inferior) que transmitem impulsos para as glândulas 
submandibulares, sublingual e parótida as quais 
auxiliam no controle da secreção de saliva. Além disso, 
a informação pode ser transmitida para o hipotálamo e 
sistema límbico que estão relacionadas com a 
motivação para comer. Uma lesão nessa estrutura 
pode causar uma voracidade crônica ou desinteresse 
pelos alimentos. 
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 A correlação clínica que pode se estabelecer com o envolvimento dos núcleos gustativos e hipotálamo e 
sistema límbico permite que ocorra a associação de alimentos com as emoções. Por exemplo, alimentos 
doces evocam prazer, enquanto alimentos amargos evocam nojo. Desse modo, os animais aprendem desde 
cedo a evitar alimentos que perturbem o seu sistema digestório, apresentando uma vantagem evolutiva. 
Entretanto, tratamentos no combate de câncer, como a radioterapia, perturbam o aparelho gastrointestinal. 
Desse modo, os pacientes que realizam essa terapia podem desenvolver aversão gustatória. 
 Codificação neural da gustação 
 A codificação segue uma hipótese de linha marcada que significa os neurônios transmitem a informação de 
um estímulo de forma pouco específica graças a seu grosseiro ajuste. Os neurônios são responsivos a 
quaisquer estímulos, assim possibilitando que um neurônio transmita dois sabores distintos. Nesse sentido, 
o neurônio que transmite dois sabores distintos pode responder mais fortemente a um deles, bem como 
combinar a informação desses dois estímulos pela realização de sinapses com várias papilas 
simultaneamente. Esse padrão continua a se repetir no encéfalo. Dessa forma, o esquema estabelecido 
inclui sistemas grosseiramente marcados e um código de população em que o grande número de neurônios 
grosseiramente específicos em relação aos específicos se combina para determinar o estímulo particular do 
sabor. Além disso, a combinação com outros neurônios como os do olfato, tato permite que essa 
combinação de estímulos seja complexa. 
 Vias centrais do olfato 
 As porções olfatórias no encéfalo estão entre as primeiras estruturas que foram desenvolvidas pelos 
animais primitivos o que permitiu que outras estruturas se desenvolvessem ao redor dessas. A olfação 
evoluiu mais tarde com a origem de estruturas basais que controlam as emoções e outros aspectos do 
comportamento humano (sistema límbico). 
 Os neurônios receptores olfativos enviam seus estímulos para os dois bulbos olfatórios. O primeiro bulbo 
encontra-se localizado acima da placa cribriforme, enquanto o segundo faz parte da porção superior do 
olfato. O bulbo olfatório é composto por milhares de estruturas globulares denomidadas de glomérulos. 
Cada glomérulo possui milhares de terminais de axônios de 
receptores olfativos e dendritos de neurônios de segunda ordem 
que transmite a informação para o segundo bulbo. Supõe-se que 
cada glomérulo recebe informações de apenas um tipo 
determinado de receptores olfativos. Nesse sentido, o seu 
arranjo dentro do bulbo funciona como um mapa muito 
ordenado de genes que expressam os receptores no epitélio 
olfativo (mapa de informação odorífera). Os axônios de saída dos 
bulbos olfatórios se estendem para os tratos olfatórios do 
encéfalo de forma direta sem passar antes no tálamo, isso traz 
um aspecto único ao sistema olfativo em detrimento aos demais sistemas sensitivos. Dentre as áreas que os 
axônios se estendem pode destacar o córtex olfativo o que corresponde a parte primitiva, algumas 
estruturas vizinhas do lobo temporal e estruturas da base como sistema límbico. Esse último que consiste na 
integração do olfato com o sistema límbico e hipotálamo permite que haja respostas emocionais em 
memórias evocadas por cheiros. A partir das áreas olfatórias primárias outras vias se estendem para o lobo 
frontal. Uma região importante na discriminação de odores é a área orbitofrontal. 
 Correlação clínica a respeito da hiposmia: mulheres apresentam o olfato mais aguçado do que os homens 
graças a sua evolução. O tabagismo além de contribuir para perda da acuidade olfativa em curto prazo ela 
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pode contribuir para destruição em longo prazo, essa destruição é vista também no processo de 
envelhecimento. 
 
Objetivo 5- Caracterizar a integração sensorial entre olfação e gustação. 
 Os sentidos gustativo e olfativo são chamados sentidos químicos, porque seus receptores são excitados por 
estimulantes químicos. Os receptores gustativos são excitados por substâncias químicas existentes nos 
alimentos, enquanto que os receptores olfativos são excitados por substâncias químicas do ar. Esses 
sentidos trabalham conjuntamente na percepção dos sabores. O centro do olfato e do gosto no cérebro 
combina a informação sensorial da língua e do nariz. 
 O olfato e o paladar estão intimamente relacionados. As papilas gustativas da língua identificam os sabores, 
ao passo que os nervos localizados no nariz identificam os odores. Ambas as sensações são transmitidas ao 
cérebro, que integra as informações para que os sabores possam ser reconhecidos e apreciados. Alguns 
sabores - como o salgado, o amargo, o doce e o ácido - podem ser reconhecidos sem que o sentido do olfato 
intervenha. No entanto, sabores mais complexos (como o da framboesa) requerem ambos os sentidos, 
paladar e olfato, para serem reconhecidos. 
 Para distinguir a maioria dos sabores, o cérebro precisa da informação sobre ambos, cheiro e sabor. Essas 
sensações são transmitidas ao cérebro a partir do nariz e da boca. São várias as regiões do cérebro que 
integram a informação, permitindo às pessoas reconhecer e apreciar os sabores. 
 Uma pequena área da membrana mucosa que reveste o nariz (o epitélio olfativo) contémcélulas nervosas 
especializadas, denominadas de receptores olfativos. Estes receptores contêm prolongamentos pilosos 
(cílios) que detectam os odores. As moléculas transportadas pelo ar, que entram pelas fossas nasais, 
estimulam os cílios, desencadeando um impulso nervoso nas fibras nervosas contíguas. As fibras prolongam-
se para cima, através da estrutura óssea que forma o teto da cavidade nasal (placa cribriforme), e conectam-
se aos prolongamentos das células nervosas (bulbos olfativos). Estes bulbos formam os nervos cranianos do 
olfato (nervos olfatórios). O impulso viaja através dos bulbos olfativos e ao longo dos nervos olfatórios até o 
cérebro. Este interpreta o impulso como um odor específico. Além disso, a área do cérebro onde se 
armazena a memória dos odores - o centro do olfato e da gustação na parte medial do lobo temporal - é 
estimulada. A memória permite a uma pessoa distinguir e identificar muitos odores diferentes, assimilados 
ao longo da vida. 
 Milhões de pequenas papilas gustativas cobrem a maior parte da superfície da língua. Uma papila gustativa 
contém diversos tipos de receptores gustativos ciliados. Cada tipo detecta um dos cinco sabores básicos: 
doce, salgado, ácido, amargo ou saboroso (também chamado de umami, o sabor do glutamato 
monossódico). Estes sabores podem ser detectados em toda a língua, mas certas áreas são mais sensíveis a 
cada sabor. A doçura é mais facilmente identificada pela ponta da língua, enquanto que o salgado é mais 
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bem apreciado nas laterais anteriores da língua. A acidez é mais apreciada ao longo das laterais da língua e 
as sensações amargas são facilmente detectadas no terço posterior da língua. 
 Os alimentos colocados na boca estimulam os cílios, desencadeando um impulso nervoso nas fibras 
nervosas contíguas, que estão ligadas aos nervos cranianos do paladar (o nervo facial e o glossofaríngeo). O 
impulso viaja ao longo desses nervos até o cérebro, que interpreta a combinação de impulsos originados nos 
diferentes tipos de receptores gustativos como um sabor distinto. A informação sensorial a respeito do 
cheiro, sabor, textura e temperatura da comida são processadas pelo cérebro para produzir um sabor 
distinto quando a comida entra na boca e é mastigada. 
 As moléculas químicas de um alimento, em geral, são voláteis. As partículas, quando deglutidas, são 
impulsionadas pela faringe até a cavidade nasal e, desse modo, as vias sensoriais para a gustação e a olfação 
podem ser acionadas ao mesmo tempo. Isso promove uma integração importante entre os dois sentidos e 
acaba auxiliando na percepção do sabor. “Os receptores olfatórios apresentam proteínas variadas, que são 
ativadas por diferentes moléculas odoríferas, promovendo, então, estímulos nervosos que auxiliam a 
distinguir os diferentes tipos de cheiro e sabor”. 
Objetivo 6 – Identificar causas para alterações dos sentidos da olfação e da gustação. 
As alterações do olfato e do paladar podem estar relacionadas com deformidades nasosseptais, polipose 
nasal e congestão nasal crônica decorrente de rinites alérgicas e não-alérgicas. 
Um dano ao sistema olfatório, como resultado de um traumatismo craniano, ou mesmo, um resfriado 
comum, o qual impede a condução de moléculas transportadas pelo ar nas cavidades nasais, pode atenuar a 
percepção do sabor, ainda que as sensações básicas do gosto doce, ácido, salgado e amargo estejam 
preservadas. 
O olfato pode ajudar, também, no diagnóstico precoce de algumas doenças neurodegenerativas, como a 
doença de Parkinson. O resultado indica que o comprometimento do olfato, e, consequentemente, do 
paladar, é um indicativo importante para o diagnóstico precoce da doença, em uma fase na qual os sintomas 
motores típicos (como tremores, rigidez e lentidão na execução dos movimentos) ainda não se 
manifestaram. 
Diversas entidades nosológicas cursam com alterações olfatórias e gustativas: doença nasal e sinusal 
obstrutiva, infecções de vias aéreas superiores, traumatismo cranioencefálico, envelhecimento, causa 
congênita, exposição a tóxicos, algumas medicações, neoplasias nasais ou intracranianas, alterações 
psiquiátricas, doenças neurológicas, iatrogenia e idiopática. 
A obstrução é a causa mais comum de distúrbio olfatório. Se a obstrução é total, o indivíduo apresenta 
anosmia (moléculas odoríferas não atingem o epitélio olfatório), liberando a obstrução a habilidade olfatória 
retorna. 
O paladar pode ser afetado em casos de lesões do nervo faciais proximais à saída da corda timpânica. 
Disfunções do paladar e do olfato frequentemente ocorrem juntas, pois as anormalidades do paladar se 
devem geralmente a disfunção olfativa. Disgeusia pode ser um efeito direto ou indireto de condições 
malignas. Hipergeusia e parageusias podem ocorrer em psicoses e no transtorno de conversão 
Objetivo 7 – Discutir acerca da importância dos órgãos sensoriais para o bem estar 
biopsicossocial. 
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Os sentidos fundamentais do corpo humano: visão, audição, tato, gustação ou paladar e olfato constituem 
as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo 
pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o 
ambiente em que vivemos. 
Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais 
receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou 
converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros 
específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). 
A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados são diversos. 
Pelo tato: Sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc 
Pela gustação: Identificamos os sabores 
Pelo olfato: Sentimos o odor ou cheiro Pela audição: Captamos os sons 
Pela visão: Observamos as cores, as formas, os contornos, etc. 
Portanto, em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos externos. 
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