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AULA_IED_07_04_2021

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Fontes Materiais x Fontes Formais 
Fontes matérias são os fatores que condicionam a formação 
do Direito.. É a substancia social que dá matéria ao direito, 
como: Moral, Economia, Geografia, Religião, História. 
“Fontes Formais são os meios de expressão de Direito, as 
fontes pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, 
tornam-se conhecidas” (NADER,2014) São elas; lei, doutrina, 
costumes jurídicos e jurisprudência. 
Classificação da Fontes Formais 
A fonte formal direta ou primaria é somente a Lei, nela 
incluso medidas provisórias, decreto-lei e regulamentações. A 
sua característica principal é a exterioridade passível de ser 
conhecida por todos e o poder de imposição que lhes é 
peculiar. 
A fonte formal indireta ou secundária caracteriza-se por 
prescindir da exteriorização escrita e não ser dotada de poder 
impositivo a priori, visto que só se torna efetiva na medida 
que as fontes diretas são insuficientes para um caso concreto. 
As fontes formais indiretas são a doutrina, a jurisprudência, os 
costumes jurídicos 
 
Lei 
A Lei é o preceito escrito, emanado do legislador e dotado de 
caráter geral e obrigatório. É, portanto, toda norma geral de 
conduta, cuja observância é imposta pelo poder estatal. 
Segundo Del Vecchio, lei “é o pensamento jurídico deliberado 
e consciente, formulado por órgãos especiais, que representam 
a vontade predominante numa sociedade” 
Características da norma jurídica: 
1. Generalidade 
2. Abstratividade 
3. Bilateralidade 
4. Imperatividade 
5. Coercibilidade 
Requisitos da lei: Seja promulgada por um órgão competente 
para tanto; Esteja de acordo com a forma prevista em lei; Não 
infrinja um direito superior, ou seja, seja estabelecida de 
acordo com o ordenamento jurídico 
Costume Jurídico 
É o costume frequentemente adotada com caráter obrigatório. 
No Brasil, não é fonte primária, mas é fonte formal, por estar 
positivado dentro do nosso ordenamento jurídico. É a prática 
social reiterada e obrigatória, ou ainda, é a norma jurídica que 
resulta de uma prática constante e prolongada no tempo. 
“O costume jurídico é norma jurídica obrigatória, imposta ao 
setor da realidade que regula, passível de imposição pela 
autoridade pública e em especial pelo Poder Judiciário. ” 
(RIZZATO, 2017) 
 O direito costumeiro possui dois requisitos: subjetivo e 
objetivo. O primeiro corresponde ao “opinio necessitatis”, a 
crença na obrigatoriedade, isto é, a crença que, em caso de 
descumprimento, incide sanção. O segundo corresponde à 
“diuturnidade”, isto é, a simples constância do ato. 
Elementos característicos do Costume Jurídico 
 
1. Continuidade 
2. Uniformidade 
3. Diuturnidade 
4. Moralidade 
 
1) “Secundum legem”: segundo a lei; art. 113 do CC/2002: “ Os 
negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé 
e os usos do lugar de sua celebração” . Costumes secudum 
legem não são considerados método de integração, pois já 
estão expressos em lei. 
 
2) “Praeter legem”: Ao lado da lei: quando a lei não prevê, ou 
seja, são aqueles utilizados pelo juiz na ausência de norma 
incidente ao caso; método de integração. 
 
3)”Contra legem”: contra a lei, se opõe à lei. Controverso e não 
aceito como fonte do direito pela maioria dos doutrinadores 
 
Doutrina 
A doutrina é o conjunto de indagações, pesquisas e pareceres 
dos cientistas do Direito.. Alguns consideram a doutrina uma 
fonte por sua contribuição para a aplicação e também 
preparação à evolução do direito, outros acreditam que não é 
fonte do direito pois não tem força obrigatória. 
Jurisprudência 
São as decisões “plurais’, ou ainda, o conjunto das decisões 
que promanam dos Tribunais. São decisões reiteradas, 
constantes e pacificas do Poder Judiciário sobre determinada 
matéria num determinado sentido 
A jurisprudência não precisa ser sumulada para ser fonte. Não 
pode ser confundida com a orientação jurisprudencial, que é 
qualquer decisão do Poder Judiciário que esclareça a norma 
jurídica. 
 
 Precedente é qualquer decisão judicial tomada em 
um caso concreto, que pode ser utilizado, 
 
futuramente, como fundamento para um outro 
julgamento similar 
 Súmula nada mais é do que a consolidação da 
jurisprudência. Quando o tribunal reconhece a 
formação de um entendimento majoritário sobre 
determinado assunto, ele deve formalizar esse 
entendimento por meio de um enuciado informando 
de forma objetiva qual é a jurisprudência presente 
naquele tribunal a respeito do tema em questão 
 
Poder Negocial 
Tradicionalmente os contratos e os negócios jurídicos não são 
considerados fonte do direito, por não se aplicarem a todos, 
buscando o interesse apenas das partes. Por outro lado, 
porém, outros doutrinadores dizem que, por constituir norma 
de vontade entre as partes, deve ser considerado como fonte 
do direito. 
De um modo geral, na linguagem jurídica, por sua força e 
obrigatoriedade, os contratos e negócios jurídicos são ditos 
como “Lei entre as partes”, do mesmo modo que a sentença é 
a lei viva, efetivamente aplicada ao caso concreto. 
 
Fonte Formal x Processos de Integração 
 
“A integração da lei não se confunde com as fontes formais, 
nem com os processos de interpretação do Direito. Os 
elementos de integração não constituem fontes formais 
porque não formulam diretamente a norma jurídica, apenas 
orientam o aplicador para localizá-las. A pesquisa dos meios de 
integração não é atividade de interpretação, porque não se 
ocupa em definir o sentido e o alcance das normas jurídicas. 
Uma vez assentada a disposição aplicável, aí sim se desenvolve 
o trabalho de exegese."(NADER, 2014) 
 
Artigo 4º da LINDB (Lei de introdução das normas do direito 
brasileiro) diz que: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito. 
O Costume jurídico é uma exceção, pois é ao mesmo tempo 
fonte do direito e processo de integração. 
 
Analogia 
 
A analogia é utilizada com a finalidade de integração do 
ordenamento jurídico, ou seja, a aplicação de dispositivos 
legais relativos a casos análogos, semelhantes, ante a ausência 
de normas que regulem o caso concretamente apresentado à 
apreciação jurisdicional. Exemplo: ADI 4277 e ADPF 132 que 
reconheceu a união estável homoafetiva com base em 
analogia. 
A analogia é um recurso técnico que consiste em se aplicar, a 
uma hipótese não prevista pelo legislador, a solução por ele 
apresentada para uma outra hipótese fundamentalmente 
semelhante à não prevista.” (NADER, 2014). 
Princípios Gerais do Direito 
 
Os princípios gerais do direito são postulados que se 
encontram implícita ou explicitamente no sistema jurídico, 
contendo um conjunto de regras. Exemplo: Não há crime sem 
lei anterior que o descreva; 
 
“Quando a analogia e o costume falham no preenchimento da 
lacuna, o magistrado supre a deficiência da ordem jurídica, 
adotando princípios gerais do direito, que, às vezes, são 
cânones que não foram ditados, explicitamente, pelo 
elaborador da norma, mas que estão contidos no ordenamento 
jurídico.” (DINIZ, 2009). 
 
Com o advento do Neoconstitucionalismo e do pós-positivismo 
a eficácia normativa dos princípios recrudesceu. Destarte, 
tornando-se em fonte formal do direito.

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