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Assepsia e Antissepsia

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Assepsia e Antissepsia 
Marcos Históricos 
 1683 – Leeuwenhoek descobre os micróbios 
 1857 – Pauster descobre a pasteurização e a 
esterilização 
 Ignatz Semmelweis: Lavagem das mãos e 
lavagem do material cirúrgico – Introdução da 
cirurgia asséptica 
 Joseph Lister: lavagem de feridas com fenol e 
operações sob aerossóis de fenol – Introdução 
da cirurgia asséptica 
Conceitos 
⇒Assepsia: é um conjunto de medidas que permite 
manter um ser vivo ou um meio inerte isento de 
bactérias (o doente, a equipe cirúrgica e o ambiente). 
Técnica asséptica trata-se de prevenir o contato com os 
microorganismos, sendo as medidas tomadas com o 
campo operatório. 
⇒Esterilização: é o processo que promove completa 
eliminação ou destruição de todas as formas de 
microorganismos presentes (vírus, bactérias, fungos, 
protozoários e esporos) para um nível aceitável de 
segurança. O processo de esterilização pode ser físico, 
químico ou físico-químico. 
⇒Desinfecção: é um método capaz de eliminar muitos 
ou todos os microrganismos patogênicos, menos os 
esporos. 
⇒ Antissepsia: é a desinfecção de tecidos vivos com 
antissépticos. 
Os fatores que influenciam no crescimento bacteriano 
são temperatura, tipo de microrganismo, fase de 
crescimento e o ambiente. Com relação a resistência 
aos métodos de esterilização há uma pirâmide que 
segue dos microrganismos de menor resistência para 
os microrganismos de maior resistência. 
 
Métodos de esterilização e desinfecção 
Métodos físicos: 
 Calor: 
o Úmido 
o Seco; 
 Radiação: raios Gama/Cobalto 
Métodos químicos: 
 Glutaraldeído; 
 Formaldeído; 
 Ácido peracético; 
 Peróxido de hidrogênio; 
 Álcool; 
 Hipoclorito de sódio 
Métodos físico-químicos: 
 Esterilizadora a óxido de etileno; 
 Plasma de peróxido de hidrogênio; 
 Plasma de gases (vapor de ácido paracético e 
peróxido de hidrogênio) 
 Vapor de formaldeído 
O plasma é o estado físico da matéria definido como 
uma nuvem de íons, elétrons e partículas neutras, 
altamente reativas, são produzidos por aceleração de 
moléculas por campo eletromagnético (micro-ondas ou 
radiofrequência). 
→ Esterilização pelo calor úmido: o calor úmido age 
por difusão do vapor d'água para dentro da membrana 
celular (osmose), hidratando o protoplasma da célula, 
produzindo alterações químicas (hidrólise) e 
coagulando mais facilmente o protoplasma, sob a ação 
do calor. 
Protoplasma= parte viva da célula 
→ Fervura: a temperatura de ebulição varia com a 
altitude, mas é eficiente para a forma vegetativa 
quando a 100° C por 30 min. Lembrar que esporos e 
vírus da hepatite resistem até 45 horas de fervura. 
Cuidados com o método de fervura: 
 Eliminar bolhas 
 Eliminar gorduras 
 A água fervente tem ação corrosiva (oxidante) 
→ Autoclave: é um aparelho utilizado para esterilizar 
artigos através do calor úmido sob pressão. É uma 
câmara de vapor, é utilizado pressão a 750 mmHg, 
121ºC por 30 min. 
Cuidados com o método de autoclave: 
 “Todo artigo resistente ao calor e compatível 
com umidade deve ser esterilizado pela 
autoclave”; 
 Esteriliza: panos, borrachas, meio de culturas, 
solução salina, instrumental, vidraria sem 
precisão; 
 Para evitar estragos em panos e borrachas usar 
1150mmHg, 128ºC por 6 minutos; 
 Em emergências: 1400mmHg, 132ºC por 2 
minutos; 
 Para todo processo de esterilização na 
autoclave há indicadores de esterilização, os 
indicadores podem ser químicos, biológicos e 
fita adesiva (fita impregnada com tinta termo 
sensível que muda de coloração quando 
exposta à determinada temperatura) 
→ Esterilização pelo calor seco - mecanismos de 
ação: 
 os microorganismos são carbonizados ou 
consumidos pelo calor (oxidação). 
 A estufa é o aparelho mais comum de 
esterilização por calor seco. 
 Podemos usar a chama (flambagem) ou a 
eletricidade (fulguração) 
Estufa: esteriliza materiais secos: vidraria, seringas, 
agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas 
e furacinadas, óleos, vaselina e etc. O parâmetro para 
esterilização é de 160ºC a 170ºC por duas horas. A 
estufa não deve ser aberta nesse período. 
Flambagem: é a coloração do material sobre o fogo até 
que o material fique vermelho. Tem como vantagem a 
fácil execução, como desvantagens tem-se que não é 
seguro, pode não esterilizar alguns tipos de bactérias 
pelo baixo tempo de exposição, além de estragar o 
material. Uso frequente em laboratórios de 
microbiologia. 
Fulguração: eletrocauterização (bisturi elétrico) – uso 
recorrente em dermatologia. 
→ Radiações - Raios gama/cobalto: Esteriliza 
materiais termossensíveis por atuar em baixas 
temperaturas: seringas, agulhas hipodérmicas, luvas, 
fios cirúrgicos, alimentos, resíduos e medicamentos. 
Tem elevado custo de implantação e controle. 
→ Desinfecção: 
Características de um desinfetante ideal: 
 Amplo espectro 
 Ação rápida 
 Não ser afetado por fatores ambientais (luz) 
 Ser ativo na presença de matéria orgânica 
 Compatíveis com sabões, detergentes e outros 
produtos químicos 
 Atóxico 
 Compatível com diversos tipos de materiais 
 Efeito residual – ação mais prolongada 
 Fácil manuseio 
 Inodoro ou cheiro agradável 
Exemplos: 
Glutaraldeído: 
 Efeito: germicida, esporocida, fungicida, 
virucida. 
 Ação: desnaturação proteíca. 
 Produtos: Cidex, Glutacide, Glutalabor. 
 Materiais: Instrumental óptico, metálico e 
plástico. 
Formaldeído: 
 Espectro de ação: bactericida, fungicida e 
virucida. 
 Efeitos adversos: corrosivo, tóxico e irritante 
das vias aéreas, peles e olhos (não indicado 
para antissepsia em tecidos vivos). 
 Formas de uso: líquida e vapor 
 Indicações: 
o Conservação de peças anatômicas e de 
tecidos; 
o Preparo de vacinas virais; 
o Formas de pastilha (Formalina) para 
esterilização de instrumentais; 
o Forma de pomadas (furacin) para 
curativos; 
Ácido peracético: 
 Ação: esporicida 
 Efeito: oxidação, desnaturação proteica, perda 
da permeabilidade da membrana celular. 
 Formas de uso: líquida e vapor 
 Características: volátil, odor pungente, riscos 
de explosão e incêndio, inativo na presença de 
sangue. 
 Aplicação: em material termossensíveis e 
passíveis de imersão em meio líquido. 
Hemodiálise 
 Decompõem em produtos não tóxicos a saber: 
ácido acético, água, oxigênio e peróxido de 
hidrogênio. 
Peróxido de hidrogênio: 
 Efeito: bactericida, virucida, fungicida, inativa 
bacilos da tuberculose e esporos 
 Ação: produção de radicais hidroxila livres 
que ataca, as membranas lipídicas de DNA do 
micróbio. 
 Características: 
o Esterilizante em formas líquidas, 
gasosas e plasmas; 
o A forma de plasma tem perspectivas 
de substituir o óxido de etileno; 
o É altamente oxidante, ativo na 
presença de matéria orgânica, tóxico, 
irritante para pele e olhos; 
STERRAD NX – Plasma de peróxido de hidrogênio: é 
um equipamento que utiliza peróxido de hidrogênio 
(água oxigenada a 58%) em estado especial, o plasma, 
em baixa temperatura, o que possibilita a esterilização 
em apenas 28 minutos. Ideal para esterilizar materiais 
de vídeocirurgia e materiais endoscópicos. 
Álcool: 
 Efeito: germicida para a forma vegetativa, 
detergente; 
 Ação: precipitação ou desnaturação proteíca; 
 Etílico: solução instável, barato, pouco tóxico, 
higroscópico, evapora rapidamente. Não é 
esporicida 
 Indicações: superfície externa dos materiais e 
superfícies de vidro. 
 Concentração em peso: entre 60% e 90%. 
 Características de ação: ação limitada e 
evaporação muito rápida, por isso o efeito 
residual dele é pequeno. 
Hipoclorito de sódio: 
 É o desinfetante mais amplamente utilizado; 
 Ação rápida (baixo custo); 
 Espectro de ação: amplo agindo até em 
esporos; 
 É mais conhecido como agente alvejante; 
Óxido de etileno: 
É um gás inodoro, sem cor, inflamável e explosivo. 
Efeito: bactericida, esporicida, virucida. Vantagens: 
esteriliza materiais sem danificar. Desvantagens: alto 
custo, toxicidade, tempolongo de ciclo. No Brasil há 
uma legislação específica sobre o funcionamento das 
centrais de esterilização por Óxido de Etileno. 
Antissepsia 
Requisitos de um antisséptico ideal: 
 amplo espectro de ação antimicrobianas; 
 alto poder germicida; 
 ação rápida e prolongada (efeito residual); 
 ação preservada na presença de líquidos 
orgânicos; 
 pouco efeito colateral; 
 Outras características: solúvel, estável, não 
corrosivo, odor agradável ou ausente e baixo 
custo. 
Iodo: 
 Efeito: o mais germicida dos halogênios; 
 Ação: oxidação, interrompe a síntese de 
proteínas e ácidos nucléicos 
 Características: tóxico e alergênico, alta tensão 
superficial (em solução aquosa) 
Derivados do iodo – Iodóforos 
1953 – Shelanski e Shelanski: 
PVPI (iodo + polovinilpirrolidona) – mais utilizado 
Preserva as propriedades germicidas do iodo, mas não 
queima, não mancha os tecidos, raras reações 
alérgicas, não interfere no metabolismo e mantém ação 
residual. 
 POVIDINE (polivinil pirolidina – PVPI) - foi 
muito utilizado em centro cirúrgicos e ainda tem 
bastante utilização. 
o Efeito: bactericida, virucida e 
fungicida; 
o Ação: diretamente na proteína, 
desnaturando-a; 
o Apresentações: Degermante (lavagens 
das mãos e degermação do sítio 
operatório). Soluções aquosas: feridas 
abertas ou mucosas expostas. Solução 
alcoólica antissepsia da pele integra. 
Clorohexidina: 
 Efeito contra bactérias gram negativas e gram 
positivas, fungos, leveduras e vírus. 
 Características: 
o baixa toxicidade 
o Insolúvel em água 
o Indicações: pele, mucosas, feridas 
Apresentações: degermante (lavagem das mãos e do 
sítio operatório), aquosa (mucosas e ferida aberta) e 
alcoólica (antissepsia da pele íntegra - sem ser mucosa, 
ferida aberta). 
Álcool: 
 Técnica para higiene com álcool gel. 
1. Antes, durante e após examinar ou prestar 
alguns cuidados em topografias diferentes no 
mesmo paciente e entre diferentes pacientes. 
2. Antes e após administrar medicamentos 
3. Antes, durante e após verificar controles (PA, 
P, T) 
4. Antes, durante e após prestar cuidados aos 
pacientes portadores de germes 
multirresistentes. 
 
→ Limpeza da sala cirúrgica (a termo de curiosidade) 
É feita a limpeza com água + detergente para a 
remoção da sujidade. Posteriormente é feito a 
desinfecção das superfícies com álcool 
→ Tratamento do ar circulante na sala cirúrgica: 
Existe uma sitematização do fluxo do ar, então o ar 
entra por um duto de ar condicionado que fica 
geralmente na região superior da sala. O ar é 
impulsionado e filtrado por uma região superior da 
sala e saí da sala pela porta ou por mecanismo de 
drenagem região inferior da sala (pressão positiva na 
sala - ar sai da sala). 
→ Assepsia e técnica cirúrgica: utilizar técnicas 
assépticas com paramentação completa antes do 
procedimento cirúrgico. Abrir equipamentos e 
soluções estéreis imediatamente antes do uso e utilizar 
técnica asséptica na administração de drogas. 
Degermação do sítio operatório sempre com o mesmo 
degermante utilizado no banho e retirada do excesso 
com compressa estéril com soro fisiológico. 
Antissepsia do campo operatório deve ser feita em 
sentido centrífugo em campo ampliado, em sentido 
unidirecional, com antisséptico na formulação 
alcoólica, que contenha o mesmo princípio ativo que o 
degermante - princípio ativo em apresentação 
alcoólica). 
Manusear tecidos delicadamente, realizar hemostasia 
eficiente, minimizar a desvitalização dos tecidos e 
corpos estranhos, e erradicar espaço morto no sítio 
cirúrgico. 
 Utilizar fechamento primário (sutura) retardado ou 
deixar a incisão aberta se o cirurgião considerar que o 
sítio cirúrgico está grosseiramente contaminado (para 
não gerar espaço morto bacteriano e formação de 
abcesso - quando abre um abcesso nunca se fecha). 
Se uma drenagem se fizer necessário, utilizar drenos 
fechados à vácuo. Colocar o dreno por uma incisão 
separada e distante da incisão cirúrgica. Retire o dreno 
mais precoce possível.

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