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Universidade de Brasíla - UnB Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Mariana Candida Vaz de Carvalho Estomatologia CLÍNICA- atividade da área da saúde, que envolve cuidado, promoção de saúde, prevenção e/ou terapia utilizando a escuta, diagnóstico e orientação/tratamento; SEMIOLOGIA- estudo dos sinais e sintomas das doenças – análise do estado de saúde e de doença do paciente. ESTOMATOLOGIA – especialidade que agrupa todas as disciplinas da área de diagnóstico. DIAGNÓSTICO – arte de identificar uma doença pelo estudo dos sinais e sintomas. PROGNÓSTICO – previsão de evolução da doença; bom, ruim, sombrio, péssimo. Pacientes verborrágicos falam exessivamente intemrromper com cortesia Pacientes ansiosos não ignorar a situação identificar, acolher o problema e buascra minimizar Pacientes com raiva e choro incontrolável requer paciência do profissional esperar o paciente se acalmar. É a etapa onde, por meio de uma conversa orientada a partir de alguns tópicos, obtemos informações relacionadas à história de vida do paciente e os aspectos subjetivos relacionados a doença em questão. SINTOMAS sin Ponto focal da relação profissional- paciente Conexão pessoal e relação de confiança Conversa com o paciente para tirar o caráter de interrogatório Entrevista dialogada Espaço privado, que estabeleça calma, conforto e ausência de informações Contato visual, profissional sem máscara A ficha de exame deve ser preenchida da forma mais completa possível. • Nome • Número de contato telefônico • Profissão • Cor da pele • Ocupação • Sexo • Motivo pelo qual o paciente procurou o profissional • Deve ser registrada nas palavras do paciente para não sofrer influencia da interpretação do profissional • Sic – informação conflitante ou incoerente. • Informações a respeito da evolução da lesão ou doença desde seu aparecimento • Tempo de evolução • Sintomatologia • Prognóstico • Data dos primeiros sinais e sintomas • Descrição dos primeiros sinais e sintomas ➢ Cor ➢ Volume ➢ Aumento da temperatura local • Caracterização da sintomatologia • Desenvolvimento • Tratamentos realizados • Exames complementares • Estado atual da doença • Experiencias anteriores do paciente com outros cirurgiões-dentistas • Tipo de tratamento • Motivos que possam ter levado a canais e exodontias • Doenças atuais e anteriores • Cirurgias realizadas • Acidentes • Antecedentes familiares • Hábitos nocivos, viciosos ou hábitos de exposição • Não fazer perguntar muito generalistas, como por exemplo (tem alguns problemas de saúde? • Não fazer perguntas que direcionam a respostas Há uma tendencia de o paciente buscar responder de acordo com a expectativa do profissional. É a etapa do exame clínico a partir da qual serão coletados os dados objetivos (sinais) relacionados à doença, que envolvem desde o aspecto geral de saúde do paciente até o exame específico de fora e de dentro da boca. SINAIS LINFONODOS • CADEIA CERVICAL SUPERIOR ➢ Desde o processo mastoide próximo ao pavilhão auditivo até a região junto à clavícula • REGIÃO SUBMANDIBULAR ➢ Posicionar atrás do paciente ➢ Inclinar a cabeça para o lado • SUBMENTONANOS ➢ Inclinar a cabeça para frente ➢ Ir jogando o tecido mole contra a mandíbula PROCESSO INFLAMATÓRIO ATIVO • Palpáveis • Móveis • Dolorosos • Consistência fibroelástica PROCESSO INFLAMATÓRIO ANTERIOR • Palpáveis • Móveis • Consistência lisa e fibroeslástica • indolores LINFONOS METASTÁTICOS • Fixos • Rugosos • Endurecidos • Indolores SEQUÊNCIA SUGERIDA 1. Lábio e vestíbulo bucal ➢ Coloração ➢ Simetria ➢ Textura ➢ Tamanho 2. Mucosa jugal bilateral ➢ Sinal de ruptura na continuidade da mucosa ➢ Alteração de cor ➢ Nódulo 3. Fundo do sulco inferior ➢ Palpação com o indicador ➢ Dor = inflamação periapical 4. Fundo de sulco superior 5. Palato duro 6. Palato mole 7. Orofaringe ➢ Comum inflamação nas amigdalas 8. Assoalho bucal 9. Língua Comentado [MCVdC1]: Papilas folíaceas geralmente são simétricas. São um conjunto de termos que devem ser utilizados na descrição das lesões para destacar a sua principal característica. Lesões planas ou elevadas Aumento de volume que contém líquido Lesões envolvendo perda de substância Mácula/ Mancha Placa Pápula/Nódulo Vesícula Bolha Úlcera Erosão Alteração de cor e/ou que represente crescimentos sólidos Perda de substância ou de tecido Crescimento líquido • Sem alteração de superfície, apenas de cor • Lesões planas • Pigmentação – pode ser tumoral • Leucoplasia • Cicatriz • Mácula melanócita • Névus • Pigmentação induzida por medicamentos • Tatuagem por amálgama • Melanoma • Hematoma Considerações sobre a descrição das lesões • Simetria • Borda regular (em linha reta) ou irregular • Cor: homogênea (única) ou heterogênea (mais de uma cor) • Diâmetro • Localização. • Alteração de cor com alteração de superfície • Discretamente elevadas • Candidíase pseudomembranosa • Ceratose friccional • Líquen plano • Sífilis secundária • Leucoplasia • Mordiscamento crônico Considerações sobre a descrição das lesões • Número: únicas ou múltiplas • Cor: branca, vermelha • Superfície: lisa ou irregular • Localização • Crescimento sólidos • Podem ser solitários (únicos) ou múltiplos) • Podem estar associados a algum fator irritativo (biofilme bacteriano ou trauma) • Pode ter surgimento espontâneo • Hiperplasia inflamatória • Granuloma piogênico • Fibroma ossificante periférico • Lesão periférica de células gigantes • Papiloma • Lipoma • Fibroma • Carcinoma espinocelular Considerações sobre a descrição das lesões • Consistência: mole, firme/ fibroblástica, borrachóide ou dura • Base da lesão: pediculada (estreita) ou séssil (ampla) • Cor • Presença de áreas avermelhadas ou ulceradas na sua superfície • Crescimento líquido • Podem ser solitárias ou únicas • Podem estar associadas a um fator irritativo • Podem surgir espontaneamente • Doenças virais, como Herpes • Doenças autoimunes, como pênfigo vulgar, Penfigóide benigno de mucosas • Lesões associadas a trauma, como Mucocele e Rânula Considerações sobre a descrição das lesões • Número: única ou múltiplas lesões • Localização • Ocorrência prévia de lesões semelhantes na boca • Presença de lesões semelhantes em outras partes do corpo • Episódio de trauma prévio • Lesões em que o tecido epitelial foi parcial (erosões) ou totalmente (úlceras) perdido. • Podem ser solitárias ou múltiplas • Podem estar associadas a algum fator irritativo (trauma) ou ser a manifestação de doença autoimune, infecciosa ou neoplasia maligna. • Lesões traumáticas, como úlceras traumáticas • Doenças infecciosas, como candidíase, herpes, micoses profundas • Doenças imunologicamente mediadas, como Líquen plano, Lúpus eritematoso, Penfigóide benigno de mucosas, Pênfigo vulgar • Tumores malignos – carcinoma espinocelular Considerações sobre a descrição das lesões • Número: único ou múltiplas • Localização • Ocorrência prévia de lesões semelhantes: sim ou não • Presença de lesões em outras partes do corpo • Episódio de trauma prévio: sim ou não Exame clínico Formulações de hipótese de diagnóstico Exames complementarres Diagnóstico final Conclusão terapêutica Prognóstico e Reavaliação Semiologia é o estudo dos métodos utilizadosdurante o exame clínico, que utilizados de forma coordenada, permitem a definição do diagnóstico e, consequentemente, o estabelecimento do prognóstico. Semiotécnica é a técnica de pesquisa dos sinais e sintomas, ou seja, manifestações objetivas e subjetivas das doenças. Propedêutica clínica é o estabelecimento de diagnóstico, tratamento e prognóstico. Os exames complementares devem ser direcionados conforme as hipóteses de diagnóstico, isto é, devemos escolher o exame complementar mais apropriado, que traga as melhores informações para o caso em questão, menos invasivo possível e de menor custo. É o procedimento cirúrgico a partir do qual se remove um fragmento do tecido de uma lesão para a análise Indicações Quando a avaliação clínica não dá apoio para o diagnóstico definitivo Quando há suspeita de neoplasia maligna (câncer) Quando o curso clínico é incoerente com o diagnóstico inicial Lesões persistentes por mais de 2 semanas (lesões ulceradas), lesões inflamatórias que não regridem após 10-14 dias posteriores à remoção da causa. Lesões que interferem na função local, ósseas ou intraósseas. Contra indicações Quando o diagnóstico definitivo pode ser obtido apenas com o exame clínico (Herpes, Afta, Candidíase) Em pacientes sem oportunidade ou condições de se submeter a procedimentos cirúrgicos. Lesões vasculares (hemangioma) – risco de sangramento descontrolado Quando o diagnóstico definitivo depende de exames hematológicos, como, por exemplo, Sífilis Lesão granulomatosa (infecciosa) ou Carcinoma Espinocelular • Remoção de um fragmento da lesão, o qual será submetido ao exame histopatológico (avaliação microscópica) • Indicado em lesões múltiplas, extensas e com suspeita de neoplasia maligna. • A área de eleição da região a ser biopsiada e a extensão (quantidade de tecido removido) envolvam tecido sadio da margem da lesão, permitindo a visualização da relação da lesão com os tecidos vizinhos e evitando áreas de necrose. Orientações gerais: 1. Fragmento de tecido indesejável – incisão rasa, remoção muito superficial da lesão sem poder verificar a relação com tecido vizinho sadio (neoplasias malignas invadem tecido vizinho, neoplasia benignas não invadem) 2. Fragmento de tecido desejável: incisão estreita e profunda, removendo uma margem de tecido sadio Leucoeritroplasia ou Carcinoma Espinocelular • Retirada de toda a lesão para exame histopatológico • Tratar a lesão concomitantemente • Lesões isoladas, pequenas, sem suspeita de malignidade (neoplasia benignas e lesões inflamatórias). • Para lesões reacionais (causadas por agente irritativo como trauma) deve-se remover o agente causal evitando a recidiva da lesão. Orientações gerais: 1. Biópsia indesejável: bordas laterais e/ou profundas comprometidas deixando lesão residual 2. Biópsia desejável: remoção de total da lesão, bordas laterais e profundidade adequadas. Incisões elípticas, profundidade suficiente removendo a lesão como um todo. Fibroma, Hiperplasia fibrosa ou Granuloma Piogênico • Biópsia aspirativa • Obtenção de material através de uma punção, com agulha e seringa, para aspirar o conteúdo. • Não é necessário anestesia. Indicações • Lesões sólidas • Lesões submucosas, subcutâneas e profundas. Resultados • Muitas vezes norteia a conduta clínica e as decisões terapêuticas, como descartar ou confirmar a presença de malignidade. • Odontoscópio • Pinça • Sonda exploradora • Seringa carpule • Descolador (sindesmótomo)- pode ser espátula de cera n°7 • Cabo de bisturi • Pinça hemostática (curva ou reta) • Pinça Allis • Pinça de Adson (com dente e sem dente) mais delicada • Pinça Backhaus • Porta agulha delicado (com videia) • Tesoura Metzembaum (ponta romba) • Tesoura (ponta fina) • Cureta de Lucas • Cubeta metálica • Bisturi com lâmina 15 (“bisturi a frio”): é o instrumento convencional • Eletrocirurgia (bisturi elétrico): favorece a remoção e é útil para se obter hemostasia. Geralmente utilizado em lesões de palato, onde a sutura é dificultada, deixando uma margem cruenta e consequentemente uma cicatrização por segunda intenção. • Punch: dispositivo com ponta ativa com lâmina circular que possibilita a remoção de um fragmento da lesão com formato cilíndrico. • Curetagem, para lesões intraósseas • Saco bocado, utilizado para palato mole e região posterior da boca com difícil acesso • Biópsia aspirativa por agulha fina. • Utilizar Equipamento de proteção individual (EPI): gorro, máscara, luvas estéreis, avental, propés, óculos • Realizar antissepsia extrabucal com clorexidina 2% ou iodopovidona (PVPI), e intrabucal com clorexidina 0,12%. • Utilizar campo cirúrgico estéril sobre a mesa operatória e sobre o paciente • Instrumentos utilizados devem estar estéreis. 1. Anestesia: bloqueio da inervação regional. Infiltração terminal. Perilesional. Cuidar para não infiltrar anestésico no tecido avaliado, pois esse pode distender e modificar o tecido, prejudicando a avaliação histopatológica. 2. Estabilização dos tecidos: realizada pelo assistente com os dedos, ou através de suturas de tração com fio grosso ou clipes de toalha. Favorece exposição da lesão, facilitando o trabalho do cirurgião. 3. Incisão: deve ser realizada com lâmina nova, com fio apropriado, através de duas incisões elípticas em V conectando as incisões na base da lesão. Dever ser realizada paralela às fibras musculares, minimizando lesões em nervos, artérias e veias. Secção na base da lesão com tesoura delicada de ponta fina, removendo a peça. 4. Hemostasia: gazes estéreis e aspiradores de sucção 5. Manipulação do tecido: deve-se coletar quantidade significativa de tecido para análise posterior, cuidando para não danificar, romper ou dilacerar o tecido. Não usar pinças de apreensão podendo criar artefatos de técnica. 6. Identificação das margens na peça removida: marcação das margens com fio de seda, utilizada em lesões tumorais, indicando ao patologista o limite de tecido saudável. 7. Fechamento cirúrgico: divulsão dos tecidos da margem (insere-se a tesoura de ponta romba paralelamente à superfície de mucosa, abrindo-a quando estiver dentro da lesão. Após, traciona-se para a retirada, soltando as bordas de ferida cirúrgica do plano muscular subjacente, permitindo uma sutura sem tensionamento e ação muscular. A coaptação (aproximação) dos bordos cirúrgicos possibilita o fechamento primário de ferida elípica, sendo possível ou não dependendo da localização e do tamanho da ferida. 8. Sutura: pode ser feita com fio de seda ou nylon com pontos individualizados 9. Cuidados com o espécime: deve-se ser fixado em solução de formalina 10% tamponada. • Bolsa de gelo – dor e edema • Analgésicos e antibióticos • Alimentação fria, pastosa e líquida • Evitar esforço físico e exposição solar • De 7 a 14 dias – remoção da sutura. • Explicar o laudo da biópsia • Fixador universal é formol (solução de formalina tamponada 10%) • Identificação do material imediatamente após a sua retirada, ainda no centro cirúrgico ou no ambulatório. • Preencher a ficha de solicitação do exame histopatológico ou anatomopatógico. • Preenchimento da ficha de solicitação do exame histopatógico Motivos de amostras ou encaminhamento inadequados: 1. Fixação inadequada – quantidade insuficiente de formol em relação ao volume da amostra ou fixador inadequado. 2. Falta de identificação do profissional 3. Fichas com dados clínicos faltantes ou incompletos. Consiste em se examinar macroscopicamente e ao microscópio um fragmento de tecido, de um órgão qualquer do paciente, removido cirurgicamente, com finalidade de firmar, confirmar ouafastar uma ou mais hipóteses diagnósticas. Preparo da lâmina histológica: 1. Macroscopia: momento em que há a descrição do aspecto macroscópio do material recebido, relatando sobre o tamanho da lesão, superfície, consistência e cor tecidual, auxiliando no estabelecimento do diagnóstico definitivo. 2. Inclusão em parafina: blocos de parafinas 3. Cortes histológicos: cortes finos 4. Coloração e montagem das lâminas. São exames laboratoriais realizados a partir de amostras de sangue. Tecido sanguíneo – 7% da massa corporal do individuo pH entre 7,35-7,45 55%: plasma 45%: células do sangue Hemograma é um exame laboratorial de rotina usado para a avaliação qualitativa e quantidade dos elementos figurados (glóbulos brancos e vermelhos, plaquetas) do sangue. Estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, chamadas de eritrócitos. CONTAGEM DE HEMÁCIAS Homens: entre 4,4 - 6 x 106/ml3 Mulheres: entre 5,5 x 106/ml3 DOSAGEM DE HEMOGLOBINA Homens: 15,3 g/dl Mulheres: 13,8g/dl HEMATÓCRITO 42 a 47% Analisa a proporção de volume da amostra de sangue ocupada pelas hemácias. ANEMIA Baixa quantidade de eritrócitos. POLICITEMIA (ERITROCITOSE) Excesso de hemácias circulantes. VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO hematócrito/número de eritrócitos 80 – 98 micras cúbicas Analisa o volume médio dos eritrócitos ANEMIANORMOCÍTICA Tamanho normal ANEMIA MICROCÍTICA Tamanho menor – falta de ferro ANEMIA MACROCÍTICA Tamanho maior- falta de ácido fólico HEMOGLOBINA CORPOSCULAR MÉDIA 24 a 33 picogramas Analisa a quantidade de hemoglobina média no interior das hemácias ANEMIA HIPOCRÔMICA Diminuição de hemoglobina Abaixo de 32% ANEMIA NORMOCRÔMICA Valores normais Entre 32 a 36% ANEMIA HIPERCRÔMICA Aumento de hemoglobina Acima de 36% CONCENTRAÇÃO DE HOEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA 32 a 36% Analisa a relação do valor de hemoglobina contido em uma quantidade de sangue e o volume globular expresso em porcentagem. ANEMIA Condição na qual o número de eritrócitos ou a quantidade de hemoglobina presentes nas células estão abaixo do normal. Déficit no transporte de oxigênio. Pode caracterizar-se por uma diminuição do número de eritrócitos ou de hemoglobina ou de ambos. Anemia severa: Hb < 7 Anemia moderada: Hb entre 7 e 10 Anemia leve: Hb entre 10 e 12 Sinais clínicos: astenia (fraqueza muscular), dispneia (alterações respiratórias), hipotensão ortostática (baixa de pressão quando o paciente levanta), picas de taquicardia, mucosas pálidas, glossite e queilite angular, pele fria e seca, cabelo sem brilho e quebradiço Causas: deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12, falta de produção de eritrócitos, aumento na demanda de eritrócitos, excesso de destruição dos eritrócitos, perda hemorrágica, genéticos. Estudo dos glóbulos brancos, ou seja, dos leucócitos, chamadas de células brancas. CONTAGEM DE LEUCÓCITOS 5.000 a 10.000/ml3 Leucopenia – baixo valor – lesões na medula óssea, como quimioterapia. Leucocitose – alto valor LINFÓCITOS Infecções virais, tumores, transplantes. Linfocitose: quadros infecciosos virais (hepatite A, mononucleose, rubéola, sarampo, sífilis) Linfocitopenia: quadros de estresse agudo, uremia, doença cardíaca congestiva, linfoma, lúpus eritematoso, anemia aplásica GRANULÓCITOS Neutrófilos, Eosinófilo, basófilos. AGRANULÓCITOS Linfócitos e monócitos MONÓCITOS Vírus e bactérias. 3 a 7% dos leucócitos circulantes. Monocitose: infecções crônicas e Monocitopenia: estresse agudo, anemia aplásica. NEUTRÓFILOS Infecção bacteriana Valores médios: 50 a 70% dos circulantes 1800 a 7700/mm3 Bastonetes – neutrófilos jovens em infecção aguda – desvio à esquerda Neutrófilos segmentados – neutrófilos maduros Neutrofilia – aumento em infecções bactérias, viróticas ou fúngicas agudas, insuficiência renal, hipersensibilidade Neutropenia – Hepatite, viroses, mononucleoses e doenças autoimunes, como lúpus sistêmicos. EOSINÓFILOS Alergia ou infecção parasitárias Eosinofilia: doenças alérgicas, hipersensibilidade a drogas, infecções parasitárias e doenças linfoproliferativas. Eosinopenia: estresse agudo, traumas, cirurgias, infarto do miocárdio e inflamação aguda. BASÓFILOS Infecções virais, tumores, transplantes. 1% das células circulantes. Basofilia: Hipersensibilidade, leucemia mieloide crônica. Basopenia: estresse agudo Estudo do nível de coagulação do sangue. HEMOSTASIA PLAQUETAS São produzidas na medula óssea a partir de megacariócitos, sendo liberadas na corrente sanguínea Valor da normalidade 130.000 a 400.000/ml3 <100.00O – risco de sangramento em grandes traumas <50.000 – risco de sangramento em procedimentos pequenos <10.000 – risco de sangramento espontâneo TEMPO DE SANGRAMENTO 1 – 3 min Avalia a disponibilidade de plaquetas na corrente sanguínea e a capacidade que elas têm em conter o sangramento frente uma incisão. TEMPO DE COAGULAÇÃO 5- 10 min Mensura a capacidade da fibrina em formar o coágulo inicial. Aumentados em quadros de deficiência de fatores plasmáticos (hemofilia), na deficiência de vitamina K e em drogas anticoagulantes. TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL (TTP) 35-50s Avalia a via intrínseca da coagulação. Aumentado em defeitos genéticos, fatores intrínsecos – hemofilia (fator VIII), doença de Christmas (fator IX) e alterações do fator XI e XII em menor grau. TEMPO DE PROTROMBINA (TP) 11-13s Avalia a via extrínseca da coagulação Ligada ao fibrinogênio X, VII, V e protrombina Má absorção de vitamina K Refletem processos metabólicos, auxiliando no diagnóstico de doenças hepáticas, renais e metabólicas comuns. GLICEMIA Níveis séricos de glicose 70-100mg/dl HIPERGLICEMIA Boca seca, sede, vontade frequente de urinas, cansaço e visão turva HIPOGLICEMIA Fraqueza, irritação. HEMOGLOBINA GLICADA Valor da normalidade 4-6% Análise retrospectiva: 3 meses. CREATININA Funcionamento renal Valor da normalidade de 0,7- 1,4mg/dl Aumento: insuficiência renal CALCEMIA 8,5 a 10,5mg/dl Hipercalcemia – Hiperparatireoidismo, tumores ósseos malignos, ingesta excessiva de Ca, Hipervitaminose D Hipocalcemia – hipoparatireoidismos, insuficiência renal, síndrome de má absorção e deficiência de vitamina D FÓSFORO Excesso de fósforo é filtrado e eliminado pelo rim Aumento indica insuficiência renal. FOSFATASE ALCALINA É uma enzima encontrada em todos os tecidos corporais, principalmente em tecido ósseo. Aumento indica aumento na atividade óssea Pode ser fisiológico: fase de crescimento Ou Patológico: doença de Paget, tumores ósseos e hiperparatireoidismo, quadros de fraturas. Ig G contato com o vírus Ig M doença ativa VDLR FTA-ABS CONCLUSÃO + + SÍFILIS + - OUTRA DOENÇA - + SÍFILIS EM FASE INCIAL OU TERCIÁRIA OU CURADA - - NÃO É SÍFILIS VDRL Teste para identificação de pacientes com sífilis RATREIO DA DOENÇA Positivo pode indicar outras doenças além de sífilis, como mononucleose infecciosa, lupus eritromatoso sistêmico, hepatite A, hanseníase, malária. FTA-ABS CONFRIMAÇÃO NUM ESTADO LATENTE OU TERCIÁRIO DE SÍFILIS Teste mais específico e sensível. EBV Família de vírus do herpes. Sem sintomas em crianças. Em adultos causa mononucleose infecciosa entre 35 a 50% dos casos CMV Citomegalovírus. Contribuem no diagnóstico de alterações relacionadas aos dentes (cáries, alterações de número ou forma, reabsorçõesdentárias), lesões presentes no complexo maxilo-mandibular ou em estruturas vizinhas. RADIOGRAFIAS INTRABUCAIS PERIAPICAL Indicações: relações coroa-raiz, anatomia da coroa e da raiz, lesões de cárie, lesões apicais, lesões periodontais, anquilose, dilacerações, hipercementose, fraturas radiculares, dentes retidos, infecções, acompanhamento de reparo tecidual no pós-operatório INTERPROXIMAL OCLUSAL Indicações: visualização de áreas patológicas, fendas palatinas, dentes supranumerários, lesões intraósseas RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS PANORÂMICA Há completa reprodução dos dnets e maxilares com inclusão da ATM e seio maxilar. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Permite excelente visualização das lesões e estruturas anatômicas, reconstrução tridimensional da imagem. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ATM Permite a visualização de tecidos moles Elas surgem em decorrência de alterações no processo de renovação do epitélio (aumento da espessura de ceratina ou do tecido epitelial como um todo) e/ou da condensação de fibras do tecido conjuntivo, as quais tronam a vascularização da mucosa menos perceptível clinicamente. LINHA ALBA É uma estria branca única, mais ou menos pronunciada, que desaparece na mucosa bucal na linha de oclusão LEUCODEMA Área branca/acinzentada de limites pouco nítidos localizada na mucosa jugal Bilateral Desaparece quando a mucosa é tracionada REACIONAIS GENETICAMENTE DETERMINADAS INFECCIOSAS Mordiscamento crônico (morsicatio) Nevo branco esponjoso Candidíase pseudomembranosa Ceratose friccional Candidíase hiperplasia crônica Estomatite nicotínica Sífilis secundárias Leucoplasia pilosa • Se na raspagem a lesão branca se desprender: 1) Candidíase Pseudomembranosa ➢ Infecção fúngica oportunista – Candida albicans ➢ Tratamento: antifúngicos tópicos, como bochecho com Nistatina e aplicação de Miconazol gel ➢ Antifúngico sistêmico: Fluconazol Fatores sistêmicos Fatores locais Fatores fisiológicos como infância ou idade avançada Xerostomia, como associada a síndrome de Sjogren, radioterapia, medicamentos Desordem endócrinas, como Diabetes e hipotireoidismo Medicamentos como antibióticos de amplo espectro, corticoides Fatores nutricionais, como deficiência de ferro, folato e/ou vitamina B12 Próteses removíveis, como trauma, dormir com próteses, higiene deficiente Discrasias sanguíneas e tumores malignos, como leucemia aguda e agranulocitose Fumo Deficiências imunológica, imunossupressão como AIDS, aplasia do timo 2) Queimadura ➢ Confirmado na Anamnese ➢ Paciente com episódio de contato com alimento ou bebida quente ➢ Pode causado pelo uso de aspirina, peróxido de hidrogênio para clareamento dental, uso de anestésico e antisséptico contendo fenol • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão única e focal com fator irritativo: ➢ Superfície irregular ➢ Podem ser bilaterais ➢ Espessura variável – é uma pequena área (focal) ➢ Fatores irritativos, como dentes quebrados, próteses., aparelhos ortodônticos. ➢ Podem ser causadas por distúrbios psiquiátricos ➢ Estes diagnósticos são confirmados quando a lesão desaparece após a remoção do fator causador o que pode levar até 4-6 semanas. 1) Ceratose Friccional ➢ Causa: fricção local causada por agentes traumáticos crônicos 2) Mordiscamento crônico da mucosa • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão única, porém difusa: 1) Estomatite nicotínica ➢ Palato ➢ Área branca com ponto avermelhado ➢ Calor crônico do tabaco ou bebida quente • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão múltipla: 1) Nevo branco esponjoso ➢ Doença genética ➢ Genodermatose (doença dos tecidos de revestimento determinada geneticamente) 2) Leucoplasia pilosa ➢ Língua ➢ Com aspectos de pelos na borda da língua ➢ Vírus EBV em pacientes imunossuprimidos, como em pacientes portadores de AIDS ➢ Estrias brancas verticais isoladas até placas na borda da língua ➢ Bilaterais ➢ Distribuição simétrica ➢ É comum confundir com líquen plano, porém esse está associada em mais regiões e não só na língua. ➢ Tratamento: aciclovir 3) Candidíase hiperplasia crônica/ Candidíase Leucoplásica ➢ Região de retrocomissura ➢ Se for persistente é recomendado biópsia. 4) Sífilis secundária ➢ Paciente com sinais e sintomas sistêmicos ➢ Dor de garganta, febre, coceira na pele (costas), dor de cabeça, mal estar, dor muscular ➢ Múltiplas placas esbranquiçadas ➢ Lesões bucais podem apresentar como manchas vermelhas ou úlceras ➢ Máculas vermelhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés ➢ Solicitação VDRL e FTA-ABS Queilite actínica Leucoplasia Líquen plano • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão única e focal e não apresentar um possível fator de irritabilidade: 1) Leucoplasia • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão única, porém difusa: 2) Queilite actínica ➢ Lábio ➢ Perda de nitidez do limite entre pele e mucosas da vermelhidão do lábio associada ou não a áreas acastanhadas devido a exposição crônica à radiação UV ➢ Também podem ser observadas áreas vermelhas (erosivas), descamativas, ulceradas e de placas brancas ➢ Se a região estiver ulcerada, possivelmente está progredindo para um Carcinoma Espinocelular, especialmente se a borda estiver elevada ou áreas endurecidas. • Se na raspagem a lesão não se desprender e for uma lesão múltipla: 1) Líquen plano ➢ Doença mucocutânea ➢ Natureza autoimune ➢ Lesões estriadas de aspecto rendilhado na mucosa jugal de distribuição bilateral ➢ Podem haver lesões brancas, erosivas e/ou ulceras na língua, lábio, gengivas ou outros locais ➢ Muito difícil ser em sítio único. ➢ Dificilmente um paciente com líquen plano fica sem alguma lesão ➢ Biópsia parcial é recomendada para o diagnóstico • Se todas as possibilidades forem descartadas: 1) Leucoplasia ➢ Lesões múltiplas ➢ Não removível por raspagem ➢ Distribuição focal e localizada ➢ Comportamento mais agressivo ➢ Língua e assoalho da boca ➢ Aspecto clínico não homogêneo – mistura de cores ➢ Superfície irregular ➢ Exposição a fumo e álcool. Carcinoma espinocelular ÚLCERAS BUCAIS Traumática Mecânico Físico Químico Viral GEHA Herpes Varicela Doença das mãos, pés e boca Neoplásica Carcinoma espinocelualr Linfomea Câncer de glâdula salivar Infecções Histoplasmose paracococidiodomicose Tuberculose Sífilis Auto-imune Ulceração aftosa recorrente eritema multiforme pênfigo/penfigóide Linquen plano Lupues eritematoso Elas surgem em decorrência de traumas, infecções, doenças autoimunes e até tumorais. CRÔNICO Ulcerações com desenvolvimento mais progressivo AGUDO Ulcerações da cavidade bucal com início abrupto 1) ÚLCERA TRAUMÁTICA • Traumas mecânicos são os mais comuns ➢ Mordedura ➢ Próteses desadaptadas ➢ Arestas cortantes de dentes ➢ Cavidades de cárie ➢ Trauma durante a escovação • Queimaduras térmicas ou químicas • Lesões traumáticas normalmente são solitárias • Contorno irregular • Remoção do agente agressor • Ulceras que não regridem ou não cicatrizam completamente em até 10 dias devem ser reavaliadas e uma novas hipóteses devem ser consideradas • Uso de corticoides tópicos como Omcilon-a em orabase e dexametasona Elixir • Ad-muc é uma pomada fitoterápica a base da camomila com eficácia e segurança em úlceras bucais comprovadas em vários estudos. São benignas. Possíveis diagnósticos: Úlcera Traumática Mucosite Varicela Doença das mãos – pés-e-boca Eritema multiforme Herpangina Gengivaestomatite herpética aguda Sífilis primária 2) MUCOSITE • Agente irritativo por radiação ionizanteou por agentes quimioterápicos. • Efeito adverso muito importante e relevante do tratamento antineoplásico. • A lesão inicia-se com área eritematosa que evolui para placas brancas descamativas. • Com a progressão da lesão, há formação de ulcerações que são extremamente dolorosas. • Dor severa • Porta para agentes infecciosos • Na quimioterapia, as lesões podem ocorrer da boca até os anus • Na radioterapia, as lesões são restritas ao local da irritação. • Uso de laser baixa potencia para tratamento e prevenção. 1) VARICELA • Infecção viral – varicela-zoster • Usualmente ocorre até 9 anos de idade • Cada lesão progride rapidamente de um eritema, passando por vesícula, pústula e crosta endurecida 2) DOENÇA DAS MÃOES-PÉS-E-BOCA • São as primeiras a se desenvolver • Sintomas sistêmicos: dor de garganta disfagia, febre • Lesões iniciam com vesículas, mas elas se rompem • Ocorrem principalmente nas bordas das palmas das mãos e plantas dos pés, bem como superfície ventral dos dedos das mãos e dos pés 3) ERITEMA MULTIFORME • Agudo e de origem incerta • Infecção procedente de herpes simples ou exposição a drogas como analgésicos ou antibióticos • Mais em adultos • Múltiplas placas eritematosas que evoluem para grandes erosões ou ulcerações rasas com bordas irregulares associadas com dor. • Distribuição difusa, com menos frequência em gengiva e palato duro • Crostas hemorrágicas são comuns. 1) GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA AGUDA (GEHA) • Manifestação primária da infecção pelo vírus de herpes simples • Usualmente a infecção é assintomática, normalmente só 12% dos casos apresentam GEHA. • Paciente com até 5 anos de idade, menos frequente em pacientes mais velhos • Todos os sítios da boca são cometidos • Região peribucal • Vesículas puntiformes que rapidamente se rompes e formam inúmeras lesões erosivas 2) HERPANGINA • Enterovírus assim como a doença das mãos-pés-e-boca • Manifestações clinicas distintas da mesma infecção • Fase aguda de dor de garganta, disfagia e febre • Áreas eritematosas que evoluem para vesículas que rapidamente se rompem e ulceram • São lesões dolorosas 1) SÍFILIS PRIMÁRIA • Infecção bacteriana sexualmente transmissível • Causada pelo Treponema pallidum • Câncro sifilítico • Úlcera solitária indolor usualmente acompanhada de linfadenopatia bilateral • Diagnóstico como VDRL e PRP e testes sensíveis como FTA-ABS e MHA-TP • Tratamento: penicilina • Solicitar também exame de HIV. 1) ÚLCERA TRAUMÁTICA CRÔNICA • Intensidade do trauma e duração. • Benigna • Permanência do agente agressor + baixa intensidade • Bordas rasas e sintomatologia dolorosa 2) SIALOMETAPLASIA NECROTIZANTE • Infecção bacteriana sexualmente transmissível • Benigna • Condição inflamatória rara e leva a necrose das glândulas salivares menores • Trauma, próteses mal adaptadas, cirurgias prévias, entre outros. • Período curto • Múltiplas lesões 1) ÚLCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE (UAR) • Condição idiopática caracterizada por úlceras recorrentes envolvendo a mucosa bucal não ceratinizada. • Benigna • Pode ser desencadeada por estresse, alergia, deficiência nutricional, trauma, alimentação com frutas cítricas, diferentes temperos • Predisposição genética • Há 3 formas distintas: a) Menor ➢ Mais frequente ➢ Ulceras rasas e pequenas (0,3-1cm) em mucosa não ceratinizada ➢ Podem ser precedidas por máculas eritematosas com queimação ou sensação de prurido ➢ Duração de 7 a 14 dias ➢ Curam sem deixar cicatrizes ➢ Episódio entre as lesões é variado b) Maior ➢ 1 a 3 cm ➢ Maior duração 2 a 6 semanas ➢ Podem deixar cicatrizes c) Herpetiforme ➢ Maior número de lesões ➢ Maior frequência ➢ Cada lesão mede de 1 a 3 mm ➢ Não confundir com herpes (mucosa ceratinizada) ➢ Pode demostrar mais de 100 lesões 2) HERPES RECORRENTE • Período longo • Benigna • Doenças autoimunes • Múltiplas lesões • Após a infecção primária com herpes simples, o vírus migra através de nervoso sensitivos até o gânglio do trigêmeo, onde permanece em estado de latência • Situações que modifiquem o seu estado imunológico como episódios solares aguda, diminuição da imunidade por infecção, estresse, trauma, podem causar a reativação do vírus • Regiões que são recobertas por mucosa ceratinizada associada a tecido ósseo (gengiva e palato duro) • Região perilabial • Fase de vesículas representa o estágio contagioso 3) LÍQUEN PLANO • Doença mucocutânea • Potencialmente maligna • Afeta a maioria adultos e pacientes do sexo feminino. • É comum em episódios de estresse emocional ou baixa imunidade • Pode ser reticular (lesão branca) • E erosiva • Áreas eritematosas atróficas com graus variados de ulceração central • Periferia das regiões atróficas é usualmente circundada por estrias brancas. • As lesões erosivas acometem principalmente a língua, mucosa jugal e gengiva. ➢ Gengiva descamativa ➢ Não é específica do líquen plano • Diagnóstico confirmado por realização de biópsia incisional. • Dexametasona ou propionato de clobetasol. • Associação com nistatina – para não ter infecção fúngica de candidíase. (corticoide = imussupressão) 4) PÊNFIGO VULGAR • Menos recorrente que o líquen plano • Benigna • Tem inicio com vesículas ou bolhas que se rompem deixando extensas áreas de erosão ou ulcerações superficiais irregulares distribuídas ao acaso em toda mucosa bucal • Lábio, palato, ventre lingual e gengiva costumam ser os locais mais acometidos. • Sinal de Nikolsky – aplicação de uma pressão lateral firme em uma área da mucosa ou pele aparentemente normal • Se a bolha se formar após o procedimento: + • Biópsia incisal 5) PENFIGÓIDE CICATRICIAL • Também conhecido como penfigóide benigno das membranas das mucosas • Doença autoimune que ataca proteínas responsáveis pela adesão entre epitélio e membrana basal • Benigna • Pacientes adultos e do sexo feminino • O teto das bolhas ou vesículas é mais espesso que o observado nas bolhas do pênfigo vulgar, esta demora mais para romper • Ulceras dolorosas e persistem até meses. • Períodos de remissão e exacerbação • Associado a cegueira 6) LÚPUS ERITEMATOSO • Benigna • Ocorre em maior frequência em mulheres • Sintomas incluem febre, perda de peso, artrite, fadiga e mal estra • 50% dos pacientes desenvolvem uma lesão sobre a região zigomática e nasal em formato de asa de borboleta (exantema malar), que tende a piorar com a exposição ao sol. • Localizações mais comuns são palato, mucosa jugal e gengiva • Áreas granulomatosas, liquenóides, até ulceradas • Cometimento do rim 1) SÍFILIS SECUNDÁRIA • Benigna • Sintomas comuns são linfadenopatia, dor/ardência de garganta, mal estar, dor de cabeça, perda de peso e dores musculares • Diagnóstico VDRL e FTA-ABS • Penicilina 7) TUBERCULOSE • Benigna • Causada por bactéria Mycobacterium Tuberculosis • Primária -assintomática • Secundária – acometimento dos pulmões, febre baixa, sudorese noturna, mal estar, perda de peso, tosse e dor torácica • Manifestações bucais são raras • Principal morte de pacientes com AIDS • A lesão é uma úlcera indolor que tem predileção pela língua, palato ou lábio. • Linfoadenopatia também pode ser observadoa • 8) HISTOPLASMOSE • Infecção fúngica • Doença assintomática ou restrita aos pulmões • Maior frequência em pacientes idosos, debilitados ou imunodeprimidos. • Sintomas sistêmicos como febre, cefaleia, mialgia, tosse e perda de peso. • Língua, palato e mucosa jugal • Biopsia é necessária para descarta neoplasia maligna 9) PARACOCCIDIODOMICOSE • Benigna • Infecção fúngica profunda causada por Paracoccidioides brasiliensis • Atinge mais homens • Usualmente trabalhadores rurais • Afeta os pulmões • Sintomas são febre baixa, suoresnoturnos e emagrecimento. • Ulceras de contornos e bordas irregulares, com superfície granulomatosa (lembra uma amora) • São dolorosas na mastigação • Lábio, orofaringe e mucosa jugal • Aspecto moriforme (morango) • Biópsia 1) CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) • 95% dos casos de tumores malignos da cavidade bucal • É mais comum como úlcera, mas pode se apresentar como uma placa ou nódulo. • Exposição ao fumo, consumo de álcool • Indolor, bordas elevadas e endurecidas • Borda da língua e assoalho da boca • Lesões avançadas na língua tendem a gerar dor irradiada que pode ser confundida com dor no ouvido • A taxa de mortalidade do CEC é alta e apenas 50% dos pacientes estão vivos após 5 anos de diagnóstico. • Lesões malignas no lábio também são comuns – exposição aos raios UV. 2) NEOPLASIA MALIGNAS DE GLÂNDULAS SALIVARES (NMGS) • 5% das lesões malignas da cabeça e do pescoço • Não há fatores associados • Acomete as glândulas salivares • Palato, mucosa labial e mucosa jugal • Inicialmente são nódulos de crescimento lento com coloração que pode variar de semelhante a mucosa até mais azulada • Mais comuns são Carcinoma Adenóide Cístico, Carcionoma Mucoespidermoide e Carcinoma de Células Acinares 3) LINFOMAS • Apresentam 3,5% dos tumores malignos da cavidade oral • Pacientes imunossuprimidos • Fortes associações com EBV • Tonsilas são o local mais acometido, seguido de palato, gengiva, língua • Sintomas como sudorese noturna, febre e perda de peso são fortes indicativos. • Lesão radiolúcida de limites mal definidos • Linfonodos palpáveis com características de malignidade associados são encontrados com frequência. 1) CANDIDÍASE ATRÓFICA CRÔNICA • Caracterizada por área eritematosa difusa pontilhada ou granulosa na mucosa de revestimento do palato duro associados às áreas chapeáveis das próteses. Erosão é definida como perda parcial do tecido epitelial sem resultar na exposição do tecido conjuntivo. Gera um aspecto de vermelhidão. Devido a maior visualização do componente vascular presente no tecido conjuntivo subjacente. Além disso, pode-se relatar desconforto do local, em especial sensação de ardência, que ocorre devido à diminuição da espessura epitelial e, consequentemente, maior estímulo das terminações nervosas presentes no tecido conjuntivo. • Infecção fúngica oportunista • Não é necessário exames complementares. • Tratamento: Nistatina suspensão oral 100.000 Ul/ml, gel miconazol em orobase. • Orientar a higienização, a remoção da prótese a noite, colocar a prótese de molo em um copo de água com uma colher de sopa de hipoclorito de sódio (Qboa) ou solução de digluconato de clorexidina 0,2%. 2) ESTOMATITE DE CONTATO • Reação de hipersensibilidade, ou seja, inflamatória, associada a algum tipo de material. • Áreas avermelhadas, eritematosas limitadas ao local de contato com os aparelhos removíveis. • Ardência e dor no local • Inicialmente, o dentista pode suspeitar de candidíase atrófica crônica, porém após terapia com antifúngico, a lesão não regride. • Resolução: troca do aparelho protético de resina por metal. 3) LESÃO ASSOCIADA A TRAUMA POR SEXO ORAL (FELAÇÃO) • A felação é a estimulação do pênis com a boca • Lesão avermelhada, normalmente ovalada, única, na região posterior do palato duro/anterior palato mole 1) GENGIVITE DESCAMATIVA • Alteração gengival inflamatória de aspecto erosivo/avermelhado • Pode ser sinal de algumas doenças autoimunes mucocutâneas, como líquen plano erosivo, o pênfigo vulgar e o penfigóide benigno de mucosa. • Eritema, edema e ulcerações em mucosa gengival • Sintomatologia dolorosa ou ardência • Biópsia parcial/incisional • Corticoide em placa de acetato 1) LÍNGUA GEOGRÁFICA • Desordem inflamatória de etiologia desconhecida • Afeta o epitélio da língua • Conhecida como glossite migratória benigna ou eritema migratória • Áreas despapiladas, lisas, levemente avermelhadas • Podem apresentar língua esbranquiçadas em torno das erosões • Ardência local, dor e queimação • Não requerem tratamento. 2) GLOSSITE ATRÓFICA • Despapilamento do dorso lingual de forma localizada, multifocal e generalizada. • Carência de vitamina B, ácido fólico. Anemia, diabetes. • Eritema difuso devido à ausência ou atrofia das papilas, deixando um aspecto liso conhecido como “língua careca”. • Risco de candidíase • Tratamento promove apenas a diminuição de sintomatologia 3) GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA • Quadro inflamatório da porção mediana em associação direta com a infecção de candidíase. • Manifestação clínica da candidíase eritematosa no dorso da língua. • Área despapilada, avermelhada, central no dorso de língua com forma ovalada ou romboide. • Ardência • Medicamento: antifúngico 4) CANDIDÍASE ATRÓFICA AGUDA • Forma eritematosa que se caracteriza pela erosão/vermelhidão do dorso da língua de forma difusa, associada à sensação de queimação. • Uso crônico de antibióticos, xerostomia e imunossupressão • Língua careca. 5) ERITROLEUCOPLASI/ERITROPLASIA • Potencialmente malignas • É um subtipo de leucoplasia. • Lesões avermelhadas com placas ou manchas esbranquiçadas. • Principal fator etiológico: fumo. • Diagnóstico clinico, porém é realizado biópsia se faz necessária para saber se há ou não displasia epitelial. 1) LÍQUEN PLANO EROSIVO • Caráter autoimune • Áreas de atrofia, que costumam ser circundadas por finas estrias brancas • Quadros de ardência e dor em boca • Causa é desconhecida • Biópsia para diagnóstico • Tratamento com Nistatina (infecções secundárias por candidíase) 2) MUCOSITE • Caráter inflamatório • Reação inflamatória comum no tratamento quimioterápico e/ou radioterápico • Tratamento é paliativo, visando acelerar o processo de reparo tecidual. • Antifúngico para evitar a infecção de candidíase. 3) REAÇÃO LIQUENÓIDE • Caráter inflamatório • Devido ao uso de medicamentos ou amálgama • Clinicamente elas não podem ser diferenciadas do líquen plano • Amálgama, captopril, carnamazepina, alopurinol, fenitoína, furosemida, isoniazida e propranolol. 1) ERITROPLASIA/ERITROLEUCOPLASIA • Potencialmente maligna • Biópsia • Quando essas lesões estão situadas em soalho e língua merecem uma atenção especial pois elas apresentam um risco maior de transformação para carcinoma espinocelular. 2) LIQUEN PLANO EROSIVO • Pouco comum • Não é realizado biópsia nesse local, mas como costuma ser região múltipla, é feito a biópsia em outro local. 1) QUEILITE ACTÍNICA • Potencialmente maligna associada à exposição crônica à luz UV. • Áreas brancas (placas ou manchas) e áreas erosivas/ vermelhas, bem como crostas, fissuras e descamações. • Protetor labial. 2) QUEILITE ANGULAR • Representa uma forma de candidíase eritematosa situada nas comissuras labiais. • Eritema, fissuras e descamação nas comissuras 3) QUEILITE EXFOLIATIVA • Fissuras e descamação persistente da vermelhidão do lábio, envolvendo frequentemente ambos os lábios. • Mulheres são mais afetadas • Relacionados a traumas crônicos secundário, como lamber, morder, picar ou sugar os lábios, que podem estra ou não associados a distúrbios psicológicos. 1) Tórus palatino • Tórus= exostoses, ou seja, área onde ouve formação excessiva de tecido ósseo. • Bilaterais • Morfologia variável • Localização: palato duro. 2) Tórus mandibular • Tórus= exostoses, ou seja, área onde ouve formação excessiva de tecido ósseo. • Bilaterais • Morfologia variável • Localização: cortical lingual da mandíbula na região de pré-molares. 3) Carúnculas sublinguais • Estruturaanatômica 4) Papila parotídea • Estrutura anatômica 5) Papilas circunvaladas • Estrutura anatômica 6) Grânulos de Fordyce • São pápulas amareladas em mucosa jugal ou labial, que representam glândulas sebáceas em mucosa bucal. Benigna (reacional) Benigna (tumoral) Maligna Mucocele Fibroma Carcinoma espinocelular (CEC) Rânula Lipoma Tumor maligno de glândula salivar Hiperplasia inflamatória Hemangioma Fibroma ossificante periférico Linfangioma Granuloma piogênico Papiloma Lesão de células gigantes Tumor benigno de glândula salivar 1) Mucocele • Causada pela ruptura de um ducto de uma glândula salivar, levando o acumulo de mucina/muco no interior dos tecidos moles. • A coloração depende da profundidade da lesão, sendo as mais superficiais translúcidas/azuladas e as mais profundas de coloração semelhante à observada na mucosa normal adjacente. • Localização preferencial: lábio inferior • Mais ou menos 1 cm de diâmetro e com limites bem definidos • Precisa de biópsia excisional (total) seguida de exame histopatológico. • Remoção de glândulas salivares menores da região. 2) Rânula • Mucocele localizada em assoalho bucal • Glândula sublingual, no custo da glândula sublingual ou em glândulas salivares menores presentes no assoalho de boca. • Tumefação azulada • Flutuante • Pode causar a elevação da língua 3) Hiperplasia inflamatória • Trauma de baixa intensidade • Apresenta crescimento lento • Localização variável e depende do trauma • Pode apresentar superfície tanto lisa quanto irregular/ lobulada. • Remoção do tecido hiperplásico total • Análise histológica para confirmar o diagnóstico • Remoção do fator irritativo 4) Fibroma ossificante periférico • Trauma • Lesão contém material mineralizado • Radiografia periapical • Representa um crescimento de tecido mole com focos de tecido mineralizado no interior • Coloração semelhantes à da mucosa adjacente ou pálida • Superfície lisa ou lobulada • Pode ser séssil ou pediculada • Endurecimento • Pode causar deslocamento dos dentes próximos • É mais comum na gengiva 5) Granuloma piogênico • Crescimento de tecido mole ricamente vascularizado • Coloração avermelhada • Superfície friável, em muitos causos, ulcerada • Pode ser séssil ou pediculada • É mais comum na gengiva • Tente a ser mais vermelho do que as outras lesões 6) Lesão periférica de células gigantes • Lesão restrita à gengiva ou rebordo alveolar • Pode haver erosão do tecido ósseo • Coloração varia do vermelho ao vermelho azulado • A base pode ser séssil ou pediculada • Superfície pode ser lisa, lobulada até mesmo ulcerada • Muito difícil diferenciar do granuloma piogênico. ➢ Tumores benignos tem crescimento lento e expansivo ➢ Origem mesenquimal (tecido conjuntivo) ➢ Confirmação histopatológica 1) Fibroma • Tumor de tecido mole que tem origem nos fibroblastos • Mucosa jugal • Nódulo liso, bem delimitado, de coloração semelhante à da mucosa adjacente • Base séssil ou pediculada • Pacientes negros pode ser mais pigmentado • Não excedem 1,5cm. 2) Lipoma • Origem nos adipócitos • Nódulo séssil ou pediculado, bem delimitado, de superfície lisa • Mais comum na mucosa jugal e vestíbulo • Lesão superficiais são mais amareladas, os mais profundos são da cor da mucosa subjacente. • Menos de 3 cm • As vezes apresenta coloração amarelada 3) Linfangioma • Vasos linfáticos • 50% durante o nascimento e o restante se desenvolve nos primeiros anos de vida. • 2/3 anteriores da língua • Mal delimitada e superficial • Superfície pedregosa • Remoção completa 4) Hemangioma • Vasos sanguíneos • Limites mal definidos • Coloração arroxeada • Superfície irregular • Teste: pressão – a lesão fica esbranquiçada • Não é recomendada biópsia ou remoção cirúrgica • Utiliza-se diascopia/vitropressão • Evita-se cirurgia por risco de hemorragia e não saber a extensão da lesão 5) Papiloma • Células do epitélio de revestimento da mucosa • Infecção do papiloma vírus humano (HPV) • Nódulo exofítico, séssil ou pediculado, com projeções superficiais que pode variar de branca a semelhante a da mucosa. • Biopsia excisional seguida de exame histopatológico • Costuma ser lesão pequena (5mm) e solitária • Aparece cristais ➢ Tumores malignos tem crescimento rápido e infiltrativo. ➢ Destrutivo ➢ Manifestação clinica mais comum é úlcera. QUAL É O NÚMERO DE LESÕES? ÚNICA Mucocele Rânula Angina bolhosa hemorrágica MÚLTIPLAS Herpes lbial recorrente Penfigo vulgar Penfigóide benigno de membrana de mucosa Vesícula e bolha são lesões de crescimento superficial, contendo líquido no seu interior, sendo vesícula o termo para referir a lesão com até 3mm, e a bolha a lesão com mais do que 3mm. 1) MUCOCELE (FENÔMENO DE EXTRAVASAMENTO DE MUCO) • Rompimento do ducto excretor de uma glândula salivar menor, seguido pelo derramamento de mucina que fica acumulado no interior do tecido conjuntivo. • Principal fator etiológico: trauma • Coloração azulada ou translúcida • Assintomática • Maior frequência na mucosa labial inferior • Maior incidência: sexo feminino e entre crianças de 8 a 14 anos de idade. • Tratamento: remoção da lesão, do trauma e das glândulas salivares menores circunvizinhas 1) RÂNULA • É um tipo de mucocele • Ocorre na região de assoalho de boca devido à ruptura de um ducto da glândula sublingual (salivar maior) • Lesões extensas podem elevar a língua • Lesões mais superficiais: mais azuladas • Lesões mais profundas: cor da mucosa • Tratamento é variado ➢ Criar uma nova via de drenagem – marsupialização ➢ Remover a glândula Podem aumentar e diminuir de tamanho. Eventualmente rompem, liberam muco e cicatrizam. 2) HERPES LABIAL RECORRENTE • É uma doença infecciosa causada pelo vírus do herpes simples tipo I(HSV-1) • Apenas 1% apresenta a manifestação primária (gengivoestomatite herpética aguda ou primária) • 45% das pessoas infectadas desenvolve a reativação do vírus, desencadeada por fatores como estímulos locais, exposição labial, imunossupressão, estresse e alterações hormonais. • Múltiplas vesículas e rompem no intervalo de 24 a 48 horas • Não deixa cicatriz • Prurido, dor, ardência e eritema 3) PÊNFIGO VULGAR • É uma doença autoimune mucocutânea crônica que se caracteriza pela formação de bolhas intraepiteliais • Etiologia desconhecida • Mais comum em paciente de 40 a 50 anos. • Sinal de Nikolsky – tração delicada da mucosa clinicamente não afetada. Se após alguns minutos, houver despendimento da mucosa e produção de uma ferida, considera-se o sinal de Nikolsky positivo • Exame histopatológico de uma biópsia pacial/incisional • Imunofluorescência Geralmente iniciam como lesões vesicobolhosas. Após rompimento tornam-se úlceras. 4) PENFIGÓIDE BENIGNO DE MEMBRANA DE MUCOSAS • É uma doença autoimune, mucocutânea, vesicobolhosa, que afeta predominantemente as mucosas bucais e conjuntivas • Bolhas raramente são vistas • Pode deixar cicatrizes • Adultos/idosos e mulheres • Biopsia incisional e exame histopatológico é fundamental • Imunofluorescência direta 5) ANGINA BOLHOSA HEMORRÁGICA • Bolhas/ vesículas contendo sangue • Sem ou com dor • Etiologia: microtraumatismos, suscetibilidade individual e uso crônico de corticoides inalatórios • Associação com diabetes e hipertensão • Diagnóstico clínico QUAL É A COLORAÇÃO DO LÍQUIDO? TRANSLÚCIDA MUCOCLE RÂNULA HERPES LABIAL RECORRENTE PÊNFIGO VULGAR PENFIGOIDE BENIGNO DE MEMBRANAS MUCOSAS AZULADA MUCOCELE RÂNULA ARROXEADA/E NEGRECIDA ANGINA BOLHSA HEMORRÁGICA •Tempo de duração • Presença de hiperpigmentação em pele • Presença de sinais e sintomas sistêmicos como mal-estar, fadiga e perda de peso • Uso de medicamentos prescritos e não prescritos • Hábito de fumar 1) PIGMENTAÇÃO FISIOLÓGICA (RACIAL) • Pigmentação fisiológica comum em pacientes de pele escura • Maior atividade dos melanócitos e não aumento do seu número • Coloração acastanhada • Assintomática e nenhum tratamento é necessário. Podem ser variações do padrão de normalidade que são consideradas alterações patológicas (pigmentação racial-melanose), manifestações de doenças sistêmicas (doença de Addison) e tumores malignos (melanoma e sarcoma de Kaposi). •Melanina •Hemoglobina •Hemossiderina •Caroteno PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA •Medicamentos • Intoxicação por metais • Implantação de amálgama PIMENTAÇÃO EXÓGENA BENIGNAS BORDAS REGULARES, SÃO PEQUENAS, SIMÉTRICAS, DE SUPERFICIE PLANA OU LEVEMENTE ELEVADA E APRESENTA COR UNIFORME. MALIGNAS Bordas irregulares, cor heterogêneas e superfície ulcerada. 2) SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERES • É uma desordem genética rara associada a mutação do gene LKB1, localizado no cromossomo 19. • Manchas mucocutâneas, pólipos hamartomatosas intestinais e um risco aumentado de câncer em vários órgãos • Pontos pequenos e múltiplos em torno dos lábios • Não requerem nenhum tratamento e não apresentam risco de melanoma 3) DOENÇA DE ADDISON • Também chamada de hipoadrenalismo primário (hipoplasia de adrenal) • Destruição bilateral progressiva e autoimune do córtex da adrenal por doença autoimune. • A falta de hormônios adrenocorticais no sangue estimula a produção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela glândula ptuitária anterior. Esse hormônio induz o hormônio estimulante de melanócitos. • Manchas marrons difusas na pele e na mucosa bucal, palato e língua • Fraqueza, vômito, dor abdominal, constipação ou diarreia, perda de peso e hipotensão. • Pode ser fatal se não tratada. 4) PIGMENTAÇÃO POR METAIS PESADOS • Níveis aumentados de metais pesados na circulação sanguínea (chumbo, bismuto, mercúrio, prata, arsênico e ouro) • Exposição ocupacional a seus vapores • Tratamento com drogas que contém metal, tais como os arsênios, utilizados para sífilis, foram comuns no passado • Água ou tinta contaminadas com chumbo • É raramente observado em boca • Linha azulada ou preto no longo da margem gengival, parecendo ser proporcional ao grau de inflamação gengival associada ao acúmulo de placa. 5) SARCOMA DE KAPOSI • É uma lesão maligna vascular multifocal vista predominantemente em HIV- positivos. • O aparecimento desse tumor indica progressão da AIDS • Herpes vírus humano (HHV8) tem sido associado a esse tipo de câncer. • Afeta palato duro, gengiva e língua. • Lesões iniciais são planas ou levemente elevadas (placas) e dor castanha ou roxa frequentemente bilaterais. • Lesões mais avançadas aparecem como placas ou nódulos vermelho escuros ou arroxeados, que podem exibir ulceração, sangramento e necrose. • Requer biópsia 6) PIGMENTAÇÃO INDUZIDA POR DROGAS • Acúmulo de melanina, depósito da droga ou de um dos seus metabólitos, síntese de pigmentos sob a influência de drogas ou deposição de ferro após dano dos vasos. • Região mais afetada é o palato. • Tendem a desaparecer após a suspensão do uso da droga Antimaláricos: quinacrina, cloroquina e hidroxicloroquina Minociclina Clofazimina Doxorubicina Quinidina Minociclina Cetoconazol Belomicina Zidovudina (AZT) Clorpromazina Amiodarone Ciclofosfamida Tetraciclina Contraceptivos orais Busullfan 5-Fluoracil 7) PIGMENTÇÃO PÓS INFLAMATÓRIA • Longa duração • Como líquen plano • É mais frequente em pele escuros • Múltiplas áreas de pigmentação, de coloração castanha a preta, que são notadas junto a lesões reticulares ou erosivas de líquen plano. • Histologicamente, há aumento da produção de melanina pelos melanócitos e acúmulo presentes na lâmina própria. 8) MELANOSE DO FUMANTE • Aumento da produção de melanina, que confere defesa biológica contra agentes nocivos presentes no tabaco. • 21,5% dos fumantes • A intensidade da pigmentação é relacionada a duração e a quantidade de cigarros consumidos • Mulheres são mais afetas do que homens, o que sugere provável efeito sinérgico entre o fumo e hormônios sexuais. • Lesões variam de cor marrom a preta • Porção anterior da gengiva labial seguida da mucosa jugal • Aparece dentre de 3 anos após a cessação do fumo 1) HEMANGIOMA E MALFORMAÇÃO VASCULAR • Hemangioma é a proliferação benigna de células endoteliais que contornam os canais vasculares. • Malformação vascular é uma anomalia estrutural dos vasos sanguíneos sem proliferação celular. • As duas são anormalidades de desenvolvimento que surgem na infância. • A lesão pode ser plana ou levemente elevada e varia de cor de vermelho a arroxeada, dependendo do tipo de vaso envolvido (capilares, veias ou artérias) e profundidade da lesão nos tecidos. • Vitropressão – deixa as lesões mais pálidas • O tratamento com substancias esclerosantes (escletoterapia) pode ser empregado quando o paciente apresenta dor, refere hemorragias recorrentes ou queixa estética • Tende a regredir em crianças. • Medicamento: oleato de monotanolamina a 5% (Ethamolin) 2) VARIZES E TROMBOS • Varizes ou varicosidades são veias anormalmente dilatadas, vistas principalmente em pacientes com mais do que 60 anos. • Ventre da língua • Coloração azulada ou arroxeada • Sitio mais comum é a língua • Trombo não muda de cor quando pressionado. • Nenhum tratamento é necessário. 3) HEMATOMA E OUTRAS ALTERAÇÕES HEMORRAGICAS • São causadas pelo extravasamento de sangue para os tecidos moles • Lesões planas (manchas) ou elevadas (placas) que não mudam de cor com vitropressão • Distúrbios sistêmicos (trombocitopenia púrpura idiopática) ou como resultado de trauma • Bilirrubina ou biliverdina – vermelha, roxa, azul ou azul escuro 4) TATUAGEM POR AMÁLGAMA E PIGMENTAÇÕES POR OUTROS CORPOS ESTRANHOS • É uma das causas mais comuns de pigmentação intrabucal. • Lesão plana (mancha) azulada ou acinzentada de dimensões variáveis. • Gengiva e a mucosa alveolar são os sítios mais comuns • Nenhum sinal de inflamação • Se for grande – são radiopacos em radiografias intrabucais. 5) MÁCULA MELACNÓTICA/MÁCULA MELANOCÍTICA • É uma lesão pigmentada benigna comum no lábio inferior, e que pode ser vista em sítios intrabucais com gengiva, mucosa jugal e palato. • Aumento da produção de melanina sem aumento do número de melanócitos. • Menores que 1 cm em diâmetro e mostram limites bem definidos • Mais frequente são lesões únicas • Benigno e não apresenta risco de transformação em melanoma • Biópsia é necessária. 6) NEVUS PIGMENTADO • São causas raras de pigmentação focal e representam tumores benignos das células produtoras de melanina (melanócitos/células névicas) • Coloração marrom ou azul • Os nevus se caracterizam pela presença de um acúmulo de células névicas (melanócitos) na camada basal do epitélio., no tecido conjuntivo ou em ambos. • Nevus juncional são lesões planas de coloração marrom escuro, pois as células névicas proliferam na ponta das cristas epiteliais. • Nevus intramucoso e nevus composto são lesões de cor tipicamente marrom- claro e com formato de cúpula. • Remoção por biópsia e enviar para a Histopatologia. 7) MELANOMA • Menos de 1% de todas as malignidades bucais • Proliferação de melanócitos malignos ao longo da junção epitélio-conjuntivo, bem como no interior do tecido conjuntivo • Localização mais comum é no palato, que soma 40% dos casos, seguido da gengiva • Cirurgia radical • Quimio e radioterapia são ineficazes • Incidência maior em homens de 40 a 70 anosa) Mancha marrom ou preta assimétrica, de crescimento lento e com bordas irregulares b) Massa/nódulo de crescimento rápido com ulceração, sangramento, dor e destruição óssea c) Alguns não produzem pigmentos, levando uma maior dificuldade no estabelecimento de diagnóstico (melanoma amelanótico) •Lesões que tem comportamente benigno, ou seja, não costuma levar o paciente a óbito. Este grupo inclui doenças inflamatórias, infecciosas ou não, tumores benignos. Em geral, são lesões que podem ser tratadas com mais facilidade pelo CD geral, embora algumas delas sejam mais complexas, e as vezes, podem ecigir atuação em coloração com médicos. BENIGNAS •Lesões que exigem maior curidado, pois existe risco de haver transformação maligna ao longo do tempo, seja o paciente tratado ou não. A identificação dessas lesões é funamental para fazermos diganóstico precoce de câncer, interceptando uma lesão que o precede. POTENCIALMENTE MALIGNAS • Compreenda os cânceres de diferentes tipos, stiuações que devem ser prioridade para tratamento. No grupo de pacientes que apresentam essas lesões, demora para começar o tartamento representa o mairo risoc de mutilação, menos chance de cura e menor tempo de sobrevivência. MALIGNAS Placa ou mancha, predominante branca, que não pode ser caracterizada clínica nem patologicamente como qualquer doença; FREQUÊNCIA Estima-se que a prevalência desta lesão oscile em torno de 1% FATORES ETIOLÓGICOS Fumo, bebidas alcoólicas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Predileção pelo gênero masculino 40-60 anos Mais vistas em fumantes APRESENTAÇÃO CLÍNICA: Assintomática Única ou múltipla Tamanho variável Coloração branca e podem combinar com áreas vermelhas Limites podem ser bem demarcados ou imprecisos LEUCOPLASIAS HOMOGÊNEAS São uniformes em cor e textura Predominantemente brancas Textura suave Fina ou levemente enrugada Mais comum e menos agressiva Mais frequente em gengiva e na mucosa jugal LEUCOPLASIAS HETEROGÊNEAS Superfície irregular ou verrucosa Ventre da língua e borda da língua Displasia epitelial ou até mesmo de carcinomas espinocelulares em estágio inicial Comportamento mais agressivo, com maior frequência de transformação maligna ao longo do tempo. DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico por eliminação, associado à biópsia parcial (múltipla quando a lesão for) e exame histopatológico complementar. ALTERAÇÕES ARQUITETURAIS ALTERAÇÕES CELULARES Estratificação epitelial irregular Variação anormal no tamanho nuclear (anisonucleose) Perda da polaridade em forma de gota Variação anormal na forma nuclear (pleomorfismo nuclear) Aumento do número de mitoses Variação anormal no tamanho celular (anisocitose) Presença de mitoses na metade superficial do epitélio Pleomorfismo celular Ceratinização individual Aumento da proporção núcleo/citoplasma Presença de pérolas de ceratina Aumento do tamanho nuclear Papilas epitelial em forma de gota Mitoses atípicas Aumento do número e tamanho dos nucléolos CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS HIPERCERATOSE: Aumento da espessura da camada de ceratina, que pode ser constituída de paraceratina (hiperparaceratose) ou ortoceratina (hiperortoceratose). Em geral, essa alteração é uma resposta adaptativa frente à agressão produzida por agentes externos. HIPERPLASIA EPITELIAL: aumento da espessura do tecido epitelial como um todo, devido ao aumento da proliferação epitelial. ACANTOSE: aumento da proliferação epitelial das células da camada espinhosa do epitélio, levando ao aumento da espessura epitelial e ao achatamento da interdigitação típica da interface epitélio-conjuntivo DISPLASIA EPITELIAL: a presença de displasia é definida a partir da identificação de alterações na forma de o epitélio se organizar (alterações arquiteturais) e nas células (alterações celulares TRATAMENTO Uso de laser (remoção com laser de dióxido de carbono), a crioterapia (remoção de lesão com aplicação de nitrogênio líquido) e cirurgia convencional (remoção cirúrgica com bisturi) Leucoplasia sem displasia epitelial: Se possível, remover toda a lesão, mas esse procedimento não é considerado obrigatório. Submeter o paciente a controle clínico periódico, com realização de consultas de revisão a cada 6 meses Leucoplasia com displasia epitelial: Remoção total da lesão e controle clínico periódico, com realização de consultas de revisão a cada 3 meses até completar 2 anos. Se, após este período, não houver mudanças negativas (ver explicação abaixo) na evolução da doença, aumentar o intervalo das consultas para 6 meses PROGNÓSTICO Maior risco de se tornarem malignas quando: Localização: lesões na língua e assoalho de boca Tamanho: maior do que 2cm em extensão (para lesões múltiplas, considera-se a soma dos maiores diâmetros das lesões) Tipo clínico: lesões não homogêneas Alterações microscópicas: lesões em que houver displasia epitelial A- Candidíase atrófica crônica; B- Queilite angular B- Lesão traumática D- granuloma piogênico Lesão da mucosa bucal que seja vermelha e que não possa ser classificada como nenhuma outra lesão vermelha conhecida do ponto de vista clínico ou histopatógico. FREQUÊNCIA 0,02 a 0,2% FATORES ETIOLÓGICOS Tabaco e bebidas alcoólicas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Plana (mancha) ou como uma depressão em relação aos tecidos vizinhos (erosão) Na maioria das vezes, está associada a leucoplasias. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Lesões traumáticas Candidíase Doenças autoimunes (líquen plano, pênfigo vulgar, penfigóide benigno de membranas mucosas, lúpus eritematoso) Carcinoma espinocelular Outras doenças . CONDUTA/TRATAMENTO Biópsia parcial Excisão cirúrgica Suspensão dos fatores de risco E- Lúpus eritematoso F- gengivite descamativa G- tuberculose H – Histoplasmose Desordem potencialmente maligna observada nos lábios devido à exposição crônica aos raios solares (radiação ultravioleta-UV) FREQUÊNCIA Não há estimativas precisas FATORES ETIOLÓGICOS Radiação UV CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Perda de nitidez no contorno do lábio, devido a presença de manchas e placas brancas na mucosa de transição do lábio Placas brancas espessadas Áreas descamativas – lábios que descascam Áreas ulceradas Áreas crostosa (de casca) Áreas endurecidas à palpação Áreas erosivas/eritematosas Áreas acastanhadas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Surgimento de edema e vermelhidão, podendo evoluir para vesículas/bolhas que se rompem, formam úlceras e depois crostas CONDUTA/ TRATAMENTO Protetor solar labial – FPS 30, 4x ao dia Bepantol creme – fina camada a noite Líquen plano (LP) é uma doença mucocutâneas, inflamatória crônica, mediada por células T, de potencial de malignização discutível FREQUÊNCIA 0,5 a 4% da população geral FATORES ETIOLÓGICOS Doença autoimune de causa desconhecida CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Mulheres Pessoas com mais do que 40 anos Pessoas ansiosas ou estressada Ocorrência em crianças é incomum 50 a 70% dos pacientes com a doença tem manifestações bucais Reticular: forma mais típica, são estrias (linhas brancas) que se entrecruzam formando um arranjo em rede ou anéis. Mucosa jugal, bilateral e simétrica Atrófica: como o efeito do ataque dos linfócitos, algumas camadas de células epiteliais podem ser perdidas, levando o aparecimento de lesões vermelhas que deveriam ser chamadas de erosões. Contudo, elas são chamadas de atróficas. Papulosa/ Placa: manifestação na forma de pápulas brancas não removíveis por raspagem é comum Erosiva: presença de lesões ulceradas, as quais surgem pelodestacamento do epitélio como resultado do ataque dos linfócitos aos ceratinócitos basais. Bolhosa: rara e se rompem facilmente. SÍTIOS ACOMETIDOS Mucosa jugal, gengiva, dorso da língua, mucosa labial e mucosa de transição do lábio. DIAGNÓSTICO Recomenda-se biópsia parcial para confirmação do diagnóstico Avaliação histológica DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Mordiscamento crônico da mucosa (morsicatio) Candidíase pseudomembranosa – passe gaze ou espátula Outras doenças autoimunes – pênfigo vulgar, penfigóide benigno de mucosas e lúpus eritematoso. Lesões liquenóides: reações de contato causadas por metais de restauração dentária; A- Candidíase pseudomembranosa, B – gengivite descamativa, C e D– Reação linquenóide CONDUTA/ TRATAMENTO Tratar sintomas quando houver. • Aproximadamente 95% dos casos, o tipo de tumor maligno encontrado na boca é do tipo carcinoma espinocelular. • Câncer de boca, definido de forma simplificada, consiste em um distúrbio do processo de renovação da mucosa bucal de forma simplificada, vezes, por hábitos relacionados ao estilo de vida. • Em função desses hábitos, ocorrem mutações em genes que controlam os eventos evolvidos na renovação da mucosa bucal, resultando na multiplicação descontrolada de células que têm capacidade de se infiltrar nos tecidos vizinhos. • Estas células tem a capacidade de se disseminar e se instalar em tecidos/ órgãos distantes (metástases), levar à destruição de outros órgãos e, muitas vezes, levar o paciente a óbito. • 15.000 – 16.000 ➢ 11.140 em homens e 4350 mulheres • Alta taxa de mortalidade de câncer de boca quando comparado ao restante do mundo. • Taxa ainda se mantém inalterada durante décadas ➢ Combinação de fatores que incluem atraso no diagnóstico, demora na busca por atendimento especializado por parte dos pacientes e lentidão do sistema de saúde no momento em que o paciente está diagnosticado e busca por tratamento. • Um dos grandes problemas relacionados ao câncer de boca é o diagnóstico tardio, o que leva a necessidade de tratamento cirúrgicos mutiladores e uma baixa taxa de sobrevida de 5 anos. 1) CONSUMO DE ÁLCOOL E FUMO • São os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de boca. • Quanto mais cigarros o indivíduo fuma ao longo da vida, maior o risco de desenvolver câncer de boca. • Um dado interessante e que pode ser utilizado no encorajamento dos fumantes ao abandono do hábito é que o risco ao desenvolvimento. • O consumo de álcool (etanol) tem aumentado em várias populações e faixa etária dos indivíduos consumidores tem sido cada vez mais baixa. ➢ Aumenta a permeabilidade da mucosa bucal a carcinógenos presentes no tabaco, mas também que atua sistematicamente prejudicando o sistema imunológico. ➢ Acetaldeído seria o principal responsável pelas alterações relacionadas ao câncer bucal 2) EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA • A exposição desprotegida à radiação ultravioleta é o principal fator associado ao câncer de lábio. 3) VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO (HPV) • HPV 16 causa câncer de boca ou se ele apenas se sobrepõe em lesões já estabelecidas. 4) DIETA • Consumo de frutas e saladas atenua o risco aumentado para o desenvolvimento de câncer bucal em fumantes, sendo este efeito protetor maior em fumante leves. • Deficiências nutricionais favorecem a ocorrência de câncer de boca. 5) CONSUMO DE CHIMARRÃO • Temperatura elevada e componentes da própria erva-matte. • Evidências não são suficientes consistentes para afirmar que o chimarrão é um fator de risco para o câncer de boca. Úlcera indolor, de bordas endurecidas e elevadas que não cicatriza após duas semanas de acompanhamento. LOCALIZAÇÃO COMUM Língua e assoalho bucal LESÕES ULCERADAS Úlcera indolor, de base endurecida, bordas elevadas/ roladas com área de necrose central Pode se confundir com úlceras traumáticas, herpes secundário, ulceração aftosa recorrente, micoses profundas, sífilis, sialometaplasia necrosante. LESÕES BRANCAS Leucoplasia não homogênea LESÕES EROSIVAS/VERMELHAS Eritroplasia LESÕES PROLIFERATIVAS/NODULARES Lesões de consistência endurecida Comum na região de retrocomissura, ventre da língua e assoalho bucal É determinado pela biópsia seguida do exame anatomapatógico. TNM – CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA Categorias T – Exame físico e diagnóstico por imagem Categorias N – Exame físico e diagnóstico por imagem Categorias M – Exame físico e diagnóstico por imagem. • Educação que levam à mudança de conceitos e hábitos, que não se modificam em campanhas curtas e datas pontuais. • Programa de educação continuada • Sinais e sintomas que podem indicar presença de uma CEC ➢ Úlceras que não cicatrizam ➢ Desconforto ou dor persistente na boca ➢ Manchas/placas brancas, vermelhas ou que intercalam as duas cores; ➢ Dificuldade (disfagia) ou dor (odionofagia) para engolir ➢ Dificuldades para falar (dislalia) ou mudança de voz ➢ Nódulos endurecidos e fixos na região submandibular ou do pescoço ➢ Perda de peso ➢ Mal hálito (halitose) 1) TUMORES MALIGNOS DE GLÂNDULAS SALIVARES a) CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE • Aumento de volume • Assintomático • Coloração igual a da mucosa adjacente ou azulada • Paralisia do nervo fácil (se o tumor for localizado na glândula parótida) • 20 a 70 anos • Localização preferencial: glândula parótida e palato • Tratamento: excisão cirúrgica com margem de segurança • Prognóstico: em geral muito bom, sendo observado taxa de mortalidade de 10% em 5 anos. b) CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO • Aumento de volume de crescimento lento • Dor • Paralisia do nervo facial • Mucosa integra ou ulcerada • Faixa etária adultos (>30 anos) • Localização preferencial: palato, glândula parótida e glândula submandibular • Tratamento: excisão cirúrgica com margem de segurança, associada ou não a radioterapia complementar. • Prognóstico: agressivo, taxa de sobrevida de 25 a 70% 2) MELANOMA • Manchas (estágios inicias) ou nódulos (estágio mais avançado) • Coloração marrom ou preta, com áreas de maior e menor intensidade • Bordas irregulares • Áreas ulceradas podem estar presentes • Idade: 50 anos • Localização preferencial: palato e gengiva • Tratamento: excisão cirúrgica com ampla margem de segurança. Possibilidade de associação com radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. • Prognóstico: reversado. Taxa de sobrevida de 20% • Avaliação e manejo antes do tratamento oncológico ➢ Realizar o exame clínico (anamnese + exame físico extra + intra bucal) e exames de imagem (radiografia panorâmica e periapicais) para diagnosticar possíveis focos de infecção e de trauma ➢ Orientação dos pacientes, familiares e/ou cuidadores sobre os possíveis efeitos adversos do tratamento oncológico que será realizado na boca do paciente. ➢ Orientação de higiene bucal (escova extra-macia, dentifrício sem laurilsulfato de sódio, enxaguatório oral não alcoólico e se possível contendo flúor), a qual deve ser realizada 3 vezes ao dia ➢ Profilaxia, raspagem supra/ e ou subgengival ➢ Selamento de cavidades de cáries Cirurgia, RxT ou Qxt, de forma isolado ou em associações. ➢ Extrações dentárias de dentes sem condições de reabilitação ou dentes com potencial de gerar processos inflamatórios ou infecciosos, como quadros de infecções nos tecidos moles adjacentes (pericoronarite) ➢ Tratamento endodôntico de dentes sem vitalidade pulpar, quando houver tempo suficiente para realiza-lo ➢ Retirada de aparelhos ortodônticos ➢ Suspensão de próteses removíveis após o início da terapia ➢ Planejamento de próteses bucais e bucomaxilofaciais que visam reabilitar o
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