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PSICOLOGIA E 
EDUCAÇÃO ESPECIAL
DOCENTE: JOSCILANE BRITO
Boas vindas ao 
semestre 2021.1!!!
3
PLANO DE AULA
 UNIDADE DE ENSINO 1: CONTEXTO HISTÓRICO, SOCIAL E 
NORMATIVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
• SEÇÃO 1: Contexto histórico e social da deficiência. 
• SEÇÃO 2: Políticas públicas em educação especial na perspectiva da 
educação inclusiva. 
• SEÇÃO 3: Desafios da inclusão escolar nos dias atuais.
4UNIDADE DE ENSINO 2: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO 
FUNDAMENTAL E OS SERVIÇOS OFERECIDOS PELA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA
• SEÇÃO 1: Diretrizes normativas da educação especial na perspectiva da 
educação inclusiva.
• SEÇÃO 2: Serviços oferecidos pela educação especial na perspectiva da 
educação inclusiva. 
• SEÇÃO 3: Inclusão escolar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
5UNIDADE DE ENSINO 3: PÚBLICO-ALVO DA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: DEFINIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO 
E INTERVENÇÃO
• SEÇÃO 1: Público-alvo da educação especial: caracterização dos 
comportamentos definidores.
• SEÇÃO 2: Público-alvo da educação especial: caracterização dos 
comportamentos definidores.
• SEÇÃO 3: Público-alvo da educação especial: estratégias de intervenção
6
UNIDADE DE ENSINO 4: POSSIBILIDADES DE 
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
 SEÇÃO 1: As deficiências e o trabalho do psicólogo na comunicação do 
diagnóstico às famílias.
 SEÇÃO 2: Possibilidades de intervenção do psicólogo na educação 
especial na perspectiva da educação inclusiva.
 SEÇÃO 3: Estratégias para intervenção do psicólogo na elaboração de 
currículos de ensino.
7
FERRAMENTAS DE PESQUISA
Biblioteca Virtual como ferramenta de apoio ao estudo.
• https://biblioteca-virtual.com/unopar
Contexto histórico e 
social da deficiência 
na Educação 
Especial a partir da 
perspectiva da 
Educação Inclusiva
8
O QUE É 
INFÂNCIA ?
9
10
NOÇÃO DE INFÂNCIA
 Noção de infância
 Obra clássica de Philippe Ariès – Historiador francês
 “História social da criança e família”
 Analisar a infância do ponto de vista histórico, apontando sobre a sua situação nos
dias atuais
 Análise iconográfica – famílias europeias- séc VII em diante
 A influência do processo de escolarização com o sentimento de infância e de
família.
 Passando por alterações significativas ao longo da história.
 A infância é uma invenção recente!
11
 Baixa Idade Média:
 Construção do “sentimento de infância”.
 Ausência das crianças nas representações pictóricas.
 Não havia distinção entre o mundo dos adultos.
 Noção de privacidade.
 Ex.: vida sexual dos adultos não era algo oculto das crianças.
 Alto índice de mortalidade.
 O que aconteceu para que começasse a se construir uma nova visão
sobre a infância?
12
Diminuição da mortalidade infantil e a possibilidade de
apego, restrita até então, devido às altas taxas de
mortalidade na Idade Média
 Surgimento de uma nova moral baseada na necessidade
de preservação da inocência e da racionalidade supostas
nesta fase da vida
Influência das reformas católicas e protestantes que
criaram o “sentimento de infância”.
13
 Forma-se uma visão ambígua sobre a criança:
• Ingênua e inocente.
• Um ser inacabado, incompleto
CURIOSIDADE!!!
Um indivíduo só conseguia legitimar sua própria
identidade depois que conseguisse passar uma certa idade,
sendo capaz de realizar atividades semelhantes aos
adultos.
14
“A infância não é um tempo, não é uma idade, uma
coleção de memórias. A infância é quando ainda não é
demasiado tarde. É quando estamos disponíveis para nos
surpreendermos, para nos deixarmos encantar.”
Mia Couto, 2015.
15
A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE DEFICIÊNCIA
 Pré-história
 Quem não ajudava na caça e na pesca era abandonado em
lugares perigosos.
 Antiguidade:
 a sociedade organizada em hierarquias visando às atividades
econômicas, como agricultura e artesanato.
 Sustenta-se em ideais de perfeição
 As pessoas que não atendiam aos padrões estabelecidos pela
sociedade eram eliminadas ou abandonadas.
16
 Exemplos:
 Em Esparta, aqueles que não apresentavam comportamentos típicos para um
guerreiro eram sacrificados. Em Atenas, cultuavam-se o belo e a perfeição pelo
corpo.
 Em Roma, os indivíduos com deficiência eram vendidos no mercado de escravos ou
tinham como função divertir os convidados da alta sociedade.
 Deficiência era provocada por um agente externo, marcada por abandono,
eliminação, escravidão.
17
 Idade Média:
 Ocorre uma transformação no tratamento dispensado às pessoas com
deficiência. Modifica-se devido à disseminação do Cristianismo na Europa.
 A rejeição transforma-se na ambiguidade proteção/segregação ou, em nível
teológico, no dilema caridade/castigo.
 Em meados do século XIII, foi criada a primeira instituição para indivíduos com
deficiência, na Bélgica. O tratamento visava à alimentação, realização de exercícios
e aspiração de ar puro para minimizar os efeitos da deficiência.
 A deficiência passou a ser concebida, por um lado, como um sinal de manifestação
do pecado cometido pelos pais ou familiares.
18
 Idade Moderna:
 Aliado ao um sistema de produção com base no capitalismo mercantil, as
pessoas com deficiência não são produtivas e oneraram a sociedade.
 Idade contemporânea:
 Surgem as primeiras investigações científicas sobre as questões
relacionadas às deficiências
 Preocupação com a insuficiência cultural, biológica e educacional
oriunda da deficiência
 Exemplo: estudos de Jean Itard em relação ao caso do Menino Selvagem
19
SITUAÇÃO - PROBLEMA
 Após estudarmos os diferentes momentos históricos, vamos voltar
no tempo e imaginar que estamos na Pré-história. Dentre as
principais características desse período, destacam-se: o nomadismo,
como estilo de vida; a caça e a pesca, como mecanismos de
sobrevivência. Durante a caça, um integrante da tribo foi atingido na
região dos olhos por um animal que o atacou. Sem conseguir
enxergar, ficou perdido e abandonado na floresta. Com a chegada
do inverno naquela região, seus companheiros se deslocaram para
outro local em busca de novos alimentos, como fazem os povos
nômades. Tendo como base esse período histórico e a concepção
que existia sobre as pessoas que não contribuíam com a caça e a
pesca, qual seria o tratamento destinado a esse membro da tribo?
CURTA-METRAGEM-
VIDA MARIA.
20
Reflexão...
21
Pergunta...
22
Houve uma época na qual as pessoas não possuíam uma habitação fixa, pois 
dependiam das condições alimentares presentes em cada ambiente. Nessa época, o 
povo nômade sobrevivia da caça e da pesca e, por essa razão, aqueles que não 
contribuíam com tais práticas eram abandonados em lugares perigosos. Nesse 
contexto, é importante ressaltar que os excluídos englobavam qualquer um que não 
contribuía com a caça e a pesca. O autor está se referindo a qual período histórico:
a) Antiguidade 
b) Pré-modernidade 
c) Era pós moderna 
d) Pré-historicidade 
e) Pré-história
23
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
 A Primeira República e interesse nos estados inferiores da 
inteligência.
 profissionais que estudavam na Europa voltaram entusiasmados 
com o intuito de modernizar o Brasil.
 Os médicos foram os primeiros a estudar os casos de crianças com 
prejuízos mais graves e criaram instituições para crianças junto a 
sanatórios psiquiátricos. 
 1900: “4° Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia”: Carlos Eiras 
apresentou sua monografia intitulada: “A Educação e Tratamento 
Médico-Pedagógico dos Idiotas”.
24
 Maior interesse pelas pessoas com deficiência após medidas
ligadas ao higienismo e à saúde pública.
 Movimento higienista:
- século XIX e início do século XX;
- Orientação positivista;
- Formado principalmente por médicos;
- Buscava influenciar o Estado para obter investimentos;
- Regulação não só da saúde como de outras esferas da vida.
25
- Olhar voltado para a criança que não aprende; 
- Influenciando as ações clínicas, individualizadas e normativas em psicologia 
nas escolas.Essas ações são limitadas tanto para investigar, quanto para 
intervir em problemas. Contudo, perdurou por muitos anos e influencia até 
hoje as expectativas do trabalho do psicólogo escolar em instituições 
educacionais. 
- Primeiro modelo de atuação do psicólogo.
• Utilizava de testes psicométricos; 
• Técnicas e estratégias de ajuste;
• Esse paradigma de atuação apenas situava o profissional dentro da escola, 
mas não diretamente sobre ela e para ela.
26
 A presença da psicologia da educação se deu principalmente
através da criação de critérios para classificar, agrupar, 
quantificar os sujeitos que não estavam dentro dos padrões 
ideais dominantes de uma época.
 Rótulos...
• Normais e anormais;
• Idiotas, imbecis e retardados;
• Criança problema;
• Carente ou deficiente.
27
A concepção de deficiência predominante era a de que
se tratava de uma doença, em geral atribuída à sífilis,
tuberculose, doenças venéreas, pobreza e falta de
higiene.
 Século XX - fase de estruturação da república:
- discrepâncias regionais mais acentuadas;
- Transformações político-sociais;
- Mudanças na educação.
28
 Antes da primeira Guerra Mundial:
- Estagnação econômica;
- Sistema dualista (elite nacional e classe média);
- As classes populares não tinham acesso a educação.
 Depois da primeira Guerra Mundial:
- “surto industrial”
- Mudanças no modelo econômico
- Demanda por mão de obra qualificada.
- Inicia-se um processo de popularização da escola primária pública.
29
- redução do tempo de estudo e a multiplicidade dos turnos = política de educação 
popular reduzida.
 A vertente psicopedagógica da educação de pessoas com deficiência no Brasil 
ganha força.
 Movimento do Escolanovismo:
- poder da educação e democratização do ensino;
- interesse pelas pesquisas científicas;
- preocupação em reduzir as desigualdades sociais e em estimular a liberdade 
individual da criança;
- Enquanto grandes pesquisas estatísticas e psicométricas vinham sendo 
desenvolvidas.
30
 Cunha (1988) aponta um contraponto do movimento higienista:
que apesar de defender a diminuição das desigualdades sociais, ao
enfatizar as características individuais, a proposição de ensino
adequado e especializado, a adaptação de técnicas de diagnóstico e
especificamente do nível intelectual, muito contribuiu para a
exclusão dos diferentes das escolas regulares naquela época.
 Passou-se haver uma obrigatoriedade do ensino, ao mesmo tempo
em que a segregação daqueles que não atendiam as exigências
escolares, passou a ser justificada pela adequação da educação que
lhes seria oferecida.
31
 A situação da educação de pessoas com deficiência intelectual no Brasil, 
até por volta de 1935:
- Não houve solução escolar para elas;
- As conceituações sobre deficiência eram contraditórias e imprecisas; 
- A concepção de deficiência intelectual englobou diversas e variadas 
crianças, com comportamentos divergentes das normas sociais 
estabelecidas pela sociedade e então veiculadas nos padrões escolares.
- A escassa educação dos pessoas com deficiência intelectual neste 
período representava síntese dos enfoques e procedimentos 
primeiramente franceses e posteriormente europeus e norte-americanos.
32
 Século XX no Brasil:
- despreocupação com a conceituação, com a
classificação e com a criação de serviços.
- A pequena seleção dos “anormais” na escola ocorria em
função de critérios ainda vagos e baseados em “defeitos
pedagógicos” e os escolares considerados, por exemplo,
como “subnormais intelectuais”.
33
 UM DADO CURIOSO!!!
 Pesquisa realizada pelo médico psiquiatra e psicólogo social Arthur 
Ramos:
- 2 mil crianças de escolas públicas do Rio de Janeiro, consideradas 
“crianças problemas”; 
- Foram acompanhadas durante cinco anos (de 1934 a 1939) no Serviço de 
Higiene Mental do Escolar.
 Concluiu-se que: 
- somente uma porcentagem insignificante destas crianças mereceria, a 
rigor, a denominação de ‘anormais’, isto é, aqueles escolares que não 
poderiam ser educados pela escola comum.
34
ASSISTÊNCIA À DEFICIÊNCIA NO ESTADO NOVO
 1937 a 1945 - Estado Novo:
- forte controle estatal;
- centralização da Educação;
- retrocesso no processo de democratização do ensino.
 A ênfase na educação como equalização das oportunidades de
ascensão social, vai ceder lugar às mensagens patrióticas para
despertar a consciência nacional para a necessidade de centralizar
o poder político.
 Lenta evolução e tendência para a privatização dos
estabelecimentos nas instituições especializadas.
35
 Pós Segunda Guerra Mundial:
- houve maior expansão no número de estabelecimentos de ensino
especial para pessoas com deficiência.
- 1954: criada a primeira escola especial da Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE), no Rio de Janeiro.
- 1958: Ministério de Educação começou a prestar assistência técnica-
financeira às secretarias de educação e instituições especializadas.
- 1961: é promulgada a Lei 4.024 de Diretrizes e Bases, com a
expressão “educação de excepcionais”.
36
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) de 1961 é
considerada um marco inicial das ações oficiais do poder público na área
de educação especial, que antes se restringiam a iniciativas
regionalizadas e isoladas no contexto:
- dois artigos que tratava da “educação dos excepcionais”:
- Art. 88. A educação de excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-
se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade.
- Art. 89. Toda iniciativa privada considerada eficiente pelos conselhos
estaduais de educação, e relativa à educação de excepcionais, receberá
dos poderes públicos tratamento especial mediante bolsas de estudo,
empréstimos e subvenções.
37
 1973: Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp), junto
ao Ministério de Educação; que iria se constituir no primeiro
órgão educacional do governo federal, responsável pela
definição da política de educação especial.
 I Plano Nacional para a Educação Especial: tendência de
privilegiar a iniciativa privada em detrimento dos serviços
públicos de ensino especial.
 1976 a criação do Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social (Sinpas).
38
 1996: versão da LDBEN na qual foi inserida pela primeira vez a Educação Especial.
 Capitulo exclusivo sobre esse tema: o capitulo V.
 O conceito adotado em tal documento apresentou um caráter de transição, com
adoção do termo “integrar” e não “incluir”.
 Integração não envolveria uma mudança radical na estrutura da escola.
 Lógica normalizadora, dado que se espera da criança uma adaptação às estruturas e
práticas vigentes, aproximando-se da criança considerada normal.
 Educação inclusiva: educação para as diferenças, para a aceitação do diferente, do
outro, o que pressupõe que os sistemas educacional e social devem, em alguma
medida, adaptar-se para receber a criança diferente.
39
 Constituição Federal Brasileira de 1988:
- democratização da educação brasileira; 
- dispositivos para tentar erradicar o analfabetismo; 
- Universalizar o atendimento escolar; 
- melhorar a qualidade do ensino; 
- implementar a formação para o trabalho;
- formação humanística, científica e tecnológica do país;
- assegurou que a educação de pessoas com deficiência deveria ocorrer, 
preferencialmente na rede regular de ensino e garantiu ainda o direito ao 
atendimento educacional especializado.
40
 1990: ocorreu uma reforma administrativa que extinguiu a SEESPE
e a Secretaria Nacional de Educação Básica (Seneb) assumiu a
responsabilidade de implementar a política de educação especial.
 A Constituição Federal de 1988 reconheceu a assistência social
como dever de Estado no campo da seguridade social, e não mais
como política isolada e complementar à Previdência.
 Havia uma centralização do recursos financeiros e políticas e
políticas de educação que começou a mudar com a extinção da
Legião Brasileira de Assistência (LBA) em 1995.
41
 Transferência dos recursos federais paraos Fundos
Municipais de Assistência Social, para prefeituras,
reforçando assim a tendência de ampliação da autonomia e
responsabilidade local em matéria de assistência social.
 Até então a LBA que financiava as instituições, definia quem
deveria ou não ser atendido.
 Qual o resultado disso?
 Uma política assistencialista mais do que educacional.
O QUE É UMA POLÍTICA 
ASSISTENCIALISTA?
42
43
 Enquanto isso...
- o sistema educacional público, até meados da década de noventa, o
principal problema educacional do Brasil era a repetência no ensino
de primeiro grau;
- Os alunos demoravam em média 12 anos para completar as oito
primeiras séries do primeiro grau, quando permaneciam na escola,
uma vez que a média de anos frequentados pela população era de
8,6 anos (Folha de São Paulo, 2001).
 repetência era critério básico para o diagnóstico da deficiência
intelectual
44
 Aumento no encaminhamento de indivíduos com baixo
rendimento escolar para os serviços de educação especial.
 havia problemas sérios nos procedimentos de avaliação e
diagnóstico.
 Além disso, mais da metade da população brasileira (64,7%)
vivia em níveis que variavam da miséria para a mais estrita
pobreza e detinha apenas 13,6% da renda produzida no país.
45
 O conceito de deficiência estava em parte sendo confundido
com os problemas sociais referentes à pobreza, e
particularmente relacionados à questão do fracasso escolar.
 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 
(2008): 
 Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de 
natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com 
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva 
na sociedade com as demais pessoas.
46
 Deficiência e Classe:
 Os vínculos entre deficiência e pobreza.
 A deficiência é causa e consequência da pobreza
 As pessoas com deficiência tem menor qualificação e 
escolarização
 Cerca de 80% das deficiências têm causas associadas à 
pobreza
 No Brasil, 27% das pessoas com deficiência vivem em 
situação de pobreza extrema e 53% são pobres (IBGE, 2000)
47
- Entre as décadas de setenta a noventa o Ministério de Educação
empreendeu três levantamentos estatísticos sobre a educação especial
no país:
- evolução pouco significativa da educação especial;
- Mesmo nos centros mais desenvolvidos do país, não era atingido o
princípio constitucional de acesso à escolaridade até os 14 anos de idade;
- o acesso à escola para alunos com deficiências ainda permanecia sendo
mínimo;
- agravante de servir muito mais ao processo de legitimação da
marginalidade social do que à ampliação das oportunidades educacionais
de crianças com deficiência.
48
Os alunos com deficiência que tinham algum acesso a
escola se defrontavam basicamente com duas
alternativas:
1. escola especial filantrópica que não assegurava a
escolarização;
2. classe especial nas escolas públicas estaduais, que mais
servia como mecanismo de exclusão do que de
escolarização.
49
 Destaques do sistema de educação especial:
- parecia se limitar a generalizar a partir do rótulo básico;
- Concentrava-se na recuperação ou remediação de supostas etapas
que faltavam ao aluno;
- propensão de não se trabalhar assuntos acadêmicos, e de enfatizar
supostos pré-requisitos para tais habilidades;
- Os currículos nas classes especiais, pareciam se limitar ao
desenvolvimento de programas de prontidão num modelo
tipicamente remediativo que pressupunha que os problemas
estivessem centrados no indivíduo.
50
- infantilização do aluno com deficiência, a partir de um
raciocínio equivocado que supunha que eles deveriam
aprender habilidades típicas do nível pré-escolar, para
adquirir “prontidão” para a alfabetização.
- A estratégia instrucional se resumia a treinar os alunos
em atividades supostamente preparatórias, com ênfase
na repetição.
51
 Resumindo....
 Conforme Ferreira (1989) sob o termo “educação especial”
ainda se encontrava no Brasil até o final de década de
noventa vários procedimentos para, primeiramente isolar
indivíduos considerados deficientes / diferentes, e serviços
centrados na função de efetuar diagnóstico para a
identificação, na montagem de arranjos, enquanto que não
se discutia currículo e estratégias instrucionais.
52
Ao isolar os indivíduos em ambientes educacionais
segregados, rotulando-os de deficientes e tratando-os
como crianças pré-escolares, a educação que lhe era
oferecida acrescentava-lhes um duplo ônus: o rótulo e
estigma da deficiência com a consequente exclusão social,
além da minimização das suas potencialidades através de
uma educação de qualidade inferior (Ferreira, 1989).
53
Classes e escolas especiais:
- baseadas no principio da segregação educacional;
- Transformação do ensino especial num espaço onde era
legitimada a exclusão e discriminação social;
- a educação especial, em um forte mecanismo de
seletividade social na escola pública.
54
A educação especial no contexto da reforma de 
meados dos anos noventa: o advento da “educação 
inclusiva”?
 Constituição Federal de 1988
 Discurso esperançoso decorrente dos direitos sociais conquistados
 iniciou-se uma onda de reforma no sistema educacional
 ações
 oficiais empreendidas sob a justificativa da necessidade de alcançar
a “equidade”, traduzida pela universalização do acesso a todos à
escola, e à “qualidade do ensino”.
55
 o país vai sendo cada vez mais pressionado por agências
multilaterais a adotar políticas de “educação para todos” e de
“educação inclusiva
 sociedade inclusiva passou a ser considerada um processo de
fundamental importância para o desenvolvimento e a
manutenção do estado democrático, a educação inclusiva
começou a se configurar como parte integrante e essencial
desse processo.
56
PERSPECTIVAS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
 século XIX: iniciativas isoladas e precursoras na área de educação 
especial.
 Apenas na década de setenta, é que se constata uma resposta mais 
abrangente da sociedade brasileira a esta questão
 Seu início coincidindo con auge da hegemonia da filosofia da 
“normalização e integração” no contexto mundial.
 Sustentando o pressuposto da segregação escolar como melhor 
forma atender para atender as necessidades educacionais 
diferenciadas desses alunos.
57
 Mudança filosófica orientada pela ideia de inserção escolar em 
escolas comuns.
 Até então tínhamos uma política tida como regida pelo princípio de 
“integração escolar”.
 Década de noventa: emergir o discurso da “educação inclusiva” ou 
da “inclusão escolar”.
 Mas há ainda um grande índice de alunos com necessidade 
educacionais fora de qualquer tipo de escola.
 As mazelas da educação especial brasileira não se limitam a falta de 
acesso, mas sobretudo à manutenção de uma educação apropriada.
58
 resultados dos últimos 30 anos de política de “integração escolar” foi provocar uma
expansão das classes especiais, favorecendo o processo de exclusão na escola
comum pública.
 Hoje, permanece um discurso retórico da Educação Inclusiva: ideologia importada
de países desenvolvidos, que representa um alinhamento ao modismo, pois não
temos lastro histórico na nossa realidade que a sustente.
 Ao mesmo tempo é justamente pela sustentação de uma perspectiva filosófica e 
política acerca da Educação Inclusiva que é possível avançar.
 Construção de uma escola brasileira pública de melhor qualidade para todos, e ao 
mesmo tempo, garantir que as especificidades da população alvo da educação 
especial sejam respeitadas.
MOMENTO PARA 
DÚVIDAS, REFLEXÕES E 
CONTRIBUIÇÕES...
59
60
 “Com relação aos dados da Educação Especial, o Censo Escolar registra uma evolução nas matrículas,
de 337.326 em 1998 para 700.624 em 2006, expressando um crescimento de 107%. No que se refere
ao ingresso em classes comuns do ensino regular, verifica-se um crescimento de 640%, passando de
43.923 alunos em 1998 para 325.316 em 2006, conforme demonstra o gráfico a seguir” (BRASIL, 2008,
p. 6).
Figura1.4 | Número geral de matrículas de acordo com o Censo Escolar/MEC/ INEP
Fonte: Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008, p. 6).
61
 A partir da análise dos dados apresentados Figura 1.4, em conjunto com o conhecimento discutido sobre a história da 
Educação Especial no Brasil, julgue as afirmativas seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F):
(.....) A Educação Especial, atualmente, é constituída como uma modalidade de ensino substitutiva ao ensino comum.
(.....) A Psicologia contribuiu com as práticas segregadoras, ao utilizar as técnicas advindas da Psicometria para rotular os 
estudantes no início do século XX.
(.....) O aumento no número de matrículas do público-alvo da Educação Especial nas escolas comuns ocorreu devido à 
elaboração de políticas públicas que abrangiam a inclusão escolar dessa população, a partir da implantação da Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional, no ano de 1996.
 Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta:
 a) V – V – V.
 b) F – V – F.
 c) V – F – F.
 d) F – F – V.
 e) F – V – V.
62
REFERÊNCIAS
Mendes, E. G. Breve histórico da Educação Especial no Brasil. Revista Educación y Pedagogía, 
vol. 22, núm. 57, mayo-agosto, 2010. Disponível em: 
https://revistas.udea.edu.co/index.php/revistaeyp/article/view/9842. Acesso em: 23/02/2021.
Ferreira, J. R., 1989, “A construção Escolar da Deficiência Mental”, tese de Doutorado, 
Campinas, Universidade Estadual de Campinas. Disponível em: 
http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/252591>. Acesso em: 23/02/2021.
https://revistas.udea.edu.co/index.php/revistaeyp/article/view/9842
http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/252591
Até a próxima aula!

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