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Apostila Dor lombar PROFISIO

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Prévia do material em texto

■ Introdução
A dor lombar é considerada um problema de saúde pública em todo o mundo.1 Há pouco 
tempo, uma revisão sistemática com 165 estudos de 54 países estimou que 23% da população 
apresentam dor lombar,2 que é a principal causa de incapacidade no mundo.3 Essa incapacidade 
e suas consequências físicas, psicológicas, sociais e econômicas representam um enorme fardo 
não só para o indivíduo com dor lombar, mas também para a sociedade.1 O impacto da dor lombar 
na sociedade é bem ilustrado por meio da análise dos custos diretos e indiretos dessa condição.4 
Os custos diretos referem-se aos custos dos cuidados de saúde para dor lombar, como serviços 
médicos e tratamentos fisioterapêuticos. Já os custos indiretos são geralmente relacionados 
com a perda da produtividade.4 Embora os custos da dor lombar variem em diferentes países, 
o impacto econômico é reconhecido em todo o mundo.4 Na Austrália, estimam-se custos diretos 
anuais de U$1,4 bilhão, com custos indiretos adicionais de U$10,9 bilhões.5 As estimativas dos 
custos diretos anuais nos EUA variam entre U$14,7 e U$90,6 bilhões.4 No Reino Unido, os custos 
diretos anuais são de U$2,6 bilhões, com custos indiretos adicionais de U$16,8 bilhões.6
A fim de abordar efetivamente os pacientes com dor lombar idiopática, os fisioterapeutas devem 
compreender sua definição, os possíveis fatores de risco, o prognóstico e os tratamentos 
recomendados. Além da compreensão, o julgamento clínico dos fisioterapeutas em relação à 
melhor abordagem deve basear-se em evidência clínica de alta qualidade e nas preferências dos 
seus pacientes.
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VInÍCIuS CunHA oLIVEIrA
dor LoMBAr IdIoPÁtICA
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 ■ oBjEtIVoS
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor 
 ■ defina e classifique a dor lombar;
 ■ identifique os possíveis fatores de risco e o prognóstico para dor lombar idiopática;
 ■ identifique os tratamentos recomendados para dor lombar idiopática;
 ■ discuta a importância da interação terapeuta-paciente na dor lombar idiopática.
 ■ ESquEMA ConCEItuAL 
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Conclusões
Interação terapeuta-paciente
Definição e classificação
Possíveis fatores de risco e 
prognóstico Fatores prognósticos
Fatores de risco
Efeito clínico
Fisioterapia
Tratamentos fisioterapêuticosTratamento
Recomendação sobre 
abordagem dos fisioterapeutas
Caso clínico 3
Caso clínico 1
Caso clínico 2Casos clínicos
 ■ dEfInIção E CLASSIfICAção 
A dor lombar é definida como dor incapacitante na região posterior do corpo, entre a 
margem inferior da décima segunda costela e a dobra inferior glútea, que dura pelo menos 
um dia, com ou sem dor referida para perna.7 
Uma abordagem originalmente sugerida por Waddell8 classifica os indivíduos com dor lombar em 
três categorias,9 que são patologia séria da coluna vertebral, dor radicular e dor lombar idiopática. A 
patologia séria da coluna inclui doenças específicas, como câncer, fraturas, infecções, doença 
articular inflamatória e cauda equina. Já a dor radicular ocorre a partir de um problema na raiz nervosa 
da região lombossacral.8 A categoria remanescente e mais frequente é a dor lombar idiopática.8 
A dor lombar pode ser proveniente de várias estruturas da coluna vertebral, no entanto, as causas 
anatomopatológicas específicas não são claras em 85% dos casos.8 O diagnóstico diferencial da 
dor lombar idiopática é importante, principalmente para os casos de patologia séria da coluna, pois 
estes necessitam de encaminhamento para abordagens específicas. Alguns sinais e sintomas 
têm sido utilizados para ajudar no diagnóstico diferencial da dor lombar idiopática (Quadro 1).8,10
quadro 1
CLASSIfICAção dA dor LoMBAr
Categorias Possíveis sinais e sintomas
Dor lombar 
idiopática
 ■ Dor de natureza mecânica que varia com a atividade física e o tempo.
Dor radicular ■■ Dor unilateral na perna é pior do que dor na região lombar.
■■ Dor geralmente irradia para a região dos pés.
■■ Parestesia ou dormência no trajeto da dor irradiada.
■■ Sinal de irritação do nervo: teste de elevação da perna reta (straight leg raising test) 
positivo.
■■ Dermátomo e miótomo positivos para uma raiz nervosa específica.
Patologia 
séria
■■ Idade < 20 e > 55 anos.
■■ História de trauma.
■■ Dor constante, progressiva e não mecânica.
■■ Dor na região torácica.
■■ História prévia de câncer, uso de esteroides, abuso de drogas e aids.
■■ Perda de peso inexplicada.
■■ Restrição grave persistente da flexão lombar.
■■ Défice neurológico indicando lesão de múltiplas raízes nervosas (fraqueza muscular 
progressiva nas pernas e alteração na marcha).
■■ Dificuldade de micção.
■■ Perda de tônus do esfíncter anal ou incontinência.
■■ Dormência na região do ânus, do períneo e da genitália.
■■ Deformidade estrutural.
■■ Febre.
■■ Rigidez matinal.
■■ Limitação dos movimentos da coluna em todas as direções.
■■ Envolvimento de articulações periféricas (pés e mãos).
■■ Rachaduras na pele (psoríase), colite, corrimento uretral e irite.
■■ História familiar de desordens inflamatórias.
Fonte: Waddell (2004).8
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As diretrizes clínicas para dor lombar recomendam algumas abordagens durante avaliação clínica 
para diagnóstico diferencial da dor lombar (Quadro 2).9
quadro 2
rECoMEndAçÕES PArA dIAGnÓStICo dIfErEnCIAL dA dor LoMBAr
■■ Triagem para diferenciar dor lombar idiopática, dor radicular ou patologia séria.
■■ Realização de diagnóstico diferencial entre dor lombar idiopática e patologia séria da coluna, usando 
questionário para avaliar riscos/bandeiras vermelhas para presença de patologia séria.
■■ Inclusão de teste neurológico durante exame físico, incluindo o de elevação da perna reta (straight leg 
raising test).
■■ Consideração de fatores psicossociais/bandeiras amarelas, se não houver melhora clínica.
■■ Rotina de exames de imagem não está indicada para dor lombar idiopática.
Fonte: Koes e colaboradores (2010).9
A dor lombar é, muitas vezes, classificada pela duração dos sintomas em episódio agudo, 
subagudo, crônico e recorrente (Quadro 3).9 
quadro 3
CLASSIfICAção dA dor LoMBAr PELA durAção doS SIntoMAS
Aguda ■ < 6 semanas.
Subaguda ■ ≥ 6 semanas < 12 semanas.
Crônica ■ ≥ 12 semanas.
recorrente ■■ Igual ou superior a dois episódios nos últimos 12 meses.
■■ Cada episódio com duração ≥ 1 dia.
■■ Período livre de dor entre os episódios ≥ 30 dias.
Fonte: Adaptado de Koes e colaboradores (2010).9
A dor lombar aguda é geralmente classificada como um episódio que persiste por menos de 6 
semanas. Na dor lombar subaguda, os sintomas persistem por pelo menos 6 semanas, mas 
por menos de 12 semanas. Já, na dor lombar crônica, os sintomas persistem por pelo menos 
12 semanas.9 Especialistas classificam a dor lombar recorrente como aquela que ocorreu pelo 
menos duas vezes ao longo dos últimos 12 meses, com cada episódio durando pelo menos 1 dia 
e com pelo menos um período livre de dor de 30 dias entre os episódios.11
A classificação sugerida por Waddell8 e a duração da dor lombar têm guiado a 
tomada de decisão para esta condição em todo o mundo.9
LEMBrAr
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 ■ PoSSÍVEIS fAtorES dE rISCo E ProGnÓStICo 
A dor lombar idiopática tem sido descrita em um modelo biopsicossocial no qual os fatores de risco 
e o prognóstico para essa condição são determinados pela interação de aspectos físicos (p. ex., 
força muscular), psicológicos (p. ex., cinesiofobia) e sociais (p. ex., suporte social) (Figura 1).8
Ambiente social
Comportamento do problema
Sofrimento
psicológico
Atitudes e
crenças
Dor
Figura 1 – Modelo biopsicossocial para dor lombar.
Fonte: Adaptado de Waddell (2004).8
fAtorES dE rISCo 
Embora as causas anatomopatológicas específicas da dor lombar ainda não estejam claras para 
a maioria dos casos,8 alguns fatores de estilo de vida e ambientais têmsido identificados como 
possíveis fatores de risco (Quadro 4).8,12-22 
Têm sido reportados alguns possíveis fatores de risco para incidência ou recorrência de dor 
lombar, quais sejam:
 ■ obesidade;20,21 
 ■ engajamento em atividade física vigorosa ou sedentarismo;14,20,22 
 ■ sobrecarga física sobre a coluna vertebral;12-15,17,19 
 ■ estresse;16 
 ■ satisfação no trabalho;16 
 ■ tabagismo.18,20
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Evidências recentes sugerem que a genética é um importante fator que contribui para o 
desenvolvimento de dor lombar.23,24
quadro 4
PoSSÍVEIS fAtorES dE rISCo PArA InCIdÊnCIA 
ou rECorrÊnCIA dE dor LoMBAr IdIoPÁtICA
■■ Suscetibilidade genética.
■■ Gênero feminino.
■■ Idade entre 20 e 55 anos.
■■ Obesidade.
■■ Condicionamento físico.
■■ Tabagismo.
■■ Influências socioeconômicas em atividades ocupacionais (p. ex., nível educacional).
■■ Sofrimento emocional (p. ex., estresse).
■■ História prévia de lesão relacionada à coluna lombar.
■■ Sobrecarga física sobre a coluna vertebral.
■■ Atividade ocupacional envolvendo carga, postura inadequada, longo período sentado ou em ortostatismo.
■■ Atividade física (engajamento em atividade física vigorosa ou sedentarismo).
■■ Satisfação no trabalho.
■■ Qualidade do sono.
■■ Pouco suporte social.
A estimativa da contribuição da genética no desenvolvimento da dor lombar pode chegar a 67%.23,24 
Os estudos observacionais tradicionais que investigam os possíveis fatores de risco para dor 
lombar raramente consideram a suscetibilidade genética e, por isso, é difícil tecer conclusões 
sobre a causalidade desse problema de saúde. Alguns estudos,24,25 com o objetivo de investigar 
fatores de risco para dor lombar, tentaram recentemente controlar o efeito da genética como um 
fator causal para essa condição. 
Tais estudos24,25 usam gêmeos discordantes para a história de dor lombar e podem potencialmente 
identificar fatores de estilo de vida e ambientais que explicam as diferenças na história da dor lombar 
dos gêmeos, independentemente da suscetibilidade dos genes compartilhados.26 Esses estudos24,25 
contribuíram para a investigação dos fatores de risco ou de proteção para dor lombar. Constatou-
se que o engajamento em atividade física de lazer reduz o risco de futuros episódios de dor 
lombar (odds ratio [OR]: 0,21 e intervalo de confiança de 95% [IC]: 0,1-0,4).25 Futuros estudos usando 
gêmeos podem identificar outros fatores de risco importantes para dor lombar idiopática.24
fAtorES ProGnÓStICoS 
O prognóstico da dor lombar refere-se ao curso natural ou clínico do problema ao longo do tempo. 
O conhecimento do curso esperado da dor lombar pode ajudar os profissionais da saúde, incluindo 
os fisioterapeutas, a informar os pacientes sobre suas chances de recuperação.27 O prognóstico 
da dor lombar idiopática poderia ser considerado favorável, uma vez que os indivíduos com essa 
condição não apresentam patologia séria da coluna ou dor radicular. No entanto, apesar de os 
pacientes com dor lombar melhorarem de forma acentuada nas primeiras 6 semanas, níveis de 
dor e incapacidade baixos a moderados ainda estão presentes 12 meses depois.28 
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Na dor lombar aguda, por exemplo, uma revisão sistemática forneceu estimativas (média e IC 
de 95%) de 6 pontos para dor (IC de 95%: 3-10) e de 13 pontos para incapacidade (IC de 95%: 
11-15) em uma escala de 100 pontos 12 meses após a avaliação clínica inicial.28 As chances 
estimadas de recuperação incompleta 12 meses depois do início são de 28% para pacientes com dor 
lombar aguda29 e de 41% para episódios crônicos.30 Juntas, as chances estimadas de recuperação 
mostram que o prognóstico da dor lombar crônica é menos favorável do que o da dor lombar aguda.
Os fatores prognósticos na avaliação clínica inicial podem informar os aspectos 
associados com melhor ou pior prognóstico da dor lombar.27 A identificação de 
importantes fatores prognósticos adversos para dor lombar na avaliação clínica 
inicial pode ajudar os profissionais de saúde a compreender o curso dessa condição, 
a definir os grupos de risco27,31,32 e a fornecer ao paciente informações mais precisas 
sobre o curso provável do episódio e os tratamentos mais eficazes.27,31,32
LEMBrAr
Uma revisão sistemática31 identificou apenas alguns fatores prognósticos consistentemente 
associados a uma pior recuperação de dor lombar aguda e subaguda, como idade avançada e 
sintomas de dor ciática. Para a dor lombar crônica, algumas revisões sistemáticas31,32 relataram 
evidências conflitantes para a maioria dos fatores prognósticos investigados.
Alguns fatores prognósticos reportados na literatura31,33 para episódios de dor lombar agudos, 
subagudos, crônicos e recorrentes estão listados no Quadro 5. 
quadro 5
PoSSÍVEIS fAtorES ProGnÓStICoS PArA dor LoMBAr 
IdIoPÁtICA AGudA, SuBAGudA, CrÔnICA ou rECorrEntE
■■ Maior nível de incapacidade.
■■ Sintomas de dor ciática.
■■ Idade avançada.
■■ Saúde geral debilitada.
■■ Aumento do estresse psicológico ou psicossocial.
■■ Características cognitivas negativas.
■■ Problemas de relacionamento com colegas de trabalho.
■■ Altas demandas de trabalho físico no trabalho.
■■ Compensação devido à presença de dor lombar.
■■ Sedentarismo.
■■ Isolamento social.
No entanto, atualmente, a identificação de fatores prognósticos clinicamente importantes para 
dor lombar aguda, subaguda, crônica e recorrente é difícil porque a ênfase dos resultados dos 
estudos, muitas vezes, baseia-se em significância estatística, em vez de tamanho do efeito.31,32 
Ou seja, os estudos, com frequência, reportam que um determinado fator está associado a melhor 
ou pior prognóstico da dor lombar, porque a análise estatística utilizada demonstrou significância 
(p.ex., p<0,05), mesmo sabendo-se que significância estatística não implica importância clínica.31 
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Muitas vezes, o tamanho da associação entre o fator e a melhora clínica, estatisticamente 
significante, é muito pequeno para ter importância clínica.31 A identificação de fatores prognósticos 
para dor lombar facilita a triagem de pacientes para escolha do melhor tratamento de acordo com 
os subgrupos específicos.34 Os pacientes com pior prognóstico podem ser encaminhados para 
tratamentos mais complexos (p. ex., terapia cognitiva comportamental e exercícios), enquanto 
aqueles com melhor prognóstico podem sofrer intervenções mais simples (p. ex., exercícios).34 
Há instrumentos já validados para investigar possíveis prognósticos adversos e classificar pacientes 
em subgrupos de tratamentos mais eficazes, como os questionários Örebro Musculoskeletal 
Pain Questionnaire35 e StarTBack Screening Tool.36 Esses questionários identificam possíveis 
fatores prognósticos adversos (bandeiras amarelas) relacionados com, por exemplo, dor, função 
percebida, variáveis psicológicas e variáveis sociais.35,36
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O Quadro 6 apresenta uma versão, resumida e traduzida, do questionário Örebro.
quEStIonÁrIo ÖrEBro
InStruçÕES: Estas perguntas e afi rmações são aplicáveis se você tem queixas ou dores na coluna, 
nos ombros ou no pescoço. Por favor, leia e responda cada questão com cuidado. Não gaste muito 
tempo para responder aos questionamentos. No entanto, é importante que você responda todas as 
perguntas. Há sempre uma resposta para a sua situação particular.
EXEMPLoS: 
Responda, circulando uma alternativa:
Você gosta de laranjas?
Ou assinale uma alternativa para responder:
Quantos dias por semana você pratica exercícios?
Nem um pouco. Muito.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-1 dia 2-3 dias 4-5 dias 6-7 dias 
Itens Pontuação
1. Há quanto tempo você vem apresentando essa dor?
0-1 semana 2-3 semanas 4-5 semanas 6-7 semanas 
8-9 semanas 10-11 semanas 12-23 semanas 24-35 semanas36-52 semanas > 52 semanas
0-10
2. Como você classifi caria a dor que você tem tido durante a última semana? 
Sem dor. Pior dor possível.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
InStruçÕES: A seguir, nas perguntas 3 e 4, constam duas atividades. Por favor, 
circule o número que melhor descreve sua atual capacidade para participar em cada 
uma dessas tarefas. 
3. Você pode realizar um trabalho leve por 1 hora?
Não posso realizar
por causa da dor.
Posso realizar, pois
a dor não me atrapalha.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4. Você consegue dormir à noite?
Não posso realizar
por causa da dor.
Posso realizar, pois
a dor não me atrapalha.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
0-10
5. Qual o nível de estresse ou ansiedade você sentiu na semana passada? 
Totalmente calmo 
e relaxado.
Estressado e ansioso como 
nunca havia me sentido.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(Continua)
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quadro 6
(Continuação)
Itens Pontuação
7. Na sua opinião, qual o risco da sua dor atual se tornar persistente?
Sem risco. Risco muito alto.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
8. Em sua estimativa, quais são as chances de você estar apto a trabalhar
em 6 meses? 
Sem chance. Chance muito grande.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
9. Um aumento da dor é um sinal de que você deveria interromper o que está 
fazendo até que a dor diminua?
Discordo completamente Concordo completamente.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
10. Eu não deveria realizar minhas atividades normais, inclusive trabalhar, com
a minha dor atual.
Discordo completamente Concordo completamente.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0-10
Pontuação total (soma dos itens 1-10) 0-100
Obrigado por sua contribuição!
IntErPrEtAção: A versão do Örebro inclui 10 itens selecionados a partir da versão completa. Esses 
itens são pontuados entre 0 e 10, exceto três itens (itens 3, 4 e 8), que precisam ter pontuação indicada 
pelo indivíduo revertida. A pontuação pode ser feita no próprio questionário (coluna da pontuação):
■■ no item 1, as categorias 1-10 representam períodos de tempo; 
■■ nos itens 2, 5, 6, 7, 9 e 10, a pontuação é o número que o indivíduo circulou; 
■■ nos itens 3, 4 e 8, a pontuação é 10 menos o número circulado pelo indivíduo. 
Esses itens (3, 4 e 8) estão indicados 10-X na coluna da pontuação.
A interpretação do questionário é realizada pela soma da pontuação de todos os itens. 
Para isso, escreva a pontuação para cada item na coluna da pontuação e a soma da pontuação 
de todos os itens. A pontuação total do questionário varia entre 1 e 100, com uma pontuação 
> 50 indicando maior probabilidade de pior prognóstico.
6. Quanto vem o incomodando o fato de estar se sentindo deprimido na semana passada?
Nem um pouco. Extremamente.
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Fonte: Fagundes e colaboradores (2013).35
O Quadro 7 apresenta versão traduzida do questionário StarTBack.
Pensando nas duas últimas semanas, assinale sua resposta para as perguntas a seguir. 
Discordo 0 Concordo 1
1. A minha dor nas costas está acometendo também as pernas. ( )( )
2. Eu tive dor no ombro e/ou na nuca pelo menos uma vez nas últimas
duas semanas. ( )( )
IntErPrEtAção: O StarTBack produz duas pontuações: pontuação para subescala de sofrimento 
emocional e pontuação geral.
■■ A pontuação para subescala de sofrimento emocional é usada para identifi car o subgrupo de alto 
risco de pior prognóstico. Para pontuar essa subescala, deve-se somar a pontuação dos últimos 
cinco itens do questionário (itens 5, 6, 7, 8 e 9). Os cinco itens são medo, ansiedade, catastrofi za-
ção, depressão e incômodo causado pela dor lombar. No item 9, respostas muito ou extremamente 
indicam sofrimento emocional. A subescala de sofrimento emocional varia entre 0 a 5, e a pontuação 
4 ou 5 classifi ca o indivíduo no subgrupo de alto risco de pior prognóstico. 
■■ A pontuação geral é usada para separar os pacientes de baixo risco do subgrupo de médio risco. A 
pontuação geral varia entre 0 e 9 e é obtida pela soma de todos os itens concordantes. Os indivíduos 
que conseguem uma pontuação entre 0 e 3 são classifi cados no subgrupo de baixo risco, enquanto 
aqueles com pontuação entre 4 e 9 são classifi cados no subgrupo de risco médio de pior prognóstico.
A pontuação geral do questionário entre 0 e 3 classifi ca o indivíduo no subgrupo de baixo risco. A 
pontuação geral ≥ 4 classifi ca os indivíduos nos subgrupos de médio risco (pontuação ≤ 3 na subescala 
de sofrimento emocional) ou alto risco (pontuação ≥ 4 na subescala de sofrimento emocional).
( )
( )
( )
( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
3. Eu evito andar longas distâncias por causa da minha dor nas costas.
4. Tenho me vestido mais devagar por causa da minha dor nas costas.
5. A atividade física não é realmente segura para uma pessoa com um 
problema como o meu.
6. Tenho fi cado preocupado por muito tempo por causa da minha dor nas costas.
7. Eu sinto que minha dor nas costas é terrível e que nunca vai melhorar.
8. Em geral, eu não tenho gostado de todas as coisas como eu costumava gostar.
9. Em geral, nas duas últimas semanas, a dor nas costas me incomodou:
( ) Nada ( ) Pouco ( ) Moderado ( ) Muito ( ) Extremamente
quEStIonÁrIo StArtBACK
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quadro 7
Fonte: Pilz e colaboradores (2013).36
AtIVIdAdE
1. O que é dor lombar?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
2. Qual a classificação da dor lombar idiopática sugerida por Waddell?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
3. Como a dor lombar pode ser classificada segundo a duração dos sintomas?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
4. O sintoma de dor que geralmente irradia para região dos pés é sugestivo de:
A) dor lombar idiopática.
B) dor radicular.
C) patologia séria.
D) trauma.
Resposta no final do artigo
5. Quais as recomendações para diagnóstico diferencial da dor lombar?
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6. Relacione as colunas, considerando a classificação da dor lombar de acordo com a 
duração dos sintomas.
(1) Aguda
(2) Subaguda
(3) Crônica
(4) Recorrente
( ) Os sintomas persistem por pelo menos 12 semanas.
( ) Os sintomas persistem por pelo menos 6 semanas, 
mas por menos de 12 semanas.
( ) É geralmente classificada como um episódio que 
persiste por menos de 6 semanas.
( ) Ocorreu pelo menos duas vezes ao longo dos últimos 
12 meses, com cada episódio durando pelo menos 1 
dia e com pelo menos um período livre de dor de 30 
dias entre os episódios.
A sequência correta é: 
A) 1 – 2 – 3– 4.
B) 4 – 3 – 2– 1.
C) 3 – 2 – 4– 1.
D) 3 – 2 – 1– 4.
Resposta no final do artigo
 ■ trAtAMEnto
Após o início do episódio de dor lombar, os indivíduos podem administrar ativa ou passivamente 
a condição.37 Os indivíduos que administram de forma ativa realizam ações por si mesmos para 
controlar a dor (p. ex., envolver-se em atividade física), enquanto aqueles que administram 
passivamente a sua condição adotam atitudes passivas (p. ex., repouso) ou são dependentes de 
outros indivíduos para controlar a dor.37 A forma como os indivíduos administram o seu episódio de 
dor lombar pode ser determinada por características individuais, como:37-39
 ■ gênero; 
 ■ estado geral de saúde; 
 ■ medo do movimento; 
 ■ níveis de incapacidade e dor; 
 ■ lócus de controle da saúde externo;
 ■ história prévia de dor lombar. 
O lócus de controle da saúde externo é definido como a crença do indivíduo de que 
outras pessoas são responsáveis pelo seu estado de saúde.40 
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Uma recente revisão sistemática38 mostrou que os indivíduos com níveis mais 
elevados de incapacidade são mais propensos a adotar estratégias passivas para 
controlar seu episódio de dor lombar do que aqueles com níveis mais baixos de 
incapacidade (OR: 7,7 e IC de 95%: 4,7-12,6). 
LEMBrAr
Os indivíduos do gênero feminino, com saúde geral mais debilitada, com mais medo que o 
movimento piore a condição, que reporta níveis altos de dor, com lócus de controle da saúde 
externo e história de outros episódios de dor lombar também têm maior probabilidade de adotar 
estratégias passivas para controlar a condição.38
Os indivíduos que procuram cuidados de saúde para o seu episódio de dor lombar têm à disposição 
uma grande variedade de tratamentos, que incluem, entre outros:
 ■ intervenções educacionais;40 
 ■ uso de medicamentos (p. ex., analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares);41-43
 ■ acupuntura;44 
 ■ eletrotermoterapia (p. ex., calor superficial, neuroestimulação elétrica transcutânea [TENS] 
e lêiser);45-47 
 ■ exercícios (p. ex., exercícios gerais, McKenzie e exercícios de controle motor);48,49 
 ■ terapia manual (p. ex., massagem, mobilização e manipulação);50,51 
 ■ terapia cognitiva comportamental.52
As diretrizes clínicas são uma fonte comum para buscar recomendações para dor lombar baseadas 
em evidências.9,53
Os tratamentos consistentemente recomendados para a dor lombar idiopática em diretrizes 
clínicas estão apresentados no Quadro 8.9
quadro 8 
trAtAMEntoS ConSIStEntEMEntE rECoMEndAdoS 
PArA dor LoMBAr IdIoPÁtICA EM dIrEtrIZES CLÍnICAS
Episódios 
agudos e 
subagudos
■■ Garantia de informação de prognóstico favorável da dor lombar.
■■ Aconselhamento para manter-se ativo.
■■ Prescrição de medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios não esteroides.
■■ Desencorajamento de repouso absoluto.
■■ Não aconselhar programa de exercícios supervisionados.
Episódios 
crônicos
■■ Desencorajamento de uso de eletrotermoterapia.
■■ Uso a curto prazo de medicação ou terapia manual.
■■ Exercícios supervisionados (p. ex., exercícios gerais e exercícios de controle 
motor).
■■ Terapia cognitiva comportamental.
■■ Tratamentos multidisciplinares, como programa com terapia cognitiva comporta-
mental e exercícios supervisionados conduzidos por especialistas em dor lombar.
Fonte: Koes e colaboradores (2010).9
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fISIotErAPIA
As diretrizes clínicas para fisioterapeutas recomendam algumas ações durante a avaliação clínica 
inicial e o processo de tomada de decisão.54 Os objetivos da avaliação clínica inicial são identificar 
quaisquer condições que possam limitar o tratamento e avaliar a função diária do paciente. O 
exame físico do paciente em repouso ou em movimento deve fornecer informações adicionais ou 
verificar dados obtidos durante anamnese (p. ex., postura, força muscular, rigidez, padrões de 
movimento e desempenho durante atividades específicas, como levantar e andar). 
Os fisioterapeutas devem formar uma impressão sobre a influência das deficiências 
estruturais na incapacidade e problemas de participação dos pacientes. Além disso, 
os fisioterapeutas buscam impressões sobre a forma como os pacientes controlam 
suas queixas. Durante a avaliação clínica inicial, as diretrizes clínicas54 recomendam 
que os fisioterapeutas avaliem se o curso da dor lombar é normal ou anormal.
LEMBrAr
As diretrizes54 definem o curso da dor lombar como normal se a duração é de menos de três 
semanas ou se a função ou participação aumentam com o tempo. Definem como anormal se as 
funções ou a participação não aumentam dentro de um período de 3 semanas. Alguns sinais e 
sintomas que sugerem um curso anormal do episódio de dor lombar estão descritos no Quadro 9. 
quadro 9
SInAIS E SIntoMAS SuGEStIVoS dE CurSo 
AnorMAL do EPISÓdIo dE dor LoMBAr
■■ Queixas persistem ou agravam ao longo do tempo.
■■ Número de períodos de descanso diários aumenta ao longo do tempo.
■■ Uso de medicamentos (p. ex., analgésicos) permanece estável ou aumenta ao longo do tempo.
■■ Não há retorno às atividades normais, ou participação normal ou ambos.
■■ Paciente pede por diagnóstico e tratamento dados por um médico especialista.
Fonte: Bekkering e colaboradores (2003).54
Um longo episódio de dor lombar não implica necessariamente um prognóstico desfavorável; 
porém, quando um episódio está associado à incapacidade e a problemas de participação em 
atividades diárias, o prognóstico é ruim.54
As diretrizes clínicas54 recomendam que os fisioterapeutas identifiquem, durante a avaliação 
clínica inicial da dor lombar idiopática, as incapacidades e os problemas de participação. Na dor 
lombar idiopática, não é possível encontrar causas anatômicas;8 portanto, a avaliação clínica deve 
focar nas incapacidades relevantes e nos problemas de participação. 
Em pacientes com problemas para manter uma posição sentada ou pegar um 
objeto no chão, recomenda-se identificar as deficiências, como diminuição da força 
muscular dos extensores da coluna lombar, aumento da rigidez da coluna lombar ou 
diminuição do condicionamento físico.
LEMBrAr
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É recomendado que os fisioterapeutas avaliem a maneira pela qual o paciente lida 
com a dor lombar.54 Lidar ativamente com a dor lombar é um fator importante para um 
prognóstico favorável. Se o paciente lida de forma passiva, isso deve ser abordado 
durante as intervenções educacionais. Além disso, as diretrizes recomendam que os 
fisioterapeutas excluam a possibilidade de a dor lombar ter uma causa específica (p. ex., 
patologia séria).54 Se houver suspeita de uma causa específica, recomenda-se que os 
fisioterapeutas encaminhem os pacientes para um médico especialista.
Durante o processo de tomada de decisão, é recomendado que os fisioterapeutas justifiquem as 
escolhas de tratamentos com evidências científicas, preferências e necessidades dos pacientes, 
bem como seu próprio julgamento clínico.54
As diretrizes clínicas para dor lombar idiopática recomendam que os fisioterapeutas identifiquem 
se ocurso do episódio de dor lombar é normal ou anormal. Se for normal, recomendam-se 
intervenções educacionais (p. ex., informação sobre dor lombar idiopática e aconselhamento) com 
poucas sessões. Se for anormal, recomendam-se intervenções para:54
 ■ aumentar a conscientização dos pacientes quanto às suas condições; 
 ■ aumentar gradualmente o nível de atividade e participação; 
 ■ melhorar as deficiências físicas relevantes, como força muscular, rigidez e padrão de movimento; 
 ■ promover o enfrentamento para lidar com a dor; 
 ■ modificar os fatores biopsicossociais associados. 
Sobre informação e aconselhamento, as diretrizes recomendam que os fisioterapeutas forneçam 
informações sobre a natureza, o curso da dor lombar idiopática (p. ex., que a dor lombar idiopática 
não significa lesão física) e a importância de um estilo de vida ativo.54 A educação permite que o 
paciente recupere o controle sobre as consequências da dor lombar. Sobre os tratamentos com 
eficácias desconhecidas, as diretrizes recomendam que sejam utilizados com cuidado e apenas 
em suporte a abordagens ativas comprovadas. 
Recomenda-se que os fisioterapeutas aumentem gradualmente as atividades e a 
participação dos pacientes.54 Em um programa de reabilitação, recomenda-se que 
as atividades ou a participação devam ser aumentadas passo a passo com base no 
tempo, em vez de dor.54 O objetivo do programa de reabilitação deve ser aumentar o 
nível de atividades e participação e diminuir o comportamento da dor para evitar mais 
incapacidade nos pacientes.
trAtAMEntoS fISIotErAPÊutICoS 
A seguir, serão abordados alguns tratamentos frequentemente usados por fisioterapeutas para 
dor lombar:
 ■ exercícios gerais;
 ■ método Pilates;
 ■ ioga;
 ■ método McKenzie;
 ■ exercícios de controle motor;
 ■ exercícios para correção da disfunção do movimento;
 ■ terapia manual;
 ■ massagem; 
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 ■ calor superficial;
 ■ aconselhamento e autocuidado (self management);
 ■ acupuntura;
 ■ lêiser;
 ■ Kinesio taping®;
 ■ terapia cognitiva comportamental.
Exercícios gerais
O exercício parece ser eficaz na diminuição da dor e melhora da função em pacientes com 
dor lombar crônica (condicionamento aeróbico e exercícios de força) (Figuras 2A-B).48 Na dor 
lombar subaguda, há algumas evidências de que um programa de atividade gradual diminui o 
absenteísmo, embora a evidência para outros tipos de exercício não seja clara.48 Na dor lombar 
aguda, o exercício é tão eficaz quanto nenhum tratamento ou outros tratamentos conservadores.48 
Há evidências de qualidade moderada de que programas de exercícios pós-tratamento podem 
prevenir recorrências de dor lombar.55
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Figura 2 – A) Condicionamento aeróbico. B) Exercícios gerais de força.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
A
B
Método Pilates
O método Pilates é eficaz na redução da dor e incapacidade em pacientes com dor lombar crônica 
(Figura 3).56 No entanto, o método não é melhor do que outros tipos de exercício (p. ex., exercícios 
gerais e método McKenzie) para a redução da dor a curto prazo.
Figura 3 – Método Pilates.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
Ioga
As evidências demonstram a eficácia da ioga a curto e longo prazos para a dor lombar crônica (Figura 4).57
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Figura 4 – Ioga.
Fonte: Yoga Recipe (2014).58
Método McKenzie 
O método McKenzie parece reduzir a utilização dos recursos da saúde (p. ex., internação e 
reabilitação supervisionada) em episódios de dor lombar aguda, apesar de não reduzir o risco de 
desenvolvimento de sintomas persistentes no paciente (Figura 5).59
Figura 5 – Método McKenzie.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
Exercícios de controle motor
A evidência disponível sugere que os exercícios de controle motor diminuem a curto e longo prazos 
a incapacidade em indivíduos com dor lombar crônica (Figura 6).60 Os exercícios de controle motor 
são tão eficazes quanto a terapia manual e os exercícios gerais.61
Figura 6 – Exercícios de controle motor.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
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Exercícios para correção da disfunção do movimento
Devido à evidência limitada disponível, ainda não se pode concluir sobre o efeito dos exercícios 
para correção da disfunção do movimento na dor lombar. As disfunções do movimento da coluna 
lombar descritas na literatura constam no Quadro 10. Os movimentos específicos dos membros 
superiores e inferiores que causam as disfunções descritas no quadro a seguir também poderiam 
provocar dor lombar.62
quadro 10
dISfunçÕES dA CoLunA LoMBAr
disfunções Características
Em rotação ■■ Dor lombar provocada durante movimento de rotação com ou sem 
inclinação lateral da coluna lombar.
Em rotação e extensão ■■ Dor lombar provocada durante movimentos de extensão e rotação 
da coluna lombar.
Em extensão ■■ Dor lombar provocada durante extensão da coluna lombar.
Em flexão ■■ Dor lombar provocada durante flexão da coluna lombar.
Em rotação e flexão ■■ Dor provocada durante flexão e rotação da coluna lombar.
Fonte: Adaptado de Sahrmann (2002).62
terapia manual 
A terapia manual (mobilização e manipulação) não é mais eficaz do que o placebo na dor lombar 
aguda.63 Essa evidência é limitada pelo pequeno número de estudos. Uma evidência de alta 
qualidade sugere que não existe diferença clinicamente relevante entre terapia manual e outros 
tratamentos para reduzir a dor e melhorar a função dos pacientes com dor lombar crônica.64 
A decisão de tratar usando mobilização e manipulação deve basear-se em custos, preferência dos 
pacientes e segurança, em comparação com outras opções de tratamento. A evidência demonstra 
que as técnicas aplicadas em regiões específicas ou não específicas têm o mesmo efeito.65
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A Figura 7 apresenta os graus de movimento usados nas técnicas de mobilização de Maitland.66 
Amplitude de movimento disponível
Grau 1
Grau 2
Grau 3
Grau 4
Figura 7 – Graus de movimento de Maitland usados para aplicação das técnicas de terapia manual. 
Graus 1 e 2 são indicados para problemas irritáveis (p. ex., fase aguda e subaguda), enquanto os graus 
3, 4 e 5 são indicados para problemas não irritáveis (p. ex., fase crônica). Grau 1: executado no início 
da amplitude de movimento, pequena amplitude. Grau 2: executado entre o início e o meio da amplitude 
de movimento, maior amplitude de movimento. Grau 3: executado entre o meio e o final da amplitude 
de movimento, maior amplitude de movimento. Grau 4: executado no final da amplitude de movimento, 
pequena amplitude. Grau 5: acontece a manipulação, movimento rápido e curto sem controle do paciente 
no fim da amplitude de movimento.
Fonte: Adaptado de Maitland (1986).66
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As Figuras 8 A-D mostram as técnicas frequentemente usadas na terapia manual.
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Figura 8 – A) Técnica de manipulação em rotação. B) Técnica de mobilização através da pressão vertebral 
central posteroanterior (PACVP, de posteroanterior central vertebral pressure) com paciente em decúbito 
ventral, utilizando região hipotenar. C) A mesma técnica de mobilização (PACVP), utilizando região distal 
dos dedos. D) Técnica de mobilização com movimento (Mulligan) usada na dor lombar.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
A
B C
d
Massagem 
A massagem pode ser benéfica para pacientes com dor lombar subaguda e crônica (Figura 9).50
Figura 9 – Massagem.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
Calor superficial e frio
A evidência para utilização de calor superficial para a dor lombar é limitada.45 Há evidência 
moderada em um pequeno número de estudos de que o calor superficial proporciona uma pequena 
redução a curto prazo na dor e incapacidadedecorrente de episódios agudos e subagudos de dor 
lombar. Não é possível concluir sobre o uso do frio para a dor lombar e há evidências conflitantes 
para determinar as diferenças entre calor e frio para dor lombar.
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As diferentes dosagens de calor superficial e frio usadas no tratamento da dor lombar estão 
descritas no Quadro 11.
quadro 11
doSAGEnS dE CALor SuPErfICIAL E frIo PArA trAtAMEnto dE dor 
LoMBAr
dosagem número de 
sessões
duração do 
tratamento
Calor 
superficial
Bolsa de calor superficial 20 minutos, 2 x/dia 1 x/semana 2 semanas
Bolsa de calor superficial 8h/dia ou 8h/noite e 15-20 
minutos antes de deitar
1 x/dia 3-5 dias 
consecutivos
Manta elétrica Média de 25 minutos _ _
frio Massagem com gelo 7-20 minutos 2 x/dia ou 1 x/
semana
2 semanas
Bolsa de gelo 20 minutos 1 x/semana 2 semanas
Fonte: Adaptado de French e colaboradores (2006).45
Aconselhamento e autocuidado
A evidência disponível sugere que o conselho para permanecer ativo tem efeito benéfico para 
os pacientes com dor lombar aguda.67 Não há nenhuma evidência de que o conselho para se 
manter ativo é prejudicial para qualquer episódio de dor lombar. Assim, é razoável aconselhar os 
indivíduos com dor lombar a se manterem ativos. A evidência demonstra que o autocuidado (self 
management) tem efeitos benéficos na dor e na incapacidade causadas pela dor lombar.68
Acupuntura
A evidência não permite conclusões definitivas sobre a eficácia da acupuntura para dor lombar 
aguda (Figura 10).44 Para dor lombar crônica, uma evidência limitada demonstra que a acupuntura 
é mais eficaz para o alívio a curto prazo da dor e melhora funcional dos pacientes do que o 
tratamento placebo. A acupuntura não é mais eficaz do que outros tratamentos convencionais para 
dor lombar crônica, mas pode auxiliar no tratamento. 
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Figura 10 – Acupuntura.
Fonte: Biosfera (2014).69
Lêiser
A evidência é insuficiente para avaliar os efeitos do lêiser em comparação com outros tratamentos 
e quanto a seus efeitos em diferentes dosagens (Figura 11).47 
Figura 11 – Lêiser.
Fonte: Back to Balance Wellness Center (2014).70
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As diferentes características e dosagens de lêiser usadas no tratamento da dor lombar estão 
descritas no Quadro 12.
quadro 12
CArACtErÍStICAS E doSAGEnS do LÊISEr 
PArA trAtAMEnto dE dor LoMBAr
Lêiser Comprimento 
de onda (nm)
Modo Potência densidade 
m/Wcm2
dose* 
(j/ponto)
número 
de 
sessões
duração do 
tratamento
GaAIAs 810 Contínuo 50mW 226,0 6,0 12 6 semanas
GaAIAs 830 Contínuo 60mW 3000,0 18,0-
36,0
1 1 dia
Nd:YAG 1.060 Contínuo 2.661mW 542,0 29,9 12 4 semanas
Arsenieto 
de gálio
904 Pulsado 
(frequência 
de pulso de 
1.0kHz, 200 
segundos de 
duração).
Pico 2W 0,4 0,1 12 4 semanas
Arsenieto 
de gálio
904 Pulsado 
(frequência 
de pulso de 
10.0kHz, 200 
segundos de 
duração).
Pico 20W 40,0 4,0 10 2 semanas
Arsenieto 
de gálio
_ Pulsado 
(frequência 
de pulso de 
2.1kHz).
Pico 10W 4,2 1,0 20 4 semanas
*Tempo de aplicação em cada ponto com grande variação. 
Fonte: Yousefi-Nooraie e colaboradores (2008).47
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Kinesio taping®
A evidência disponível ainda não permite concluir sobre a eficácia do Kinesio taping® no tratamento 
da dor lombar idiopática (Figura 12).71 O Kinesio taping® tem efeito pequeno, que não parece ser 
clinicamente importante na dor e na incapacidade de pacientes com dor lombar crônica.71
Figura 12 – Kinesio taping®.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
terapia cognitiva comportamental
Para pacientes com dor lombar crônica, há evidências de qualidade moderada de que, a curto 
prazo, a terapia cognitiva comportamental seja eficaz.52 A longo prazo, há pouca ou nenhuma 
diferença entre a terapia cognitiva comportamental e os exercícios para diminuição da dor ou 
depressão.
Para saber mais:
Para obter mais informações sobre outros tratamentos fisioterapêuticos e atualização da 
evidência disponível, é possível consultar uma base de dados específica da fisioterapia, 
disponível gratuitamente. A base de dados PEDro (http://www.pedro.org.au/), disponível 
em Língua Portuguesa, disponibiliza revisões sistemáticas, estudos clínicos e diretrizes 
clínicas. Todos os estudos clínicos encontrados na base de dados PEDro são avaliados 
quanto à validade da informação para guiar a prática clínica dos fisioterapeutas.
EfEIto CLÍnICo 
A maioria dos tratamentos recomendados para dor lombar tem, na melhor das hipóteses, efeitos 
clínicos moderados.72 Um grande problema para os tratamentos recomendados atualmente é 
que os indivíduos com recuperação incompleta de dor lombar29,30 ou com episódios recorrentes,73 
muitas vezes, procuram mais tratamento.38 Tal fato pode gerar um processo de dependência dos 
serviços de saúde e aumentar os custos diretos e indiretos com essa condição.74
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Uma possível solução para o processo de dependência dos serviços de saúde é a mudança dos 
modelos tradicionais de atendimento, em que o paciente é um receptor passivo de tratamento, 
para modelos nos quais os pacientes participam ativamente do tratamento da sua dor lombar.75 
Tem sido reportado que a dor lombar é uma condição de longa duração e que os tratamentos 
aumentando a participação do paciente, como o autocuidado, podem diminuir a dependência e os 
custos dessa condição.53,75 
O autocuidado tem sido descrito como um modelo de atendimento no qual os 
pacientes usam estratégias para administrar sua saúde, mantendo um papel 
fundamental no tratamento, e no qual aprendem habilidades a serem utilizadas na 
administração diária da sua condição de saúde.75 
LEMBrAr
Uma revisão sistemática68 investigou o efeito clínico do autocuidado na dor lombar e concluiu que 
as estratégias utilizadas atualmente como autocuidado fornecem efeitos benéficos pequenos na 
dor e na incapacidade causadas pela dor lombar.
AtIVIdAdE
7. Cite cinco possíveis fatores prognósticos para dor lombar.
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 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
8. Explique o que é lócus de controle da saúde externo.
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9. Cite dois instrumentos para investigar possíveis prognósticos adversos e classificar 
pacientes em subgrupos de tratamentos.
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Resposta no final do artigo
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10. Explique como interpretar o questionário Örebro.
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Resposta no final do artigo
11. Explique como interpretar o questionário StarTBack.
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Resposta no final do artigo
12. São características individuais que determinam como os indivíduos administram seu 
episódio de dor lombar, EXCETO:
A) níveis de incapacidade e dor.
B) lócus de controle da saúde externo.
C) história prévia de dor lombar.
D) idade > 45 anos.
Resposta no final do artigo
13. Cite três sinais e sintomas que sugerem um curso anormal do episódio de dor lombar.
 ...........................................................................................................................................
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Resposta no final do artigo
 ■ IntErAção tErAPEutA-PACIEntE 
Os efeitos dos tratamentos são consequência de fatores específicos e/ou de outros fatores não 
específicos que fazem parte do ritual do tratamento.76-80 Os fatores não específicos podem incluir 
as expectativas dos pacientes e a interação entre o paciente e o profissional da saúde.76,78-80 O uso 
desses fatores não específicos pode melhorar os efeitos dos tratamentos para dor lombar.76,81,82 A 
interação entre o paciente e o profissional da saúde é um fator não específico reconhecido que 
pode influenciar o efeito do tratamento.76,78-80 
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Estima-se que entre 3 e 7% da melhora na incapacidade decorrente da dor lombar são atribuídos 
a diferenças entre as interações com os profissionais da saúde.82 Um estudo sobre dor lombar 
crônica sugere que níveis mais elevados de aliança terapêutica entre paciente e profissional da 
saúde predizem maior melhora em desfechos clínicos, como dor e incapacidade.83 
A aliança terapêutica é definida como um sentimento de colaboração, confiança e 
apoio entre o paciente e o profissional da saúde.84 
Outros estudos também sugerem uma influência da interação terapeuta-paciente nos efeitos 
dos tratamentos para dor lombar.76,85-87 Sabe-se que a interação terapeuta-paciente pode não ser 
sempre adequada.88-90 Assim, fornecer aos profissionais da saúde, incluindo os fisioterapeutas, a 
formação adequada e eficaz dos fatores de comunicação (p. ex., empatia) pode potencialmente 
aumentar a qualidade da comunicação e até mesmo impactar, de forma positiva, a melhora clínica 
da dor lombar. Os profissionais da saúde reconhecem que suas habilidades de comunicação 
devem ser melhoradas.91,92 
 ■ rECoMEndAção SoBrE ABordAGEM doS fISIotErAPEutAS
A avaliação deve ser realizada constantemente para verificar se os objetivos iniciais vêm sendo 
alcançados e se o tratamento deve sofrer modificações. Para avaliação, questionários validados 
são usados na prática clínica.93,94 A vantagem dos questionários é a facilidade tanto de utilização 
por fisioterapeutas como de entendimento dos pacientes.
O Quadro 13 mostra o questionário Roland-Morris de incapacidade.93 
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quEStIonÁrIo roLAnd-MorrIS dE InCAPACIdAdE
Quando suas costas doem, você pode encontrar difi culdade em fazer algumas coisas que normalmente faz. Essa 
lista possui algumas frases que os indivíduos têm utilizado para se descreverem quando sentem dores nas costas. 
Quando você ler ou ouvir essas frases, pode notar que algumas se destacam por descrever você hoje. Ao ler ou 
ouvir a lista, pense em você hoje. Quando ouvir uma frase que descreva você hoje, responda “sim”. Se a afi rmação 
não o descreve, então responda “não” e siga para a próxima. Lembre-se: responda “sim” apenas à frase que com 
certeza descreve você hoje.
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nãoSim frases
Fico em casa a maior parte do tempo, por causa de minhas costas.
Mudo de posição frequentemente, tentando deixar minhas costas confortáveis.
Ando mais devagar do que o habitual, por causa de minhas costas.
Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas.
Por causa de minhas costas, frequentemente eu me deito para descansar.
Eu me visto mais lentamente do que o habitual, por causa de minhas costas.
Eu somente fi co em pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas.
Por causa de minhas costas, evito me abaixar ou me ajoelhar.
Encontro difi culdades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas.
As minhas costas doem praticamente o tempo todo.
Tenho difi culdade em me virar na cama, por causa das minhas costas.
Meu apetite não é muito bom, por causa das dores nas minhas costas.
Caminho apenas curtas distâncias, por causa das dores em minhas costas.
Não durmo tão bem quanto gostaria, por causa das minhas costas.
Por causa das minhas dores nas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas.
Fico sentado a maior parte do dia, por causa das minhas costas.
Evito trabalhos pesados em casa, por causa das minhas costas.
Por causa de minhas costas, eu não estou fazendo nenhum dos trabalhos que geralmente
faço em casa.
Por causa das minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar
de uma cadeira normal.
Por causa das minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por mim.
Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia-calça), por causa das dores
em minhas costas.
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( )
( ) ( )
( )
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23
24
Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual.
Fico na cama a maior parte do tempo, por causa das minhas costas.
Por causa das dores em minhas costas, fi co mais irritado e mal-humorado com as
pessoas do que o habitual.
IntErPrEtAção: A interpretação do questionário é realizada pela soma das frases que os pacientes marcaram “sim”. 
A pontuação total do questionário varia entre 0 e 24, com uma maior pontuação signifi cando maior incapacidade.
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Fonte: Nusbaum e colaboradores (2001).93
quadro 13
O Quadro 14 mostra um exemplode questionário frequentemente usado para avaliar dor.94 
ESCALA AnALÓGICA VISuAL dE dor
Eu gostaria que você desse uma nota para sua dor em uma escala de 0 a 10, onde 0 seria nenhuma 
dor e 10 seria a pior dor possível. Por favor, dê um número para descrever sua média de dor nas 
últimas 24 horas.
Nenhuma dor Pior dor possível
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
IntErPrEtAção: A pontuação total do questionário varia entre 0 e 10, com uma maior pontuação 
signifi cando maior severidade dos sintomas.
AtIVIdAdE
14. São cursos normais de um episódio de dor lombar, EXCETO:
A) paciente com dor lombar subaguda apresentando melhora progressiva da 
incapacidade.
B) paciente com dor lombar crônica relatando redução do consumo de analgésicos.
C) paciente com dor lombar crônica pedindo encaminhamento para especialista, a fim 
de conseguir diagnóstico.
D) paciente com dor lombar aguda, com duração de 2 semanas, queixando-se de 
incapacidade.
Resposta no final do artigo
15. Cite três tratamentos fisioterapêuticos frequentemente usados em casos de dor 
lombar.
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 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
16. Qual a importância da interação terapeuta-paciente para a dor lombar idiopática?
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Resposta no final do artigo
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Fonte: Scrimshaw e colaboradores (2001).94
quadro 14
17. Cite dois instrumentos para avaliar incapacidade e/ou dor.
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Resposta no final do artigo
18. Explique como o questionário Roland-Morris de incapacidade é interpretado.
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Resposta no final do artigo
19. Explique como a escala analógica visual de dor é interpretada.
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Resposta no final do artigo
20. É possível afirmar que, na dor lombar aguda, o exercício é o tratamento mais indicado? 
Explique.
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21. Relacione as colunas, considerando as disfunções da coluna lombar descritas na 
literatura.
(1) Disfunção em rotação
(2) Disfunção em rotação e 
extensão
(3) Disfunção em extensão
(4) Disfunção em flexão
(5) Disfunção em rotação e flexão
( ) Dor lombar provocada durante movimentos 
de extensão e rotação da coluna lombar.
( ) Dor provocada durante flexão e rotação 
da coluna lombar.
( ) Dor lombar provocada durante flexão da 
coluna lombar.
( ) Dor lombar provocada durante movimento 
de rotação com ou sem inclinação lateral 
da coluna lombar.
( ) Dor lombar provocada durante extensão 
da coluna lombar.
A sequência correta é: 
A) 2 – 3 – 4 – 5 – 1.
B) 5 – 1 – 3 – 2 – 4.
C) 4 – 1 – 5 – 3 – 2.
D) 2 – 5 – 4 – 1 – 3.
Resposta no final do artigo
22. Explique o que é aliança terapêutica.
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 ■ CASoS CLÍnICoS
A seguir, são apresentados três casos clínicos que abordam os temas expostos neste artigo.
CASo CLÍnICo 1
Paciente do gênero feminino, 45 anos de idade, analista de sistemas, apresentou-se na 
avaliação fisioterapêutica inicial com queixa de dor na região lombar, referindo para os 
dois membros inferiores sem trajeto definido. Com início insidioso, a dor tem duração 
de 8 meses e os sintomas não evoluíram com melhora. A dor piora quando permanece 
em posição sentada por tempo prolongado. Durante uma crise, fica em repouso e toma 
medicamentos analgésicos. 
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Durante a avaliação, a paciente apresentou sintomas de origem mecânica, não foram 
levantadas bandeiras vermelhas e não foi detectada nenhuma patologia específica. Foram 
aplicados os questionários StarTBack, Roland-Morris de incapacidade e escala analógica 
visual de dor. A paciente foi classificada no subgrupo de baixo risco de pior prognóstico 
(StarTBack = 2), com níveis moderados de incapacidade e dor (Roland-Morris = 14 e 
escala analógica visual de dor = 5). 
AtIVIdAdE
23. Qual a principal hipótese diagnóstica para esta paciente? Compare a sua resposta 
com a continuação do caso clínico, a seguir.
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 ...........................................................................................................................................
A paciente, com hipótese diagnóstica de dor lombar idiopática crônica, com curso anormal, 
foi orientada com aconselhamento e exercícios gerais.
CASo CLÍnICo 2
Paciente do gênero masculino, 34 anos de idade, jogador de futebol (goleiro), foi 
encaminhado para avaliação fisioterapêutica após ser diagnosticado pelo médico com 
quadro de dor lombar idiopática. O paciente apresentou-se com dor lombar moderada 
e dor intensa, indo para membro inferior direito. De início traumático, após queda em 
treinamento, há 5 semanas, evoluiu sem melhora do quadro álgico na região lombar e 
da dor referida no membro inferior direito. A dor na região lombar e no membro inferior 
piorava durante movimento de rotação lombar. 
Não foram levantadas bandeiras vermelhas e não foi detectada nenhuma patologia 
específica. Foram aplicados os questionários StarTBack, Roland-Morris de incapacidade 
e escala analógica visual de dor. O paciente foi classificado no subgrupo de alto risco de 
pior prognóstico (StarTBack = 8), com nível moderado de incapacidade (Roland-Morris 
= 15) e nível alto de dor (escala analógica visual de dor = 8). Os testes neurológicos 
(dermátomo e miótomo) foram negativos. 
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AtIVIdAdE
24. Qual o melhor tratamento para este paciente? Compare a sua resposta com a 
continuação do caso clínico, a seguir.
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O paciente, com hipótese diagnóstica de dor lombar idiopática aguda, com sintomas de 
dor ciática e com curso anormal, foi orientado com aconselhamento, terapia cognitiva 
comportamental e exercícios gerais.
CASo CLÍnICo 3
Paciente do gênero masculino, 11 anos de idade, com grande perda de peso inexplicada 
e história de câncer na família, procurou fisioterapia para dor localizada na região lombar. 
AtIVIdAdE
25. Qual a melhor conduta nesse caso? Compare a sua resposta com a continuação do 
caso clínico, a seguir.
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A paciente apresentava bandeiras vermelhas (jovem, grande perda de peso inexplicada 
e história de câncer na família) e, por isso, foi encaminhada pelo fisioterapeuta a um 
especialista para diagnóstico diferencial e discussão do caso.
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 ■ ConCLuSÕES
A dor lombar idiopática é um problema comum que traz grande incapacidade e gastos diretos e 
indiretos tanto para os indivíduos como para a sociedade. Os fisioterapeutas devem inicialmente 
excluir qualquer possibilidade de patologia séria. Após a confirmação de que os pacientes têm um 
episódio de dor lombar idiopática, o fisioterapeuta deve tomar uma decisão clínica baseando-se 
nas evidências científicas disponíveis, preferências e necessidades dos pacientes, assim como 
em seu julgamento clínico. A participação do paciente e a constante avaliação são fundamentais 
durante a reabilitação.
 ■ rESPoStAS àS AtIVIdAdES E CoMEntÁrIoS
Atividade 1
Resposta: A dor lombar é definida como dor incapacitante na região posterior do corpo, entre a 
margem inferior da costela XII e a dobra inferior glútea, que dura pelo menos um dia, com ou sem 
dor referida para perna.
Atividade 2
Resposta: Uma abordagem originalmente sugerida por Waddell classifica os indivíduos com dor 
lombar em três categorias, que são dor lombar idiopática, patologia séria da coluna vertebral e dor 
radicular.
Atividade 3
Resposta: A dor lombar é, muitas vezes, classificada pela duração dos sintomas em episódio 
agudo, subagudo, crônico e recorrente. A dor lombar aguda é geralmente classificada como um 
episódio que persiste por menos de 6 semanas. Na dor lombar subaguda, os sintomas persistem 
por pelo menos 6 semanas, mas por menos de 12 semanas. Já, na dor lombar crônica, os sintomas 
persistem por pelo menos 12 semanas. Especialistas classificam a dor lombar recorrente como 
aquela que ocorreu pelo menos duas vezes ao longo dos últimos 12 meses, com cada episódio 
durando pelo menos 1 dia e com pelo menos um período livre de dor de 30 dias entre os episódios.
Atividade 4
Resposta: B
Comentário: Os possíveis sinais e sintomas de dor radicular são: dor unilateral na perna é pior do 
que dor na região lombar, dor geralmente irradia para região dos pés, parestesia ou dormência 
no trajeto da dor irradiada, sinal de irritação do nervo/teste de elevação da perna reta (straight leg 
raising test) positivo e dermátomo e miótomo positivos para uma raiz nervosa específica.
Atividade 6
Resposta: d
Atividade 7
Resposta: Os possíveis fatores prognósticos para dor lombar são: maior nível de incapacidade, 
sintomas de dor ciática, idade avançada, saúde geral debilitada, aumento do estresse psicológico 
ou psicossocial, características cognitivas negativas, problemas de relacionamento com colegas 
de trabalho, altas demandas de trabalho físico no trabalho, compensação devido à presença de 
dor lombar, sedentarismo e isolamento social.
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Atividade 9
Resposta: Há instrumentos já validados para investigar possíveis prognósticos adversos e 
classificar pacientes em subgrupos de tratamentos mais eficazes, como os questionários Örebro, 
Musculoskeletal Pain Questionnaire e StarTBack Screening Tool.
Atividade 10
Comentário: A interpretação do questionário Örebro é realizada pela soma da pontuação de todos 
os itens. A pontuação total do questionário varia entre 1 e 100, com uma pontuação > 50 indicando 
maior probabilidade de pior prognóstico. 
Atividade 11
Resposta: A interpretação do questionário StarTBack é realizada pela soma da pontuação de 
todos os itens concordantes. No item 9 do questionário, respostas “muito” ou “extremamente” 
indicam concordância. A pontuação geral do questionário entre 0 e 3 classifica o indivíduo no 
subgrupo de baixo risco. A pontuação geral ≥ 4 classifica os indivíduos nos subgrupos de médio 
risco ou alto risco. A pontuação geral ≥ 4 e pontuação ≤ 3 na subescala de sofrimento emocional 
(formada pelos últimos cinco itens com pontuação variando entre 0 e 5) classificam o indivíduo 
no subgrupo de médio risco, enquanto pontuação ≥ 4 na subescala de sofrimento emocional 
classifica o indivíduo no subgrupo de alto risco.
Atividade 12
Resposta: d
Comentário: Não há evidência de que s idade é uma característica determinante para a forma 
como um indivíduo lida com o episódio de dor lombar. A forma como os indivíduos administram o 
seu episódio de dor lombar pode ser determinada por características individuais, como: gênero, 
estado geral de saúde, medo do movimento, níveis de incapacidade e dor, lócus de controleda 
saúde externo e história prévia de dor lombar. 
Atividade 13
Resposta: Os sinais e sintomas sugestivos de curso anormal do episódio de dor lombar são: 
queixas persistem ou agravam ao longo do tempo; número de períodos de descanso diários 
aumenta ao longo do tempo; uso de medicamentos (p. ex., analgésicos) permanece estável ou 
aumenta ao longo do tempo; não há retorno às atividades normais, ou participação normal ou 
ambos; paciente pede por diagnóstico e tratamento dados por um médico especialista.
Atividade 14
Resposta: C
Comentário: É um sinal sugestivo de curso anormal do episódio de dor lombar o paciente que pede 
por diagnóstico e tratamento dados por um médico especialista. A dor lombar aguda é geralmente 
classificada como um episódio que persiste por menos de 6 semanas. Na dor lombar subaguda, 
os sintomas persistem por pelo menos 6 semanas, mas por menos de 12 semanas. Já, na dor 
lombar crônica, os sintomas persistem por pelo menos 12 semanas. Especialistas classificam a 
dor lombar recorrente como aquela que ocorreu pelo menos duas vezes ao longo dos últimos 12 
meses, com cada episódio durando pelo menos 1 dia e com pelo menos um período livre de dor 
de 30 dias entre os episódios.
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Atividade 15
Resposta: Alguns tratamentos frequentemente usados por fisioterapeutas para dor lombar são: 
exercícios gerais; método Pilates; ioga; método McKenzie; exercícios de controle motor; exercícios 
para correção da disfunção do movimento; terapia manual; massagem; calor superficial; aconse-
lhamento e autocuidado; acupuntura; lêiser; Kinesio taping® e terapia cognitiva comportamental.
Atividade 16
Resposta: Os efeitos dos tratamentos são consequência de fatores específicos e/ou de outros 
fatores não específicos que fazem parte do ritual do tratamento. Os fatores não específicos podem 
incluir as expectativas dos pacientes e a interação entre o paciente e o profissional da saúde. O 
uso desses fatores não específicos pode melhorar os efeitos dos tratamentos para dor lombar. A 
interação entre o paciente e o profissional da saúde é um fator não específico reconhecido que 
pode influenciar o efeito do tratamento.
Atividade 17
Resposta: São instrumentos para avaliar incapacidade e/ou dor o questionário Roland-Morris de 
incapacidade e a escala analógica visual de dor.
Atividade 18
Resposta: A interpretação do questionário Roland-Morris de incapacidade é realizada pela soma 
das frases em que os pacientes marcaram sim. A pontuação total do questionário varia entre 0 e 
24, com uma maior pontuação significando maior incapacidade.
Atividade 19
Resposta: A pontuação total da escala analógica visual de dor varia entre 0 e 10, com uma maior 
pontuação significando maior gravidade dos sintomas.
Atividade 21
Resposta: d
 ■ rEfErÊnCIAS
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