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Conceituação • Condição clínica multifatorial • Elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg • Associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo • Agravada por outros fatores de risco. Epidemiologia • HAS está presente em pacientes com primeiro episódio de: - Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). 69% - Acidente vascular encefálico (AVE). 77% - Doença arterial periférica (DAP). 60% • HAS responsável por 45% das mortes cardíacas. • Responsável por 51% das mortes decorrentes de AVE. Situação no Brasil • Atinge 32,5% de indivíduos adultos (36 milhões) • 60% dos idosos. • Contribui para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). • Tem impacto na perda de produtividade no trabalho e da renda familiar → US$ 4,18 bilhões (2006-2015). • 2013 → 29,8% de óbitos foram decorrentes de DCV (principal causa de morte no país). Figura 1- Malachias-2016 • Taxas de mortalidade têm apresentado queda nos últimos anos, com exceção das doenças hipertensivas. • DCV são ainda responsáveis por alta frequência de internações → custos socioeconômicos elevados. • Dados do SIHSUS → Redução da tendência de internação por HA. 98,1/100.000 hab (2000) → 44,2/100.00 hab (2013) Prevalência de HA • Piconet al. Mostraram tendência à diminuição da prevalência nas últimas décadas. • Prevalência de HA em 35,8% nas capitais brasileiras | Predomínio de Homens. • HA autorreferida (18 anos ou +) → 23% a 25% (capitais brasileiras) • Sudeste → maior prevalência de HA autorreferida (23,3%). • Nordeste e Norte apresentaram as menores taxas. • 2014 PNS → Prevalência de PA ≥140/90 mmHg foi de 22,3% | Predomínio de homens (25,3%) e predomínio na área urbana. Conhecimento, tratamento e controle Figura 2- Conhecimento, tratamento e controle da PA em 14 estados populacionais brasileiros, publicados no período de 1995 a 2009 Pré-hipertensão (PH) • Condição caracterizada por PA sistólica (PAS) entre 121 e 139 e/ou PA diastólica (PAD) entre 81 e 89mmhg. • PH associa-se ao maior risco de desenvolvimento de HA e anormalidades cardíacas. • Meta-análises do risco de incidência de DCV, DIC e AVE em indivíduos PH → risco maior naqueles com níveis entre 130 e 139 ou 85 e 89 mmHg do que naqueles com níveis entre 120 e 129 ou 80 e 84 mmHg • PA de indivíduos PH deve ser monitorada mais de perto. Hipertensão Arterial Figura 3- Prevalência de PH à nível mundial Fatores de risco para a HA Idade • Envelhecimento e prevalência e HA (relação): - Aumento da expectativa de vida (hoje: 76,7 anos) - Aumento da população de idosos (inversão da pirâmide etária) Sexo e Etnia • HA autorreferida: 11,1% em indígenas; 10% na amarela; 26,3% na parda/mulata; 29,4% na branca e 34,8 na negra. • Estudo ELSA-Brasil → 49,3% negros Excesso de peso e obesidade • VIGITEL (2014) 2006-2004: ↑ prevalência de excesso de peso | Predomínio em indivíduos de 35 a 64 anos e mulheres. Ingestão de sal • Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – 55.970 domicílios: consumo de 4,7g de sódio/pessoa/dia | Mais que o dobro o consumo máximo recomendado (2g/dia). Maior nos domicílios rurais da região norte. • Apenas 15,5% das pessoas entrevistadas reconhecem conteúdo alto ou muito alto de sal nos alimentos. Ingestão de álcool • Consumo crônico e elevado de bebidas alcóolicas aumenta a PA de forma consistente. • Meta-análise de 2012: mulheres (10g de álcool/dia e risco de HA com consumo de 30-40g de álcool/dia). | Homens (Risco aumentado de HA consistente a partir de 31g/dia). Sedentarismo • PNS: Indivíduos insuficientemente ativos (adultos com menos de 150min semanais de atividade física) representam 46% dos adultos. | Maior entre mulheres (51,5%). Fatores socioeconômicos • Adultos com menor nível de escolaridade (sem instrução ou fundamental incompleto) apresentam maior prevalência de HA autorreferida (31,1%). • Com fundamental completo: 16,7%. • Estudo ELSA Brasil: Funcionários de seis universidades e hospitais universitários com maior nível de escolaridade → Prevalência de HA de 35,8%, maior entre homens. Genética • Brasil é um país miscigenado, logo dificulta a identificação de padrões genéticos para a elevação da PA. Estratégias para implementação de medidas de Prevenção • Políticas públicas de saúde combinadas com ações das sociedades médicas e dos meios de comunicação. • Modificação do estilo de vida • Uso regular de medicamentos. Referência MALACHIAS, M. V. B. et al. Capítulo 1-Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária. Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Impresso), 2016.
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