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A célula cardíaca tem o potencial de repouso que resulta da diferença das cargas elétricas intra e extra celulares e o potencial de ação que resulta da alteração da permeabilidade da membrana celular. Normalmente o exterior da célula é mais positivo e o interior é mais negativo e quando acontece uma alteração da permeabilidade celular → (trocas iônicas) chamamos de potencial de ação. As células do coração podem ser de 3 tipos. • As células marca passo são geradoras → elas não são células de contração. → Ritmo normal do coração: ritmo sinosal. • Nó AV → tem células marca passo, contudo tem um automatismo menor. • Células condutoras → capazes e distribuir os fenômenos elétricos. • Vias internodais → de um nó para outro. • Células contráteis → são capazes de gerar uma resposta mecânica frente a uma resposta elétrica. • Células do nó sinoatrial geram um potencial de ação → se distribui através dos miócitos → essa distribuição sempre se propaga de maneira anterógrada, sempre para frente → vai passando de um miócito para outro através dos discos intercalados, eles fazem com que a corrente que foi originada no nó sinusal, passe para frente, através dos canais que eles têm de uma célula para outra, assim o impulso elétrico atravessa essas células musculares gerando potenciais de ação, fazendo com que o miocárdio se contraiam. • Na sequência passando pelo nó AV, fazendo com que ocorra despolarização dessas células, levando a uma contração. • No disco intercalado podemos observar separação que acontece dentro dele (a separação de um miócito para outro) e tudo que acontece de um miócito, ele vai passando por continuidade (junções GAP). • As junções comunicantes → são canais que abrem e fecham, conforme eles querem deixar passar ou bloquear alguma substância. • O nó sinusal é o marcapasso original do coração (gerados os estímulos) → células daqui são sensíveis às alterações do sistema neuromoral, do sistema nervoso simpático, isso faz com que o coração bata mais rápido... • Feixes internodais → estão no átrio direito | Fazem a ligação dos nós. • Feixe de bachmann → vai para o átrio esquerdo | Leva o estímulo... • A contração atrial esquerda acontece milésimos de segundos após a contração direita. • Quando esse estímulo chega no átrio ventricular, ele sofre um retardo fisiológico → isso acontece pois, depois que o estímulo alcança o sistema HIS-Purkinje, ele vai rapidamente vai percorrer os ramos esquerdo e direito penetrar nas fibras de Purkinje, levando a uma contração ventricular, mas para que isso ocorra eu preciso que os átrios tenham se contraído primeiro, então esse estímulo demora um pouco no nó AV. • Então quando o estímulo chega no feixe de His, ele vai se dividir em dois ramos, em especial o ramo esquerdo, possui duas divisões (posterior e anterior). • As fibras de Purkinke vão penetrar nas células miocárdicas, vão fazer que a contração ocorra. • É importante saber que quando o estímulo elétrico chega no sistema his-purkinje e nos ramos, primeiramente ele vai despolarizar o septo, depois ele depolariza a porção apical, depois ele sobe a parede livre dos ventrículos. • O coração contrai “retorcendo” → Isso faz com que o sangue expulso, pois aumenta a pressão intraventricular → sangue ejetado para a aorta e para a artéria pulmonar. • Quando o estímulo elétrico desce pelo nó sinusal, faz com que haja a contração atrial (onda P), vai sofrer um retardo (no ECG, vai aparecer uma onda isoelétrica) e aí esse tempo a gente chama de intervalo PR, que é o tempo que vai do inicio da contração arterial, até o início do QRS. Então a onda P traduz a contração dos dois átrios. Uma coisa também interessante é que esse intervalo PR tem um papel importante nos bloqueios (arritmias) que tem certa complexidade, e que pode gerar uma dependência de marcapasso. Continuando... o impulso vai descer pelo feixe de his, saiu do Nó AV, fazendo com que ocorra a contração ventricular (fazendo o complexo de ondas QRS, este complexo corresponde a despolarização ventricular, então o que nós temos o momento as células do ventrículo são despolarizadas, saem da fase de repouso, recebem uma energia, fazendo com que passando por elas, ocorram alterações iônicas que levam a uma contração dessas células, elas quando contraem, fazem com que toda a estrutura contraia). Existe uma organização para que essas células contraírem ao mesmo tempo, aí vamos ter a despolarização do septo (QR), da porção maior do ventrículo e da parede livre, gerando o complexo QRS. E depois temos a fase de repolarização ventricular, ou seja, é o momento em que as células do ventrículo entram em repouso (segmento ST e pela onda T) no segmento ST, que é uma linha isométrica, entra em repouso (segmento ST), isso vai se repetindo. Em suma podemos dizer que o ECG vai mostrar uma contração atrial, uma contração ventricular e uma recuperação (repolarização) do ventrículo. • E a repolarização do átrio? Ela acontece junto com a depolarização do ventrículo, contudo a gente não consegue perceber pois na sístole, o volume (massa) que envolve o ventrículo (massa ventricular) é muito maior do que a massa atrial, então por conta disso a gente não consegue perceber a formação da onda correspondente à repolarização atrial. • Todas as células miocárdicas tem a capacidade de gerar uma atividade de marcapasso. • Cada uma dessas células vai ter potenciais de ação e eles vão ser diferentes. • Lembrando que potencial de ação será aquele evento capaz de gerar uma alteração na membrana para que a corrente elétrica pudesse ser propagada. • A somatória desses potenciais de ação mostrados nessa imagem dá no ECG. • Existem células de reposta lenta e rápida. • As de reposta lenta, seu potencial de ação eles incialmente não dependem de uma corrente de energia, para atingir um limiar para acontecer o potencial de ação. Então esse potencial de ação pode ser dividido em 4 fases, a fase 4 ainda é a despolarização diastólica lenta, ou seja, durante a diástole, quando o ventrículo ainda tá em repouso, essa despolarização lenta vai acontecer, pois vai se abrem alguns canais que não dependem de voltagem, não dependem de uma energia elétrica, ou seja, são capazes de gerar seu próprio potencial de ação, que sã os canais da corrente f (If), eles abrem e permitem a entrada de Na+ na célula, assim a célula fica um pouco positiva. Na sequência se abrem canais de cálcio, então o cálcio entra. O interior da célula então atinge um limiar, a partir daqui é deflagrado um estímulo, e aí se abrem canais de cálcio, aí vai entrar muito cálcio dentro da célula (através dos canais de cálcio do tipo L, que são lentos), quando o cálcio entra na célula, aí o interior da célula se torna muito positivo, até atingir um pico, aí depois vai sair potássio da célula e ela vai novamente negativando seu interior, então a curva em azul é a fase de repolarização da célula do nó SA e do nó AV. Cada vez que ocorre uma alteração dessa, ou seja, que os canais vão se abrindo e se fechando gerando essa alteração, ocorre um potencial de ação e um estímulo elétrico é deflagrado do nó sinusal. Lógico, isso é influenciado por vários fatores, sistema nervoso simpático e parassimpático, eles vão influenciar essas condições. • Nas células de resposta rápida vai ter 4 fases. Inicialmente vamos ter a fase 4, a fase 0 (fase de despolarização), a fase 1 (fase em que vai haver uma discreta repolarização), a fase 2 (platô) , fase 3 (fase de repolarização completa). Na resposta lenta, não temos a fase 1 e a fase 2. • A fase 4 é o potencial de repouso, aí abrem-se canais de sódio, aí vai entrar muito sódio na célula, aí rapidamente ela atinge um pico e despolariza, quando ela despolariza ela gera uma corrente elétrica, depois ela vai ter a fase 1, onde os canais de potássio vão abrir e vai sair um pouco depotássio na célula. Posteriormente vai ter um platô onde entre cálcio e sai potássio, fazendo com que haja um equilíbrio nessa célula. E posteriormente vai sair mais potássio fazendo com que ocorra a repolarização dessa célula. Então essas são as fases das células rápidas. • Todas as fases que esse potencial de ação for gerado, ele vai se propagar através dos miócitos, indo a frente de maneira anterógrada, fazendo com que as células se contraiam... • Sabemos então que isso tudo gera uma corrente de energia elétrica, e essa corrente conforme ela percorre a estrutura cardíaca, ela vai gerando aquilo que chamamos de vetores, então os vetores são aquilo que a gente vai representar no ECG. Então na imagem acima podemos ver representado o vetor do átrio direito que está apontado para baixo e o vetor do átrio esquerdo, vai haver uma resultante desses vetores, como representado na imagem (vetor atrial), este que vai ser representado na onda P. • Após isso quando chega no coração, vamos ter 4 vetores. O primeiro é o que vai despolarizar o septo. • O segundo vetor depolariza a parte apical, a parte mais baixa do septo. • Todos esses vetores, eles também geram um vetor resultante, que está direcionado para baixo, para trás e para a esquerda. Ele tem essa direção pois a maior massa ventricular se encontra do lado esquerdo e o ventrículo esquerdo se encontra posicionado para baixo, para esquerda e ele é mais posterior. • Então depois de toda essa despolarização, vamos ter a repolarização. Que vai acontecer do epicárdio para o endocárdio. A Despolarização Acontece do endocárdio para o epicárdio. • Todas essas ondas vão gerar vetores, o que de forma simples são pontos de energia, ou seja direcionamento de energia, essa corrente que se propaga pelo coração, tanto quanto ele despolariza quando ele repolariza, geram vetores. • Para a gente identificar esses vetores precisamos do ECG, ele é uma análise da atividade elétrica do coração, para isso vamos precisar das chamadas derivações eletrocardiográficas. Então a derivação é uma linha que vai unir dois eletrodos, e o eletrodo é uma diferença de potencial de dois pontos distintos, a gente tem derivações do plano frontal que são as unipolares dos membros e as bipolares dos membros. Então a gente tem uma derivação D1 que vai unir o braço direito ao braço esquerdo, D2 que une a perna esquerda a perna direita e a D3 que vai unir a perna esquerda e o braço esquerdo. Elas são bipolares pois dependem de 2 pontos. Então isso quer dizer que para eu conseguir uma derivação D1 eu vou ter que unir o braço esquerdo ao braço direito, e assim como mostrado na imagem. • As unipolares não precisam unir dois pontos, então elas já fazem analises desses vetores. • As derivações unipolares precordiais (plano horizontal) são aquelas que botamos no tórax do paciente. • Essas derivações fazem uma espécie de registro fotográfico da atividade elétrica do coração. Então a VL do lado esquerdo tira a foto do coração de certa posição, a VR de outra... Então cada vez que a gente olha para uma derivação é como se a gente tivesse tirando uma foto de um ponto. E essa atividade elétrica vai me dizer para onde o vetor tá indo. • É por isso então que tem as ondas no ECG, a onda P, dependendo da derivação ela pode ser positiva ou negativa, e assim por diante. • Onda P → registro eletrocardiográfico da contração atrial. • O intervalo PR a única coisa que a gente vai ter que aprender sobre ele é a duração → Dura de 0,12 a 0,20 segundos • Cada quadradinho no ECG tem 0,04s. | Então um intervalo normal PR é de 3 a 5 quadradinhos. Se ele for menor que 3 tem problema e maior que 5 tem problema. •O complexo QRS não pode ultrapassar 0,12s Se nessa situação aqui, se o vetor se dirige na direção dessa derivação desta derivação, vou ter uma deflexão positiva, poisa ponta do vetor é positiva enquanto que a calda é negativa. Então se o vetor estiver vindo na minha direção, ele desenha uma onda positiva. Se ela tá olhando o vetor se afastando dela, desenha-se uma deflexão negativa. Se ele estiver vendo o vetor indo e vindo ou vice versa, ela estiver olhando tanto a ponta quanto a cauda. Faz um desenho isodifásico Para ser considerada em ritmo sinusal • Na imagem ao lado temos um traçado eletrocardiográfico completo, com todas as derivações DI, DII e DIII, lembrando que são as derivações. • Observar que nessa imagem mostra a atividade elétrica do coração, é o vetor resultante dessa corrente elétrica percorrendo os átrios(P) e ventrículos (QRS). • O segmento ST e a onda T tem uma participação fundamental na questão das doenças coronárias agudas (infartos). • Qualquer alteração nesses potenciais de ação pode gerar uma arritmia cardíaca. Derivações do plano frontal- tórax Derivações bipolares Derivações unipolares
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