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Eletiva - Apostila (23)

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Professor: Dr. Daisson Portanova
DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Capítulo 2 - Aula 5
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO 
E SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Coordenação: Prof. Dr. Wagner Balera
DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
01
Salário-de-contribuição e Salário-de-benefício
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
1 - SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
A definição legal estabelece que seja a remuneração efetivamente percebida, do trabalhador, do 
empresário, do autônomo, impondo sua relação direta quanto ao custeio, e seu financiamento da 
Seguridade Social. 
A remuneração do trabalhador empregado ou o que se denomina salário para o direito do trabalho, para a 
relação tributária da contribuição social é o salário-de-contribuição.
Este possui dois pisos: o mínimo (de 01 salário mínimos), pois a ninguém é dado contribuir sobre valor 
inferior ao do salário mínimo, e há um piso máximo, fixado por disposição legal ou constitucional, sujeito as 
correções determinadas pelo mesmo sistema de majoração dos valores expressos na legislação. Assim 
define-se dois pios: o piso mínimo do salário-de-contribuição é o salário mínimo e o máximo, fixado em lei.
Pode-se dizer que há exceções para a limitação mínima do piso quanto ao salário-de-contribuição mínimo: 
exemplo se dá em situações especiais dos menores aprendizes. Esta exceção se dá por haver maior , eis que 
assim é admitido por legislação própria, em face da relação de trabalho, eis que não é a mesma de um 
trabalhador já em nível de profissionalização. 
Como dito, o segundo teto do salário-de-contribuição é o teto máximo. Importante destacar que ninguém é 
obrigado a contribuir acima deste teto, sendo que para cada período há variações específicas dos seus 
valores, pois sofrem os mesmos critérios de reajustes dos demais valores constantes na legislação, em 
especial a Lei 8.213/91 (Art. 134).
Importante que até 1991 houve fixação do teto vinculado ao salário mínimos, destacando que incialmente o 
teto era de cinco salários mínimos, passou depois para dez salários mínimos, chegando ao máximo fixado 
em montante de vinte salários mínimos (Lei 5.890/73). Com o advento da Lei 7.787/89, e a unificação do 
salário mínimo de referência e o piso nacional de salários, o patamar retorna a 10 salários mínimos, 
desvinculando-se deste indexador em face da proibição constitucional, reservando-se a indexação para o 
patamar mínimo (salário mínimo).
A contar da Emenda Constitucional nº 20, tivemos um primeiro momento de alteração do teto contributivo 
por ordem constitucional, logo a seguir, também a Emenda Constitucional nº 41 também o fez, alterando o 
limite máximo de contribuição e, por conseqüência, do valor dos benefícios a ser pago.
Ressalva se faça, que com a majoração do teto de salário-de-contribuição houve imediata repercussão na 
arrecadação previdenciária, entretanto, sem que o mesmo universo tenha sido estendido aos benefícios já 
pagos. Majorou-se o limite da proteção social, mas não o valor dos benefícios já mantidos pela previdência.
Capítulo 2
02
Apesar da Carta magna não estabelecer limites para o salário-de-contribuição, a Lei Ordinária o faz, senão 
naqueles dois casos das EC´s 20 e 41, impondo atenção ao conceito e garantia constitucional da 
contrapartida previdenciária, pois se não podem ser majorados os benefícios sem respectivas fontes de 
custeio, também não se pode majorar contribuições sem que se estendam os direitos ao benefício mantido.
A Emenda Constitucional nº 20, no art° 14, estabelece que o limite máximo para o valor dos benefícios do 
regime geral de previdência social, é fixado em R$1.200,00. Expressão monetária, esta que, em dezembro 
de 1998, quando da vigência da emenda nº 20, correspondia a dez salários mínimos. O mesmo ocorreu no 
disposto pelo art. 5º da Emenda Constitiucional nº 41, fixando em R$ 2.400,00 o valor máximo do salário-
de-contribuição, também valor que corresponderia aos mesmos 10 salários mínimos, à época.
Como já dito, só há garantia de indexação da remuneração mínima quanto ao salário-de-contribuição, 
portanto, o teto, logo a seguir, não manterá sua indexação em 10 salários mínimos, mas sim, sofrerá a 
incidência da correção estabelecida por lei, a qual passou a fixar o montante em R$ 2.508,72, vigendo de 
maio de 2004 até nova alteração legal (provavelmente em maio de 2005). Há vedação expressa da 
Constituição de qualquer outra vinculação ao salário mínimo.
Em comparação com o valor do salário mínimo hoje, R$ 260,00, vê-se que o valor em comento como teto 
máximo de salário-de-contribuição (R$ 2.508,72) não corresponde mais a dez salários mínimos.
Até que se altere o critério de reajustamento dos valores de benefício e das expressões monetária contidas na 
Lei 8.213/91 (lembrando o art. 134) permanecerá sendo majorado, o teto de salário-de-contribuição e dos 
valores de benefício, pelo critério da anualidade.
Tal alteração tem tido a bata-base no mês de maio, devendo ser majorado o valor do salário-de-
contribuição no mesmo percentual da majoração dos benefícios, não necessariamente pelo percentual de 
valores atribuídos ao salário mínimo.
Nas três categorias de segurados (empregados, inclusive o doméstico e o trabalhador avulso), contribuem 
com a alíquota prevista no art° 20 da Lei nº 8.212.
Outra categoria de contribuintes são os Contribuintes Individuais, assim denominados genericamente, pois 
antes do advento da Lei 9.876/99 eram distintas as denominações entre empresários, autônomos, 
facultativas e equiparados a autônomos.
O percentual incidente, indistintamente, é de 20% sobre o salário de contribuição (tendo sempre em mente 
que o mínimo é o salário mínimo e o máximo o teto fixado em lei).
Para que se assente a disposição legal quanto ao contribuinte individual, indispensável se faz a leitura do art° 
12, inciso V da Lei nº 8.212, cuja previsão legal elenca os denominados contribuintes individuais.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Há uma gama extensa de trabalhadores considerados contribuintes individuais: a pessoa física, proprietária 
ou não, que explora a atividade agropecuária ou pesqueira com caráter permanente ou temporário, 
diretamente ou por intermédio de prepostos e com o auxílio de empregados utilizados a qualquer título ainda 
que de forma não contínua; a pessoa física proprietária ou não, que explora a atividade de extração mineral, 
garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o 
auxílio de empregados, utilizados a qualquer título ainda que de forma não contínua; o ministro de confissão 
religiosa e o membro de instituto de vida consagrada de congregação ou de ordem religiosa, quando 
mantidos pela entidade a que pertencem; o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial 
internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado; o titular de firma 
individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho e administração de sociedade 
anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente, o sócio cotista, que recebam remuneração 
decorrente do seu trabalho em empresa urbana ou rural; e o associado eleito para o cargo de direção em 
cooperativa,associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como síndico ou 
administrador eleito para exercer a atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; 
quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual ou a mais empresas, sem relação de 
emprego; e a pessoa física que exerce por conta própria atividades econômicas de natureza urbana com fins 
lucrativos ou não. 
Em recente edição legislativa fixou-se como contribuinte individual, também, o vereador, cujo 
enquadramento havia sido equiparado e empregado e declarado inconstitucional pelo Excelso Pretório.
Há ainda a figurado do segurado facultativo, cuja contribuição será em idêntico percentual ao do 
contribuinte individual. Importante fazer breve inserção para sabermos quem é o segurado facultativo.
Para possibilitar o acesso universal ao sistema público de proteção previdenciária, a Constituição de 1988 
garantiu que a pessoa que não trabalha ou exerça qualquer atividade remunerada nas condições 
anteriormente expostas para os segurados obrigatórios, mas pretendem se vincular ao regime por sua 
disposição, terá acesso a proteção universal diante desta facultatividade ou seja, se vincula ao regime não 
obrigatoriamente, mas de forma voluntária, passando a ser protegido do sistema a contar de sua primeira 
contribuição.
A esta figura é que se denomina o chamado segurado facultativo. Exemplo clássico é a dona de casa que, 
mesmo não tendo nenhuma atividade remunerada, poderá ingressar no sistema e por ele estar protegido.
Incidem as mesmas garantias e obrigações, mas é importante destacar que a contribuição vertida por este 
segurado não poderá se dar em atraso, sob pena de tornar inexistente aquele mês não contribuído ou feito 
em atraso, diante de sua facultatividade.
O salário-de-contribuição do contribuinte individual e do segurado facultativo estão sujeitos a mesma 
natureza.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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 Por fim, é importante destacar que o salário-de-contribuição para os contribuintes individuais é o 
denominado salário base. Soma-se, ainda, a existência de necessária escala de progressão dos salários-
base denominados interstícios, que remanesceu até o advento da Lei 9.876/99, a qual, gradativamente foi 
sendo extinta. Portanto, há que se verificar, a cada tempo, se os salários-base vertidos pelos contribuintes 
individuais ou a ele equiparados, cumpriram a escala de progressão, sob pena de estar incorreto o valor 
apontado como salário-de-contribuição (vide art. 29 da Lei 8.213 e art. 134 do Decreto 89.312/84).
Hoje, com a extinção do salário-base, qualquer valor declarado pelo contribuinte, não sendo inferior ao 
salário mínimo, nem superior ao teto de contribuição é aceito para fins de cômputo do salário-de-
contribuição destes segurados.
A Constituição art°195, § 8º, desta, ainda, outra categoria de trabalhadores, redação dada pela EC 20/98: 
"O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, e o pescador artesanal, bem como os respectivos 
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, 
contribuirão para a Seguridade Social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção, e farão jus aos benefícios nos termos da lei".
Este são os Segurados Especiais.
Sua contribuição é diferenciada dos demais, sendo que a base de cálculo é o resultado da comercialização 
da produção. Para o pescador, a comercialização da atividade pesqueira e assim por diante. Vejamos que 
não há remuneração ou contra-prestação do trabalho, mas sim a atividade comercial e seu produto, sobre o 
qual incide a contribuição. Define a Lei nº 8.212 que a contribuição do segurado especial será de 2% sobre a 
receita, acrescido de 0,1% para o financiamento das prestações por acidente do trabalho, num total 
correspondente a 2,1% da sua receita.
Os segurados especiais possuem correlação aos denominados anteriormente como trabalhadores rurais, 
possuindo suas características próprias e especificação laboral. Em regra não possuem contrato de trabalho 
e vivem da exploração do seu trabalho diante da venda de sua produção aos tomadores de seu serviço ou 
donos da produção rural.
Passamos ao conceito de 
2 - SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Para nossa discussão é imperioso distinguirmos no tempo o que é o salário-de-benefício, como é apurado e 
suas variantes. Mas antes, há que se saber que decorre diretamente dos salários-de-contribuição e é base 
para a apuração do valor da renda inicial do benefício previdenciário, ou melhor, do quanto será devido ao 
segurado no tocante ao benefício que terá direito.
Para que cheguemos ao valor dos benefícios, lembrando do conceito e garantia da contrapartida , é este que 
substituirá a remuneração, o salário, ou o salário-de-contribuição do segurado, será apurado tomando 
como base o chamado salário-de-benefício.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Sem prejuízo de prestações que possuem valores já fixados em lei, dispensando a apuração do salário-de-
benefício, na grande parte dos benefícios a serem gerados pelo regime previdenciário é indispensável o 
cálculo do salário-de-benefício, o qual temos por base o salário-de-contribuição.
O salário-de-benefício é apurado através de uma média, que em cada tempo teve fórmula própria e 
universo de meses específicos. 
Para composição desta média, utilizar-se-á os últimos salários-de-contribuição, sendo a cada tempo um 
critério e para determinados benefícios variando nos últimos 12 ou 36 meses, ou ainda, já hoje, no universo 
de salários-de-contribuição desde julho de 1994.
Em resumo: salário-de-benefício é nada mais, nada menos do que a média dos salários-de-contribuição e 
servirá de base para apuração da renda mensal inicial do valor do benefício.
Até o advento da Constituição Federal, vigia para o cálculo dos benefícios, a regra prevista pelo Decreto 
89.312/84, cujo texto assim estava consolidado:
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Art. 21. O benefício de prestação continuada, inclusive o regido por normas especiais, tem seu valor 
calculado com base no salário-de-benefício, assim entendido:
I - para o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez, a pensão e o auxílio reclusão, 1/12 (um doze avos) 
da soma dos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade, 
até o máximo de 12 (doze), apurados em período não superior a 18 (dezoito) meses;
II - para as demais espécies de aposentadoria e para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e 
seis avos) da soma dos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da 
atividade ou da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não 
superior a 48 (quarenta e oito) meses.
§ 1º Nos casos do item II, os salários-de-contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos meses são 
previamente corrigidos de acordo com índices estabelecidos pelo MPAS.
§ 2º Para o segurado empregador, o facultativo, o autônomo, o empregado doméstico ou o que está na 
situação do artigo 9º, o período básico de cálculo termina no mês anterior ao da data da entrada do 
requerimento.
§ 3º Quando no período básicode cálculo o segurado recebeu benefício por incapacidade, sua duração é 
contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de 
base para o cálculo da renda mensal.
§ 4º O salário-de-benefício não pode ser inferior ao salário-mínimo da localidade de trabalho do segurado 
nem superior ao maior valor-teto na data do início do benefício.
§ 5º Para o segurado aeronauta, definido no § 2º do artigo 36, o limite inferior do § 4º é o maior salário-
mínimo do país.
§ 6º Não é considerado para o cálculo do salário-de-benefício o aumento que excede a limite legal, 
inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do 
benefício, salvo, quanto ao empregado, se resultante de promoção regulada por norma geral da empresa 
admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela 
categoria respectiva.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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Art. 22. O salário-de-benefício do segurado que contribui em razão de atividades concomitantes é apurado 
com base nos salários-de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no 
período básico de cálculo, observado o disposto no artigo 23 e as normas seguintes:
I - quando o segurado satisfaz em relação a cada atividade as condições do benefício requerido, o salário-
de-benefício é calculado com base na soma dos respectivos salários-de-contribuição;
II - quando não se verifica a hipótese do item I, o salário-de-benefício corresponde à soma das parcelas 
seguintes:
a) o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades em relação às 
quais são atendidas as condições do benefício requerido;
b) um percentual da média dos salários-de-contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à 
relação entre os meses completos de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;
III - quando se trata de benefício por tempo de serviço, o percentual da letra "b" do item II é o resultante da 
relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão 
do benefício. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que em 11 de junho de 
1973 preenchia os requisitos da legislação anterior.
Art. 23. O valor do benefício de prestação continuada é calculado da forma seguinte:
I - quando, o salário-de-benefício é igual ou inferior ao menor valor-teto, são aplicados os coeficientes 
previstos nesta Consolidação;
II - quando é superior ao menor valor-teto, o salário-de-benefício é dividido em duas parcelas, a primeira 
igual ao menor valor-teto e a segunda correspondente ao que excede o valor da primeira, aplicando-se:
a) à primeira parcela os coeficientes previstos nesta Consolidação;
b) à segunda um coeficiente igual a tantos 1/30 (um trinta avos) quantos forem os grupos de 12 (doze) 
contribuições acima do menor valor-teto, respeitado o limite máximo de 80% (oitenta por cento) do valor 
dessa parcela;
III - na hipótese do item II o valor da renda mensal é a soma das parcelas calculadas na forma das letras "a" e 
"b", não podendo ultrapassar 90% (noventa por cento) do maior valor-teto.
§ 1º O valor mensal das aposentadorias do item II do artigo 21 não pode exceder 95% (noventa e cinco por 
cento) do salário-de-benefício.
§ 2º O valor do benefício de prestação continuada não pode ser inferior aos percentuais seguintes do salário 
mínimo mensal de adulto da localidade de trabalho do segurado:
a) 90% (noventa por cento), para a aposentadoria;
b) 75% (setenta e cinco por cento), para o auxílio-doença;
c) 60% (sessenta por cento), para a pensão.
§ 3º Para o segurado aeronauta, definido no § 2º do artigo 36, os percentuais do § 2º são aplicados ao valor 
do maior salário mínimo do país.
§ 4º O valor mensal do benefício devido ao segurado jogador profissional de futebol é calculado com base 
na média ponderada entre o salário-de-contribuição apurado na época do evento na forma da legislação 
então vigente e o salário-de-contribuição referente ao período de exercício daquela atividade, respeitado o 
limite máximo legal.
§ 5º O salário-de-contribuição referente ao período de exercício da atividade de jogador profissional de 
futebol é corrigido de acordo com índices estabelecidos pelo MPAS,
Art. 24. No cálculo do valor do benefício são contadas as contribuições devidas, ainda que não recolhidas 
pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis.
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Art. 25. O valor do benefício de prestação continuada é reajustado quando é alterado o salário mínimo, de 
acordo com a evolução da folha de salários-de-contribuição dos segurados ativos, não podendo o 
reajustamento ser inferior, proporcionalmente, ao incremento verificado.
Parágrafo único. Nenhum benefício reajustado pode ser superior a 90% (noventa por cento) do maior valor-
teto vigente na data do reajustamento.
O "caput" do artigo 25 desta CLPS foi revogado pelo Decreto-lei nº 2.113, de 18 de abril de 1984, ficando 
restabelecidas as disposições legais anteriormente vigentes sobre a matéria." 
A complexidade da fórmula resultou em inúmeros conflitos e distintas situações debatidas no Poder 
Judiciário.
Primeiro o tema dos índices de correção dos primeiros 24 meses, contido no § 1º do art. 21, cuja redação foi 
inquinada de ilegal e sumulado pelo Tribunal Regional da Quarta Região:
SÚMULA 02
Para o cálculo da aposentadoria por idade ou por tempo de serviço, no regime precedente à Lei n° 8.213, de 
24 de julho de 1991, corrigem-se os salários-de-contribuição, anteriores aos doze últimos meses, pela 
variação nominal da ORTN/OTN.
DJ (Seção II) de 13-01-92, p.241" 
Há uma incorreção na respectiva súmula, pois exclui a aposentadoria especial do verbete, mesmo tendo ela 
o mesmo critério de cálculo da aposentadoria por idade e por tempo de serviço.
Também o TRF da Terceira Região sumulou o tema, assim redigido:
SÚMULA Nº 07 Para a apuração da renda mensal inicial dos benefícios previdenciários concedidos antes da 
Constituição Federal de 1988, a correção dos 24 (vinte e quatro) salários-de-contribuição, anteriores aos 
últimos 12 (doze), deve ser feita em conformidade com o que prevê o artigo 1º da Lei 6.423/77." 
Com outra redação, assenta o e. TRF da 3ª Região o mesmo teor do julgado originário do Regional da 4ª 
Região.
Verifica-se que da leitura de ambas as súmulas, encontramos uma segunda diferença. No regional do sul a 
fixação é para os benefícios concedidos antes do regime precedente da Lei 8.213/91; já para o TRF3, a 
discussão fica-se tão somente aos benefícios concedidos antes da Constituição. A diferença pode ser pífia ou 
sequer percebida, masnão. O TRF Sul, ao dizer que são benefícios anteriores ao regime da Lei 8.213/91, 
decreta, mesmo que de forma indireta que a Constituição não tinha sua carga de eficácia plena; já o TRF da 
3ª Região, não fixou o termo nos benefícios precedentes ao regime constitucional.
Para que possamos entender, indispensável se faz traduzir a redação original da Constituição Cidadã de 
1988, matéria esta sufragada nos arts. 201 e 202:
"Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a:
...
§ 3º. Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de benefício serão corrigidos 
monetariamente.
Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o benefício sobre a média dos trinta 
e seis últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a regularidade 
dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar seus valores reais e obedecidas as seguintes 
condições:" 
Com a redação constitucional, o critério não era mais o de correção de só 24 meses mas de todos os 
salários-de-contribuição que compunham o cálculo da aposentadoria, negada sua eficácia plena, logo a 
seguir pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas é importante que demarquemos este universo para que tenhamos a exata compreensão do quanto é 
complexo o debate sobre o salário-de-benefício. 
Logo após a edição da Lei 8.213/91, garantindo o exato preceito da Constituição Federal, modificaram-se 
critérios e índices, ao ponto de alterar a base de cálculo dos benefícios em geral.
O art° 29 da Lei nº 8.213 foi modificado pela Lei n° 9.876 de 26 de novembro de 99, estabelecendo duas 
modalidades de salário-de-benefício.
Uma para os benefícios de que tratam as alíneas "b" e "c" do art°18, quais são esses benefícios a alínea "b", 
aposentadoria por idade; alínea "c", aposentadoria por tempo de contribuição. 
Para esses benefícios, o salário-de-benefício é a média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo multiplicado pelo 
fator previdenciário. Ou seja, tomaremos, não mais os últimos 36 meses anteriores ao requerimento do 
benefício para fazer a média e encontrar o salário-de-benefício, mas sim, todo o universo de salários do 
segurado.
A legislação fala em todo o período contributivo, mas há um balisador neste universo, eis que o limite de 
retroação dos salários-de-contribuição é fixado em Julho de 1994, supostamente pelo período de 
estabilização econômica.
Neste sentido, o cálculo do salário-de-beneficio, a contar da Lei nº 9.876/99 será tomando o universo de 
julho de 1.994 até a data do requerimento do benefício. Este é o período de apuração do salário-de-
benefício. 
Como há determinação de que se utilize o máximo de 80% dos salários desse período, é indispensável que, 
antes de excluí-los, incida a correção e seja verificado em cada um sua atualização. Após isso, serão 
somados os respectivos salários-de-contribuição e dividido pelo número de meses considerados. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Não é só esta a substancial modificação que incide na apuração do salário-de-benefício. Sofrerá, ainda, 
sobre esta média, a incidência do malsinado FATOR PREVIDENCIÁRIO, instituído pela Lei nº 9.876 de 
1.999. 
Este fator previdenciário leva em consideração alguns institutos próprios e já conhecidos do sistema 
previdenciário, como a idade e o tempo de contribuição (ou de serviço). Mas adita uma figura estranha ao 
ordenamento jurídico, tratado pelas tábuas de evolução relativa a população idosa, elaborada pelo IBGE, 
que é a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria.
A contar do dispositivo citado, o valor da renda inicial do benefício sofre substancial modificação, tendo 
como base na apuração do salário-de-benefício não só o universo modificado dos salários-de-contribuição 
para apuração da média mas, também, o fator previdenciário que possui três elementos variáveis e distintos 
para cada situação, sendo eles:
- Expectativa de sobrevida; 
- Tempo de contribuição no requerimento da aposentadoria; e 
- Idade do segurado no requerimento da aposentadoria 
Decorrerá destes três elementos a aplicação da fórmula tida e denominada como fator previdenciário. 
O valor final do benefício terá como base a média apurada de julho de 1.994 até o requerimento do 
benefício, multiplicado pelo fator previdenciário é que dará o salário-de-benefício.
Não para aí! Sobre o salário-de-benefício será aplicado, ainda, o percentual correspondente ao benefício 
que estiver sendo requerido pelo segurado. (Aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por 
idade)
Já para os benefícios contidos nas alíneas "a", "d", "e" e "h" do art°18, aposentadoria por invalidez; 
aposentadoria especial; auxílio doença; e auxílio acidente, o salário-de-benefício será a média aritmética 
simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. O que 
difere, neste caso, é que para estes benefício não há incidência do fator previdenciário.
O fator previdenciário está sendo objeto de discussão no Poder Judiciário, inclusive com ação civil pública 
proposta pelo Ministério Público Federal, discutindo, exatamente o elemento que não está regulamentado 
que é a expectativa de sobrevida, podendo ser alterada de acordo com variantes matemáticas.
Por fim, o fator previdenciário nasce para ser mais uma espécie de instrumento para, como fora a redação do 
revogado Decreto 89.312/84, reduzir o valor final do benefício, merecendo, sim, a crítica e o debate, que 
recém é nascido no seio do direito previdenciário. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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