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Teorias de Relações Internacionais

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Teoria de RI
- Construtivismo Que diferença fazem as ideias
	- Ideias = variável que explica alguma proporção do comportamento (junto com poder, interesses e instituições)
		- É aquilo que vem do pensamento e não é material
	- Base material = explicada pelas ideias
		- Questão amplamente importante, que vem sendo negligenciada, apesar de conter um potencial transformador
	- Significado de poder e conteúdo dos interesses são largamente definidos em função das ideias
		- Ex: Existem pobres e ricos = fato Como vou categorizar ou analisar esses dados = ideias
	- Premissas: (Crítica e comparação ao realismo)
		- Fatores: poder, interesses e instituições (construtivismo = ideias como 4º fator)
		- Força Material Bruta = coisas que existem e têm poder causal, independente das ideias
			- Natureza humana, ambiente físico e artefatos tecnológicos
		- Poder e interesses existem, são operacionais e influenciam o comportamento dos atores
			- Não podem ser consideradas premissas apenas dos realistas
			- Os construtivistas analisam à medida em que são influenciados pelas ideias
		- Constituição de poder pelo interesse (significado de poder e conteúdo do interesse são fruto das ideias)
			- FMB também constituem o poder e os interesses (não é tudo baseado em ideias)
				- Ex: Distribuição material afeta no acontecimento de alguns fatos; Composição da capacidade militar e o caráter da tecnologia que possuem; Geografia e recursos naturais
- Esses efeitos + interesses + cultura = direcionam a ação social
		- Crítica intensa ao realismo: (Desconstrói Waltz)
			- Poder é constituído de FMB
			- O que ordena o SI A anarquia
			- Capacidade material = +
			- Os atores agem de forma semelhante
			- Amizade, rivalidade e ideologia não entram na equação
			- Para Wendt, as conceituações sociais da estrutura são ignoradas
	- Distribuição de interesses
		- Wendt diz que a definição de Waltz depende dessa distribuição
		- Não há o que debater acerca do desejo de sobreviver
OBS: Manter o status quo realismo defensivo
	Conquistas + alteração do status quo realismo ofensivo
	Maximizar poder realismo clássico
		- É uma dimensão da estrutura
		- A anarquia depende do tipo de realismo adotado
			- Depende da estrutura que os Estados adotam
		- Devemos buscar os interesses do ator, não apenas da estrutura = característica básica do construtivismo
	- Constituição dos interesses pelas ideias
		- Realistas = Interesse Nacional = Segurança
			- Para os realistas, o interesse nacional é, de qualquer forma, relacionado à segurança
	- Wendt = Ideias constituem o interesse
		- Interesse nacional importa
		- Pequena parte do que constitui os interesses é material (natureza humana)
		- O resto é ideacional = esquemas e deliberação que são constituídos por ideias compartilhadas ou pela cultura
	Variável dependente = Comportamento do Estado
	Variável independente = Mudança de Governo
		- Qualquer mudança na independente, muda a dependente
	- O poder, os interesses e as ideias impactam no comportamento do Estado = para os neoliberais
		- Contudo, para os construtivistas, as ideias estão antes disso
	
Ideias Poder + Interesses Comportamento do Estado
		- Os interesses e o poder não são “a priori”, pois têm as ideias por trás
	- Ideias e Cultura = conceitos chave para o construtivismo
- Modelo Racionalista da Humanidade
	- Diferença entre crença e desejo
		- Crença: É sobre algo, moldar a mente ao mundo, cognição (ideias)
		- Desejos: É de algo, moldar o mundo à mente, motivação (paixões)
		- Para os realistas, as crenças não possuem uma força motivacional própria, só descrevem o mundo (as ideias não importam)	
		- Wendt diz que os desejos vêm das crenças e critica essa separação feita pelos realistas
Realistas: Desejo = algo pré-determinado (naturalmente terei essa postura)
Wendt = Desejo não é pré-determinado (há uma crença por trás)
	- Teoria Cognitiva dos Desejos
		- “Os desejos são crenças de como conseguir as necessidades”
		- Necessidades = Requisitos funcionais de reprodução de determinado agente
			- Identitárias:
São variáveis como as identidades que elas sustentam, são praticamente infinitas (posso ser filha, namorada, petista)
Para reproduzir a identidade de um professor, a pessoa precisa ensinar
Refletem as estruturas que constituem a pessoa como ator social
Surgem da cognição individual e social, não da biológica e são variáveis
Devemos nos ver como professor e saber o que um professor faz
	
			- Materiais
Relacionadas com a natureza humana
Basicamente 5 elementos:
1. Segurança física (comer, beber)
2. Segurança ontológica (expectativas sobre o comportamento de outros)
3. Socialização (contato humano)
4. Autoestima
5. Transcendência (melhorar a condição de vida)
Parte-se do pressuposto de que todos têm isso
	- Natureza Humana
		- Atingir as necessidades leva ou à satisfação ou à frustração
		- O esforço para evitar a frustração, o medo e a ansiedade é parte da natureza humana
		- A natureza humana, diferentemente das outras teorias, não define se o homem é bom ou mau, isso é fruto das contingências sociais
	- Vantagens de uma abordagem idealista
		1. É possível estudar o conteúdo do mundo real dos interesses dos Estados
		2. Há meios de operacionalizar a relação entre cognição (agente) e cultura (estrutura)
		3. Novas possibilidades para política externa e mudanças sistêmicas
- Processo e Mudança Estrutural
		- Podemos mudar o mundo
		- Mudança estrutural equivale a uma mudança cultural
		Natureza Hobbes Natureza Locke Natureza Kant
		 (inimizade) (soberania) (amizade)
		
	- Modos de mudar de uma anarquia para a outra:
		- Agentes exógenos: Racionalista, passo de desenvolvimento externo, interesses e identidades são algo dado, não há processo e os Estados são egoístas 
			- As preferências são dadas pela estrutura, o principal objetivo é a maximização de poder e isso não muda a estrutura
		- Agentes endógenos: Construtivista, passo de desenvolvimento interno, há a reprodução das identidades e interesses no seio do processo
			- Todos os Estados estão constantemente em desenvolvimento, em mudança. Muda a visão de si mesmo, dos pares e do sistema
			- Os Estados não são perseguidores dos interesses, eles querem projetar uma concepção de eu
				- Ex: O Brasil quer que o SI o veja como pacífico, então age de tal forma
	- Self e a Identidade Nacional
		- A visão sobre si mesmo, para os realistas, nunca muda, já para os construtivistas, está em constante mudança
		- A Identidade Nacional é a norma cultural que refletem os sentimentos dos indivíduos em relação a sua nação e seu sistema político
			- Complexo de vira-lata (Nelson Rodrigues)
			- A identidade são variáveis dependentes e estão em constante evolução
			- Na sociedade há um mecanismo poderoso: a seleção cultural
	- Seleção Natural
		- Favorece os egoístas
		- Tem 2 problemas na sua transposição para as RI
			1. A premissa realista de que os Estados são egoístas antes de formarem o SI
				- Não há como ser egoísta se não existe o outro
			2. Comportamento dos Estados pode levar à cooperação ou criar uma identidade coletiva
	- Seleção Cultural
		- Envolve a transmissão das determinantes de um comportamento
		- Conceito-chave = socialização
		- Pode ser por meio de imitação ou aprendizado
	- Imitação
		- Identidades e interesses são adquiridos de outros que deram certo (Regimes, atos...)
			- Ex: Africanos têm a China como modelo de desenvolvimento rápido e tentam se espelhar nela para crescer
	- Aprendizado Social
		- Os atores veem a si mesmo como reflexo daquilo que acham que os outros lhe avaliam
		- Se o outro trata o eu como inimigo, então o eu internalizará que é inimigo
		- Nem todo outro é Outro Significante
			- Outro Significante: Tem a ver com poder e dependência
				- Ex: OS do Brasil: EUA e Argentina, OS da Índia: Paquistão e China
	- Relação entre o Eu e o Outro Significante
		- Carrega bagagem material e representacional
		- “Como eu enxergo o outro e como o outro me enxerga”
		- Desenvolvimento darelação
			1. O Eu toma uma atitude (sinal para o Outro saber qual papel (conquistador, civilizador, comerciante...) o Eu quer desempenhar e determinar um papel para o Eu) + Eu define um papel para o Outro
			2. O Outro define sua visão da situação (aceitar ou ignorar a visão do Eu sobre si) 
				- Se o Outro revisar essa visão sobre si mesmo, ocorreu o aprendizado
				- Há, então, uma nova situação
			3. O Outro toma uma atitude
			4. A situação se repete até que um ou ambos decida que está acabada
	- Poder na Relação
		- Cada Estado deseja que a sua posição prevaleça sobre a do outro
		- Quem tem mais poder faz com que o outro aceite a posição de menos poderoso
		- A identidade de um Estado não é fixa, ela varia de acordo com as relações sociais que este mantém
- Identidade Nacional e a política externa (4 efeitos):
		1. Determinação dos interesses do país
		2. Escolhas políticas possíveis (soft ou hard power)
		3. Capacidade de mobilização do Estado dependerá da sua unidade identitária
		4. Guia para interpretação da situação política e das ações e posições dos demais Estados
	- Países pós-imperiais
		- Têm como 1º Outro-Significante o ex império
		- Têm 2 caminhos a seguir: imitar o ex império ou se identificar com a comunidade soberana das nações
		- Política externa dependerá da escolha tomada
	- Mudanças Estruturais (Hobbes, Locke, Kant)
		- Ocorrem quando os atores definem quem são e o que querem
		- Marco de uma cultura é a identificação dos atores com ela (generalização das visões dos Outros sobre o Eu)
		- É algo difícil, porém não impossível
- Teoria Crítica
	- Crítica ao mundo em que vivemos e a possibilidade de um mundo melhor
	- Estuda a possibilidade de emancipação humana
		- Melhorar as condições de existência
		- Não tem porque as pessoas serem perseguidas, passarem fome
	- Projeto cosmopolita de atingir níveis altos de inclusão social
	- Premissas 
		- É uma teoria prática, então a emancipação humana é um projeto
			- Projeto possui 3 componentes:
				1. Questionamento normativo sobre o significado da emancipação
				2. Questionamento sociológico sobre as condições da emancipação
				3. Questionamento praxiológico sobre os meios de emancipação 
		- 2 questionamentos principais
			1. Por que estudamos RI (Entender ou transformar)
			2. Como estudamos RI (Que visão temos)
	- Escola de Frankfurt
		- Diferencia-se das teorias tradicionais
			- Tais teorias baseiam-se nas ciências duras (física) e isso leva a manutenção do mundo como ele é
		- A análise crítica pode levar à emancipação, pois encerra uma escolha normativa de mudança de ordem social e política
		- Base = análise dos contextos sociais
	- Teoria Crítica & Relações Internacionais
		- Os homens continuarão não emancipados enquanto a guerra e a reprodução da estrutura forem encarados como algo além do controle humano
		- Analisa os discursos e a cultura
		- 2 correntes:
			1. Frankfurt = evolução do SI
			2. Linklater (principal) = base história e sociológica para disciplinar o SI
	- Projeto Normativo
		- Deve ser analisado e considerado antes dos outros
		- Clarificar o propósito da investigação precede e facilita a definição do objetivo da investigação
			- Universalismo + Transformação social		
		- Criação de um “dever ser”
			- A sociedade é injusta, mas deve ser justa
		- Gênese = ética cosmopolita
		- Para evitar as críticas, Linklater adotou o princípio cosmopolita da causação do mal
			- A emancipação está relacionada com a ideia de prevenir o sofrimento desnecessário
	- Projeto Sociológico
		- Não entender apenas como o mundo é, mas como ele deveria ser
			- Possibilidade de transformação
			- Leva-se em consideração as restrições
			- Ideia Marxista de que os homens fazem o mundo
		- Possibilidade de emancipação depende da relação às tendências dentro da ordem vigente
			- Mudança surge como desenvolvimento dessa ordem
		- A evolução do SI teve como característica a exclusão de uma parte da população
		- Linklater possui visão otimista
			- Nunca na história houve uma preocupação tão grande com a humanidade
			- A possível “pacificação” das potências centrais fortalece o argumento de que uma transformação profunda é possível
			- 1º passo da evolução = sociedade de Estados
			- 2º passo da evolução = SI pluralista e solidária
			- Haveria a criação de uma sociedade cosmopolita
			- Crítica: Contradição (Busca-se a redução do sofrimento humano, mas as práticas econômicas vigentes tendem a acentuá-lo)
	- Projeto Praxiológico
		- Relação entre norma e prática
		- Teorizar como os valores da emancipação cosmopolita
			- Construir uma sociedade global que subsidie a todos e que não haja mais o medo da injustiça, da vulnerabilidade e do sofrimento
		- Um dos maiores desafios é identificar políticas e práticas cosmopolitas disponíveis aos Estados e a SI
		- As grandes potências deveriam desempenhar um papel principal na mudança da ordem internacional, porém não o fazem por conveniência
	Resumo
1. Normativo = crítica ao presente
2. Sociológico = possibilidade de mudança e as alternativas para a mudança
3. Praxiológico = colocação dos anteriores em prática
Relação entre as teorias:
Ambas acreditam em uma possível, porém difícil, mudança do mundo e de sua estrutura
O construtivismo prevê uma mudança (principalmente) para os Estados e para a Ordem Internacional, no caso, uma mudança do tipo de anarquia internacional (Hobbesiana, Lockiana ou Kantiana)
A Teoria Crítica deseja uma mudança primordial para os cidadãos, aqueles que sofrem as mazelas do capitalismo desenfreado e, também, para aqueles Estados em condição de miserabilidade, não prevê mudanças drásticas para os Estados mais ricos
A Ordem Internacional, para os construtivistas, pode ser de 3 maneiras, a primeira é de inimizade e desconfiança – Hobbesiana – a segunda é de afirmação da soberania nacional – Lockiana – e a terceira é de amizade e cooperação – Kantiana – que é a desejada por essa teoria
A Ordem Internacional, para a Teoria Crítica, é ruim e desigual e deve se modificar, transformando-se, com o auxílio das grandes potências, em solidária, justa e humanitária

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