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Teoria Geral do Direito Digital Resolução de caso N1

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Teoria Geral do Direito Digital – Resolução de caso – N1
Pensando no desafio apresentado a Joana, como você vê esse possível programa de Compliance? Legislação aplicável, possíveis responsabilizações civis, administrativas e penais de cada um envolvido no projeto e quais os padrões de proteção de dados a serem implementados pelo T.I. 
Vejo o programa de Compliance como algo complexo, mas de fácil implementação, pois hoje temos vários bons exemplos no mercado, independente da área a ser implementada. Alguns pontos são críticos e necessários para que um programa de Compliance seja feito, mesmo que do zero numa empresa, ele não pode ser tão livremente implementado temos sempre que lembrar que hoje temos a Lei de proteção de dados e também a Lei Anticorrupção, leis que devem ser inseridas dentro do programa de Compliance ajudando assim a moldar o código de conduta e ética da empresa. 
Com um código de ética e conduta bem montado estruturado e mostrado aos colaboradores, fica mais fácil a implementação do Compliance. É necessário uma análise de riscos, avaliando todos os possíveis problemas de conduta que a empresa pode estar sujeita conforme sua área de atuação assim sendo criado um plano de ação que vise planejar uma estratégia para que o programa de Compliance possa ser implementado, descrevendo cada etapa, como ela será feita, além da capacitação de colaboradores, do monitoramento e de pontos de divulgação. Um código de conduta precisa ser criado, este documento precisa ser claro, quanto ao seu objetivo e a finalidade que se destina com a realidade da empresa, além disso o código de conduta precisa estra alinhado as necessidades, visão e valores da empresa. Além do código de conduta ser criado ele precisa ser colocado em prática, criando-se também canais para divulgação e para que denúncias possam ser feitas, bem como onde a respostas para dúvidas possam ser mais diretas e de fácil acesso, hoje em dia um bom canal para isso é a chamada “ouvidoria”, um canal aberto para o público interno e externo.
Outro ponto de extrema importância é a capacitação de colaboradores, pois todos os funcionários devem estar cientes que seus atos tem responsabilidades, fazendo assim com que todos aceitem o programa de Compliance com maior aderência e mais facilmente. Neste ponto podem-se ser realizados treinamentos, campanhas, divulgações e comunicações internas. Para finalizar é importante monitorar o funcionamento do programa, pois é necessário que cada pilar seja acompanhado, testado, refeito quando necessário para garantir o melhor resultado e por fim avaliar cada caso e corrigir eventuais problemas para que o programada seja implementado com efetividade.
No caso dos programas de Compliance temos a Lei Anticorrupção que se aplica como uma luva, pois é o instrumento legal que deu parâmetro, forma e normatizou as bases para o Compliance, de maneira infralegal, por meio do decreto n° 8420/2015, que estabeleceu os parâmetros para avaliação dos Programas de Compliance, sendo assim toda implicação legal fica a cargo da Lei Anticorrupção e também podemos contar com alguns itens da Lei Geral de Proteção de Dados, tanto nas esferas cíveis, penais, administrativas de cada um dos envolvidos no projeto, seja externamente ou internamente.

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