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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 ANATOMIA DO INTESTINO DELGADO ➢ O intestino delgado é a maior parte do aparelho digestivo, se estendendo desde o estômago (piloro) até o intestino grosso (ceco), sendo composto por três partes: duodeno, jejuno e íleo • Duodeno e jejuno são encontrados no quadrante superior esquerdo • O íleo é encontrado no quadrante inferior direito ➢ Todas as três partes são cobertas pelo omento maior ➢ Principal função: completar a digestão e absorver os nutrientes ➢ Inervação: o intestino delgado é inervado por ramos do nervo vago (NC X) e pelos nervos esplâncnicos torácicos • Plexo nervoso submucoso (de Meissner): contém somente fibras parassimpáticas do nervo vago (NC X) • Plexo nervoso mioentérico (de Auerbach): contém tanto fibras nervosas simpáticas como as parassimpáticas DUODENO ➢ Corresponde a primeira parte do intestino delgado, sendo a porção mais larga, mais curta e mais fixa do intestino delgado ➢ Possui cerca de 25cm de compri- mento, se estendendo desde o esfíncter pilórico do estômago, contorna a cabeça do pâncreas o que lhe atribui uma conformação em “c” e termina na flexura duo- denojejunal (ângulo de Treitz). • O ângulo de Treitz (suspenso pelo ligamento suspensor do duodeno), serviu por muito tempo como referência para poder diferenciar a HDA da HDB, no entanto, atualmente está sendo substituído por critérios mais práticos (EDA) ➢ Em sua maior parte ele é retroperitoneal, no entanto, os 2 primeiros cm do duodeno ainda são considerados intraperitoneais (transição entre o estômago e o restante do duodeno), e por isso, são comumente conhecidos como bulbo ou ampola duodenal ➢ Essa estrutura é dividida em quatro porções: superior (1ª porção), descendente (2ª porção), inferior ou horizontal (3ª porção), e ascendente (4 porção) ➢ Relações anatômicas • 1ª porção do duodeno possui relação com o fígado, vesícula biliar, vias biliares (ducto colédoco + ducto pancreático principal e o ducto acessório atravessam a parede do duodeno), peritônio, pâncreas e colédoco • 2ª porção irá apresentar uma pequena relação com a vesícula, peritônio, colo transverso, colédoco, cabeça do pâncreas, rins e ureteres, cava • 3ª porção possui relação com o mesentério, pâncreas, ureter, cava, aorta e músculos do abdome • 4ª porção irá apresentar relação com o peritônio, jejuno, vasos mesentéricos, pâncreas, aorta ➢ TOME NOTA: Ao atravessar a 2ª porção do duodeno, o ducto colédoco e o ducto pancreático provocam a formação de um abaulamento conhecido como ampola de Vater (hepatopancreática), nessa região existe o esfíncter de Oddi responsável por controlar a abertura da papila maior do duodeno ➢ Irrigação arterial: o tronco celíaco emite a hepática comum emite a gastroduodenal que por conseguinte emite a pancreaticoduodenal superior anterior e posterior responsável por irrigar a 1ª e a 2ª porção do duodeno (até a papila maior do duodeno); já a 3ª e a 4ª porção do duodeno serão irrigadas pela pancreaticoduodenal inferior superior e anterior que são ramos da mesentérica superior que por conseguinte é o 2º ramo visceral da aorta abdominal. Os ramos anteriores e posteriores do plexo celíaco e da mesentérica superior irão se encontrar e formarão um arco contínuo anastomosado • A irrigação do duodeno é basicamente a irrigação da cabeça do pâncreas, por isso, não dá para fazer uma intervenção cirúrgica nessa região do pâncreas sem atingir o duodeno ➢ Vascularização: segue a mesma logica da irrigação, dessa forma, a 1ª porção será vascularizada pela pancreático- duodenal superior anterior e posterior e pela pancreaticoduodenal inferior superior e anterior, que drenam para a veia mesentérica superior, no entanto, algumas variações anatômicas permitem que as veias pacreaticoduodenais posteriores drenem para a veia esplênica, e a pancreaticoduodenal superior posterior drene direto para a veia porta. Sendo assim, no final, todas drenam para a porta JEJUNO E ÍLEO ➢ Somados, o jejuno e íleo possuem cerca de 5 a 6 metros • Jejuno compõe aproximadamente 3/5 do comprimento total • Íleo compõe aproximadamente 2/5 do comprimento total ➢ São órgãos intraperitoneais, e encontram-se posicionados na porção central do compartimento inframesocolico • O jejuno começa na flexura duodenojejunal • O íleo termina no orifício ileal (junção ileocecal) onde o ceco do intestino grosso começa ➢ Com relação ao íleo, o jejuno é considerado mais largo (diâmetro), mais espesso, composto por pregas circulares mais marcadas, além de ser mais avermelhado (presença de vasos de maior calibre) e possuir menos nódulos linfáticos • O íleo possui agregados de nódulos linfáticos que são chamados de placas de peyer • Não existem marcos anatômicos que permitam a identificação do momento de transição entre o jejuno e o íleo ➢ Irrigação: o jejuno e o íleo são irrigados e drenados a partir das artérias/veias jejunais e ileais, com relação a irrigação esses vasos são ramos da artéria mesentérica superior e com relação a vascularização, esses vasos irão drenar para a veia mesentérica superior (essas artérias irão se posicionar no interior do mesentério) • As artérias e veias jejunais e ileais forma arcos por toda a estrutura, esse processo de anastomose é de suma importância para proteger esses órgãos de isquemia ➢ Drenagem linfática: linfonodos juntaintestinais -> mesentéricos -> centrais superiores -. Mesentéricos superiores -> circulação venosa Anatomia: Moore e Sobotta HISTOLOGIA DO INTESTINO DELGADO ➢ Histologicamente, o intestino delgado tem quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular externa e serosa ➢ O intestino delgado possui diversas características que agem a fim de se aumentar a superfície de absorção, como é o caso das pregas circulares, vilos intestinais e microvilosidades ➢ Pregas circulares: são estruturas macroscópicas que começam no duodeno, são evidentes no jejuno e pouco evidentes no íleo. Elas consistem basicamente em projeções de mucosa e submucosa que estão presentes na luz do intestino delgado e são responsáveis por aumentar a síntese absortiva em cerca de 3x porção do intestino. ➢ Vilosidades: cada prega circular esta revestida por vilosidades, que são compostas por lâmina própria e epitélio e são responsáveis por aumentar em cerca de 10x a síntese absortiva. O epitélio que compõe essa estrutura é do tipo colunar simples sendo composto principalmente por enterócitos (célula absortiva) ou ainda por células caliciformes responsáveis por produzir muco e liberá-lo na luz do intestino ➢ Microvilosidades: as superfícies das vilosidades são recobertas por microvilosidades, estruturas compostas por citoesqueleto que formarão a borda em escova responsável por aumentar a superfície de absorção em cerca de 20x • No total, a síntese absortiva aumenta quase que em 600% ➢ Cripta intestinal: corresponde a depressão presente entre os vilos, sendo considerada o local de proliferação do epité- lio devido a presença de células tronco. Essa estrutura é composta por enterócitos, células enteroendócrinas (, células de Paneth (célula fortemente eosinofilica responsável pela produção de lisozimas e defensinas que atuam promoven- do a lise bacteriana) e células M (célula especializada em captar os linfócitos e acomodá-los em seu citoplasma, além disso, no lúmen do epitélio ela irá englobar os antígenos facilitando o contato com as células de defesa) • TOME NOTA: Entre as células do epitélio do intestino delgado é possível notar a presença de linfócitos ➢ Lâmina própria: a lâmina própria é composta por tecido conjuntivo, fibras musculares lisas e nervosas além de capilares linfáticos e sanguíneos
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