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2012 11 12 aula proc civil IV

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Processo Civil IV - Execução - Aula dia 12/11/2012 
Professora Maria Carolina - e-mail : mariacarolinaprof@gmail.com
Aula 14
TUTELA ESPECÍFICAS DAS OBRIGAÇÕES
Tutela → é a medida mais gravosa permitida ao juiz para garantir um resultado prático e equivalente, conf. Estabelecido no caput do art 461 CPC
O legislador entendeu que precisava dar um tratamento especial para as obrigações de Fazer, Não Fazer e Entrega de Coisa, com devida peculiaridade.
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
§ 1º - A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
§ 2º - A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (Art. 287). 
§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
§ 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
§ 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
§ 6º O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.
 
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 
§ 1º Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
§ 2º Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 3º Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1º a 6º do art. 461.
I- Para identificar o e executivo procedimento adequado.
				→ judicial → Art 475 N CPC
Origem do título
				→ Extrajudicial → Art 585 CPC
					→ judicial → Art 475 N CPC
Natureza da Obrigação	→ Pagar
→ Extrajudicial → Art 585 CPC
				→ Fazer
				→ Não fazer		Tutela antecipada das obrigações
				→ Entrega de coisa	se judicial Arts 461, ARt 461, A CPC
Partes envolvidas	→ se for a Fazenda Pública →réu – Art. 730 CPC
 → autor – tem prerrogativa – procedimento da Execução Fiscal  Lei 6.830/80
II- Tutela específica das obrigações baseadas em título executivo judicial. ( Art 461 e Art 461-A CPC c/c Art 461 §5° CPC
III- Art 461 CPC → Obrigações de Fazer e Não Fazer ( também chamada de obeigação negativa)
§ 1º-e § 2º - perdas e danos se o autor 
§ 3º – antecipação dos efeitos
§ 4º – Multa
§ 5º – Tutela de remoção do ilícito 
§ 6º - Alteração
Ex.: Vc mora em um condomínio ao lado do posto de combustíveis, de repente todos começam a sentir um cheiro muito forte de gasolina, se sabe que o tanque de abastecimento é muito velho e está enferrujado. Isso significa que o posto pode explodir, e ainda, contaminar o lençol freático.
O condomínio propõe ação com a obrigação de fazer para que o posto troque o reservatório com a máxima urgência.
Se o posto não fizer, poderá o juiz pedir que o fechamento do posto até que ele cumpra o que foi sentenciado. Mesmo que você não tenha pedido isso na sua petição.
Isso seria a medida mais gravosa, que configura uma tutela para qu a obrigação seja cumprida. Art 461 § 5º CPC.
A tutela de remoção do ilícito fere o princípio da inércia? 
Não, pois o autor manifestou jurídicamente o seu desejo de uma providência. 
§ 1º-e § 2º - perdas e danos se o autor 
Só pode ocorrer se houver o pedido da parte neste sentido ou quando o juiz verificar a impossibilidade da concessão da sentença. Isso ocorre em regras, nas chamadas, obrigação de não fazer ou obrigação negativa, porque muitas vezes nessas situações não se consegue reverter determinadas medidas.
Ex: Um executivo contratado com cláusula de confidencialidade, isso quer dizer que ele não poderá comentar nenhum tipo de estratégia, desempenho, ou qualquer movimento da empresa para qual ele está trabalhando. Só que um determinado dia ele é convidado para uma entrevista e acaba falando sobre algumas estratégias de venda da empresa. O jornal coloca em primeira mão todas aquelas informações.
A empresa propõe uma ação com a obrigação de não fazer contra esse empregado, porém a essa altura, não tem mais como reverter a situação. Nesse caso o juiz poderá converter em perdas e danos. Bem, essa é a hipótese mais comum.
§ 3º -É possível a antecipação do efetivo se for possível coadunar o art 461 § 3º com o art. 273 CPC
Prova inequívoca
Verossimilhança
Revogabilidade da medida
Irreversibilidade
§ 4º – A Multa diária → Chamada de astreinte
Já se tem o título executivo formado e esta cláusula tem a função de obrigar a cumprir o contrato.
A astreinte pode ser declarada de Ofício?
Sim, conforme o art 461§ 4º CPC, textualmente expresso.
Astreinte é a multa diária imposta por condenação judicial. As astreintes no direito brasileiro eram cabíveis apenas na obrigação de fazer e na obrigação de não fazer. Contudo com o advento da lei 10.444 de 2002 que alterou a redação do art. 287 do Código de Processo Civil passaram a ser admitidas também na obrigação de entrega de coisa. A finalidade da medida é constranger o vencido a cumprir a sentença ou decisão interlocutória de antecipação de tutela e evitar o retardamento em seu cumprimento.
O juiz pode alterar o valor da multa ( astreinte)?
Sim, conforme o art 461§ 6º CPC, porém deverá o juiz se basear no princípio da proporcionalidade e razoabilidade, e ainda, o caráter coercitivo, devendo o juiz ponderar e aplicar o correto.
Cabe multa diária contra a Fazenda Pública?
Sim, mas o autor ganha mais não leva, porque não se pode condenar a Fazer Pública provisionalmente. O autor receberá, caso a Fazenda Pública seja condenada, só depois da sentença transitar em julgado, além disso, irá receber através de RPV se for até 60 SM, caso o valor seja superior somene através de precatório.
Art 461-A CPC - Trata da Entrega de Coisa baseada em título executivo judicial.
Aplica-se subsidiariamente as regras do art 461 CPC.
O único cuidado que se deve ter é que as obrigações para a entrega de coisa é dividida em: Entrega de Coisa Certa e Entrega de Coisa Incerta.
Entrega de coisa certa → tem que trazer a quantidade, gênero e qualidade
Entrega de coisa incerta → tem que trazer a quantidade e gênero
É possível executar entrega de coisa incerta?
Não, pois o devedor tem o direito de saber o que está devendo, para que ele possa cumprir a sentença.
Se no contrato não está definida a qualidade, a coisa será incerta, deve para propor a execução o procedimento da concentração.
Obs:
Transformação da Obrigação:
Cessão de crédito
Assunção de dívida
EFEITOS DO INADIMPLEMENTO
O Código Civil aponta como efeitos do inadimplemento culposo da obrigação: mora, perdas e danos, juros, cláusula penal e arras.
A mora é o retardamento culposo da obrigação, sendo provocada pelo devedor ou pelo credor. A primeira é chamada de mora solvendi (de pagar), já a segunda é denominada de mora accipiendi (de receber).Constitui-se premissa para a constituição da mora, segundo o artigo 396 do CC, a culpa do devedor. Assim, se o devedor não teve culpa pelo retardamento da obrigação não há mora. 
  
O dano, por sua vez, consiste na diferença entre o estado atual do patrimônio que o sofre e o que teria se o fato danoso não se tivesse produzido. Perdas e danos é o equivalente ao prejuízo do dano ou ao dano suportado pelo credor, em virtude do devedor não ter cumprido, total ou parcialmente a obrigação, expressando-se numa soma de dinheiro correspondente ao desequilíbrio sofrido pelo prejudicado.
Já os juros representam o rendimento do capital, os frutos civis produzidos pelo dinheiro (são os acessórios da obrigação – artigo 92). Tais acréscimos podem ser classificados em juros moratórios e juros compensatórios:
Os juros moratórios constituem uma indenização pelo prejuízo resultante do retardamento culposo, sendo assim uma espécie de penalidade pela demora no adimplemento da prestação devida, visa a remuneração pela utilização do dinheiro do credor. Os juros compensatórios remuneram o credor porque este ficará privado do uso de seu capital, devendo o devedor pagar pela utilização do capital de outrem. 
Por fim, as arras são formadas por meio de um pacto acessório real, em que uma das partes entrega à outra, dinheiro ou outro bem móvel, por ocasião da celebração do contrato principal, com a finalidade de provar a seriedade do propósito negocial e a garantia de seu cumprimento, ou ainda, para servir de antecipação da indenização para a hipótese de desistência ou arrependimento do acordo.

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