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Tributário I - Administração Tributária Procedimentos Administrativos Medidas Judiciais

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANÇAS PÚBLICAS
Administração Tributária. Procedimentos Administrativos. Medidas Judiciais
1. Administração Tributária
É o ramo especializado da Administração Pública que exerce atividade voltada para a fiscalização e arrecadação tributária, impulsionando procedimento que objetiva verificar o cumprimento das obrigações tributárias, praticando, quando for o caso, os atos tendentes a deflagrar a cobrança coativa e expedir as certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo
Basicamente são quatro as funções da Administração Tributária:
· Fiscalização – Programação das atividades de fiscalização, aperfeiçoamento das técnicas de fiscalização, auditorias e controles fiscais.
· Tributação – Elaboração de normas e procedimentos tributários, aplicação da legislação tributária, contencioso fiscal e consultas.
· Arrecadação – Previsão da receita, aperfeiçoamento das técnicas de arrecadação, controle de lançamentos de créditos tributários, controle dos agentes arrecadadores e cobrança administrativa.
· Informações Econômico-Fiscais – Programação, registro e armazenamento de informações econômico-fiscais, controle dos cadastros de contribuintes e controle de documentos fiscais.
Essas funções são interligadas entre si, culminando no funcionamento equilibrado e harmônico do processo. 
1.1. Fiscalização
Ato de empreender exame e verificação, de controlar a execução ou funcionamento, tendo em vista o atendimento das obrigações a cargo dos contribuintes. O poder dessa fiscalização por parte da autoridade administrativa decorre da competência outorgada aos poderes públicos para instituir e exigir tributos.
Ao se utilizar dessa fiscalização o poder público deve respeitar os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, sendo vedada, por exemplo, qualquer divulgação a terceiros de informação obtida durante e após o processo de fiscalização. Nesse sentido o Art.195 do nosso Código Tributário estabelece as seguintes prerrogativas à autoridade fiscal:
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Assim, para ser apresentados aos agentes do fisco, o contribuinte tem que conservar os livros e documentos prescritos em lei, por isso deve guardá-los bem assim como o comprovante dos lançamentos efetuados, enquanto não prescreverem os créditos tributários correspondentes.
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Desperta, ao falar de tal assunto a questão do sigilo bancário, que é uma espécie do gênero sigilo de dados, que veio integrar o rol de direitos e garantias individuais na Carta de 1988, sendo considerado pelo STF como um desdobramento do direito à intimidade, estando inserido no Art.5° da CF.
Em síntese, a prerrogativa de fiscalizar dever respeitar o direito do contribuinte de exercer livremente suas atividades sob o regime da livre iniciativa, o Fisco, está obrigado ao sigilo fiscal e a respeitar o normal andamento das atividades das pessoas físicas e jurídicas, sem lhes causar transtornos que lhes impeçam ou obstaculizem o exercício, sob pena de responsabilização civil e penal.
No entanto, é oportuno ponderar que ao analisarmos os julgados proferidos pelo STF, verificamos que o mesmo já decidiu no sentido de que o direito ao sigilo bancário não é absoluto, podendo o mesmo ser quebrado em casos excepcionais. 
Nesse sentido, a Lei Complementar 105/2001, por seus Arts. 5° e 6° estabeleceu a possibilidade de a Receita Federal solicitar as instituições financeiras informações sobre a movimentação dos contribuintes.
1.2. Dívida Ativa
Nos termos do Art. 201 do Código Tributário Nacional, constitui dívida ativa a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
A inscrição da dívida tem, pois, o objetivo de propiciar o controle administrativo da legalidade, conferindo ao crédito tributário liquidez e certeza, que atribui força executiva. 
O Art. 202, do CTN enumera os requisitos que deve conter o termo de inscrição da dívida ativa autenticado pela autoridade administrativa competente:
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
 I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
1.4. Certidão Negativa
É um documento que comprova a regularidade fiscal e cadastral do contribuinte perante a Secretaria da Receita Federal.
Dispõe o Art. 205, do Código Tributário Nacional (CTN): "A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido".
O Art. 206, do CTN, prevê a expedição de certidão positiva de efeito negativo, em se tratando da existência de créditos “não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa".
	2. Processo Administrativo-Tributário
	
A atual Constituição brasileira consagra, em seu Art. 5º, o processo administrativo tributário como uma garantia fundamental do administrado, na medida em que lhe assegura o direito de petição aos Poderes Públicos contra a ilegalidade ou abuso de poder, o devido processo legal, o direito à ampla defesa e ao contraditório.
O processo administrativo fiscal é, pois, um instrumento importante para solução de conflitos, de forma mais célere e menos dispendiosa, tanto para o contribuinte como para o próprio Fisco, tendo por objetivo o autocontrole do ato administrativo do lançamento e o acertamento do crédito tributário, visando, em última análise, a efetiva justiça fiscal.
O processo administrativo-tributário consiste no conjunto de atos administrativos (procedimentos) destinados à aplicação das normas materiais de Direito Tributário à relação jurídica entre o fisco e o sujeito passivo da obrigação tributária.
Não possuímos Justiça Administrativa especializada, paralela e desvinculadado Poder Judiciário, como na França, mas a nossa Constituição Federal garante, no entanto, que o Judiciário não se eximirá da apreciação de qualquer questão envolvendo lesão ou ameaça de lesão a direitos, evitando favorecer posições da Administração, em detrimento da distribuição imparcial da Justiça.
3. Meios Admistrativos
Os principais meios de defesa dos contribuintes são seguintes a Consulta, a Impugnação, a Repetição de Indébito e o Parcelamento. 
A Consulta consiste na comunicação formal e escrita, dirigida pelo contribuinte à repartição competente em matéria tributária, para que preste esclarecimentos e orientação prévia ao caso concreto, visando à garantia do correto cumprimento da obrigação tributária perante o fisco. Ela suspende o crédito tributário.
A Impugnação, por sua vez, é a manifestação formal de discordância de que se pode utilizar o contribuinte, que decide por opor-se à cobrança do fisco, pela via administrativa. Denomina-se: i) Reclamação – por iniciativa do contribuinte, referente a avisos de lançamento e notificações em geral; ii) Defesa – no caso dos autos de infração. As matérias discutidas podem tratar-se de “Erro de Fato”, quando o crédito tributário não corresponder à efetiva obrigação tributária ou “Erro de Direito”, quando a constituição do crédito desrespeitou a norma tributária. 
A decisão pode ser favorável ao fisco, casos em que: o crédito tributário será inscrito no Registro da repartição competente, expedindo-se certidão de dívida, título executório que permite ao Estado o ingresso em juízo da ação de cobrança ou favorável ao contribuinte, quando, em geral, extingue-se o processo administrativo.
Na Repetição de Indébito, o contribuinte solicita a devolução de tributo pago indevidamente, por erro de cálculo no lançamento ou feito em duplicidade.
No Parcelamento, o contribuinte reconhece o crédito tributário da entidade, mas solicita a flexibilização do seu pagamento em parcelas mensais e iguais.
3. Procedimentos Judiciais
Embora as vias administrativas e judicial sejam independentes, será arquivado ou extinto o procedimento administrativo sobre a mesma questão argüida na ação judicial.
A iniciativa da Fazenda Pública pode se dar através da Execução Fiscal ou da Cautelar Tributária.
Já o Sujeito Passivo da Obrigação Tributária pode se valer das seguintes ações: - i) Ação Anulatória de Débito Tributário; ii) Ação Declaratória; iii) Ação de Consignação em Pagamento; iv) Ação de Repetição de Indébito; v) Mandado de Segurança.
 
3.1. Execução Fiscal
Espécie de execução por quantia certa, procedimento judicial para a cobrança de créditos tributários vencidos. Somente será promovida depois de esgotadas todas as formas constritivas administrativas, inclusive a chamada cobrança amigável, utilizada para o recebimento de alguns tipos de impostos, e realizado um controle complementar da legalidade do lançamento, pela Procuradoria Fiscal, visando a constatar irregularidades na inscrição do crédito tributário no Registro da dívida ativa.
O fisco não precisa recorrer ao Judiciário para pleitear uma decisão sobre seu direito de crédito mediante ação de conhecimento – a decisão é administrativa e unilateral, de iniciativa do fisco, que o faz criando título executivo extrajudicial, o que lhe permite iniciar a execução diretamente.
O sujeito passivo da execução fiscal é o devedor; o fiador; o espólio; a massa (falida ou do devedor insolvente); o responsável, nos termos da lei, por dívida, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de Direito Privado ou ainda os sucessores a qualquer título.
O pedido é de citação do executado para, no prazo de 5 dias pagar a totalidade da dívida, acrescida de juros, multa moratória e demais encargos, indicados na Certidão da Dívida Ativa, ou oferecer garantias ao pagamento da dívida. Saliente-se que a intimação da Fazenda Pública será feita pessoalmente.
A regra é a citação “postal”, com aviso de recebimento, se a Fazenda não a requerer por outra forma. Caso o aviso de recepção não retornar em 15 dias da entrega da carta na agência postal, a citação será feita por oficial de justiça ou por edital, com prazo de 30 dias. O ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 dias.
Após devidamente citado, os atos do devedor podem ser:
a) Efetuar o pagamento integral da dívida;
b) Efetuar depósito em dinheiro, à ordem do juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária;
c) Oferecer fiança bancária;
d) Nomear bens à penhora, obedecendo à ordem legal;
e) Indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública;
f) Não pagar e não praticar qualquer ato que garanta a execução, omitindo-se.
Com o pagamento integral, a dívida será quitada e liquidada, extinguindo-se o processo.
A falta de pagamento/ não oferecimento de garantias fará com que o devedor tenha seus bens penhorados ou, no caso de não ter domicílio ou dele se ocultar, seus bens serão arrestados. Independentemente do pagamento de custas e outras despesas, o juiz, ao deferir a inicial, ordenará o registro da penhora ou do arresto, e a avaliação dos bens penhorados ou arrestados. 
A penhora se dará sobre quaisquer bens do executado, exceto aqueles que a lei declare absolutamente impenhoráveis, como os instrumentos de trabalho. Há a possibilidade de requerer a penhora on line de eventuais ativos financeiros em nome do executado por meio do convênio BACENJUD, conforme autoriza o art. 665-A, do CPC.
Se após decorrido tempo superior a um ano, for localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis os autos serão desarquivados e a execução prosseguirá.
Na execução fiscal, o devedor é citado para pagar ou oferecer bens em garantia de pagamento. Não concordando, poderá o devedor oferecer “embargos à execução”. O prazo é de 30 dias, contados do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou da intimação da penhora.
Não são admissíveis embargos do executado antes do oferecimento de bens em garantia.
O devedor (embargante, ou executado) poderá alegar qualquer matéria útil pertinente à defesa, requerer a concessão de quaisquer provas admitidas, juntar aos autos os documentos probatórios e indicar o rol de testemunhas. A Fazenda Pública prazo de 30 dias para impugnar. 
Poderá também o devedor opor exceção de pré-executividade, sendo a mesma somente cabível nas hipóteses de haver nulidade patente do título ou a ausência de algum pressuposto processual ou condição da ação. Ela visa proporcionar ao devedor uma “defesa prévia”, antes de ser procedida a penhora de bens, onde somente podem ser alegadas matérias que caberiam ao juiz conhecer de ofício, sem que haja necessidade de dilação probatória. 
Caso não haja o oferecimento de embargos,  será aberta vista para a Fazenda Pública manifestar-se sobre a forma de garantia à execução ou sobre a penhora.
Se terceiro houver prestado garantia, será intimado para remir o bem dado em garantia ou pagar a dívida, no caso de garantia fidejussória.
Por  fim, a alienação dos bens penhorados pode se dar segundo a LEF em “Leilão Público”, em lugar designado pelo juiz ou segundo o CPC, aplicado subsidiariamente a Lei nº 6.830/80, através de praça; leilão; Bolsa de Valores ou venda a particular a prazo.
3.2. Cautelar Fiscal
 
Disciplinada na Lei n.º 8397/92, é  a ação, de iniciativa do fisco, que tem por finalidade tornar indisponíveis os bens de devedores do fisco, suficientes para satisfação da obrigação, tanto de crédito tributário quanto de crédito não-tributário, já regularmente constituídos em processo administrativo.
A principal hipótese de cabimento é a “falta de pagamento do crédito tributário”, por parte do sujeito passivo regularmente notificado pela Fazenda Pública, para que proceda ao recolhimento do crédito vencido, dentro do prazo legal, salvo se garantida a instância em processo administrativo ou judicial.
Se o crédito “já estiver regularmente constituído”, a Fazenda Pública poderá promover a execução fiscal diretamente, sem necessidade de qualquer medidacautelar, que funcione como garantia adicional ao fisco.
Se o crédito tributário “ainda não estiver regularmente constituído”, nenhuma medida cautelar poderá ser deferida. 
Portanto, em qualquer caso, há dúvidas acerca de trazer a cautelar fiscal qualquer garantia adicional à Fazenda Pública.
3.3. Ação Anulatória de Lançamento Tributário
É ação do contribuinte que  tem por finalidade tornar nulo o procedimento administrativo do lançamento, uma ação de conhecimento de rito ordinário. As matérias discutidas são “de fato” ou “de direito. 
O pedido invalida exclusivamente o ato ou os atos administrativos relativos a determinado lançamento, constantes do pedido formulado, não projetando seus efeitos para atos futuros.
O sujeito passivo pode ajuizar ação anulatória de débito contra a Administração ou declaratória de inexistência de relação jurídica sem efetuar qualquer depósito (Art. 5º, XXXV, CF).
3.4. Ação Declaratória
Sua finalidade é a afirmação da “existência” (ação declaratória positiva), da “inexistência” (ação declaratória negativa) ou da “forma” da relação jurídica tributária.
Enquanto na Ação Anulatória a sentença afirma ou nega a existência da relação tributária de forma incidental, para fundamentar a decisão judicial, na Ação Declaratória a afirmação de existência ou de inexistência da relação jurídica é o próprio pedido do autor, e se constitui no objeto da ação.
Os fundamentos para a declaração de inexistência da relação jurídica tributária são a demonstração de que não ocorreu o fato gerador do tributo, de que a norma invocada pela Fazenda Pública não é legalmente aplicável ou de que a norma não se aplica à cobrança de determinado tributo.
3.5. Ação de Consignação em Pagamento
O contribuinte ou responsável deposita em juízo a importância correspondente ao débito fiscal, em caso de não concordância com a exigência do fisco, desonerando-se perante a Fazenda.
As hipóteses são de recusa de recebimento ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória, a subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal ou a exigência, por mais de uma pessoa jurídica de Direito Público, de tributo idêntico sobre o mesmo fato gerador.
Os efeitos do depósito são de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, desde que efetuado de forma integral e em dinheiro.
Citada a Fazenda Pública, não poderá iniciar a execução fiscal, enquanto não for julgada a ação de consignação em pagamento.
3.6. Ação de Repetição do Indébito
É a ação, de iniciativa do contribuinte ou responsável, que pagou indevidamente à Fazenda Pública, e que, por isso, pede a devolução da quantia paga.
Sua finalidade é assegurar ao sujeito passivo, o autor, a recuperação, parcial ou total, do que indevidamente pagou ao fisco – princípio “solve et repete”.
As hipóteses são de “Erro de Direito”, quando a cobrança ou o pagamento espontâneo são indevidos ou maiores que o devido, pela legislação tributária, de “Erro de Fato”, quando são indevidamente pagos tributos, em função da natureza ou das circunstâncias do fato gerador ou de “Erro Material” quando o sujeito passivo foi incorretamente apontado ou a alíquota utilizada não era apropriada;
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