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Resumo de Fisiologia AV1

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Resumo de Fisiologia – AV1 – ESTÁCIO – Heloísa Nogueira
O cérebro Humano:
 É a morada do pensamento, da consciência, inteligência e autopercepção. Em sua base inicia-se a medula espinal que é a “auto-estrada” das informações e que fica protegida pela coluna vertebral.
 O cérebro possui uma região pregueada superior que forma o córtex cerebral (ou telencéfalo), onde estão todas as células que nos permitem fazer tudo o que é exclusivo aos seres humanos: pensamento, movimento voluntário, linguagem, julgamento e percepção. O lado direito do córtex guarda e forma imagens e sentimentos, enquanto o lado esquerdo palavras. Havendo conflito entre os lados, prevalece a resposta do esquerdo. Cada lado do cérebro é responsável pelos movimentos do lado oposto do corpo. 
 Outra região importante do cérebro é o cerebelo, que permite o equilíbrio e a sustentação sobre nossas duas pernas, além da marcha coordenada e do tônus muscular. Na frente dele encontramos o tronco encefálico, formado pelo bulbo, ponte de varolio e mesencéfalo. O bulbo controla os movimentos cardiorrespiratórios, é o centro regulador da deglutição, controla a tosse, o espirro e o vômito. A ponto de varolio é reguladora dos movimentos respiratórios, principalmente em momentos de atividade física intensa. O mesencéfalo, por sua vez, é regulador da visão, audição, etc.
 Acima do tronco encefálico temos o diencéfalo, dividido em TÁLAMO (integração sensitiva e motora) e HIPOTÁLAMO (órgão de ligação entre SN e Endócrino). É no hipotálamo que temos o centro da cede, fome, saciedade, regulação da temperatura, etc.
 As regiões mais sensíveis comandam um número imenso de células nervosas no centro da área sensorial, essa região é chamada de CÓRTEX SENSITIVO, que sente as partes mais sensíveis (lábios e mãos) como se elas fossem enormes. A partir daí, cientistas criaram o Homúnculo de Penfield que mostra como o SNC vê o nosso corpo, com face, lábios e mãos enormes.
 O cérebro é seletivo, escolhe o que parece ser importante e armazena em dois estágios: memória imediata ou memória permanente (pode ser resgatada quando queremos). Com muitas repetições o cérebro torna uma imediata em permanente.
 O cérebro comanda todos os sistemas do corpo. Sistemas reguladores (Nervoso e Endócrino): Atuam em todos os outros sistemas. O sistema nervoso é rápido e serve para situações de emergência, atuando através de impulsos elétricos e estimulando contrações musculares e secreções de glândulas. Os impulsos percorrem o corpo através de uma corrente elétrica de milivoltagens. Tem sua resposta imediata e seu efeito rápido. Já o sistema endócrino é mais lento e trabalha através de substâncias químicas chamadas hormônios, alterando crescimento, desenvolvimento, atividades metabólicas, regulação do ambiente interno e reprodução. Sua ação é lenta, mas seu efeito é duradouro.
Sistema Nervoso:
Estruturas de proteção do SN:
CAIXA CRANIANA, COLUNA VERTEBRAL E MENINGES (Dura-mater, Aracnóide e Pia-mater).
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO ou LÍQUOR: Fica entre as meninges e é um amortecedor de ruídos, percorre todo o cérebro e a medula espinhal.
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: composta por células da glia, que envolvem os capilares deste local, impedindo que substâncias de dentro do sangue passem para o ambiente do cérebro e da medula.
Tecido Nervoso: Neurônios e Células da Glia ou Neuróglias. 
 Os neurônios são células altamente especializadas que fazem muitas ligações entre si, chamadas sinapses. Quanto maior o número de ligações um neurônio fizer, melhor a sua capacidade de raciocínio. 
 Os neurônios são divididos em CORPO CELULAR (célula propriamente dita, possui organelas. Recebe estímulos e produz efeito inibitório ou excitatório via ativação dos canais iônicos), DENDRITOS (são as partes receptoras ou de entrada de um neurônio) e AXÔNIO (mielínico / amielínico; Propaga o impulso nervoso para terminais axônicos). O axônio de alguns neurônios é envolvido por uma substância gordurosa, a bainha de mielina. A mielina aumenta a velocidade da transmissão do impulso nervoso, o que é muito vantajoso. Podem ser Aferentes (sensitivos); Eferentes (motores); ou Interneurônios.
Aferentes ou sensitivos: Corpo SNC (informações). Eferentes ou motores: SNC Corpo (respostas motoras). Interneurônios: Processam informações e enviam respostas motoras.
 Podem ser, também, multipolares (diversos dendritos e um axônio), bipolares (um dendrito principal e um axônio) ou unipolares (dendritos e um axônio que se fundem para formar um processo contínuo que emerge do corpo celular).
 Na ponta dos axônios encontramos os terminais axônicos, que se comunicarão com outro neurônio, na sinapse. As pontas dos terminais axônicos possuem os botões pré sinápticos, com vesículas sinápticas, que armazenam um neurotransmissor químico, que será liberado na sinapse, inibindo ou excitando outros neurônios, fibras musculares ou células glandulares.
 As neuróglias não geram ou propagam potenciais de ação e possuem a capacidade de se multiplicar, ao contrário dos neurônios (não se multiplicam, pois não tem centríolos). Elas nutrem, sustentam e protegem o tecido nervoso. São elas: Astrócitos – BHE; Micróglia – defesa (fagocitam micróbios); Ependimárias – LÍQUOR; Oligodendrócitos – Bainha de Mielina SNC; e Células de Schuwann – Bainha de Mielina SNP. 
 As células de Schwann participam da regeneração do axônio, que é mais facilmente realizada no SNP do que no SNC. A bainha de Schwann também pode ser chamada de neurolema, que quando ocorre uma lesão forma um tubo de regeneração que guia e estimula o novo crescimento do axônio. Espaços na bainha de mielina, chamados de nó de Ranvier, aparecem em intervalos ao longo do axônio. Cada célula de Schwann envolve um segmento axonal entre dois nós. No SNC, um só oligodendrócito pode envolver partes diversas de diversos axônios.
 Desmielinização refere-se à perda ou a destruição das bainhas de mielina em torno dos axônios. Pode resultar de distúrbios como esclerose múltipla ou doença de Tay-Sachs ou de tratamentos clínicos como quimioterapia e radioterapia.
Conjunto de nervos:
NERVOS PARES CRANIANOS (12 PARES) – Controlam os movimentos na cabeça.
I. N. OLFATÓRIO – S – OLFATO
OBS:
 S= Sensitivo; M=Motor; M/S=MistoII. N. ÓPTICO – S – OLHOS
III. N. ÓCULO MOTOR – M – OLHOS
IV. N. TROCLEAR – M – OLHOS
V. N. TRIGÊMEO – M/S – FACE, MASTIGAÇÃO E LÍNGUA
VI. N. ABDUCENTE – M – OLHOS
VII. N. FACIAL – M/S – MÚSCULO DA FACE
VIII. N. VESTÍBULO COCLEAR – S – PRESSÃO OUVIDO INTERNO
IX. N. GLOSSO FARÍNGEO – M/S - LÍNGUA
X. N. VAGO – M/S – VÍSCERAS TORÁCICAS E ABDOMINAIS (MAIOR E MAIS IMPORTANTE NERVO CRANIANO): Tem percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Está relacionado aos batimentos cardíacos, funcionamento dos pulmões e sistema digestório, fala e deglutição.
XI. N. ACESSÓRIO – M – MÚSCULO TRAPÉZIO E ECOM no pescoço (Esternocleidomastoídeo): Envia mensagens aos ombros, pescoço, faringe, laringe e palato. É constituído por uma raiz craniana e outra espinhal, originado no bulbo.
XII. N. HIPOGLOSSO – M - LÍNGUA
NERVOS ESPINHAIS (31 PARES) – Controlam os movimentos do pescoço para baixo, a sensibilidade e a parte motora.
Condução do impulso nervoso:
 Propriedades fundamentais: Irritabilidade ou excitabilidade (quando são estimulados respondem ao estímulo) e Condutibilidade (quando recebem estímulo respondem gerando um impulso elétrico e conduzindo-o ao longo dele mesmo).
1°) ESTADO DE REPOUSO (polarização): O neurônio não está transmitindo nenhum sinal nervoso. Do lado externo há uma grande concentração de íons Na+ e do lado interno há grande quantidade de íons K+. Há um desequilíbrio iônico. Há então uma tendência a igualar os meios. Para isso, surgem os canais de vazamento, por onde os íons vazarão por difusão passiva, sem gasto de energia.
 Se houver equilíbrio a membrana estimulada não gera respostas, ela só gera um impulso nervoso se houver esse desequilíbrio. Então, paramanter o desequilíbrio existe a Bomba de Sódio e Potássio, que pega 3 Na+ do meio interno e joga para fora, e pega 2K+ do meio externo e joga para dentro do neurônio. Uma vez que essas bombas removem mais cargas positivas da célula do que trazem para dentro, são consideradas eletrogênicas, contribuem para a negatividade do potencial de membrana em repouso. Esse é um processo ativo que gasta energia (ATP). 
 Fatores que contribuem para o estabelecimento do Potencial de Ação: Canais rápidos de Na+ voltagem-dependente gerando MEMBRANA DESPOLARIZADA POTENCIAL DE AÇÃO.
2°) ESTADO DE DESPOLARIZAÇÃO (transmissão do impulso nervoso): Primeiro ocorre um estímulo limiar forte o suficiente para provocar a abertura dos canais voltagem-dependentes na membrana do neurônio. A partir dessa abertura inicia-se uma despolarização da membrana.
 Como temos muito Na+ no meio externo ele fica positivo (no repouso), já o meio interno é negativo pois há a retirada de 3Na+ e a reposição somente de 2K+. Os canais voltagem-dependentes Na+ são mais rápidos, por isso eles se abrem nessa fase. 
 Esses canais são como porteiras imensas, por isso há uma enxurrada de Na+ para dentro do neurônio, o que vai gerar um meio positivo dentro do neurônio, despolarizando a membrana. O meio externo, por sua vez, ficará negativo.
 Essa troca rápida gera uma corrente elétrica, que nada mais é que um impulso elétrico, uma corrente de milivoltagens, o impulso nervoso, ou potencial de ação, ou onda despolarizante.
 OBS: Anestésico = Bloqueia a entrada de íons Na+ no meio interno, impedindo a despolarização da membrana e a formação de impulsos nervosos. Portanto ele funciona bloqueando os canais de Na+ voltagem-dependentes. Os potenciais de ação não se propagam além da região obstruída, assim, os sinais de dor não chegam à parte central do sistema nervoso.
3°) ESTADO DE REPOLARIZAÇÃO (volta ao estado de repouso): Agora um nível limiar de despolarização abre os canais de K+ voltagem-dependentes; Como os canais de K+ abrem-se mais lentamente, sua abertura ocorre ao mesmo tempo em que os canais Na+ estão se fechando, gera a fase de repolarização do potencial de ação. Quando os canais de Na+ são inativados, o fluxo de Na+ para dentro da célula diminui. Ao mesmo tempo, os canais de K+ estão se abrindo, acelerando o fluxo de K+ para fora. A repolarização permite que os canais de Na+ inativados voltem ao estado de repouso, livres para receber novo estímulo.
 OBS: Como o canal de K+ é muito lento, acaba saindo muito K+ o que gera uma hiperpolarização, um excesso de íons K+ no meio externo. Isso é grave, pois nessa fase a membrana ainda não responde à nenhum estímulo, ela fica paralisada, num estado chamado refratário.
 OBS²: A partir do momento que houve um estímulo limiar e o neurônio iniciou a despolarização ele não para, Lei do tudo ou nada. Outra lei é a da somação, onde os potenciais se agregam e o resultado é um potencial maior. Se dois potenciais iguais, porém opostos, se agregam, eles se anulam.
 OBS³: O percurso do Impulso nervoso será sempre nesse sentido: Dendrito → Corpo celular → Axônio. 
Condução saltatória x Condução contínua: A contínua consiste em despolarização e repolarização gradativas de cada segmento adjacente da membrana do neurônio. Os íons fluem pelos canais controlados pro voltagem em cada segmento da membrana. Essa condução ocorre em axônios amielínicos e nas fibras musculares. Ela é mais lenta do que a condução saltatória, que ocorre em axônios com bainha de mielina. Na saltatória a corrente do impulso é conduzida somente nos nós de Ranvier, onde a quantidade de canais controlados por voltagem é muito maior. A corrente elétrica flui pelo líquido extracelular circundando a bainha de mielina, indo de um nó para o seguinte. À medida que a corrente flui de um nó para o seguinte, o potencial de ação viaja muito mais rápido, além de ser um modo mais eficiente de condução de energia, já que gasta menos ATP.
 Outras características que influenciam na velocidade de propagação são: diâmetro do axônio (maior diâmetro = maior velocidade) e temperatura (menos temperatura = menos velocidade).
 Ao final do axônio encontramos os botões pré-sinápticos, de onde o impulso nervoso será transmitido para outro neurônio ou para outras células, na sinapse.
Sinapse:
Elétricas: Dois sentidos. Ocorrem entre duas células simples que não são neurônios. É característica de invertebrados. Elas são mais rápidas e intermitentes. Nós temos sinapse elétrica no coração, na visão, no trato gastrointestinal e no diafragma, pois são locais que necessitam de rapidez dos impulsos. Nesse tipo de sinapse as membranas se comunicam e os potenciais de ação passam diretamente entre células, por meio de estruturas chamadas junções comunicantes (GAP).
Químicas: é mais direcionada. Só está presente nos vertebrados. Seus componentes são: Botão pré-sináptico, vesículas sinápticas, neurotransmissores, canais de cálcio voltagem-dependentes, fenda sináptica, membrana pós-sináptica e receptores. É aquela que ocorre entre um neurônio e outra célula. 
 Quando a onda despolarizante chega aos botões pré-sinápticos há a abertura de canais de cálcio voltagem-dependentes. O Cálcio entra no botão e empurra substâncias químicas chamadas neurotransmissores, estes são liberados na fenda sináptica e se ligam a receptores da membrana pós-sináptica, provocando um efeito excitatório ou inibitório.
 1° – Chegada do Potencial de ação ao botão pré sináptico.
 2° - Abertura de canais de Cálcio voltagem-dependentes.
 3° - Liberação de neurotransmissores na fenda sináptica.
 4° - Ligação dos neurotransmissores com os receptores da membrana pós-sináptica. Ocorre então um efeito excitatório ou inibitório. Um neurotransmissor que despolariza a membrana pós-sináptica é excitatório, pois leva a membrana para mais próximo do limiar. Um neurotransmissor que produz hiperpolarização da membrana pós-sináptica é inibitório. O mesmo neurotransmissor é capaz de ser excitatório, em algumas sinapses, e inibitório, em outras, depende da estrutura do receptor. 
 Se um neurotransmissor ficasse um tempo excessivamente longo na fenda sináptica, iria influenciar o neurônio pós-ganglionar, a fibra muscular ou a célula glandular indefinidamente. Portanto, o neurotransmissor é removido por três modos: difusão (para fora da célula), degradação enzimática ou captação celular (neurotransmissor volta ao neurônio que o liberou).
Neurotransmissores: Podem ser neurotransmissores de molécula pequena ou neuropeptídeos. Os neurotransmissores de moléculas pequenas incluem a acetilcolina, os aminoácidos, as aminas biogênicas, o ATP e outras purinas e óxido nítrico. E os neurotransmissores neuropeptídeos são as endorfinas, dinorfinas, encefalinas e substância P.
Acetilcolina (Ach): liberada por muitos neurônios do SNP, e por alguns neurônios do SNC. A Ach é um neurotransmissor excitatório em algumas sinapses, como na junção neuromuscular. É também um neurotransmissor inibitório em outras, nas quais se liga aos receptores acoplados às proteínas. Por exemplo, a ACh diminui a frequência cardíaca nas sinapses inibitórias formadas pelos neurônios parassimpáticos do nervo vago (X).
Aminoácidos: O glutamato e o aspartato possuem efeitos excitatórios potentes. O ácido gama-aminobutírico (GABA) e a glicina são neurotransmissores inibitórios importantes. Em muitas sinapses, a ligação GABA aos receptores abre os canais de Cloro. O GABA é encontrado apenas no SNC, onde é o neurotransmissor inibitório mais comum.
Aminas Biogênicas: Aquelas prevalentes no sistema nervoso incluem a norepinefrina, a epinefrina, a dopamina e a serotonina. A norepinefrina (NE) ou noradrenalina desempenha funções no despertar, no sonhar e na regulação de humor. Tanto a norepinefrina quanto a epinefrina (adrenalina) também atuam como hormônios. A dopamina faz parte das respostas emocionais, comportamentos viciantes e experiências prazerosas. Além disso ajudaa regular o tônus muscular. A rigidez que ocorre na doença de Parkinson é decorrente da degeneração dos neurônios que liberam dopamina. A norepinefrina, a epinefrina e a dopamina são classificadas como catecolaminas, sintetizadas a partir do aminoácido tirosina.
 Já a serotonina está concentrada em neurônios, na parte do encéfalo conhecida como núcleo da rafe. Tem participação na percepção sensorial, na regulação da temperatura, no controle do humor, o apetite e na indução do sono.
 A histamina é uma amina primária sintetizada no organismo a partir do aminoácido histidina. Ela participa como um modulador importante de diversos processos fisiológicos, como os processos alérgicos, proliferação celular, angiogênese, etc.
ATP e outras Purinas: A característica cíclica do radical adenosina do ATP é chamada de anel de purina. ATP é um neurotransmissor excitatório tanto no SNC quanto no SNP. 
Encefalinas: Foram os primeiros neuropeptídeos, com duas moléculas, cada uma com uma cadeia de cinco aminoácidos. A encefalina tem um poder analgésico 200 vezes mais forte do que a morfina.
Endorfinas e Dinorfinas: São chamadas, juntamente com a encefalina, de peptídeos opióides. Acredita-se que os peptídeos opióides sejam os analgésicos naturais do corpo. A endorfina inibe a dor bloqueando a liberação de substância P; pode ter função na memória e no aprendizado, na atividade sexual, no controle da temperatura corporal e na doença mental. 
Substância P: É encontrada nos neurônios sensoriais, vias da medula espinhal e partes do encéfalo associadas com a dor; intensifica a percepção de dor. A substância P contrabalança os efeitos de certas substâncias químicas prejudiciais aos nervos, motivando a especulação de que poderia ser útil no tratamento das degenerações nervosas.
Sistema nervoso periférico:
 Via Aferente – SN Somatossensorial e Sentidos Especiais & Via Eferente - SN Somático e SN Autonômico.
Via Aferente - Sistema Somatossensorial: Processa informações sobre tato, posição, dor e temperatura. Receptores: Mecanoceptores (táteis), termoceptores (temperatura) e nociceptores (lesões teciduais, dor). VIAS: Sistema do cordão dorsal e sistema anterolateral ou espinotalâmico.
 Sistema do cordão dorsal: tato discriminativo, pressão, vibração, discriminação de dois pontos e propriocepção. Nessa via o receptor, que é um neurônio sensitivo eferente, recebe um estímulo limiar e despolariza a membrana, formando a onda despolarizante. Esse neurônio passa pela medula espinhal e chega no tronco encefálico, onde passa a onda através de neurotransmissores para um neurônio de 2ª ordem (secundário).
 Esse neurônio de 2ª ordem passa a linha média do tronco encefálico e vai para o lado esquerdo, chegando ao tálamo, onde passa a informação para um neurônio de 3ª ordem. Este vai em direção ao córtex somatossensorial onde vai passar a informação para o interneurônio (4ª ordem). O interneurônio processa a mensagem e nós temos a percepção consciente.
 Sistema Anterolateral ou espinotalâmico: dor, temperatura e toque suave. Nessa via o receptor manda a informação pela onda despolarizante. Esse sinal chega na medula espinhal e faz sinapse química, passando a mensagem para o neurônio de 2ª ordem. Esse neurônio de 2ª ordem cruza para o lado esquerdo e sobe, passando pelo tronco encefálico e chegado no tálamo, onde vai passar a mensagem pro neurônio de 3ª ordem. Esse vai para o córtex somatossensorial, onde vai passar para o interneurônio e então este interpretará e teremos a percepção consciente da lesão, começando a sentir dor. Nesse sistema as fibras são mielinizadas, mas são menores, por isso é mais lento que o sistema anterolateral, porque para o nosso sistema nervoso central a propriocepção é mais importante do que a transmissão de dor ou temperatura.
Fibras aferentes primárias – TIPOS:
 Diâmetro diminuindoMAIOR DIÂMETRO = MAIOR VELOCIDADE
Mecanoceptores: são receptores de pressão; Estão localizados na pele glabra (lisa) ou hirsuta (com cabelos); Têm adaptação: rápida (corpúsculo de Meissner e folículos do pêlo); muita rápida (corpúsculo de Pacini); ou lenta (corpúsculo de Ruffini, receptores de Merkel e discos táteis).
Termoceptores: são específicos para frio e calor; são de adaptação lenta.
 FRIO ATIVO CALOR ATIVO POLIMODAIS ATIVOS
CALOR E FRIO ATIVOS 0° 36° 45° 
Nociceptores: respondem a estímulos nocivos que produzem danos ao tecido. 
Tipos: Termais ou Mecânicos → fibras aferentes Aδ mielinizadas e respondem por dor aguda e pontual.
 Polimodais → fibras C não-mielinizadas e respondem a estímulos mecânicos e químicos de alta intensidade e a estímulo de calor e frio.
 Quando a célula sofre alguma lesão saem dela íons, principalmente K+, enzimas, proteínas e várias outras substâncias. As enzimas vão se ligar com proteínas do meio e estimular os nociceptores. O sistema imunológico vai estimular os nociceptores do local, que vão gerar uma onda despolarizante e vão liberar a substância P, que estimula a via aferente e chega ao córtex somatossensorial gerando uma resposta inflamatória: vasodilatação,aumenta permeabilidade capilar, calor, dor, rubor e edema.
 A TEORIA DE MODULAÇÃO DA DOR (resposta inflamatória) diz que a dor é condicionada a sua intensidade. Nem sempre a dor chega ao córtex, ela pode sofrer uma modulação, isto é, ou você não sente ou não percebe, é diminuída. A hipótese da teoria é de que quando o neurônio de 1ª ordem fosse transmitir o sinal nervoso para o de 2ª ordem, haveria um neurônio pequeno (interneurônio) que é chamado portão da dor. Esse liberaria encefalinas que são inibidoras da substância P, inibindo a dor. É como se ele controlasse a passagem da substância P do neurônio de 1ª ordem para o de 2ª ordem.
 Próximo a fibra nociceptiva temos a mecanoceptora que, por ser rápida, estimula o portão da dor, impedindo ou amenizando a dor. Por isso a massagem no local da lesão inibe a dor. Outra probabilidade de abrir esse portão é no stress muito grande.
Olfato: É mediado por receptores sensoriais, situados na mucosa olfatória, localizada nas fossas nasais. Tem função de nutrir, proteger e tem função no acasalamento dos animais. O odor chega nos dendritos das células nervosas do epitélio olfatório. Esses dendritos estão mergulhados no muco nasal. Após isso é gerada uma onda despolarizante que vai ser levada para o bulbo passando através da placa cribiforme (ou lâmina). É no bulbo que o odor é passado para os nervos olfatórios (2° par craniano) que levam o odor até o córtex olfatório onde essa informação chega e é interpretada pelos interneurônios.
Receptores sensoriais são neurônios bipolares, amielínicos, cujos prolongamentos (cílios) se ligam a moléculas odoríferas para ativar sistemas de segundo mensageiros.
Placa cribiforme passagem do neurônio bipolar.
Bulbo Olfatório retransmissão sináptica.
Glomérulo Olfatório onde ocorrem as conexões sinápticas.
Gustação ou Paladar: É importante na seleção do alimento tendo um papel protetor. Só somos capazes de sentir quatro ou cinco paladares: salgado, doce, azedo ou ácido, amargo e umami (comida oriental). Sentimos o salgado na região anterolateral da língua; o doce na região anterior (ápice) da língua; o amargo na região posterior; e o ácido em toda a borda da língua.
 Na mastigação é liberada saliva com NaCl (em alimentos salgados), glicose (alimentos doces), quinino (amargos), H+ (ácidas ou azedas); essas substâncias vão para o botão gustativo e fazem o gosto ser identificado. Quando elas se ligam aos botões elas despolarizam a membrana e geram uma onda que será transmitida a vários neurônios pares cranianos que são próximos a língua, que estão nas papilas. Esses neurônios vão levar a informação ao córtex gustatório gerando a percepção do gosto.
Brotamentos gustatórios células receptoras na língua, palato,faringe, epiglote e parte superior do esôfago.
Papilas Gustativas grupamento de Brotamentos gustatórios; são de três tipos: 
Papilas Fungiformes ou calciformes localizadas nos 2/3 anteriores da língua;
Papilas Folhadas localizadas na borda posterior da língua;
Papilas Circunvaladas ou filiformes localizadas na parte posterior da língua.
Vias eferentes do SNP:
 Via motora somática: sinapse neuromuscular de natureza voluntária (ex: martelinho batendo no joelho). A membrana pós-sináptica da fibra muscular faz digitações para aumentar a superfície para que haja maior absorção dos neurotransmissores pelos receptores. Os receptores, nesse caso, são do tipo nicotínicos, são altamente específicos. O neurotransmissor é a Acetilcolina, que ao se ligar ao receptor nicotínico provoca o efeito excitatório de despolarização que leva á contração da musculatura esquelética.
 Quando o martelo bate no joelho gera um estímulo limiar, os neurônios sensitivos aferentes chegam com a informação na medula, onde os interneurônios vão processar a informação e gerar uma resposta que será levada por um neurônio motor até a placa muscular esquelética. O músculo do joelho contrai e a perna levanta inconscientemente, é o reflexo modular inconsciente.
 Sistema nervoso autônomo vegetativo, visceral ou involuntário: Sua função principal é manter a homeostase corporal. É dividido em dois ramos: simpático e parassimpático. O ramo simpático adapta o nosso corpo para situações de movimento, momentos de estresse. E o ramo parassimpático é aquele que faz nosso corpo voltar para a situação basal ou de repouso. Aspectos morfo-funcionais: Os neurônios eferentes são regulados pelo Encéfalo: Hipotálamo, Ponte e Bulbo. 
 A via motora só tinha um neurônio partindo do SNC para fazer sinapse com a placa motora esquelética. Já na via autônoma tem-se dois neurônios em série que fazem sinapse no Gânglio Autônomo (corpos celulares de neurônios) localizado fora do SNC.
 Simpática x parassimpática: Os neurônios da via simpática tem localização no tórax e na lombar, em cadeia paralela a medula. Já os da via parassimpática tem localização crânio-sacral e são muito longos. A cadeia simpática libera, junto aos órgãos alvo, adrenalina e noradrenalina; a cadeia parassimpática, por sua vez, só libera Acetilcolina.
Sistema Endócrino:
 É um sistema controlado através da secreção de hormônios que alteram o crescimento e desenvolvimento, as atividades metabólicas, regulação do ambiente interno e a reprodução. Tem efeito duradouro no organismo.
 Composição do sistema endócrino: Glândulas endócrinas clássicas; Órgãos com funções endócrinas; Neurônios específicos.
 Nós temos órgãos que são endócrinos, exemplo: coração (produz um hormônio endócrino que atua no controle da pressão arterial), rins (produzem dois hormônios, um exemplo é a adenina que é liberada quando a pressão arterial está muito baixa-hipotensão), estômago (produz\ a gastrina que controla – aumenta – a motilidade, o peristaltismo do estômago e com isso induz o relaxamento do esfíncter para que o quimo do estômago chegue no duodeno), intestino delgado (produz muitos hormônios que estimulam a secreção pancreática, biliar, etc).
 Temos também neurônios específicos que produzem hormônios, eles são do hipotálamo. Esses neurônios produzem e liberam, em vasos sanguíneos, hormônios endócrinos. Esses neurônios terão duas funções e irão atuar na hipófise. Um exemplo desses hormônios é a ocitocina (estimulador do parto, da secreção do leite materno) e o outro é o antidiurético (que impede que a gente libere muita água nos rins) – ADH, entre outros. 
Hormônios: Substâncias produzidas por células que estão dentro de uma glândula endócrina ou órgão endócrino. As glândulas endócrinas clássicas são as que só produzem hormônios endócrinos: Hipófise, Tireóide, Ovários, Testículos e Glândulas Adrenais.
 Um hormônio é um sinalizador. É um mensageiro químico secretado no sangue, por células endócrinas ou neurônios específicos. Os hormônios fazem efeito negativo tanto quando a pessoa precisa e não o tem quanto quando a pessoa toma hormônios que não precisa, ou seja, tanto por excesso quanto por falta. São liberados em quantidade ideal por células endócrinas na corrente sanguínea (hormônios endócrinos). Hormônio chega na sua célula alvo e se liga em seu receptor específico, gerando seu efeito.
Classificação Hormonal:
1ª AÇÃO HORMONAL: 
Endócrina: o hormônio é liberado no sangue.
Ação neuroendócrina: neurônios liberam hormônios no sangue. Ex: ADH, Ocitocina.
Testículos e 
OváriosAção Neurotransmissora: neurônios liberam o hormônio neurotransmissor na fenda sináptica. Ex: acetilcolina.
Ação Autócrina: células liberam o hormônio autócrino no meio externo, por difusão e atua nela mesma.  
Ação Parácrina: Hormônio produzido em uma célula e atua nas células vizinhas. Ex: GH
2ª) NATUREZA QUÍMICA DOS HORMÔNIOS:
a) Derivados do aminoácido tirosina: secretados pela tireóide (T3, T4) e pela medula adrenal (adrenalina e noradrenalina). 
b) Derivados de proteínas e polipeptídeos: Se ligam, primeiro, aos receptores de membrana celular e, consequentemente, têm respostas de início rápido. Esses precisam de segundos mensageiros para produzir seus efeitos e, em geral, apresentam tempos de resposta rápidos. FSH, LH, insulina.
c) Derivados de esteróides: São derivados do colesterol, consequentemente, geralmente não se dissolvem bem na água e, após sua secreção, são transportados ligados a proteínas carreadoras plasmáticas. Difundem-se através da membrana e se ligam a proteínas citoplasmáticas de ligação. São secretados pelo córtex da adrenal (cortisol e aldosterona), pelos ovários (estrogênios e progesterona), testículos (testosterona) e pela placenta (estrogênios e progesterona).
3ª) SOLUBILIDADE HORMONAL:
a) Hormônios Lipossolúveis: podem difundir-se através da membrana plasmática. Atravessam a membrana.
b) Hormônios Hidrossolúveis: não podem difundir-se através da membrana plasmática. Não atravessam com facilidade a membrana.
Mecanismo de Ação Hormonal:
Hormônios Lipossolúveis: ligam-se a receptores de citoplasma (esteróides e cortisol) ou receptores de núcleo (tireóide).
Hormônios Hidrossolúveis: ligam-se a receptores de membrana plasmática. Ex: Insulina.
Transporte Hormonal:
a) Livres: não precisam de transportador específico, circulam na forma livre e possuem meia vida menor. Atuam menos porque são atacados por enzimas.
b) Fixos: ligados a proteínas transportadoras: precisam de transportador específico e possuem meia vida maior. Duram mais tempo na corrente sanguínea.
Regulação da Liberação de Hormônios:
 Feedback positivo ou negativo. Feedback quer dizer retroalimentação. 
Negativo = Um hormônio inibe a produção de outro (elevado). Positivo = Difícil de encontrar no nosso organismo.
 As alças de feedback negativo permitem o controle preciso das secreções endócrinas. O componente controlado, da alça de feedback negativo, pode ser a concentração de um íon, parâmetros físicos e as concentrações hormonais.
Eixo Hipotálamo-Hipófise: interface importante entre os sistemas nervoso e endócrino
 A região de comunicação entre o hipotálamo e a hipófise é chamada de Infundíbulo, onde neurônios específicos saem do hipotálamo e descarregam hormônios na glândula hipófise (em vasos sanguíneos).
 A glândula hipófise é bem pequena e localizada na superfície basal do hipotálamo. Está ligada ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. É dividida em duas porções principais: Hipófise anterior ou Adenohipófise (rica em células secretoras, produz hormônios) e Hipófise Posterior ou Neurohipófise (contém células gliais e terminais axônicos das células do hipotálamo, não produz hormônios). A neurohipófise serve para armazenar dois hormônios importantes para nossa vida, que são hormônios do hipotálamo. São esses: ADH (antidiurético) e a OCITOCINA.
 O sangue arterial entra nos capilares do hipotálamo, onde recebe hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores.Esse sangue, então, flui pelos vasos do pedúnculo hipofisário. O sangue entra no segundo conjunto de capialres (seios) na hipófise anterior, onde os hormônios hipotalâmicos se ligam a células endócrinas específicas da hipófise anterior. Essa disposição vascular garante que os hormônios liberadores e inibidores permaneçam concentrados até que cheguem às células-alvo, na hipófise anterior. O sangue, contendo as secreções hormonais da hipófise anterior, sai, assim, dessa glândula e se une às outras drenagens venosas. As secreções hipofisárias regulam o metabolismo celular, o balanço hidroeletrolítico e coordenam a secreção hormonal de outras glândulas endócrinas.
Neurônios Hipotalâmicos: 
Neurônios paraventriculares e supra-ópticos hipotalâmicos da NEUROHIPÓFISE ou Hipófise Posterior:
 Os neurônios sintetizadores de hormônios da neurohipófise são longos e vêm do hipotálamo, atravessam o infundíbulo e lançam o ADH e a OCITOCINA direto na neurohipófise.
ADH (antidiurético ou vasopressina/ núcleo supra-óptico): Não permite a liberação de muita água na urina. Ele é um polpador de água. Ele é sempre liberado e atua nos rins. Quando tomamos um remédio diurético urinamos muito. Quando a pessoa bebe demais, ela urina demais porque esse hormônio tem sua produção inibida, por isso há o aumento da diurese. Tomar muito chá também aumenta a diurese.
Ocitocina (Neurônios Hipotalâmicos): A ocitocina é um hormônio que estimula o útero para contrações expulsando o feto durante o parto, além disso ele estimula a secreção de metônio que compõe o leite materno para alimentar o bebê. Além disso, a ocitocina está ligada ao prazer, ao libido, tanto em homens quanto em mulheres. No homem ela aumenta na gestação, pois está envolvida com o sentimento de paternidade, proteção, segurança e responsabilidade.
 
2) Neurônios Tróficos ou Fatores Liberadores ou Inibidores Hipotalâmicos da ADENOHIPÓFISE ou Hipófise Anterior:
 Já os neurônios sintetizadores de hormônios tróficos são curtos e chegam até um leito capilar localizado no infundíbulo onde eles jogam vários hormônios chamados reguladores que irão chegar até a Adenohipófise. Esses hormônios têm a função de regular as células endócrinas da Adenohipófise.
 TRH – TSH – Tireóide – produção de T3 e T4 
GnRH – Ovários e testículos – hormônio sexuais
GHIH – GH – Todas as células somáticas – crescimento – Ele age sobre seus tecidos-alvos aumentando o tamanho das células (hipertrofia) e seu número (hiperplasia). Metabolicamente, o GH aumenta a síntese protéica, reduz o catabolismo das proteínas e diminui o uso de aminoácidos na gliconeogênese. O nanismo hipofisário resulta de um defeito na síntese do hormônio do crescimento. A ausência de hormônio do crescimento e, consequentemente, do fator de crescimento semelhante à insulina I, compromete o desenvolvimento dos ossos e cartilagens.
Tireóide: A Glândula Tireóide está localizada um pouco abaixo da laringe, abraçando o tubo traqueal. É uma glândula onde qualquer alteração, câncer ou nódulo é facilmente percebido e curado, por ser bem superficial. Ela tem uma parte central chamada de ístmo da tireóide, além de duas abas que são os LOBOS da Tireóide (direito e esquerdo). Essa Glândula é formada por um tecido altamente vascularizado, rico em vasos sanguíneos. Ela é formada por estruturas chamadas folículos tireoidianos, que contém as células foliculares que produzem os hormônios tireoidianos (T3 e T4) e jogam para o colóide, onde há um reservatório enorme de hormônios.
 Quando a glândula está em deficiência, trabalhando demais, vai jogando muita secreção para o colóide e os folículos crescem muito, gerando um “papo” no pescoço, chamado de bócio, que é um crescimento exagerado da glândula.
 Para que a glândula produza T3 e T4 ela precisa de três substâncias: proteína tireoglobulina, enzima tireperoxidase (TPO) e o íon do Iodo, o Iodeto, capturado da alimentação com produtos do mar, frutas e verduras, ricos em iodo. 
 O hormônio tireóideo aumenta o metabolismo basal, ele eleva o consumo de carboidratos e aumenta o tamanho e a densidade das mitocôndrias. O hormônio tireóideo promove o crescimento, sendo necessário para o crescimento normal das crianças; aumenta a atividade mental e as outras secreções endócrinas; fazem diferenciação e maturação dos tecidos no feto, no recém-nascido e na criança; mielinização das fibras nervosas e ramificação axônica no feto; estimulam o consumo de oxigênio e a produção de calor, aumento da ventilação, do débito cardíaco e da massa de glóbulos vermelhos; e aumenta a absorção intestinal de glicose e a mobilização de glicogênio, das gorduras e das proteínas.
- Diferença entre T3 e T4: O T3 tem três iodetos enquanto o T4 tem quatro iodetos. No T3 há a falta de um iodeto na posição 5’ do Triiodotironina (T3).
 O hormônio que tem ação biológica no nosso organismo, isto é, que é reconhecido pelo receptor nas células alvo é o T3 e não o T4. Porém, a tireóide produz uma quantidade quase cem vezes maior de T4 do que de T3; e quando a pessoa tem deficiência na tireóide ela toma T4. Quando o T4 chega na célula alvo tem uma enzima que vai o transformar em T3, a desiodase, que vai retirar o iodo da posição 5’ fazendo o T4 virar T3. O efeito biológico do T3 é mais rápido e requer três dias para seu pico de ação. Já o efeito do T4 é mais lento e requer 11 dias para seu efeito máximo.
-Regulação da Secreção: A Tireóide é uma glândula que não pode funcionar nem em excesso nem em falta, é como uma bomba que tem que estar sempre funcionando regularmente. Ela é regulada pelo eixo hipotálamo hipofisário, isto é, pelos hormônios reguladores do hipotálamo, TRH, que vai até a hipófise anterior e estimula a produção de TSH. O TSH é liberado, vem a tireóide e estimula não somente o crescimento das células foliculares como também a liberação de T3 e T4. Quando os níveis de T3 e T4 ficam altos demais, ocorre feedback negativo, que é uma ordem para diminuir a quantidade de TRH e TSH. 
-Hiperfunção da Glândula: É o hipertireoidismo, que ocorre ou por um tumor ou um nódulo que começou a secretar hormônios demais. Sinais: agitação, taquicardia, sudorese, insônia, magreza, pele seca, queda de cabelo, unhas muito fracas, etc. Os olhos ficam saltados porque há degradação do tecido gorduroso em torno do globo ocular, esse sinal é de um hipertireoidismo bem avançado e perigoso.
-Hipofunção da Glândula: É o hipotireoidismo, muito comum em mulheres. Ocorre quando a glândula não funciona bem e por isso tem falta de hormônios. Bócio endêmico = Papo no pescoço. Sinais: depósitos de gordura, letargia, sonolência, pele escamosa, etc. Quando uma criança nasce com essa doença ela tem um problema chamado cretinismo biológico, cujos sintomas são: choro roco, língua grossa, falta de tônus muscular e crescimento diminuído. O teste do pezinho feito nos recém-nascidos detecta o hipotireoidismo congênito, que pode até causar retardo mental.
-Glândulas Paratireóides: São quatro pequenas glândulas localizadas no tecido tireoidiano, duas superiores e duas inferiores localizadas na face posterior da tireóide. Quando a pessoa retira a tireóide o cirurgião tem que ser cuidadoso e não tirar as paratireóides, a não ser que estas também estejam degeneradas. Essas glândulas são muito importantes, pois produzem um hormônio chamado paratormônio (PTH). Esse hormônio, junto com a calcitonina da tireóide, controla os níveis de cálcio e fósforo do nosso corpo. O PTH e a Calcitonina atuam a favor de um equilíbrio (homeostase) no nível de cálcio no corpo.
 O Cálcio é importante para os ossos porque ele participa da formação da matriz óssea. Sem cálcio o osso fica poroso (osteoporose). Ele é importante, também, para os dentes, formando o esmalte que dá rigidez e proteção dentária. Sem cálcio o dente fica muito sensível, fraco e propício a cáries. Além disso, é importante ao mecanismo de contração muscular, para a abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes nos botões pré-sinápticos nos neurônios e paratransporte de nutrientes.
 Quando os níveis de cálcio estão altos (hipercalcemia) a tireóide libera a calcitonina que diminuirá os níveis anormais de Ca. Ela vai estimular o Cálcio a se depositar nos ossos, estimulando a formação da matriz óssea. Além disso, diminui a absorção de Ca no intestino e nos rins, eliminando seu excesso na urina, é a calciúria (excesso de Ca na urina). Com isso, os níveis de Ca diminuem. Se a pessoa sempre fizer esse tipo de alimentação e beber pouca água, ficará muito Cálcio preso na pelve renal, formando os cristais de Cálcio, ou as famosas pedras renais.
 Por outro lado, se um indivíduo tiver uma dieta pobre em Cálcio (hipocalcemia) pode gerar uma ostomalácia (deficiência de Cálcio nos ossos dos adultos) ou o raquitismo (em crianças). Na hipocalcemia as glândulas paratireóides liberam o PTH que age ao inverso da calcitonina, estimulando enzimas a degradar a matriz óssea para haver liberação de Cálcio para a corrente sanguínea. Além disso, estimula a absorção de Cálcio no intestino e nos rins para jogar para o sangue novamente. Se passar do nível normal de Cálcio no sangue, há a liberação de calcitonina que volta ao começo do ciclo.
Pâncreas Endócrino:
 O Pâncreas, em si, é denominado como glândula mista, por ter uma porção endócrina e uma exócrina. Localiza-se na parte posterior do abdome, atrás do estômago. Tem cor esbranquiçada e é formado por um tecido mole.
 É composto por: Ácinos pancreáticos: secreção de suco pancreático DIGESTÃO
  Ilhotas de Langerhans: secreção de hormônios GLICEMIA
 Tipos celulares das Ilhotas de Langerhans: Células beta: secretam insulina. / Células alfa: secretam glucagon
 Células delta: secretam somatostatina. / Células PP: secretam polipeptídeo pancreático
 Todos esses são de origem protéica, por isso se ligam a receptores de membrana, pois são hidrossolúveis.
-Insulina: É um hormônio de reserva, anabolizante e hipoglicemiante. É liberada após a ingestão de refeição contendo carboidratos. A glicose, absorvida da alimentação, é o estímulo mais potente para a liberação de insulina. Ela circula como hormônio livre, tendo curta meia-vida plasmática de seis minutos. A insulina se liga a receptores na superfície dos tecidos-alvos e aumenta a captação de glicose pelas células, através da abertura dos canais GLUT, por onde a glicose entra na célula. Ela reduz a glicose sanguínea, aumentando sua captação, uso e armazenamento nos tecidos muscular e adiposo. Ela promove a formação de glicogênio, no músculo esquelético e no fígado (estimula a glicogênese), e inibe a glicogenólise (quebra de glicogênio). 
 A insulina diminui a gliconeogênese, que implica na quebra de lipídeos e proteínas para formação de substratos não glicídicos para o Ciclo de Krebs. Além disso, aumenta a síntese de proteínas e a lipogênese e diminui a proteólise e a lipólise.
 A ausência de insulina reduz o consumo metabólico de glicose; aumenta o uso de gorduras como substrato metabólico; eleva a glicose sanguínea, provocando a diurese osmótica característica do diabetes melito; e promove o catabolismo protéico inibindo o crescimento. A urina de um paciente com diabetes é doce. 
 A diabetes é provocada por: Destruição das células produtoras de insulina, histórico familiar, sedentarismo, medicamentos que aumentam a glicemia ou obesidade. Os sintomas são: fome excessiva, feridas na pele, corrimento vaginal em excesso, ganho de peso, urina demais, deficiência visual, sede excessiva e cansaço. Possíveis consequências = Problemas cardiovasculares, utilizam rim artificial, infartos, amputações, cegueira, absesos, xerostomia (falta de saliva) e cárie.
 Tipo 1 = a pessoa não tem insulina ou essa é insuficiente. 
 Tipo 2 = o receptor não reconhece a insulina – pode ser gestacional, ocorrendo somente na gravidez, pode ser revertida através de mudança nos hábitos alimentares. Esse tipo de diabetes também pode ser chamado de resistência insulínica.
-Glucagon: É um hormônio extremamente potente, hiperglicemiante e catabolizante. É liberado pela diminuição da glicose sanguínea, no jejum prolongado. Ele aumenta a glicogenólise hepática e estimula a gliconeogênese hepática; aumenta a formação de CETOÁCIDO a partir dos ácidos graxos no fígado e a lipólise; e provoca a diminuição do ph (hálito cetônico).
 O glucagon é liberado durante o exercício e auxilia a prevenir a hipoglicemia, a despeito do aumento do uso de glicose pelo músculo. Além da atividade simpática, outros fatores que contribuem para liberação do glucagon são: Jejum prolongado e diminuição drástica dos níveis de glicose no sangue. No jejum os níveis de glicose diminuem no sangue gerando a hipoglicemia. As células alfa liberam glucagon, que se liga ao receptor e mobiliza nutrientes armazenados nas células, elevando a glicemia.
Glândulas Adrenais (ou Supra-Renais):
 São glândulas endócrinas que se localizam acima dos rins. São duas glândulas endócrinas separadas, a parte interna é a Medula da Adrenal (gânglio do sistema nervoso simpático totalmente modificado, onde ocorre liberação de Acetilcolina) e a externa é o Córtex adrenal (dividido em três zonas).
 Dentro da Medula Adrenal ocorre uma sinapse entre o neurônio pré-ganglionar vindo da medula espinhal que gera uma resposta motora e uma despolarização no neurônio pós-ganglionar modificado, as células cromafins. As células cromafins são neurônios pós-ganglionares modificados que vão liberar noradrenalina e adrenalina (80% de toda a adrenalina do nosso organismo), que são as catecolaminas, na circulação sanguínea. Essa liberação acontece principalmente em situações de estresse e gera uma descarga adrenérgica, uma resposta ao estresse.
 A Medula da Adrenal é responsável pela descarga adrenérgica, isto é: liberação de grande quantidade de adrenalina em situações de estresse. Nesse caso a adrenalina é lançada diretamente na corrente sanguínea e causa os sintomas do estresse: sudorese, taquicardia, palidez, tremores, etc. Junto com a adrenalina, o hormônio cortisol também é liberado no estresse para proteger o organismo dos efeitos negativos dessa situação. Outra via para ocorrer a descarga adrenérgica é através do momento em que o estresse atinge o Sistema Nervoso Central Superior, o encéfalo, atingindo também o eixo hipotálamo-hipofisário, atingindo a adrenal. A adrenal faz a descarga adrenérgica. O estresse é defesa, prepara-se o organismo para luta ou fuga, porém, o estresse crônico provoca diversas doenças prejudiciais ao nosso corpo.
 O Córtex da Adrenal tem uma grande característica: todos os seus hormônios são dependentes do colesterol e são denominados hormônios corticóides. Ele possui uma divisão em três zonas: zona glomerulosa, secretora dos mineralocorticóides, zona fasciculada, secretora dos glicocorticóides, e zona reticulada, secretora dos androgênios. Essas zonas necessitam todas de um mesmo substrato, o colesterol livre, a diferença entre elas está nas enzimas, cada uma tem as suas.
 Os hormônios da Zona Glomerular ou Glomerulosa são produzidos através da transformação do colesterol em hormônios mineralocorticóides. Esses hormônios controlam os níveis de sódio, cloreto e potássio no organismo. A aldosterona é o principal hormônio mineralocorticóide dos seres humanos. A aldosterona atua nos rins, nos túbulos distais, para aumentar a reabsorção de íons Na+ e a excreção de íons K+. 
 Os hormônios da Zona Fascicular são produzidos através da transformação do colesterol em hormônios glicocorticóides. Esses atuam no metabolismo da glicose promovendo a hiperglicemia. O cortisol é o principal glicocorticóide humano. Ele promove maturação ao feto; é o hormônio da vigília; inibe o sistema imunológico – imunossupressão - durante o estresse inibindo a interleucina e a proliferação de histamina e de serotonina dos mastócitos e das plaquetas (ele é antiinflamatório); diminuia síntese de proteínas (principalmente a síntese de colágeno que estimula a cicatrização); estimula a gliconeogênese e o armazenamento do glicogênio (aumenta a lipólise, diminui a sensibilidade à insulina no tecido adiposo); faz inibição da formação óssea (diminui a produção de osteoblastos pela queda da absorção de Ca++ intestinal). OBS: A cortisona é um hormônio produzido em laboratório que funciona como agonista do cortisol, copiado sua fórmula. Ela se liga nos receptores do cortisol e provoca os mesmos efeitos dele. Se uma pessoa tem estresse constante, terá inibição do sistema imunológico sempre, o que é prejudicial. Por esse motivo, após grandes estresses a pessoa geralmente fica com algum problema de saúde. A pessoa que usa cortisona muito tempo pode ter osteoporose, diabetes, hipertensão, edemas, diminuição da permeabilidade vascular, etc.
 A secreção do cortisol é regulada pelo eixo hipotálamo-hipofisário pelo mecanismo de feedback negativo. O hipotálamo libera o fator CRH que vem até a adenohipófise e estimula a liberação do ACTH. O ACTH vem até a zona fascicular e estimula a liberação do cortisol, que vai ao tecido alvo e promove a resposta. Quando o cortisol está alto, ele faz feedback negativo no hipotálamo e na adenohipófise, diminuindo os níveis de CRH e de ACTH.
 Os hormônios da Zona Reticulada são produzidos através da transformação de colesterol em androgênios ou esteróides sexuais, são os androgênios adrenais. Em mulheres contribuem para o impulso sexual (libido) e em homens desempenham a formação das características sexuais secundárias (barba, bigode, hipertrofia das cordas vocais, etc) e o crescimento e escurecimento da região escrotal e peniana na puberdade. Após a puberdade eles perdem a importância, já que a síntese de testosterona nos testículos é muito maior. Os principais androgênios sexuais são: testosterona e DHEA.
 OBS: Se a pessoa tiver excesso de hormônios corticóides, ela pode gerar a Síndrome de Cushing, cujos sintomas são: ganho de peso, face em lua cheia, estrias cor de rosa no abdome, retardo no crescimento da criança, pernas finas, atraso na maturação sexual, fadiga, fraqueza e alterações cutâneas.

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