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Propedêutica Sistema Respiratório

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Gabi Helena T69 
 
 
 
 
 
 
Propedêutica I 
Sistema Respiratório 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabi Helena T69 
Sumário 
Propedêutica Respiratória ........................................................................................................1 
Anatomia Clínica ...................................................................................................................1 
Linhas e Regiões de Referência ........................................................................................1 
Exame Pulmonar ....................................................................................................................2 
INSPEÇÃO ESTÁTICA: ..........................................................................................................2 
INSPEÇÃO DINÂMICA .........................................................................................................4 
Palpação .............................................................................................................................7 
PERCUSSÃO .........................................................................................................................9 
AUSCULTA .......................................................................................................................... 10 
Sintomas e Exame Físico ...................................................................................................... 14 
 
 
 
 
1 
 Gabi Helena T69 
Obs: região dos mamilos equivale ao 6º EIC (mas varia 
bastante) 
 
PROPEDÊUTICA RESPIRATÓRIA 
ANATOMIA CLÍNICA 
• A projeção dos pulmões na parede torácica é de forma tridimensional 
• Clavículas: direita e esquerda 
• Ângulo de Louis (junção manúbrioesternal) – Referência para 2° espaço 
intercostal 
• Ângulo de Charpy: biotipo do paciente e tipo de tórax 
LINHAS E REGIÕES DE REFERÊNCIA 
Face Anterior 
• Linha médio esternal 
(exatamente em cima do 
esterno) 
• Linha Linha paraesternal 
• Linhas hemiclaviculares (direita 
e esquerda) 
 
 
Região Anterior 
• Região esternal 
• Região de fúrcula 
esternal/incisura jugular 
• Região supraclavicular (direita e 
esquerda) 
• Região infraclavicular (direita e 
esquerda) 
• Região mamária (direita e 
esquerda) 
• Região inframamária (direita e 
esquerda) 
 
2 
 Gabi Helena T69 
 
EXAME PULMONAR 
• O que ser achado na inspeção, deve ser confirmado na palpação, percussão 
e na ausculta. Se chegar na ausculta e perceber algo que não havia sido 
percebido antes, deve-se voltar e começar tudo de novo, pois algo deu 
errado 
• Cada momento propedêutico o mesmo achado tem nomes diferentes 
• Sempre avaliar o paciente sentado, exceto quando o paciente apenas 
conseguir ficar deitado 
• Jamais avaliar o tórax do paciente com roupas 
INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
FORMA DO TÓRAX 
• Normal (biotipo) 
• Globoso (enfisematoso/tonel/barril): diâmetro ântero-posterior aumentado 
3 
 Gabi Helena T69 
o Enfisema pulmonar 
• Infundibuliforme (pectus excavatum/tórax sapateiro): depressão na parte 
inferior do esterno e região epigástrica 
o A radiografia do tórax desses pacientes, na posição posteroanterior 
(PA), mostra o contorno do átrio direito borrado, sugerindo, 
erroneamente, comprometimento do lobo médio 
• Cariniforme (pectus carinatum/ peito pombo/quilha de navio): esterno é 
proeminente e as costelas horizontalizadas 
o Congênito 
o Adquirido: raquitismo 
• Achatado (raquitismo/rosário raquítico) 
• Piriforme (formato de pêra ou de sino): tem sua parte inferior exageradamente 
alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino 
o Encontrado nas hepatoesplenomegalias e ascites volumosas 
• Escoliose: desvio da coluna para o lado em forma de “S” 
o O raquítico também tem 
• Cifose: curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade 
o Origem congênita ou resultar de postura defeituosa 
o Tuberculose óssea (mal de Pott), a osteomielite ou as neoplasias podem 
ser responsáveis por essa deformidade 
o Corcunda 
• Cifoescoliose torácica: apresenta cifose juntamente com escoliose 
 
 
DEFORMIDADES TORÁCICAS 
• Abaulamentos ou retrações da caixa torácica 
• Pele 
o Coloração, grau de hidratação 
o Cicatrizes 
o Presença de lesões: pápulas e ulcerações (paracoccidioidose) 
4 
 Gabi Helena T69 
o Nódulos (eritema nodoso, sarcoidose) 
o Urticária (alergia) 
• Musculatura 
o Bilateral e peitoral 
o Hipertrofia do peitoral altera propedêutica (deltoide ou trapézio) 
• Parte Óssea 
o Simétrica e comparativa as faces anterior, posterior e laterais (regiões 
axilar e infra-axilar) 
o Abaulamentos ou retrações 
o Difusos ou localizados 
• Tumor de Pancoast (T3) 
o Tumor pulmonar apical 
o Quando esse tumor cresce, vai em disreção a fossa supraclavicular, 
comprimindo o plexo braquial e podendo causar dor no braço do 
paciente e atrofiar o músculo do braço do paciente 
o Sindrome de Bernard-Horner: miose do lado do tumor, pitose, 
hemianidrose (falta de suor na face comprometida) e enoftalmia 
 
Obs: importante descrever a localização das tatuagens, pois muitas vezes elas 
escondem cicatrizes 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
• Tudo que se movimenta 
TIPO RESPIRATÓRIO 
• Normal 
• Em pé ou sentado, tanto no sexo masculino como feminino predomina 
respiração TORÁCICA OU COSTAL (caixa torácica) 
• Deitado: predomina respiração DIAFRAGMÁTICA 
(metade inferior do tórax e do andar superior do abdome). 
RITMO RESPIRATÓRIO 
• Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, 
sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por 
leve pausa. Quando uma dessas características modifica-se, surgem os ritmos 
respiratórios anormais 
• Regular ou irregular (Cheyne Stokes, Biot, Cantani, Kusmaul, Suspirosa) 
5 
 Gabi Helena T69 
 
 
Frequência Respiratória 
• Normal (eupneia): 16 a 20 irm 
• Bradpeia ≤ 12 irm 
• Taquipneia ≥ 25 irm 
• Apneia: sem ritmo respiratório 
Ritmo Cheyne-Stokes: 
• As causas mais frequentes: insuficiência cardíaca grave, hipertensão 
intracraniana, acidentes vasculares cerebrais e traumatismos cranioencefálicos 
• Caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada 
vez mais profundas até atingir um máximo, para depois vir decrescendo até 
nova pausa. Isto ocorre devido a variações da tensão de H+ e CO2 no sangue. 
• Insuficiência cardíaca → intensa lentidão na circulação e nas doenças 
encefálicas pelo excessivo feedback negativo do centro respiratório, uma 
pequena variação do CO2 provoca uma variação na ventilação muito maior 
que o normal 
1. O excesso de CO2 durante o período de apneia ou uma resposta 
exagerada a um aumento do CO2 
2. Centro respiratório bulbar envia estímulos mais intensos 
3. Aumento da amplitude dos movimentos respiratórios → maior eliminação 
de CO2, e sua concentração no sangue cai intensamente 
6 
 Gabi Helena T69 
4. Não há mais estímulo no centro respiratório, a amplitude dos movimentos 
respiratórios diminui 
5. ↑ CO2 
6. Ciclo se repete sucessivamente 
• Nesse ritmo respiratório, a percepção “auditiva” do fenômeno pode ser maior 
que a “visual”, ou seja, a respiração de Cheyne-Stokes é melhor “ouvida” do 
que vista 
Ritmo de Biot: 
• Anárquico, geralmente ocorre em pacientes com problemas encefálicos 
graves 
• As causas desse ritmo são as mesmas da respiração de Cheyne-Stokes 
• A respiração apresenta-se com duas fases, mas com características próprias 
o Primeira fase: apneia 
o Segunda fase: movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos 
quanto ao ritmo e à amplitude. Quase sempre este tipo de respiração 
indica grave comprometimento encefálico confirmar isso 
Ritmo de Cantani 
• inpirações e expirações profundas 
• Ritmo respiratório de alta amplitude e, normalmente, ritimado 
• Hiperpneia sem momento de apneia 
• Causas comuns: acidose metabólica, cetoacidose diabética 
• Sem intervenção evolui para o KusmaulRitmo de Kussmaul 
• indica morbidade (pré-óbito) e geralmente é uma evolução do Cantani. 
• A acidose, principalmente a diabética, é a sua causa principal. 
• A respiração de Kussmaul compõe-se de quatro fases: 
1. Inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com 
inspirações rápidas e de pequena amplitude 
2. Apneia em inspiração 
3. Expirações ruidosas gradativamente mais profundas alternadas com 
inspirações rápidas e de pequena amplitude 
4. Apneia em expiração 
• Paciente está “gaspiando” 
Dispnéia suspirosa 
• Ritmo regular com inspirações 
• Série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de 
expiração breve e rápida 
• Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por 
“suspiros” isolados ou agrupados 
• Traduz tensão emocional e ansiedade 
Expansibilidade respiratória 
• Normopneico 
7 
 Gabi Helena T69 
• Hiper ou Hipopnéia → Simétrica ou Assimétrica 
Uso de Musculatura Acessória 
• Alterações uni ou bilaterais 
• Tiragem: retração dos espaços intercostais, fossas supraclaviculares ou fúrcula 
esternal durante toda a inspiração 
o Sempre patológico e normalmente ligado a um processo de obstrução 
brônquica 
o Difusa ou localizada → supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou 
epigástrica 
o Essas áreas retráteis caracterizam a impossibilidade de o pulmão 
acompanhar o movimento expansivo da caixa torácica, devido à 
atelectasia subjacente 
PALPAÇÃO 
PALPAÇÃO GERAL DO TÓRAX 
• De cima para baixo – simétrica 
o Tudo deve ser feito com a mesma mão e os mesmos locais para não 
perder o parâmetro 
• Sensibilidade: com movimentos de dedilhamento + movimentos circulares 
(para pesquisar lesões menores) 
• Lesão: e existir processo doloroso (sensibilidade), lesão ou enfisema subcutâneo 
o Sempre descrever o local doas lesões 
o São mais bem observados nas fossas supraclaviculares e espaços 
intercostais 
o Edema: como sinal precoce de obstrução da veia cava superior 
o Enfisema: facilmente identificado na palpação por sua crepitação, 
indicativo de pneumotórax 
• Obs: processos inflamatórios pleuropulmonares determinam uma zona de maior 
sensibilidade na área torácica correspondente. Assim, as lesões extensas do 
ápice podem provocar contratura dos músculos dessa região, imitando a 
defesa muscular da peritonite 
Enfisema Subcutâneo: 
• É quando o ar aprisionado dentro do alvéolo, por algum trauma, escapa, 
criando-se um pneumotórax e acumulando-se no tecido celular da subderme. 
• Quando se realiza a palpação existe a sensação de várias bolhinhas 
estourando com aspecto esponjoso. 
TEMPERATURA DA PELE (COMPARATIVA) 
• Com o dorso das mãos, verifica-se a temperatura cutânea, comparando-a 
com a do lado oposto 
• Desde as fossas supra claviculares 
• Uma diferença para mais pode denunciar comprometimento pleuropulmonar 
subjacente 
 
8 
 Gabi Helena T69 
EXPANSIBILIDADE DA CAIXA TORÁCICA 
 
• Para ápices pulmonares: ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas 
internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna 
vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares 
• Para bases pulmonares: apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, 
enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais. 
• O processo tem início sobre as clavículas enquanto o paciente faz o 
movimento respiratório completo (ins e expiração), avaliando-se se as mãos 
sobrem e descem de maneira simétrica 
• Repete-se o procedimento até onde o paciente tiver tórax 
FRÊMITO 
Frêmito Tóraco – Vocal 
• Sensação tátil - vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica → 
pede-se para o paciente falar “trinta e três” 
• Técnica: colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, 
comparando-se a intensidade das vibrações em regiões homólogas 
o Palpação da face posterior do tórax, o médico deve colocar-se à 
esquerda do paciente usando sua mão direita, que vai sendo 
deslocada de cima para baixo. Ainda estando atrás do paciente, o 
examinador pesquisa o FTV nas fossas supraclaviculares 
o A seguir, passando para diante e à direita do paciente, o médico apoia 
sua mão, alternadamente, sobre o hemitórax esquerdo e o direito, 
seguindo a linha medioesternal de cima para baixo. 
• O FTV é mais acentuado à direita e nas bases, e melhor sensação se obtém 
quando se coloca apenas a face palmar correspondente ao 2o, 3o e 
4o quirodáctilos 
• É o primeiro, pois os outros não precisa pedir para o paciente falar nada 
Alterações: 
• Aumentado: lesão pulmonar sólida 
• Diminuído: coleção de líquido no espaço pleural (ex: derrame pleural) 
• Ausente: muito líquido no espaço pleural (ex: derrame pleural volumoso) 
o Não patológico: peitoral hipertrofiado 
9 
 Gabi Helena T69 
Frêmito brônquico (secreções brônquicas) e pleural (atrito pleural) 
• Paciente não precisa falar, então a avaliação é feita através da respiração 
• Pede-se para o paciente respirar um pouco mais profundamente com a boca 
entreaberta 
• Ambos os brônquicos são avaliados ao mesmo tempo 
• Brônquico: equivalente tátil dos estertores 
o Quando há secreção em brônquio de grande calibre o qual é 
mobilizado durante a respiração 
o Sensação tátil parecida com a barriga de um gato ronronando 
• Pleural: que resulta da sensação tátil do ruído de atrito provocado pelas duas 
superfícies rugosas dos folhetos pleurais e que pode preceder o derrame 
o Parece duas lixas se roçando 
o Acontece quando o filme de líquido é perdido (ex: pleurite) 
Cadeias linfonodais (ganglionares) 
• Supra-claviculares 
• Axilares: com a mão do paciente no ombro do examinador, relaxando a 
musculatura. O examinador, com a mão em formato de concha faz 
movimentos de cima para baixo, comprimindo a pele sobre o gradil costal. Se 
encontrar o linfonodo descrever todos os caracteres propedêuticos 
• Retro-peitorais: atrás do músculo peitoral maior, por trás das mamas. É a 
continuação dos axilares 
PERCUSSÃO 
• Deve-se iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior na região 
supraescapular, de cima para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do 
paciente. Percute-se separadamente cada hemitórax. Forma-se um J 
• Em uma segunda etapa, percutir comparativa e simetricamente as várias 
regiões. Fugindo sempre da região escapular e terminando Descendo 
formando um “J” 
o Portanto: Início na região supraescapular, depois acha-se a 7ª vertebra 
cervival, desce um espaço abaixo, foge da região escapular e percurte 
os EIC’s 
 
 
10 
 Gabi Helena T69 
• A mão esquerda, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se 
suavemente sobre a parede, e o dedo médio, sobre o qual se percute, exerce 
apenas uma leve pressão sobre o tórax. O movimento da mão que percute é 
de flexão e extensão sobre o punho, nunca envolvendo a 
articulação do cotovelo, e muito menos a do ombro. Os 
golpes dados com a extremidade distal do dedo médio (os 
demais se conservam parcialmente fletidos) serão sempre da 
mesma intensidade (suaves ou medianamente fortes) 
o Um pequeno intervalo entre cada batida possibilita 
melhor avaliação do som e das vibrações 
• Percussão direta: somente dever ser feito na clavícula e na apófise espinhosa 
da vértebra 
o Acha a sétima cervical, coloca o flexímeto em cima do processo 
espinho e percute com o flexor 
o O som deve ser som claro pulmonar 
o Se nessa percussão obtiver um som maciço → SINAL DE SINGORELLI 
(geralmente presente em derrame pleural) 
• Percussão dígito – digital 
o Entre espaços intercostais 
o Vibração dos tecidos, desde o tegumento até a profundidade dos 
órgãos, obtendo-se sons e ruídos 
o Fugindo do espaço escapular: em J 
• Simétrica e comparativa 
4 TONALIDADES 
 
• Som claro pulmonar: nas áreas de projeção dos pulmões 
• Som submaciço: região precordial e do fígado 
• Som maciço: região precordial e do fígado 
• Som timpânico: espaço de Traube (bolha de ar do fundo gástrico)AUSCULTA 
• Consiste em ouvir ruídos que se produzem no aparelho respiratório durante a 
inspiração e a expiração, durante a articulação da palavra e a tosse 
o Lembrando que existem sons que aparecem na inspiração e aqueles 
que aparecem só na expiração. Por isso é importante não retirar o 
estetoscópio antes de o paciente terminar a respiração completa 
• Técnica: O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e 
profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído. Seguir a mesma 
11 
 Gabi Helena T69 
Inspiração semelhante a expiração sem pausa entre eles 
 
ordem e localização da percussão. Respirar pausada e profundamente com a 
boca entreaberta, sem fazer ruído 
• Faces do tórax: ordem 
1. Posterior 
2. Laterais 
3. Anterior 
• Maneira simétrica 
RUÍDOS RESPIRATÓRIOS NORMAIS 
 
1. Som traqueal 
o Projeção da traquéia 
o Auscultar na projeção da traquéia, no pescoço 
o Origina-se pela passagem de ar através da fenda glótica e na própria 
traquéia 
o Na inspiração: tem-se um ruído soproso mais ou menos rude, após o 
qual tem-se um silencio e na expiração tem-se um som um pouco mais 
forte prologado 
 
2. Respiração brônquica 
o Áreas de projeção dos brônquios principais – face anterior do tórax 
sobre o manúbrio esternal 
o Se assemelha com o som traqueal, sendo o som expiratório menos 
intenso 
o Nas áreas que correspondem a uma condensação pulmonar, 
atelectasia ou nas regiões próximas de cavernas superficiais a 
respiração brônquica substitui o murmúrio vesicular 
 
3. Som bronco-vesicular 
o 1º e 2º EIC (lateral ao ângulo de Louis) 
o Som intermediário entre o som brônquico e o murmúrio vesicular 
 
Inspiração semelhante a expiração com pausa entre 
eles 
 
Inspiração < expiração com pausa entre eles 
 
12 
 Gabi Helena T69 
Inspiração > expiração sem pausa entre 
eles 
 
4. Murmúrio vesicular 
o Restante do tórax 
o É mais forte na parte anterossuperior, nas axilas e nas regiões 
infraescapulares 
o Diminuído, ausente ou abolido 
o Nunca aumentado 
o A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de numerosas causas: 
▪ Presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido 
sólido (espessamento pleural) na cavidade pleural 
▪ Enfisema pulmonar, dor torácica de qualquer etiologia que 
impeça ou diminua a movimentação do tórax 
▪ Obstrução das vias respiratórias superiores (espasmo ou edema 
da glote, obstrução da traqueia) 
▪ Oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos 
o Importante alteração do murmúrio vesicular o prolongamento da fase 
expiratória, que, em condições normais, é mais curta e mais suave que 
a fase inspiratória 
▪ Asma brônquica em crise 
▪ DPOC avançada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SONS PULMONARES ADVENTÍCIOS CONTÍNUOS: 
 Roncos: tonalidade grave, ins e expiratórios 
o Corresponde, muitas vezes, ao frêmito brônquico da palpação 
o Originam-se da vibração das paredes brônquicas e na passagem do ar 
quando há estreitamento esses ductos 
o Secreção dentro de um grande brônquio 
o Asma brônquica, bronquite, bronquiectsia, obstruções localizadas 
 
 Sibilos (chiado): tonalidade aguda, ins e expiratórios 
o Reflete o bronquíolo espasmo (normalmente de menor calibre) 
o Originam-se da vibração das paredes bronqueares e seu conteúdo 
gasoso 
o Disseminados (asma/ICC) ou localizados (neoplasia) 
13 
 Gabi Helena T69 
o Parece a bexiga esvaziando quando tem sua saída pressionada 
o Asma, bronquite 
SONS PULMONARES ADVENTÍCIOS DESCONTÍNUOS: 
 Estertores Grossos (bolhosos): sub crepitantes = brônquicos= ins e expiratórios 
o Alteração nos brônquios de maiores calibres 
o Frequência menor e maior duração que os finos 
o Sofrem nítida alteração com a tosse 
o Podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. 
o Audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. 
o Os estertores grossos parecem ter origem na abertura e fechamento de 
vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo 
afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. 
o São comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias 
 Estertores Finos: crepitantes = alveolares = inspiratórios 
o Som suave e delicado, aponta que o alvéolo está comprometido 
o Final da inspiração e começo da expiração 
o Agudos (↑ frequência) e de curta duração 
o Não se modificam com a tosse 
o Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado 
de cabelos junto à orelha ou ao som percebido ao se fechar ou abrir 
um fecho tipo velcro 
o Zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade quando 
originados por congestão pulmonar 
o Produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente 
fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou 
exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de 
suporte das paredes brônquicas 
o Pneumonia, congestão pulmonar da insuficiência ventricular esquerda 
e doenças intersticiais pulmonares 
OUTROS SONS: 
 Cornagem/ Traqueísmo/ Estridor 
O Som extremamente alto 
O Produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia 
O Não precisamos de estetoscópio para escutar 
O Difteria, laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traqueia 
 Grasnido/ Squawk 
o Causado por alteração intersticial, ele retrai e puxa as estruturas 
adjacentes do pulmão, deformando os alvéolos 
o O ar entra, turbilhona de forma errada e sai como um piado dentro do 
pulmão 
o Parece um piado – piu piu piu 
o Doenças intersticiais, bronquiolites (inflamação dos bronquíolos) 
 Atrito pleural 
o Quando escuta-se frêmito pleural, deve auscutar o atrito 
o Som de duração maior e tonalidade grave 
o Produz vibração palpável → torna fácil distingui-lo dos estertores. 
14 
 Gabi Helena T69 
o Som de duas lixas roçando (para reconhecê-lo, pode-se imitá-lo colocando 
uma das mãos de encontro à própria orelha e atritando-a com a outra mão, 
com forte pressão) 
o Pleurite/pleurite seca 
o Derrame pleural: desaparecimento 
 Sopro brônquico 
o Causado por obstrução brônquica, de maior secreção, que faz com 
que o ar vibre em forma de sopro 
o Pode ser confundido com o sopro cardíaco 
o Algo parado dentro de um bronquio 
AUSCULTA DA VOZ: 33 
 Auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada. O paciente 
vai pronunciando as palavras “trinta e três” enquanto o examinador percorre o 
tórax com o estetoscópio, comparando regiões homólogas, tal como fez no 
exame do frêmito toracovocal 
 Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica constituem o que se 
chama ressonância vocal. Ela é mais intensa nas regiões interescapulovertebral 
superior e esternal superior (exatamente nas mesmas áreas onde se ausculta 
respiração broncovesicular) 
 Broncofonia (normal): ressonância Vocal = 33 não auscutado nitidamente 
o Aumento da ressonância vocal: condensação pulmonar – inflamatória, 
neoplásica ou pericavitária 
o Diminuição da ressonância vocal: na atelectasia, no espessamento 
pleural e nos derrames 
 Pectorilóquia Fônica 
o Ausculta-se com nitidez na voz falada 
 Pectorilóquia Afônica 
o Ausculta-se com nitidez na voz falada e cochichada 
 Egofonia 
o É uma broncofonia de qualidade nasalada e metálica 
o Lembra o “mee” da cabra 
o Parte superior dos derrames pleurais e na condensação pulmonar 
SINTOMAS E EXAME FÍSICO 
Tórax de uma mulher: Tórax de um homem: 
 
Síndrome Brônquica 
Geralmente é causada por vírus que compromete as vias respiratórias desde a faringe, manifestando-se por sintomas gerais, 
desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca, seguida após alguns dias de expectoração mucosa que se transforma em 
mucopurulenta, se houver infecção bacteriana secundária. 
15 
 Gabi Helena T69 
 Sintomas: dispneia e tosse. Podem estar ausentes. 
 Inspeção: taquipneia, redução da expansibilidade e tiragem. 
 Palpação: frêmito toracovocal normal ou diminuído.Percussão: som claro pulmonar ou hipersonoridade. 
 Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos 
predominantemente expiratórios em ambos os campos pulmonares. Pode 
haver roncos e estertores grossos. 
Consolidação Pulmonar 
A condensação do parênquima pulmonar caracteriza-se pela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato 
 Sintomas: tosse produtiva, dispneia e dor torácica. 
 Inspeção: taquipneia e expansibilidade diminuída do lado acometido. 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado. 
 Percussão: submacicez ou macicez. 
 Ausculta: presença de estertores finos. Pode haver som brônquico ou 
broncovesicular, substituindo o murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia, 
egofonia ou pectorilóquia 
 
Atelectasia 
Tem como elemento principal o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células 
ou exsudato. Causas mais comuns: neoplasias e corpos estranhos 
 Sintomas: dispneia, tosse seca. 
 Inspeção: retração do hemitórax e tiragem. 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou 
abolido. 
 Percussão: submacicez ou macicez. 
 Ausculta: redução do murmúrio vesicular, ressonância vocal diminuída. Pode 
haver som brônquico ou broncovesicular substituindo o murmúrio vesicular. 
Enfisema Pulmonar 
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 Gabi Helena T69 
 
É a destruição do parênquima pulmonar, acarretando a perda da retração elástica dos septos alveolares e da tração 
radial das vias respiratórias, o que aumenta a tendência ao colapso destas 
 Sintomas: dispneia 
 Inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos avançados. 
 Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído. 
 Percussão: som claro pulmonar no início e hipersonoridade à medida que a 
enfermidade se agrava. 
 Ausculta: murmúrio vesicular diminuído. Fase expiratória prolongada 
(!) Nas fases iniciais encontram-se apenas redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada, com a 
evolução da doença somam-se tórax em tonel, FTV diminuído e hipersonoridade. 
Congestão Passiva dos Pulmões 
O líquido se acumula no interstício devido, principalmente, a insuficiência ventricular esquerda ou estenose mitral. 
Causando dispneia de esforço, dispneia de decúbito e dispneia paroxística noturna 
 Sintomas: dispneia de decúbito e paroxística noturna, tosse seca ou com 
expectoração rósea, na congestão aguda. 
 Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída. 
 Palpação: expansibilidade normal ou diminuída e frêmito toracovocal normal 
ou aumentado. 
 Percussão: submacicez nas bases pulmonares. 
 Ausculta: estertores finos nas bases dos pulmões. Ressonância vocal normal. 
Escavação ou Caverna Pulmonar 
 É consequência de eliminação de parênquima em uma área que sofreu necrobiose. Isso pode ocorrer nos abscessos, 
neoplasias, micoses, mas a causa principal ainda é a tuberculose 
 Sintomas: tosse seca ou com expectoração purulenta ou hemóptica. 
 Inspeção: expansibilidade diminuída na região afetada. 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado (se 
houver muita secreção). 
 Percussão: som claro pulmonar, hipersonoridade ou som timpânico (quando 
ocorrer nível hidroaéreo). 
 Ausculta: som broncovesicular ou brônquico no lugar do murmúrio vesicular, 
pode haver sopro ou ressonância vocal aumentada 
Síndrome Pleurítica 
É a inflamação dos folhetos pleurais, caracterizada pela presença do atrito pleural. Ocorre devido a tuberculose, as 
pneumonias, a doença reumática e outras colagenoses, viroses e as neoplasias da pleura e pulmão. 
 Sintomas: dor torácica ventilatória dependente. 
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 Gabi Helena T69 
 Inspeção: expansibilidade diminuída. 
 Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal normais ou diminuídos. 
 Percussão: som claro pulmonar ou submacicez. 
 Ausculta: atrito pleural. 
Derrame Pleural 
Acúmulo excessivo de líquido no espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. observados nas pleurites, pneumonias, 
neoplasias, colagenoses, síndrome nefrótica e na insuficiência cardíaca 
 Sintomas: dispneia, tosse seca e dor torácica. 
 Inspeção: expansibilidade diminuída, sinal de Lemos-Torres nos derrames de 
grande volume. 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal reduzido ou 
abolido na área do derrame. 
 Percussão: macicez ou submacicez. 
 Ausculta: murmúrio vesicular reduzido ou abolido na 
área do derrame 
 
Pneumotórax 
Acúmulo de ar no espaço pleural que penetra através de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural, ou em certas 
afecções pulmonares (tuberculose, pneumoconiose, neoplasias) 
 Sintomas: dispneia aguda, dor torácica. 
 Inspeção: sem alterações ou abaulamento dos espaços intercostais quando 
de grande volume. 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou 
abolido. 
 Percussão: hipersonoridade ou som timpânico (hidropneumotórax). 
 Ausculta: murmúrio vesicular diminuído ou abolido. Ressonância vocal 
diminuída

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