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Gabi Helena T69 Propedêutica I Neurológica Gabi Helena T69 Sumário Propedêutica Neurológica .......................................................................................................1 Síndromes Neurológicas Clássicas........................................................................................1 ISDA: Aparelho Neurológico .................................................................................................1 Exame Neurológico................................................................................................................2 Localização da Lesão ...........................................................................................................3 Distúrbios do sistema nervoso central/neurônio motor superior ....................................3 Distúrbios do sistema nervoso periférico ..........................................................................6 Terminologias ..........................................................................................................................8 Síndromes neurológicas clássicas.........................................................................................9 Exame Neurológico.............................................................................................................. 10 Exame neuropsicológico ................................................................................................. 10 Exame da motricidade .................................................................................................... 11 Exame da sensibilidade ................................................................................................... 14 Exame dos reflexos ........................................................................................................... 17 Exame da coordenação e equilíbrio ............................................................................. 21 Exame dos pares Cranianos ............................................................................................ 24 Sinais, Manobras e Terminologias Propedêuticas ............................................................. 29 1 Gabi Helena T69 PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA SÍNDROMES NEUROLÓGICAS CLÁSSICAS • Síndrome do Neurônio Motor Superior • Síndrome do Neurônio Motor Inferior • Síndrome Cerebelar • Síndromes Medulares (Neoplasias, infartos, degenerações, traumas...) • Síndromes da placa Motora (Miastenia Gravis) • Síndromes Extra-piramidais (Parkinson, distonias, Coréia, atetose, balismo, tremores) • Síndrome de Hipertensão Intra Craniana • Síndrome Meníngea (Infecciosa ou radicular) ISDA: APARELHO NEUROLÓGICO • Cefaléia • Tontura ou vertigem: a vertigem decorre predominantemente de lesão ou disfunção das vias vestibulares, em especial de sua porção periférica (canais semicirculares e ramo vestibular do VIII nervo craniano), constituindo a síndrome vestibular periférica. Suas causas principais são infecções, intoxicações, neoplasias e insuficiência vascular do labirinto • Nistagmo • Lipotímia, síncope • Distúrbios da consciência: obnubilação, coma • Distúrbios da motricidade voluntária: o Plegia = paralisia: perda de movimento o Paresia: diminuição da força muscular ▪ Hemi: metade do corpo ▪ Para: apenas pernas ▪ Tetra: todos os membros ▪ Crural: predomínio penas ▪ Braquial: predomínio braços • Distúrbios da sensibilidade: o Anestesia: falta de sensibilidade de um segmento do corpo o Parestesia: sensação de formigamento/dormência o Hiopestesia: diminuição da sensibilidade o Hiperestesia/Hiperalgesia: aumento de sensibilidade (apenas uma sensação tátil pode provocar dor) o Disestesia: alteração da sensibilidade em que a resposta não é correspondente ao estímulo dado ▪ Ex: estimulo tátil causando sensação de calor ▪ Ex: o lençol em cima do corpo provocando dor ▪ Pode ser causada por neuropatia diabética ▪ A hiperestesia pode ser um exemplo de disetesia • Movimentos involuntários: 2 Gabi Helena T69 o Parkinson o Distonias o Coréia o Atetose, balismo, tremores, fasciculação, espasmos... • Convulsões / epilepsia • Distúrbios das funções cerebrais superiores: o Disfonia: principalmente na alteração do timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal, e depende da disfunção das cordas vocais por lesão do nervo acessório (XI nervo craniano). o Disartria: alteração da articulação da palavra falada ou fala, decorrente de algumas doenças neurológicas centrais e/ou periféricas. Quanto à disartria por problemas periféricos, menciona-se a lesão dos nervos cranianos VII, IX, X e XII (voz fanhosa). o Dislalia: é a perturbação da articulação da palavra falada, sem que as causas estejam localizadas no sistema nervoso. o Disritmolalia: perturbação no ritmo da fala. Taquilalia (fala imprecisa) e Gagueira (interrupção no ritmo da fala) o Dislexia: consiste na dificuldade de capacitar-se para a leitura convencionalmente ensinada. É comum a inexistência de alterações neurológicas e psíquicas, mas boa parcela das crianças disléxicas tem antecedentes de retardo na aprendizagem da fala. o Disgrafia: grafia irregular, fragmentada, a ponto de, muitas vezes, tornar-se ilegível o Afasia: perda total da linguagem. Pode ser de Wernicke (dificuldade na compreensão da fala e da escrita), de Broca (dificuldade ao expressar- se pela fala ou escrita) ou global o Dis / adiadococinesia • Transtornos de memória EXAME NEUROLÓGICO HMA • Quando e como a doença se instalou • Hemiplegia súbita: sugere doença cerebrovascular • Hemiplegia progressiva + sinais de hipertensão intracraniana: sugerem processos expansivos • Quadros súbitos: sugerem processos infecciosos como meningites e encefalites • Quadros de evolução lenta: sugerem degenerações (esclerose múltipla, ataxia de Friedreich) • Cefaléia súbita: traduz desde enxaqueca até sangramento aneurismático, HSA Trauma Craniano (TCE – trauma cranioencefálico) • Sinal dos olhos de Guaxinim: equimose bipalpebral e bilateral → fratura de base de crânio • Rinorreia/Otorreia: possível ocorrência é a perda de líquor/líquido cerebrospinal (líquido cristalino) pelo nariz ou ouvido 3 Gabi Helena T69 • Sinal de Battle: trauma/pós-operatório de neurocirurgia: equimose em região mastoidea – indica fratura do osso temporal estendendo-se para dentro do mastoide, bem como o acúmulo de sangue atrás da membrana timpânica. o Fazer inspeção da região auricular procurando por secreções sanguinolentas ou hialinas Sinal dos olhos de Guaxinim Sinal de Battle IDADE • Indivíduos jovens: mais sugestivo de inflamações • Adolescência e adulto jovem: processos desmielinizastes • Adultos 4ª – 5ª década de vida e idosos: aumenta a incidência de doenças cerebrovasculares (já expôs a doenças ateroscleróticas – tabagismo, hipertensão, dislipidemia, DM) e processos neoplásicos Evolução • Quadros progressivos: pensar em neoplasias, doenças neurodegenerativas (ELA, Parkinson, EM) • Quadros com surtos-remissões: pensar em esclerose em placas • Quadros paroxísticos: há períodos que manifesta e há períodos que não. Enxaquecas, epilepsias (crises convulsivas de paciente epiléptico) LOCALIZAÇÃO DA LESÃO DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL/NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR O primeiro neuronio (neurônio motor superior) leva as informações para o segmento do corpo, desncendo pelo tronco cerebral, pelos tratos corticobulbar e corticoespinhais e na parte inferior do bulbo, no tronco cerebral, há a decussação das pirâmides. Assim, as informações são passadas pela medula espinal para o lado contralateral. 4 Gabi Helena T69 5 Gabi Helena T69 Lesão de Córtex Cerebral(item 1 da tabela): AVC AVC: 80% dos AVCs são isquêmicos, e desses 80% são: • 80% por pico hipertensivo o Existe a necessidade de controlar a pressão intracraniana, há um controle vasomotor muito eficaz. Então diante de um pico hipertensivo, não pode haver transmissão dessa pressão para o território cerebral, pois pode lesar neurônios, assim, os vasos intracranianos contraem. Entretanto, essa vasoconstrição reflexa é tão significativa que as vezes acaba acontecendo isquemia do neurônio. Em pouco tempo já há manifestação neurológica o Quando chega um paciente no PS com um quadro clínico de AVC com menos de 24h e o quadro é revertido, é chamado de ataque isquêmico transitório (TIA). Mas se passaram-se mais de 24 horas e o paciente permaneceu com sequelas, é chamado de AVC mesmo • 20% por eventos tromboembólicos • Reflexo exacerbado contralateral • Obs: Reflexos tendinoso: profundos Lesão de Tronco Cerebral (item 2 da tabela): AVC de tronco cerebral • Mais grave, gerando mais alterações propedêuticas Trauma • Lesão cortical posterior • Quedas, tumores Lesões de déficits cranianos • Possuem muitos centros de controles autonômicos: do vômito, termorregulatório, vasomotor • Pode apresentar diplopia, desartria Lesão na Medula Espinal (item 3): Traumas • Compressão medular/dissecção medular • Comprometimento bilateral ou unilateral o É uma situação em que já houve o cruzamento das fibras, portanto, em geral, as manifestações são unilaterais o Comprometimento bilateral: paraplégico ▪ Acidentes por mergulho são muito comuns • As consequências dependem do nível da medula o Trauma cervical (mais alto): quadriplegia ou tetraplegia → perda da movimentação dos 4 membros o Trauma lombar: paraplégico (mais baixo): → 2 MMII • Perda sensitiva aparece no trajeto daquele dermátomo e na altura da lesão e abaixo do nível do nível dela 6 Gabi Helena T69 • Reflexos exacerbados o Bilateral: hiperreflexia dos 2 MMII o Parâmetro de comparação: outros pacientes Lesão nos gânglios da base/substância cinzenta (item 4): • Não acomete o neurônio motor superior • Em geral são síndromes degenerativas Parkinson • Não há plegia e nem paresia, mas a característica é a lentificação dos movimentos, isso é chamado de bradicinesia • Rigidez e tremores • Reflexos e sensibilidade normais Cerebelares (item 5) • Movimentos anormais • Nistagmo verticais ou circulares DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Na parte periférica, na medula espinal, observa-se: um neurônio que leva uma via aferente e outro que possui uma fibra eferente. Então, na raiz posterior há um gânglio de uma via aferente, passando por um gânglio na raiz posterior, havendo uma fibra periférica posterior e passando pela junção neuromuscular e chegando no músculo periférico. Depois, a parte eferente há uma fibra eferente periférica, um gânglio e uma raiz eferente e ela volta à coluna pelo corno anterior da medula. Isso determina o conceito do arco reflexo 7 Gabi Helena T69 Corno Anterior da Medula (item 1) • Uma vez lesada essa região, o paciente apresentava paralisia do MMII do lado acometido ou bilateral • A região da altura da lesão para baixo é comprometida • Fasciculações – não consegue completar o arco-reflexo – a integridade desse sistema comprometida • Hiporreflexia Raízes e Nervos Espinais (item 2) • Normalmente por compressão da raiz nervosa (em geral um disco epifisário que escorrega para um lado – unilateral) • Comum em após traumas, trabalhadores que sofrem por esforço repetitivo (braçais), muito tempo na frente computador, muito tempo sem exercitar a musculatura, impacto na região lombar ao longo de anos da vida... • Para cada região acometida há uma manifestação • Parestesia é muito comum, podendo haver hipostesia ou até hiperestesia • Hérnia de disco lombar: dor irradiada para a panturrilha Lesão do Nervo Periférico: Mononeuropatia (item 3) • 1 único neurônio acometido • Corte do nervo que da a movimentação para as mãos/dedos • Perda da força da região, desenvolvendo uma atrofia da região do dermátomo acometido • Perda de sensibilidade, motricidade e reflexos acometidos Polineuropatia (item 4) • Vários neurônios acometidos • Doenças sistêmicas que causam lesões em todos nervos periféricos ou em agrupamentos Diabetes • Motor: o Polineuroparia diabética: déficit motor que costuma ser mais em paresia, atrofia do segmento acometido e mais distal do que proximal o Acometimento multifatorial: hiperglicemia lesa o neurônio, resposta inflamatória, ROS, déficits vasculares que causam isquemia dos neurônios • Sensibilidade o Acometimento em bota/luva → região que perde sensibilidade na neuroparia diabética o Possível ter hipostesia, disestesia, parestesia ou anestesia Polineuropaia alcoólica • Devido ao etilismo • Apresenta as mesmas manifestações 8 Gabi Helena T69 Junção Neuromuscular (item 5) Miastenia grave • Paciente sempre cansado, fatigado • Sem alterações sensitivas • Reflexos normais ou diminuídos • Doença genética – alguns não sobrevivem na vida fetal ou pós-puberdade – afeta musculatura, como a respiratória Músculo (item 6) Distrofias neuromusculares • Distrofia de Ducchene • Distrofia de Becker • Paresia mais proximal, do que distal • Sem alterações sensitivas • No estágio inicial sem alterações de reflexo, mas no estágio mais avançado há comprometimento dos reflexos profundos • Caráter hereditário • Com comprometimento motor TERMINOLOGIAS NOMENCLATURA QUANTO À MOTRICIDADE • Fasciculações: abalos rápidos de fibras musculares de ima só unidade motora, visíveis na superfície da pele • Espasmos: contrações involuntárias súbitas no músculo • Dismetria: distúrbio na medida do movimento o O paciente faz um movimento exagerado ou acha que terminou quando não terminou • Disdiadococinesia: dificuldade em realizar movimentos rápidos e alternados • Adiadococinesia: incapacidade em realizar movimentos rápidos e alternados o Eudiadococinesia: normal • Disartria: fala lenta, monótona e explosiva • Disgrafia: letras tornam-se maiores e irregulares • Disbasia: ampliação da base de sustentação • Bradicinesia: lentificação do movimento (Parkinson) NOMENCLATURA QUANTO À SENSIBILIDADE • Alodínia: sensação de dor ao receber um estímulo que normalmente não provoca dor • Analgesia: ausência de sensibilidade à dor • Anestesia: ausência de todas as sensibilidades superficiais. • Hipoestesia: diminuição de um tipo de sensibilidade superficial (hipoestesia dolorosa, hipoestesia tátil, etc.) • Parestesias: sensações anormais espontâneas referidas pelo paciente (formigamento, dormência, comichão, agulhadas, ardência, prurido, sensação de frio) 9 Gabi Helena T69 • Disestesias: sensações anômalas e desconfortáveis a estímulos não dolorosos (por exemplo, um estímulo tátil provoca uma sensação de queimação) • Hiperpatia: é um tipo de dor espontânea que sofre exacerbações insuportáveis pela estimulação não-dolorosa (estimulação tátil, pelo frio, pela mobilização de um segmento corpóreo, por estímulos sensoriais como ruídos desagradáveis ou flash de luz, emoções). Este tipo de manifestação costuma ser visto em síndrome talâmica • Astereognosia: incapacidade de identificar objetos pela palpação. A estereognosia é a capacidade que o indivíduo apresenta de reconhecer pela palpação, estando com os olhos fechados. SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR • Definição: conjunto de sinais e sintomas resultante de uma lesão do motoneurônio superior • Os sinais e sintomas mais característicos resultam da interrupção dos sinais gerados pelos motoneurônios superiores para os motoneurônios inferiores • Lesão antes da decussação das pirâmides: sintomas contralaterais à lesão • Lesão depois da decussação das pirâmides: sintomasdo ipsilaterais à lesão SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR • Definição: conjunto de sinais e sintomas resultante de uma lesão do motoneurônio inferior • Os sinais e sintomas mais característicos resultam da interrupção dos sinais gerados pelos motoneurônios inferiores para o mpusculo, o que diminuiu ou impede a contração muscular • Lesão em qualquer ponto do neurônio motor inferior: sintomas do mesmo lado da lesão SÍNDROMES NEUROLÓGICAS CLÁSSICAS • Síndrome do neurônio motor superior • Síndrome do neurônio motor inferior • Síndrome cerebelar: pacientes com dismetria, nistagmo, sem alterações de sensibilidade e não necessariamente alterações de reflexos 10 Gabi Helena T69 • Síndromes medulares: neoplasias, infartos, degenerações, traumas... → pacientes com traumas raquimedulares com secção de medula, neoplasias, infartos, degenerações ocorrendo ao longo da medula • Síndromes da placa motora: miastenia grave → na junção neuromuscular • Síndromes extra-piramidais: Parkinson, distonias, coréia, atetose, balismo e tremores → manifestações de alterações de motricidade • Síndrome de hipertensão intracraniana: tumores, AVC, edema cerebral, aumento de líquido cerebrospinal • Síndrome meníngea: infecciosa (mais comum) ou radicular EXAME NEUROLÓGICO 1. Exame neuropsicológico 2. Exame da motricidade: força, tônus, movimentação ativa e passiva 3. Exame da sensibilidade: superficial e profunda 4. Exame dos reflexos: superficiais e profundos 5. Exame da coordenação e equilíbrio 6. Exame dos nervos cranianos EXAME NEUROPSICOLÓGICO • Avalia a cognição do paciente • Importante para diagnóstico de síndromes demenciais Mini-mental • Orientação • Registro de dados • Atenção e cálculo • Memória • Linguagem • Nomeação • Repetição • Compreensão • Leitura • Escrita EXAME FÍSICO GERAL Escala de Coma de Glasgow • Foi inicialmente feito para pacientes vítimas de trauma, mas hoje é utilizada para qualquer situação em que há rebaixamento de consciência • São 3 etapas: resposta motora, resposta verbal e abertura ocular • O máximo é 15 e o mínimo é 3 (protocolo de morte encefálica) • Glasgow inicial de 3 ou 4 → 95% de chance de estar evoluindo para um estado vegetativo ou a óbito 11 Gabi Helena T69 • Diante de um paciente em um coma mais profundo que diante de um estímulo doloroso assume uma resposta posição anormal (seja flexão ou extensão anormal) → lesão neurológica grave • Flexão anormal: decorticação o Motricidade 3 o Resposta flexora anormal ao estímulo doloroso (ex: torção dos mamilos): flexão dos membros superiores e flexão plantar • Extensão anormal: descerebração o Motricidade 2 - resposta extensora anormal ao estímulo doloroso (ex: torção dos mamilos) o Mais grave: adução do membro, extensão do cotovelo, pronação dos braços, flexão dos punhos e flexão plantar Resposta Flexora Anormal Resposta Extensora Anormal • Mesmo diante do estímulo (verbal, tátil ou doloroso) → situação de óbito • Paciente entubado ou outro motivo que o torna afásico → desconsidera-se os 5 pontos da resposta verbal (escala tem pontuação máxima de 10) • Paciente no PS o qual apresenta rebaixamento da consciência, é avaliado várias vezes, para evitar que o paciente evolua para hipóxia e/ou choque • Geralmente Glasgow < 8 = intubação → grau de coma onde ele não controla os movimentos respiratórios e ele terá queda de saturação EXAME DA MOTRICIDADE • Força e tônus muscular • Inspeção: observar os agrupamentos musculares em membros superiores e inferiores 12 Gabi Helena T69 o Ex: pacientes paraplégicos (anos em cadeira de rodas) – espera-se que os músculos estejam atrofiados • Palpação: palpa-se os principais grupos musculares, com o membro em relaxamento o Sempre comparar com o contralateral o Deve-se observar se existe o aumento/diminuição do tônus muscular ▪ Doenças do primeiro neurônio: o músculo fica sem movimentar em hipertonia ▪ Doenças do segundo neurônio: o músculo fica sem se movimentar e em hipotonia (flacidez) AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR • Grau V: força normal • Grau IV: movimentação normal, mas com força muscular diminuída • Grau III: consegue vencer a força da gravidade • Grau II: não vence a gravidade, movimentos de lateralização • Grau I: esboço de contração muscular • Grau 0: paralisia tota 1. Movimentação espontânea: • Pedir para o paciente erguer o braço esquerdo e direito, levantar as pernas, andar... 2. Movimentação contra resistência: • Dar a mão para o paciente e pedir para ele apertar. Comparar a força realizada, no mesmo momento, pelos 2 membros • Pedir para fazer força para cima ou para baixo, utilizando a mão do avaliador como obstáculo de resistência • Puxar o braço/flexão de cotovelo (a mão do examinador faz força no sentido contrário) – compara com o outro braço – verifica se a força de um lado é igual à do outro • Adução ou abdução dos membros inferiores, utilizando a mão do observador como obstáculo de resistência • Apertar a mão/dedo do médico (pode ser até ao mesmo tempo) – ver se ele aperta com mais força e se sim, em qual membro • Sempre fazer a comparação com o membro contralateral 13 Gabi Helena T69 3. Manobras específicas deficitárias: • O outro membro é o parâmetro de comparação • O paciente é orientado a fechar os olhos e manter os membros superiores ou inferiores paralelos, em posição específica por 2 minutos, e então observamos se há queda do membro e qual o tipo de queda • Mingazzini para os membros superiores/manobra dos braços estendidos: paciente, na posição sentada ou em pé, deve manter seus membros superiores na posição de juramento/zumbi, com os dedos afastados uns dos outros. Pede para o paciente fechar os olhos - o membro acometido perde força e cai. • Manobra de Raiminste: – de membro superior: com o paciente em decúbito dorsal, os antebraços são fletidos sobre os braços em ângulo reto, e as mãos são estendidas com os dedos separados. Não pode encostar o cotovelo no tronco. Pedir para o paciente fechar os olhos - em caso de déficit motor/diminuição de força, a mão e o antebraço do lado comprometido caem sobre o tórax. Esta manobra pode ser útil para testar a musculatura distal • Manobra de Mingazzini: paciente em decúbito dorsal flete as pernas em ângulo reto sobre as coxas e estas sobre a bacia. Não pode encostar uma perna na outra. Retira a visão do paciente – em caso de déficit, esta posição não se mantém por muito tempo, surgindo oscilações e/ou queda da perna (déficit do quadríceps), da coxa (déficit do psoas) ou de ambos os segmentos (déficit do quadríceps e do psoas). *O membro que tem diminuição de forca começa a cair em relação ao lado contralateral • Manobra de Barré: paciente em decúbito ventral (barriga para baixo), com as pernas fletidas formando ângulo reto com as coxas. Não deixar as pernas encostarem uma nas outras e nem os pés. Pedir para o paciente fechar os olhos - em caso de déficit surgem oscilações e/ou queda, imediata ou progressiva de uma ou ambas as pernas. Esta manobra serve para evidenciar déficits dos músculos flexores da perna sobre a coxa Força Muscular Avaliada - Respostas: • Monoparesia/monoplegia • Paraparesia/paraplegia • Hemiparesia/hemiplegia o Completa ou incompleta o Proporcionada: mesma proporção entre membros superiores e inferiores o Desproporcionada: dizer qual é o predomínio ▪ Predomínio braquial ▪ Predomínio crural o Tetraparesia/tetraplegia 14 Gabi Helena T69 TÔNUS MUSCULAR • Movimentação passiva, avaliando resistência Sinal da roda denteada: Parkinson – hipertonia plástica • Característica da hipertonia plástica • Estendendo o braço ou realizando flexão do punho • Ao pedir para o paciente fazer esse movimento, ele é fragmentado à medida que vai completando a extensão ou flexãodo membro Sinal do canivete: espasticidade • Espasticidade → síndrome piramidal • Há muita dificuldade de fazer a extensão do cotovelo, mas quando o médico está avaliando o paciente e de forma passiva estende o seu braço, observa-se o sinal do canivete • Ex: paciente que teve um AVC, tem uma plegia ou um grau alto de paresia → evolui para uma atrofia com tônus aumentado O sinal do canivete consiste em uma aplicação de força para chegar até esse momento da foto, a partir dele, o braço do paciente estende sem a necessidade de força Lesões musculares ou motoneurônio inferior, síndrome cerebelares – hipotonia • Hipotonia • Membro flácido • Hiporreflexia EXAME DA SENSIBILIDADE SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 1. Tátil • Algodão seco, gaze ou pincel 15 Gabi Helena T69 • Avalia-se um feixe de fibras superficiais • Pedir para o paciente fechar os olhos e encostar o objeto em algum membro do paciente e perguntar para o paciente se ele está sentindo e onde. Sempre comparar com o lado homólogo • Importante não fazer estímulo nenhum e questionar o paciente se ele está sentindo, para ver se ele não está chutando • Avaliação muito importante e trás muitas informações para o avaliador • Obrigatório fazer esse exame em pacientes diabéticos, para avaliar lesão de órgão alvo. O diabético pode lesar neurônios periféricos e vascularização (macro ou microvascuçar). O comprometimento misto de perfusão e sensibilidade, pode resultar em pé diabético o Característico de pacientes que acham que estão bem, mas sempre apresentam glicemia alta – apresentam perda de sensibilidade e não percebem as coisas que estão o machucando o Conforme a doença progride, ela se espalha, subindo para perna, coxa... podendo levar a amputação de vários membros • Polineuropatia alcoólica, hanseníase (lesão hipercrômica de pele com perda de sensibilidade), etc 2. Térmica • Tubo com água quente • O livro fala para ter 2 tubos de ensaio com água quente e água fria e intercalar os 2 tubos, conforme questiona o paciente sobre o que ele está sentindo • Por não muito prático ter 2 tubos de ensaio no consultório, muitas vezes, é realizado com objetos, por exemplo, madeira e metal, combinando que o metal é frio e madeira quente 3. Dolorosa • Alfinete, agulha de costura (romba) ou caneta • Não deve machucar o paciente em hipótese alguma. Tomar cuidado para não encostar no paciente e causar confusão de estímulos • Importante enganar o paciente, não realizando estímulo e perguntando qual a localização SENSIBILIDADE PROFUNDA • Realizada após os testes de sensibilidade superficial 1. Sensação vibratória • Com diapasão nas eminências ósseas • Faz o diapasão vibrar, encosta no paciente e pede para ele localizar o estímulo (direita, esquerda, qual membro...). Para isso é importante também não encostar no paciente para não estimular a sensação tátil 2. Propriocepção ou sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, coordenação e marcha) • Mesmo de olhos fechados, há noção de proporção e posição dos membros 16 Gabi Helena T69 • Pedir para o paciente fechar os olhos e o examinador realiza flexão e extensão repetidas vezes, até parar em uma determinada posição e perguntar ao paciente como o membro se encontra 3. Sensibilidade pressórica • Movimento de pinça com o dedo, pressionando uma estrutura ósseo-articular tendinosa muscular ou por digito-pressão. Quanto menos tocar no paciente melhor para não confundir com o estímulo tátil 4. Dor profunda • Só deve ser realizada em pacientes em coma • Compressão do externo com a parte óssea da mão com o punho fechado ou torção do mamilo 5. Estereognosia • Mesmo de olhos fechados uma pessoa normal consegue dizer o que é o objeto • Através do tato, com os olhos fechados ele reconhece o objeto desde que conhecido – caneta, chave, copos... LOCALIZAÇÃO DA LESÃO E SEU DERMÁTOMO CORRESPONDENTE • Mamilo: altura do T4 • Apêndice xifoide: T7 • Cicatriz umbilical: T10 • Região púbica: T12 NOMENCLATURA QUANTO À SENSIBILIDADE • Alodínia: sensação de dor ao receber um estímulo que normalmente não provoca dor • Analgesia: ausência de sensibilidade à dor • Anestesia: ausência de todas as sensibilidades superficiais • Hipoestesia: diminuição de um tipo de sensibilidade superficial (hipoestesia dolorosa, hipoestesia tátil, etc.) • Parestesias: sensações anormais espontâneas referidas pelo paciente (formigamento, dormência, comichão, agulhadas, ardência, prurido, sensação de frio) • Disestesias: sensações anômalas e desconfortáveis a estímulos não-dolorosos (por exemplo, um estímulo tátil provoca uma sensação de queimação) • Hiperpatia: é um tipo de dor espontânea que sofre exacerbações insuportáveis pela estimulação não-dolorosa (estimulação tátil, pelo frio, pela mobilização de um segmento corpóreo, por estímulos sensoriais como ruídos desagradáveis ou flash de luz, emoções). Esse tipo de manifestação costuma ser visto em síndrome talâmica • Astereognosia: incapacidade de identificar objetos pela palpação. A estereognosia é a capacidade que o indivíduo apresenta de reconhecer pela palpação, estando com os olhos fechados. 17 Gabi Helena T69 EXAME DOS REFLEXOS REFLEXOS SUPERFICIAIS São os reflexos primitivos, mais iniciais na escala embriológica. Até mesmo pacientes comatosos são capazes de realiza-los 1. Reflexo cutâneo-plantar • Realizado na planta do pé, com a ponta de um objeto, de baixo para cima da face lateral para medial, sem tocar nos dedos. Isso deve ser realizado de forma rápida e levemente dolorosa • Flexão do hálux: normal • Extensão do Hálux: acompanhado de abertura dos dedos e até um pouco de flexão da coxa. Reflexo alterado → sinal de babinski o Sinal de Babinski: lesão do trato corticospinal ou normal até 1 ano de idade (!) Exceção: até 1ano de idade o sistema nervoso não está completamente desenvolvido, sendo normal apresentar a extensão do hálux 2. Reflexos cutâneo-abdominais: • Superior, médio, inferior • No tronco do paciente, com a ponta do objeto, realiza-se um movimento tátil (não doloroso) do sentido lateral para o medial, mas sem ultrapassar a linha mediana. Também deve ser realizado rapidamente • Movimentação da cicatriz umbilical: normal • Sem movimentos: síndrome piramidal – lesão do neurônio motor superior 3. Reflexo Cremastérico • Com o estímulo da face medial da coxa, observa-se a movimentação do testículo do mesmo lado 18 Gabi Helena T69 • A não movimentação do testículo indica lesão do neurônio motor superior • Comum na pediatria 4. Reflexo de Hoffmann • Compressão dolorosa do leito ungueal do paciente. Observa-se • Retirada do membro/puxar o braço: normal • Abertura e extensão dos dedos: lesão piramidal → reflexo positivo 5. Reflexos Sucedanos de Babinski a) Reflexo de Oppenheim o Compressão brusca e firme da face anterior da tíbia, de cima para baixo, partindo de perto do joelho até chegar perto do tornozelo o Extensão do hálux: lesão piramidal b) Reflexo de Gordon o Compressão dolorosa da musculatura da panturrilha, o paciente também apresenta a mesma coisa do sinal de Babinski c) Reflexo de Chaddock 19 Gabi Helena T69 o Realizar na face lateral do membro do paciente, o estímulo da espátula do calcâneo para frente, fazendo com que haja extensão do hálux em casos de lesão piramidal *Não é necessário fazer todos eles. Caso o Babinski seja claro, não há necessidade, mas caso haja dúvida, é interessante realizar os outros exames REFLEXOS PROFUNDOS/TENDINOSOS/MUSCULARES Utiliza-se o martelo - com o peso do próprio martelo - sem aplicar força extra para estimular o arco reflexo. Para isso é necessário desmunhecar o punho. Qualquer tensão neuromuscular pode ser estimulada • O que orienta o examinador é a história clínica e o exame de motricidade• Os reflexos devem sempre ser comparados com o lado oposto, pois é ele o padrão de comparação • Nunca se inicia o exame pelos reflexos Mais Comuns: 1. Reflexo Aquiliano – nervo tibial – L5 a S2 Forma B é mais fácil de avaliar 2. Reflexo Patelar – nervo femoral – L2 a L4 3. Reflexo dos Adutores da Coxa – nervo obturador – L2 a L4 4. Reflexo dos Flexores dos Dedos – nervos mediano e ulnar – C8 a T1 20 Gabi Helena T69 5. Reflexo Estilorradial – nervo radial – C5 a C6 6. Reflexo Bicipital – nervo musculocutâneo – C5 a C6 Movimentação discreta no membro superior. O martelo é batido sobre o dedo do avaliador 7. Reflexo Tricipital – nervo radial – C7 a C8 Da o “choquinho” para avaliar o reflexo e movimentação do membro 21 Gabi Helena T69 Graduação dos Reflexos EXAME DA COORDENAÇÃO E EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO ESTÁTICO • Parado, com os pés juntos e paralelos (Romberg) • Leves empurrões, braços esticados • Fechamento dos olhos • Positivo: denomina-se sinal de Romberg. O paciente irá pender para um dos lados (lesão vestibular cai para o lado lesado, lesão cerebelar cai para qualquer lado) • Negativo: não pende para nenhum lado DINÂMICO • Marcha com olhos abertos e fechados. Deve ser uma marcha linear Vivo +++ 22 Gabi Helena T69 • Caminhar encostando o hálux no calcanhar a cada passo o O primeiro reflexo do paciente tem alteração do equilíbrio é levantar os braços Marchas Patológicas • Marcha em bloco: Parkinson o Bradicinesia o Hesitação ao inciar a caminhada, os passos são rápidos, curtos e os pés arrastam no chão. “Robotizada”, com o tórax e a cabeça inclinados para frente. Ocorrem paradas súbitas sem motivo aparente, fenômeno conhecido como “freezing” o Ex: Parkinson, outras demências em estágio avançado Fáscies de máscara/múmia, discreta flexão da cabeça e tronco para frente, tremor das mãos e flexão dos joelhos • Marcha ebriosa: ataxia cerebelar o Oscilante, instável e de base larga o Dificuldade exagerada ao fazer curvas o Ex: doenças do cerebelo ou dos tratos associados • Marcha talonante: ataxia sensitiva o Durante a marcha, a pessoa mantém o olhar fixo no chão, levanta abruptamente os membros inferiores do mesmo e, ao serem recolocados, os calcanhares tocam o solo pesadamente o Ex: lesão do cordão posterior da medula, com perda da sensibilidade proprioceptiva • Marcha “em estrela”: ataxia vestibular o O paciente apresenta lateropulsão quando anda. Quando tenta se manter andando em linha reta, é como se fosse empurrado para o lado. Se fechar os olhos e for solicitado que caminhe ndo e vindo de costas, desenhará uma estrela no chão o Ex: labirintopatias • Marcha a pequenos passos: ataxia frontal • Marcha escarvante: o Déficit de flexão dorsal do pé o Ex: lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz de L5 • Marcha ceifante: síndrome piramidal o Um braço flexionado em 90º imóvel e próximo ao corpo. A perna do mesmo lado fica espástica com flexão plantar e o joelho não se move o Ex: doenças do trato corticospinal e AVC Síndrome Parksoniana • Epidemiologia: 23 Gabi Helena T69 o Idade média de início: 55 anos o 1% da população com mais de 60 anos apresenta a doença o Homens são mais afetados que mulheres (3:2) o Pacientes sem tratamento morrem em 8 a 10 anos, tendo a sua expectativa de vida aumentada em 15 anos após o diagnóstico quando tratados • Sinais e sintomas precoces: o O tremor de repouso, característico da DP (4-5 ciclos/segundo), ocorre em 70% dos pacientes o Sensações vagas e inespecíficas de fraqueza, amortecimento ou dor o Fadiga é uma queixa comum, associada muitas vezes a depressão o Perda inexplicável de peso oide ser proeminente o O paciente pisca menos (5-10 piscamentos/min | normal: 20 pisc/min) o Aumento da fenda palpebral • Outros sinais e sintomas: o A marcha é lenta e se processa através de pequenos passos (petit pas) o A marcha se acelera e só um obstáculo é capaz de interrompê-la (festinação) o A mímica facial é pobre (fáscies marmórea) o A fala é monótona e sem modulação (fala monocórdica) o No fim de uma frase o paciente pode repetir palavras ou sílabas (palilalia) o O talhe da escrita se torna pequeno (micrografia) o O paciente quando dirige os olhos para um determinado lado não acompanha com a cabeça o movimento (dissenergia oculocefálica) COORDENAÇÃO ATAXIAS Falha da coordenação muscular que se traduz na irregularidade ou incapacidade de realização correta e síncrona de um movimento • Ataxias Cerebelares o Sensitiva ▪ Central ▪ Periférica o Frontal o Vestibular ▪ Central ▪ Periférica • Ataxias Não Cerebelares • Manobras o Prova índex-nariz o Prova índex-índex o Prova calcanhar-joelho o Diadococinesia ▪ Capacidade de realizar movimentos alternados - Eudiadococinesia = normal ▪ Disdiadococinesia = alterado 24 Gabi Helena T69 ▪ Adiadococinesia = inexistente • Diagnóstico diferencial das ataxias: EXAME DOS PARES CRANIANOS 25 Gabi Helena T69 Nervo I: Olfatório • Pode haver desde uma lesão na mucosa (edemaciada/resfriado), no trajeto do nervo e até mesmo lesão dentro do crânio o Traumas psicológicos podem também gerar anosmia. • Olfação – lesão: desde a mucosa nasal até a região intracraniana o Hiposmia/anosmia e cacosmia (percepção permanente de odores desagradáveis) o Anosmia: rinites, resfriados, traumas, tumores • Par craniano com apenas fibras sensitivas • Para testar: pedir para o paciente fechar os olhos e tampar uma narina para testar a outra e levar para o paciente cheirar coisas conhecidas (ex: café e álcool) e perguntar o cheiro que ele está sentindo • Covid-19 o Sintomas principais: febre, tosse seca e dispnéia ▪ Ageusia (não sentir o gosto), hisposmia e anosmia o Fatores predisponentes e agravantes: HAS, DM e obesidade o Internação hospitalar: 5% UTI • Gripe o Vírus influenza o RNA o Mutação genética – subtipo o Mutação antigênica parcial: antigenic drift – surtos anusias A e B o Mutação antigênica total: antigenic shift – hibridização de seres humanos e animais (suíno e bovino) pandemias o Transmissão: contato manual direto, nasofaringe posterior onde há replicação viral e partículas aerossolizadas o Incubação: 1 a 4 dias – febre elevada de início súbito, tosse seca, calafrios, mal-estar, mialgia, obstrução nasal, cefaléia, coriza e odinofagia o Duração de 3 a 4 dias: tosse seca e graqueza em até 2 semanas. Pode haver hiperemia leve da faringe e conjuntivas o Idosos e crianças: complicação – pneumonia • Resfriado comum o Agentes: rhinovirus, coromavírus e vírus sincicial respitatório. Outros: echovírus, coxsakievírus, adenovírus, influenza tipo C e parainfluenza. o Prevalência sazonal o Transmissão semelhante à da gripe o Incubação: 1 a 3 dias, congestão e obstrução nasal (2º e 3º dias), odinofagia (1º dia), coriza aquosa, cefaléia, espirros e rouquidão e mal- estar geral o Duração: 3 a 7 dias Nervo II: Óptico • Acuidade visual • Campo visual • Fundo de olho 26 Gabi Helena T69 • Testamos ele com: reflexos fotomotor, consensual (o II par leva a informação e o III par traz a informação), acuidade visual (tabela de snellen), campimetria, fundo de olho (porque na papila há a emergência do nervo óptico) o Papiledema (bordas borradas): indica edema de papila – presente em hipertensão intracraniana Nervo III: Oculomotor • Responsável por trazer a resposta dos reflexos fotomotor e consensual • Movimentação intrínseca ocular: contração da pupila • Inerva o músculo elevador da pálpebra superior • Movimentação extrínseca ocular: inerva os músculos reto medial, reto superior, reto inferior, oblíquo inferior Lesão: • Estrabismo divergente – o antagonista dele que inerva o reto lateral (6º par), então no caso da lesão o reto lateral ganha do retomedial • Elevação e abaixamento oculares impossibilitados: reto inferior e superior • Ptose palpebral: lesão do parassimpático ou simpático (inerva o músculo de Müller) o Síndrome de Claude Bernard-Horner: lesão do simpático ▪ Sintomas: ptose, enoftalmia, anidrose (incapacidade de suar do lado da face acometida) e miose ▪ Atua como diagnóstico diferencial ▪ É consequente à interrupção do nervo oculossimpático entre sua origem no hipotálamo e o olho • Lesão central: lesão pineal, sífilis, esclerose múltipla, AVC, tumor de ponte • Lesão pré-ganglionar: tumor de pancost, tuberculose, dissecção da aorta ou da carótida e linfadenopatia • Lesão pós-ganglionar: trauma, aterosclerose, herpes zoster e sinusite • Midríase fixa (anisocoria) *Lesão do VI par: estrabismo convergente Nervo IV: Troclear • Inerva o oblíquo superior: sua lesão incapacita o paciente de olhar para baixo e para a ponta do nariz → incapaz de descer escada Nervo V: Trigêmio • Ramos sensitivos e motores • Raiz motora: mandíbula o Lesão: queda da mandíbula para o lado lesado o Teste: colocar a mão sobre os músculos inervados e analisar se há resposta • Raiz sensitiva: sensibilidade tátil da face, olhos, língua (dolorosa termoálgica e tato), orofaringe 27 Gabi Helena T69 o Teste: pedir para o paciente fechar os olhos, tocar, colocar objetos de temperaturas diferentes e fazer pressão o Reflexo de piscar ao encostar um algodão no canto da córnea → usado no protocolo de morte encefálica o Não é responsável pela sensibilidade gustativa da língua! Nervo VI: Abducente • Inerva o reto lateral • Teste: movimentação ocular extrínseca. Dedo a 30 cm do paciente – fazer movimentos para ele acompanhar com os olhos, sem mexer a cabeça Nervo VII: Facial • Importante para diferenciar a paralisia central da periférica • Motricidade da face • Responsável por fechar os olhos • Sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua → nervo intermédio • Inervação parassimpática das glândulas lacrimais, salivares e submandibulares → nervo intermédio o Paralisia: epifa (lacrimejamento constante) • Relembrar paralisias central x periférica! Nervo VIII: Vestibulococlear • Equilíbrio e audição • Parte coclear: verifica-se a percepção do som: o É testada com cochichos, barulhos, OTOSCOPIA, Rinne (avalia surdez de condução) e Weber (avalia surdez de percepção) • Parte vestibular: verifica-se equilíbrio: o É testada com marcha, prova de Romberg, pesquisa de nistagmo (láterolateral/horizontal – não esquecer de se distanciar do paciente e realizar a prova em velocidade baixa; ao parar, observar se a movimentação ocular continua. Se o acometimento for cerebelar o nistagmo é vertical/cerebelar) o Lesão vestibular: apresenta náusea, vômito, nistagmo, Romberg +, marcha em estrela, tendência de cair para o lado lesado Nervos IX e X: Glossofaríngeo e Vago • O glossofaríngeo (IX) é testado junto com o vago (X), uma vez que não é possível saber se o vago influencia ou não no reflexo palatino e reflexo faríngeo • Perda da gustação do 1/3 posterior da língua • Reflexo palatino: sinal da cortina o Desvio da úvula para o lado não lesado e uma queda do palato para o lado lesado 28 Gabi Helena T69 • Reflexo faríngeo: nauseoso/deglutição o Afonia/disfonia – mais a favor de lesão do vago que do glossofaríngeo • Para avaliação do IX e X pares cranianos deve-se observar: a voz do paciente (existe rouquidão e qualidade anasalada), a capacidade de deglutir (se existe alguma dificuldade de deglutição), os movimentos do palato mole e da faringe quando o paciente diz “aaah” (normalmente ocorre a elevação do palato de forma simétrica, a úvula permanece na linha mediana – no caso de lesão, sinal da cortina) e a presença do reflexo do vômito (reflexo do engasgo ou do vômito quando se estimula a parte posterior da faringe • Nervo vago: também apresenta disartria, disfonia e disfagia alta • O glossofaríngeo responsável por deglutição – elevação – NÃO ESQUECER A LANTERNA E A ESPÁTULA PARA AVALIAR A BOCA! (!) IMPORTANTE: pesquisar em AVC – alimenta os pacientes e eles engasgam, aspiram. Engasgam mais com líquidos Nervo XI: Acessório • Inerva o esternocleidomastóideo e o trapézio • Teste: elevação dos ombros do paciente e virar a cabeça para o lado oposto • Teste trapézio: o Elevação dos ombros o Colocar resistência das mãos do examinador e verificar se o paciente consegue vencer essa resistência o Impossibilidade de realizar o movimento: lesão muscular ou no nervo • Teste esternocleidomastoideo: o Capacidade de lateralizar a cabeça para ambos os lados o Colocar resistência da mão do examinador ao movimento e verificar se o paciente consegue vencer essa resistência. o Impossibilidade de realizar o movimento: lesão muscular ou no nervo o O lado oposto que contrai!!! Nervo XII: Hipoglosso • Músculos da língua • Dentro da boca: língua desvia para o lado são • Fora da boca: língua desvia para o lado comprometido • Lesão crônica: atrofia no lado comprometido, podendo haver fasciculações PROVAS PROPEDÊUTICAS PARA INVESTGAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA A ausência dos reflexos no tronco encefálico é fundamentada no diagnóstico de morte encefálica: 29 Gabi Helena T69 • Avaliação de pupilas (II e III pares): pesquisa do reflexo fotomotor – avaliação das pupilas. Em morte encefálica estará ausente • Reflexo corneano (V par): algodão na córnea - resposta normal é caracterizada por uma contração palpebral • Reflexo nauseoso (XI e X pares): espátula é utilizada para estimular orofaringe • Reflexo da tosse (X par): introduz-se um cateter na traqueia para estimular a carina • Reflexo dos olhos de boneca (III par): à movimentação passiva da cabeça no plano horizontal o normal é haver movimentação ocular. Em morte encefálica: pupilas fixas • Prova calórica (VIII par): injeta-se líquido gelado no ouvido = o normal seria observar nistagmos. Se, com tudo isso, não ter obtido resultados, pode-se fazer o teste da apneia • Teste de apneia: só deve ser realizado após todos os outros reflexos estarem compatíveis com o diagnóstico de morte encefálica • Passa algumas horas um médico diferente faz esses mesmos testes para confirmar a morte encefálica SINAIS, MANOBRAS E TERMINOLOGIAS PROPEDÊUTICAS • Sinal do Guaxinim • Sinal de Battle • Escala de Glasgow • Decorticação / Descerebração • Manobra de Mingazzini • Manobra de Barré • Sinal do canivete • Sinal da roda denteada • Reflexo Cutâneo- plantar • Sinal de Babinski • Reflexo cutâneo abdominal • Reflexo Cremastérico • Reflexo de Hoffmann • Reflexo de Oppenheim • Reflexo de Gordon • Reflexo de Chaddock • Esterognosia • Sinal de Romberg • Bradicinesia • Ataxia • Diadococinesia • Sinal de Brudzinski • Sinal de Kernig • Sinal de Lasègue
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