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Pediatria: Direitos, Desenvolvimento e Hospital Amigo da Criança

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Gabi Helena T69 
 
 
 
 
 
 
Pediatria 
Módulo I 
 
 
 
 
 Gabi Helena T69 
 
Sumário 
Declaração dos Direitos da Criança ........................................................................................ 1 
Estatuto da Criança e do Adolescente .................................................................................... 3 
Livro I: parte Geral ................................................................................................................... 3 
Livro II: Parte especial ............................................................................................................. 4 
Principais diferenças entre ECA e Código de Menores .................................................... 5 
Hospital Amigo da Criança e Banco de Leite Humano ......................................................... 6 
Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno ........................................................ 6 
Para se tornar Amigo da Criança, o hospital deverá ainda: ............................................ 6 
Placar dos Hospitais Amigos da Criança ............................................................................. 7 
Alojamento conjunto .............................................................................................................. 7 
Constituição 1988 .................................................................................................................... 7 
Estatuto 1990 ............................................................................................................................ 8 
hospital amigo da criança em 1994 ..................................................................................... 8 
BANCO DE LEITE HUMANO ..................................................................................................... 8 
direitos trabalhistas .................................................................................................................. 9 
Pediatria e Puericultura ............................................................................................................ 12 
Origem da Pediatria no Mundo .......................................................................................... 12 
Puericultura ............................................................................................................................ 12 
A consulta pediátrica ........................................................................................................... 12 
Crescimento e Desenvolvimento ............................................................................................ 14 
Conceito................................................................................................................................. 14 
Fatores que interferem no crescimento ............................................................................. 14 
Tipos de Crescimento ........................................................................................................... 16 
Fases do Crescimento .......................................................................................................... 16 
Crescimento em Pediatria ....................................................................................................... 18 
Avaliação do Estado Nutricional ........................................................................................ 18 
 
 Gabi Helena T69 
Peso ......................................................................................................................................... 18 
Estatura ................................................................................................................................... 19 
Perímetros ............................................................................................................................... 20 
Curvas de crescimento ........................................................................................................ 20 
Avaliação do grau de maturação sexual ......................................................................... 21 
Desenvolvimento Neuropsicomotor ....................................................................................... 23 
Avaliação do Desenvolvimento.......................................................................................... 23 
o desenvolvimento neuropsicomotor ao longo dos meses ............................................ 24 
Marcos do desenvolvimento ............................................................................................... 26 
Síndrome de Down.................................................................................................................... 27 
Medicamentos que não devem ser utilizados .................................................................. 28 
desenvolvimento ................................................................................................................... 29 
características ....................................................................................................................... 29 
diagnóstico pré-natal ........................................................................................................... 30 
questões éticas ...................................................................................................................... 31 
cuidados com a saúde ........................................................................................................ 31 
Transtorno do Espectro Autista (TEA) ...................................................................................... 33 
Distúrbios do Espectro Autístico ........................................................................................... 33 
prevalência ............................................................................................................................ 33 
manifestações ....................................................................................................................... 34 
Informações gerais ................................................................................................................ 35 
Tratamento medicamentoso ............................................................................................... 36 
Período Neonatal ...................................................................................................................... 37 
principais mudanças ao nascimento ................................................................................. 37 
classificação do recém-nascido......................................................................................... 38 
alojamento conjunto ............................................................................................................ 39 
ambulatório: primeira consulta após a alta ...................................................................... 40 
Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) ..................................................................... 41 
fatores de risco ...................................................................................................................... 41 
 
 Gabi Helena T69 
fatores de proteção ............................................................................................................. 42 
Testes de Triagem Neonatal .................................................................................................... 44 
teste do olhinho ..................................................................................................................... 44 
teste da orelhinha ................................................................................................................. 44 
teste do coraçãozinho ......................................................................................................... 45 
teste da linguinha ..................................................................................................................45 
teste do pezinho .................................................................................................................... 46 
Rotas de Mielinização .............................................................................................................. 48 
O Cérebro e o Comportamento Reflexo ........................................................................... 48 
Principais Partes do Encéfalo ............................................................................................... 48 
rotas de mielinização ............................................................................................................ 49 
Reflexos Neurológicos do Recém-Nascido........................................................................... 50 
comportamentos reflexos .................................................................................................... 50 
Choro .......................................................................................................................................... 51 
tipos de choro ........................................................................................................................ 51 
causas de choro no lactente .............................................................................................. 52 
o choro ao longo do tempo ................................................................................................ 52 
tratamento ............................................................................................................................. 53 
Aleitamento Materno ............................................................................................................... 54 
Definições ............................................................................................................................... 54 
Duração ideal da Amamentação ..................................................................................... 54 
Vantagens da Amamentação ........................................................................................... 55 
Anatomia da Mama ............................................................................................................. 56 
Fisiologia da Lactação ......................................................................................................... 56 
Composição do Leite Materno ........................................................................................... 57 
Variações normais do leite .................................................................................................. 58 
Técnica de Amamentação ................................................................................................. 59 
Início da Amamentação...................................................................................................... 60 
Frequência das Mamadas ................................................................................................... 60 
 
 Gabi Helena T69 
Uso de Mamadeira ............................................................................................................... 60 
Uso de Chupeta .................................................................................................................... 60 
Alimentação da Nutriz .......................................................................................................... 61 
Importância da Família e Comunidade na Amamentação .......................................... 61 
Desmame ............................................................................................................................... 61 
Papel do Médico no Aleitamento Materno ...................................................................... 61 
Aleitamento Marterno II: Doenças Maternas ........................................................................ 63 
Doenças Bacterianas: Tuberculose .................................................................................... 63 
Doenças Virais ....................................................................................................................... 63 
Tipos de Mamilos ................................................................................................................... 64 
Candidíase ............................................................................................................................. 64 
Ingurgitamento Mamário ..................................................................................................... 65 
Mastite .................................................................................................................................... 65 
Aleitamento Materno em Situações Especiais .................................................................. 66 
Aleitamento Materno de Prematuros ................................................................................. 66 
Amamentação e Medicação Materna ............................................................................ 67 
Classificação dos fármacos para uso durante a amamentação ................................. 67 
Uso de Drogas na amamentação ...................................................................................... 67 
Contra-indicações absolutas ao Aleitamento materno .................................................. 67 
 
 
1 
 Gabi Helena T69 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA 
CRIANÇA 
11/02/2020 
• Aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 
20/11/1959 
o É necessário respeito 
o Contra a exploração de crianças → trabalho infantil 
• Composta por 10 princípios 
PRINCÍPIO 1º 
• A criança gozará os direitos declarados nesta Declaração 
• Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras 
destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de cor, raça, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou 
social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua 
família 
PRINCÍPIO 2º 
• A criança gozará de proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas 
oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia 
PRINCÍPIO 3º 
• Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma 
nacionalidade 
• Se não há registro, a criança “não existe” 
PRINCÍPIO 4º 
• A criança gozará os benefícios da providência social 
• Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à 
mãe, serão proporcionados cuidados e proteções especiais, inclusive 
adequados cuidados pré e pós-natais 
• A criança terá direito a alimentação, habitação, recreação e assistência 
médicas adequadas 
• Exemplo: infecção urinária em mulheres grávidas levem à um trabalho de 
parto prematuro → é necessário cuidar da mãe para que seja uma criança 
saudável 
 
 
2 
 Gabi Helena T69 
PRINCÍPIO 5º 
• À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o 
tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição 
peculiar 
PRINCÍPIO 6º 
• Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a 
criança precisa de amor e compreensão 
• Criar-se-à, sempre, que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos 
pais, e em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e 
material; salvo circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não será 
apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação 
de propiciar 
PRINCÍPIO 7º 
• A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória 
pelo menos no grau primário, ser-lhe-à propiciada uma educação capaz de 
promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais 
oportunidades, e seu senso de responsabilidade moral e social, e tomar-se um 
membro útil da sociedade 
• Osmelhores interesses da criança serão a diretriz de nortear os responsáveis 
pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro 
lugar, aos pais 
• A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os 
propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas 
empenharão em promover gozo desse direito 
PRINCÍPIO 8º 
• A criança figurará, em quaisquer circunstancias, entre os primeiros a receber 
proteção e socorro 
PRINCÍPIO 9º 
• A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade 
e exploração não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma 
• Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima 
conveniente; de nenhuma forma será levada ou permitido qualquer emprego 
que interfira na sua saúde ou a educação ou que interfira em seu 
desenvolvimento físico, mental ou moral 
PRINCÍPIO 10º 
• A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação 
racial, religiosa ou d qualquer outra natureza 
• Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os 
povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu 
esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes 
3 
 Gabi Helena T69 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE 
11/02/2020 
• Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (subst. Código de Menores) 
• O ECA é composto por 267 artigos que garantem os direitos e deveres de 
cidadania a crianças e adolescentes, determinando à família, à sociedade, à 
comunidade e ao Estado a co-responsabilidade pela sua proteção 
• O ECA prevê a criação de uma rede d atendimento, caracterizada por ações 
integradas e da qual fazem parte: organizações governamentais e não-
governamentais, movimentos sociais, comunidades locais, grupos religiosos, 
entidades nacionais e internacionais, categorias de trabalhadores e própria 
população 
• Para garantir a criação dessa rede, o Estado estipula a implantação, em cada 
município, de órgãos que tenham a responsabilidade de assegurar o 
cumprimento das políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente: 
Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, os Conselhos 
Tutelares e as Delegacias Especializadas 
LIVRO I: PARTE GERAL 
TÍTULO I: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
• Considera-se criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade (excepcionalmente pode ser 
aplicado este Estatuto às pessoas entre 18 e 21 anos de idade) 
• É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder 
Público assegurar ,com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária. 
TÍTULO II: DIREITOS FUNDAMENTAIS 
1. Direito à vida e à saúde 
• Assegura à gestante o atendimento pré e perinatal pelo SUS 
• Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante e a nutriz que 
dele necessitem 
• Vacinação para todas as crianças 
• Obriga hospitais particulares e públicos a manter alojamento conjunto 
• Assegura à criança e ao adolescente portador de deficiência em atendimento 
especializado 
• Acompanhante em tempo integral em casos de internação 
• Comunicação ao Conselho Tutelar na suspeita de maus tratos 
2. Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 
4 
 Gabi Helena T69 
3. Direito à convivência familiar e comunitária (família natural e substituta, guarda, 
tutela e adoção) 
4. Direito à educação, á cultura, ao esporte e ao lazer 
• Ensino fundamental e médio obrigatório e gratuito 
• Creche e pré-escolas às crianças de zero a seis anos 
• Ensino noturno regular ao adolescente trabalhador 
5. Direito à profissionalização e à proteção no trabalho 
• É proibido qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo como aprendiz (a 
partir de 14 anos), sendo então assegurada bolsa de aprendizagem 
• Ao adolescente aprendiz maior de 14 anos, são assegurados direitos 
trabalhistas e previdenciários 
• Ao adolescente empregado, aprendiz, é vedado trabalho: 
o Noturno (entre as 22h de um dia e 5h do dia seguinte) 
o Perigoso, insalubre ou penoso 
o Realizado em locais ou horários que não permitam ir à escola 
TÍTULO III: DA PREVENÇÃO 
• Regula a diversões e espetáculos públicos apropriados às faixas etárias 
• Produtos e serviços proibidos à criança e ao adolescente (bebidas, drogas, 
munições, armas, fogos de artifício, revistas e publicações adultas, bilhetes 
lotéricos, hospedagem sem os pais) 
LIVRO II: PARTE ESPECIAL 
• Titulo I : Da política de atendimento 
• Título II : Das medidas de proteção 
• Titulo III : Da prática de ato infracional: 
o Crianças 
o Adolescentes 
• Título IV : Das medidas pertinentes aos pais ou responsáveis 
• Título V : Do Conselho Tutelar 
• Título VI : Do acesso à justiça 
• Título VII : Dos crimes e das infrações administrativas 
• Disposições finais e transitórias (artigos 245 a 267) 
TÍTULO III 
CRIANÇAS – MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
• Encaminhamento aos pais mediante termo de responsabilidade 
• Orientação e acompanhamento temporário 
• Frequência escolar obrigatória 
• Inclusão e, programas de auxílio 
• Tratamento médico/ psicológico/ psiquiátrico 
• Abrigo em entidade, colocação em família substituta 
ADOLESCENTE – MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
• Advertência 
5 
 Gabi Helena T69 
• Obrigação em reparar o sano 
• Prestar serviço à comunidade 
• Liberdade assistida 
• Regime de semi-liberdade 
• Internação em estabelecimento educacional 
MEDIDAS APLICÁVEIS AOS PAIS 
• Encaminhar a programa oficial de proteção à família e para tratamento de 
alcoolistas e toxicômanos 
• Tratamento psicológico/psiquiátrico 
• Obrigação de acompanhar a vida escolar da criança 
• Advertência 
• Perda da guarda e destituição da tutela 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ECA E CÓDIGO DE MENORES 
 
6 
 Gabi Helena T69 
HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA 
E BANCO DE LEITE HUMANO 
11/02/2020 
• A Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC - foi idealizada em 1990 pela 
OMS (Organização Mundial de Saúde) e pelo UNICEF para promover, proteger 
e apoiar o aleitamento materno 
• O objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que 
mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame 
precoce 
DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser 
rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço 
2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar esta norma 
3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da 
amamentação 
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto 
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se 
vierem a ser separadas de seus filhos 
6. Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite 
materno, a não ser que tenha indicação clínica 
7. Praticar o alojamento conjunto 
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas 
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde 
as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar 
PARA SE TORNAR AMIGO DA CRIANÇA, O HOSPITAL DEVERÁ AINDA: 
(Portaria nº 1.153 de 22 de maio de 2014) 
• Cumprir a Lei 11.265 de 03 de janeiro de 2006 e a Norma Brasileira de 
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças na Primeira Infância 
– NBCAL; 
• Garantir livre acesso à mãe e ao pai e permanência da mãe ou pai, junto ao 
recém-nascido, durante 24 horas, conforme Portaria nº 930 de 10 de maio de 
2012, devendo o hospital ter uma Política escrita, a respeito, que seja 
rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde; 
• Incluir no processo de avaliação da IHAC o critérioglobal – Cuidado Amigo da 
Mulher devendo o hospital ter uma Política escrita, a respeito, que seja 
rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde. 
7 
 Gabi Helena T69 
O CRITÉRIO GLOBAL CUIDADO AMIGO DA MULHER REQUER AS 
SEGUINTES PRÁTICAS: 
• Garantir às mulheres, um acompanhante de livre escolha para oferecer apoio 
físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se desejarem 
• Ofertar, às mulheres, líquidos e alimentos leves durante o trabalho de parto; 
• Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto, 
se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a não ser 
que existam restrições médicas e isso seja explicado a mulher, adaptando 
condições para tal; 
• Garantir às mulheres, ambiente tranquilo e acolhedor, com privacidade e 
iluminação suave; 
• Disponibilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor, tais como, 
banheira ou chuveiro, massageadores/massagens, bola de pilates (bola de 
trabalho de parto), compressas quentes e frias, técnicas que devem ser de 
conhecimento da parturiente, informações essas, orientadas à mulher durante 
o pré-natal. 
• Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, tais como rupturas 
de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos 
instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de 
complicações, e, que em caso de necessidade, isso seja explicado à mulher 
• Caso o hospital tenha em suas rotinas a presença de doula comunitária/ 
voluntária, autorizar a presença e permitir o apoio à mulher, de forma continua, 
se for a vontade dela 
PLACAR DOS HOSPITAIS AMIGOS DA CRIANÇA 
 
ALOJAMENTO CONJUNTO 
• 1982 - Portaria 18 do Inamps/Ministério da Saúde, que estabeleceu a 
obrigatoriedade do alojamento conjunto 
• 1986 - Portaria do Ministério da Educação - MEC,tornando obrigatório o 
alojamento conjunto nos hospitais universitários. 
• 1993 - Portaria GM/MS nº 1016, com a atualização das normas. 
CONSTITUIÇÃO 1988 
• Assegura licença-maternidade de 120 dias 
• Licença-paternidade de cinco dias 
• Proteção ao trabalho da mulher 
8 
 Gabi Helena T69 
• Direito às presidiárias de permanecer com os filhos durante o período de 
amamentação 
 
ESTATUTO 1990 
• Aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069) 
• Assegura à gestante, pelo Sistema Único de Saúde, o atendimento antes e 
após o parto 
• Trata da obrigatoriedade do alojamento conjunto 
HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA EM 1994 
• Portaria Nº1.113 Ministério da Saúde: assegura pagamento de 10% a mais sobre 
a assistência ao parto, aos Hospitais Amigo da Criança vinculados ao SUS 
• Portaria Nº 155, da Secretaria de Assistência à Saúde (MS) estabelece os 
critérios para o credenciamento dos Hospitais como Amigo da Criança. 
BANCO DE LEITE HUMANO 
• Centro especializado, responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento 
materno e execução das atividades de coleta, processamento, estocagem e 
controle de qualidade do leite ordenhado de doadoras para posterior 
fornecimento a RNs que não podem ser amamentados pelas suas próprias 
mães 
• Funcionamento é regulamentado por normas do Ministério da Saúde e no 
Estado de São Paulo pela Vigilância Sanitária 
QUANDO EXTRAIR O LEITE MATERNO 
• Situações em que o leite humano de banco de leite poderia ser considerado: 
o Retorno ao trabalho (fim da licença maternidade) 
o Impedimentos ao aleitamento materno 
o Recém-nascidos pré-termos ou internados em unidades de cuidados 
neonatais 
o Ajudar o bebê a pegar o peito, se a mama estiver demasiado cheia; 
o Se a mãe sente as mamas muito cheias e desconfortáveis; 
o Para aumentar a produção de leite da mãe. 
COMO RETIRAR O LEITE MATERNO 
• Coleta: o leite humano obtido por expressão manual é mais seguro, do ponto 
de vista da contaminação microbiológica, do que o coletado por bomba. 
• Lavar bem as mãos antes de manipular o leite 
• Faça uma suave massagem no peito, de forma circular, com a ponta dos 
dedos, para ajudar o leite a fluir 
• Extraia manualmente os primeiros jorros e descarte-os (este leite contém uma 
maior quantidade de bactérias) 
http://www.comdica.org.br/document/estatuto/estatu00.htm
9 
 Gabi Helena T69 
• Escolha do recipiente: ordenhe diretamente em um recipiente limpo ou estéril 
• Coloque o polegar na aréola acima do mamilo e o indicador, na aréola por 
baixo do mamilo, em oposição ao polegar. 
• Mantendo os dedos no mesmo lugar na pele, pressione o polegar e o indicador 
um pouco para dentro, contra as costelas 
• Mantendo esta suave pressão em direção às costelas, pressione a aréola atrás 
do mamilo, entre o polegar e o indicador, facilitando a saída do leite dos 
reservatórios até ao mamilo 
• Pressione e solte, pressione e solte. Isto não deve doer – se doer, a técnica está 
errada. Pode demorar 1 ou 2 minutos até o leite começar a sair 
COMO ESTOCAR O LEITE MATERNO – ARMAZENAMENTO 
• O LHO cru deve ser estocado em temperatura ambiente por período de tempo 
mínimo possível, somente durante a ordenha (max. 6h). 
• O LHO cru pode ser estocado em geladeira por um período máximo de 12-24 
horas, a uma temperatura de até 5°C. 
• O LHO cru pode ser estocado em congelador ou freezer por período máximo 
de 15 dias, a uma temperatura de -3°C ou inferior. O LH pasteurizado pode ser 
estocado sob congelamento a uma temperatura de -10°C ou inferior por 
período de 3-6 meses. 
• Uma vez descongelado, o LH deve ser consumido o mais rapidamente possível, 
não sendo permitido novo resfriamento ou congelamento do produto. 
• Use sempre o leite mais antigo (datar). 
COMO DESCONGELAR O LEITE 
• Descongele lentamente, deixando-o na geladeira; 
• Agite o recipiente com leite em água quente, mas não fervente (banho-
maria). 
• Não usar microondas; 
• Depois de descongelado use-o dentro de 24 horas; 
• Não volte a congelar o leite que já descongelou 
PASTEURIZAÇÃO 
• Principal processamento 
• Tratamento térmico conduzido a 62,5oC por 30min, que conserva a maioria das 
características nutricionais e cerca de 75% das propriedades imunológicas do 
leite humano cru, tendo ainda a vantagem de eliminar o risco de transmissão 
de agentes infecciosos. 
• Pequena redução nas concentrações de lipídios totais e das vitaminas 
termossensíveis (A, B1, B2, C e folato). 
DIREITOS TRABALHISTAS 
LEGISLAÇÃO 
10 
 Gabi Helena T69 
• A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) assegura o direito à creche para 
que a mulher possa amamentar seu filho, bem como o direito, durante a 
jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um, para 
amamentar a criança. 
 
LICENÇA MATERNIDADE 
• À empregada gestante é assegurada licença de 120 dias consecutivos, sem 
prejuízo do emprego e da remuneração, podendo ter início no primeiro dia do 
nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica 
o Constituição Federal – artigo 7º inciso XVIII 
Licença maternidade de 6 meses 
• Milhares de crianças e famílias já se beneficiam da conquista - originada de 
projeto da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a 
senadora Patrícia Saboya. 
• Os dois meses extras (além dos quatro constitucionais) são opcionais para as 
mulheres, e para as empresas, que podem solicitar o ressarcimento dos custos 
extras. 
• Os seis meses de licença valem para o funcionalismo federal e para as 
servidoras de estados e municípios, dependendo de decisão e cada Governo. 
• É mais saúde para as crianças e todos só têm a ganhar! 
DIREITO À ESTABILIDADE NO EMPREGO: 
• É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da mulher trabalhadora 
durante o período de gestação e lactação, desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses após o parto. 
o Ato das disposições constitucionais transitórias - artigo 10 – inciso II, letra 
b 
DIREITO À CRECHE 
• Todo estabelecimento que empregue mais de trinta mulheres com mais de 16 
anos deidade deverá ter local apropriado onde seja permitido às 
empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de 
amamentação. 
• Essa exigência poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, 
diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou 
privadas como SESI, SESC, LBA, ou de entidades sindicais. (Consolidação das 
Leis do Trabalho – artigo 389 – parágrafos 1º e 2º) 
PAUSAS PARA AMAMENTAR 
• Para amamentar o próprio filho, até que este complete seis meses de idade, a 
mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, 
de meia hora cada um. Quando exigir a saúde do filho, o período de seis 
meses poderá ser dilatado a critério da autoridade competente 
o Consolidação das Leis do Trabalho – artigo 396 – parágrafo único 
11 
 Gabi Helena T69 
LICENÇA MATERNIDADE E PATERNIDADE PARA PAIS ADOTIVOS 
• Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-
paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. 
• Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 
(um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença 
remunerada. 
• Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais 
de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) 
dias. 
• Dependendo da idade da criança adotada (lei 10.4021 de 15/04/2002): até 1 
ano, 120 d; 1 a 4 anos, 60 d; 4 a 8 anos, 30 dias. 
• Direito ao salário-maternidade 
 
 
 
12 
 Gabi Helena T69 
PEDIATRIA E PUERICULTURA 
18/02/2020 
ORIGEM DA PEDIATRIA NO MUNDO 
• Pediatria: aquele que cuida da criança 
• Especialidade médica dedicada à assistência preventiva e curativa da 
criança à adolescência 
• Final do século XIX – elevados índices de mortalidade infantil e ausência de 
profissionais especializados em cuidar de crianças 
• 1802, Paris – 1º hospital pediátrico: Hôpital des Enfants Malades 
• Dr Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo – pai da pediatria no Brasil 
• 1882, RJ – 1º curso/residência de pediatria 
• 1910, RJ – Sociedade Brasileira de Pediatria 
PUERICULTURA 
• Conceito de cultura na infância 
• Nem uma especialidade, nem uma área de atuação, mas a essência da 
atividade pediátrica 
• Essência da atividade pediátrica engloba todas as suas atitudes, ações... 
como pediatra 
o O tratamento de uma criança que está passando por uma idade que 
precisa se prevenir e ter cuidado, cuidar da alimentação, familiares 
preocupados.... 
• Ciência que reúne todas as noções (fisiologia, higiene, sociologia) suscetíveis 
de favorecer o desenvolvimento físico e psíquico das crianças desde o período 
da gestação até a puberdade 
AÇÕES BÁSICAS: 
• Incentivo ao aleitamento materno 
• Programa de imunização 
• Monitorização do crescimento e desenvolvimento 
• Orientação nutricional 
• Higiene pessoal, domiciliar e ambiental 
• Identificação de sinais de risco 
• Prevenção de acidentes 
• Assistência às doenças agudas 
• Prevenção e controle das doenças crônicas 
A CONSULTA PEDIÁTRICA 
• Queixa principal 
• Anamnese 
• ISDA 
• Antecedentes familiares 
13 
 Gabi Helena T69 
• Antecedentes pessoais 
o Gestação (pré-natal, doenças, medicações) 
o Nascimento (tipo de parto, motivo, Apgar, PN, C/E, PC) 
o Período neonatal (doenças, testes de triagem) 
o Patologias, Cirurgias, Internações 
o Alimentação (amamentação SM, desmame, introdução alimentar, 
recordatório) 
o Desenvolvimento (marcos e período de aquisição) 
o Vacinas (checar carteira vacinal, efeitos adversos) 
▪ É dever do médico e do enfermeiro, a família nem sempre sabe 
todas as vacinas que a criança precisa tomar 
o Condições socioeconômicas e culturais (formação familiar e 
relacionamentos, habitação, animais domésticos) 
▪ Bom saber se é risco para a criança (ex: familiar com tosse) 
o Hábitos (intestinais, urinários, sono, banho, higiene bucal) 
• Isso tudo pode ser feito de outra maneira como por meio de uma aula 
• Importante saber doenças recorrentes na família – risco maior de 
desenvolvimento de determinada doença 
EXAME FÍSICO 
• Medidas (Peso, PC, C/E, IMC, TAX, FC, FR, PA) 
• Geral (estado geral, coloração das mucosas, hidratação, cianose, icterícia, 
grau de atividade) 
• Cabeça/Pescoço (crânio, fontanelas, olhos, oroscopia, otoscopia, linfonodos) 
• Pulmonar 
• Cardiovascular 
• Abdominal 
• Extremidades 
• Genital/Perineal 
• Neurológico 
DIAGNÓSTICOS PEDIÁTRICOS 
• Alimentar 
• Vacinal 
• Evolução Pôndero-Estatural (EPE) 
• Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) 
• Nutricional 
• Pubertário 
• Ambiente físico e emocional 
PRESCRIÇÃO PEDIÁTRICA 
• Medicamentosa 
• Alimentar 
• Vacinal 
• Preventiva/ Orientações gerais 
CONSULTA DE SEGUIMENTO 
• 1ª consulta com os pais com 34 a 36 semanas de gestação para 
orientações 
 
14 
 Gabi Helena T69 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
18/02/2020 
CONCEITO 
• Crescimento é um processo de caráter concreto, que caracteriza-se pela 
incorporação constante, ao organismo, dos nutrientes recebidos. 
• Pode ser avaliado por medidas de tamanho: 
o Peso → indicador a curto prazo (se altera mais precocemente nas 
doenças); 
o Comprimento/estatura → indicador a longo prazo (se altera mais 
tardiamente nas doenças). 
• Embora o crescimento se prolongue por toda a vida, é na infância que se 
processam a formação dos órgãos e o aumento global do organismo 
• Crescimento: processo material, mensurável (quantitativo), que se pode 
avaliar pela variação das dimensões e do peso do corpo 
o Representa o desenvolvimento físico, expresso pelo aumento da massa 
corporal (hiperplasia e hipertrofia celular) 
• Desenvolvimento: refere-se à incorporação de funções progressivamente mais 
complexas; “maturação”; aquisição de novas habilidades; é qualitativo 
o Não tão facilmente medido 
FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO 
• Fatores intrínsecos: relacionados ao sistema neuroendócrino e à energia 
hereditária 
o Código genético → pais baixos – criança mais baixa 
• Fatores extrínsecos: dizem respeito ao ambiente e referem-se a aspectos como 
alimentação, condições socioeconômicas, estímulos, atividade física e 
interação mãe-filho 
INTRÍNSECOS 
HORMONAIS: 
• IGF-I (insulin like growth factor I): estimula expansão e hipertrofia celular 
• GH (hormônio de crescimento): produzido na hipófise, estimula a diferenciação 
celular 
• Hormônios tireoidianos (TSH, T3, T4): estimulam GH; síntese de IGF-I; efeito direto 
na placa de crescimento, estimulando a diferenciação terminal dos 
condrócitos e a atividade dos osteoclastos 
• Glicocorticóides: efeito agudo de estimular o crescimento, mas exposição 
crônica compromete o crescimento 
15 
 Gabi Helena T69 
• Esteróides sexuais (androgênios e estrogênios) apresentam receptores 
específicos na placa de crescimento, além de estimularem a síntese de GH. O 
fechamento das epífises de crescimento é um efeito direto dos estrogênios 
GENÉTICOS: 
• Há determinação genética 
• Hereditariedade é a “Linha Mestra” que conduz todo o processo, projetando o 
canal de crescimento da criança 
• Essa herança é poligênica 
• A carga genética de cada criança tem 2 aspectos importantes: 
o Histórico familiar (altura dos pais e avós); 
o Anomalias estruturais, numéricas ou mutações 
• Alvo genético: 10% dos filhos saudáveis de um casal podem apresentar uma 
altura adulta acima ou abaixo do alvo genético 
 
• 10% dos filhos saudáveis de um casal podem apresentar uma altura adulta 
acima ou abaixo do alvo genético 
EXTRÍNSECOS 
AMBIENTE 
• Interfere em todas as etapas, desde a vida pré–natal 
• Estímulos ambientais têm provável influência no hipotálamo e sistema límbico, 
alterando a fisiologia da secreção hormonal e a sensibilidade dos órgãos 
efetores 
• O ambiente familiar e a interação mãe-pai-filho 
• Doenças crônicas trazem um prejuízo enorme ao crescimento, já um estresse 
agudo, apesarde prejudicial, após a cura da doença a criança compensa o 
déficit transitório 
NUTRIÇÃO 
• A energia derivada das calorias da dieta 
• No 1º ano de vida, cerca de 40% da energia é direcionada para este processo, 
caindo para 20% ao final deste período. 
• Fontes importantes: 
o Proteínas (elemento fundamental) 
o Carboidratos (50% das calorias) 
o Gorduras (10-20% das calorias, vitaminas lipossolúveis) 
16 
 Gabi Helena T69 
o Minerais (Ca, P, Mg, K, Fe, I) 
• A privação ou o excesso de alimentos pode levar a dezenas de distúrbios, de 
maior ou menor gravidade 
ATIVIDADE FÍSICA 
• Atua beneficiando a velocidade, flexibilidade, equilíbrio, 
contração/relaxamento muscular e coordenação 
• Estimula qualidades psicossociais 
• Atividades que envolvem competição de alta performance são 
recomendadas a partir dos 14 anos de idade óssea, pelo risco de desordens 
osteoarticulares, comportamentais, hipertrofia cardíaca, crescimento desigual 
de membros 
TIPOS DE CRESCIMENTO 
 
• O crescimento somático não ocorre de forma homogênea ao longo do tempo 
o Fase de crescimento acelerado: da vida intra-uterina até os 2 anos; 
puberdade 
o Fase de crescimento regular: dos 2 anos até a puberdade 
• O crescimento neural tem maior velocidade no 1º ano de vida 
o Mielinização 
• O crescimento linfóide é pequeno no 1º ano, porém cresce rapidamente em 
seguida, involuindo após a puberdade 
FASES DO CRESCIMENTO 
PERÍODO INTRA-UTERINO 
• É o período de maior velocidade de crescimento, principalmente até a 12ª 
semana de gestação, quando os principais órgãos estão sendo formados 
• É quando os riscos externos de agressão (doenças maternas, agentes 
infecciosos, desnutrição materna, insuficiente irrigação placentária, tabagismo 
e uso de drogas) são maiores, mais graves 
• O pico de velocidade de ganho ponderal é atingido por volta de 30 a 32 
semanas de gestação, quando o feto pode ganhar até 1kg a cada 4 semanas 
17 
 Gabi Helena T69 
PERÍODO NEONATAL 
• Período de curta duração que vai dos 0 a 28 dias. 
• Característica marcante: perda de peso nos 1ºs dias de vida 
o Redução de fluidos e consequência do uso de tecido adiposo como 
fonte de energia 
o Essa perda pode chegar a 10% (RNT) e 15% (RNPT) - mais acentuada 
quanto menor o peso de nascimento e a idade gestacional 
o A recuperação ocorre por volta de 7-14 dias (RNT) e 10-21 dias (RNPT) 
• O crescimento nesse período é avaliado pelo ganho de peso, que deve ser em 
torno de 20 a 30 g/dia 
• Aumento do comprimento, que pode chegar a 3 cm 
• O perímetro cefálico também aumenta de 1 a 3 cm 
PERÍODO LACTENTE – PRIMEIRA INFÂNCIA 
• Período que vai dos 29 dias aos 2 anos exclusive 
• Acentuado crescimento global 
PERÍODO PRÉ-ESCOLAR – SEGUNDA INFÂNCIA 
• Período que vai dos 2 aos 7 anos exclusive. 
• Ocorre desaceleração do crescimento. 
• Redução dos coxins de gordura (dobrinhas) e da protuberância abdominal. 
PERÍODO ESCOLAR – TERCEIRA INFÂNCIA 
• Período que vai dos 7 aos 10 anos exclusive e termina no estirão da puberdade 
• Período de crescimento estável 
• O crescimento do sistema nervoso central está se completando e o tecido 
linfóide está no máximo de seu desenvolvimento, sendo comum a 
preocupação com gânglios linfáticos que se tornam muitas vezes evidentes 
PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA 
• Inicia na puberdade e vai até a parada do crescimento, quando começa a 
fase adulta. 
• Determina mudanças significativas no crescimento. 
• Fases: Inicial (10 a 13 anos), Média (14 a 16 anos) e Tardia (16 a 21 ano 
• São três períodos de crescimento com duração de 2 anos cada: 
• 1. Começa por volta dos 10 anos nas meninas e 12 nos meninos; crescimento 
estável quase como uma continuação do período escolar. 
• 2. Estirão da Puberdade: se inicia quando começa a maturação sexual. 
• 3. Período de desaceleração: que termina quando cessa o crescimento 
estatural 
 
18 
 Gabi Helena T69 
CRESCIMENTO EM PEDIATRIA 
18/02/2020 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
• São utilizados diferentes métodos = apenas um parâmetro não é suficiente. 
• Métodos objetivos: antropometria, determinação da composição corporal 
(bioimpedância), análise de parâmetros bioquímicos e avaliação do consumo 
alimentar. 
• Métodos subjetivos: exame clínico e avaliação global das condições da 
criança 
ANTROPOMETRIA 
• Medidas fundamentais: 
o Peso (indicador mais sensível e menos específico) 
o Estatura (indicador mais específico e menos sensível) 
• Medidas acessórias: 
o Comprimento superior do braço (CSB), da tíbia (CT) e do membro 
inferior a partir do joelho (CJ) 
o Perímetro cefálico (PC), perímetro torácico (PT) e perímetro abdominal 
(PA) 
o Pregas cutâneas (tricipital, subescapular, suprailíaca e abdominal) 
o Circunferências (braço e perna) 
PESO 
Lactente de 0-2 anos: 
• Balança pediátrica com graduação de 10g (até 16kg) 
• Despido (inclusive fralda) 
• Deitado ou sentado 
Crianças maiores de 2 anos e adolescentes: 
• Balança do tipo adulto com graduação de 100g 
• Vestir o mínimo possível de roupa, descalço 
• Em pé, com os braços estendidos ao longo do corpo 
GANHO PONDERAL 
• Regra prática em relação ao peso: 
• Dobra o PN entre o 5º e o 6º mês; 
• Triplica aos 12 meses; 
• Quadruplica com 2 - 2 anos e 6 meses 
• Fórmula para cálculo aproximado do peso (3-11 anos): 
• Peso (kg) = idade (anos) x 2 + 9 
19 
 Gabi Helena T69 
 
ESTATURA 
• Compreende: 
o Comprimento: medido com o indivíduo deitado 
o Altura: medida com o indivíduo em pé 
• Representa o crescimento linear, comandado pelo alongamento dos ossos, 
que traz o aumento dos demais tecidos. 
• Um ganho de altura adequado representa quase sempre um crescimento 
saudável. 
• A estatura sofre sua maior influência das características herdadas. 
Crianças até 36 meses: 
• Comprimento = medida coma criança deitada 
• Régua antropométrica 
• Horizontal, graduada em mm 
• Superfície de apoio plana, macia e firme 
• Auxiliar na cabeceira (mãe) - esquadro fixo (0) 
• Corpo alinhado ao eixo longitudinal da mesa 
• Limite inferior (móvel) ajustado a ambos os pés, com os membros inferiores em 
extensão, juntos, e as plantas dos pés encostadas no esquadro móvel 
Crianças maiores de 2 anos e adolescentes 
• Altura = medida com a criança em pé, sem apoio 
• estadiômetro vertical: escala métrica afixada sobre um plano fixo vertical e um 
esquadro móvel (de madeira ou de metal), que corre paralelamente ao plano 
vertical; graduado em mm 
GANHO ESTRUTURAL 
• Regra prática em relação a estatura: 
• Aumenta 15 cm no 1º semestre; 
• Aumenta mais 10 cm no 2º semestre; 
• Com 1 ano cresce 50% do comprimento ao 
nascimento (25cm); 
• Com 4 anos mede em torno de 1 metro. 
• Fórmula para cálculo aproximado da altura 
(3-11 anos): 
• Altura (cm) = (idade - 3) x 6 + 95 
 
 
 
 
20 
 Gabi Helena T69 
PERÍMETROS 
Perímetro cefálico (PC): 
• Deve ser realizada até os 3 anos; reflete o crescimento 
cerebral. 
• Fita métrica inextensível 
• Circundar a caixa craniana (glabela e polo occipital) e 
não passar sobre o pavilhão auricular 
• Regra prática em relação ao PC: 
o Ao final do 1º ano, o PC deverá ter aumentado 
12 cm (47cm). 
 
 
CURVAS DE CRESCIMENTO 
• Compara-se as medidas encontradas com as esperadas para crianças do 
mesmo sexo e idade. 
• Toda vez que a criança é pesada ou medida, esse valor é marcado com um 
ponto no encontro da linha correspondente ao observado (eixo vertical) e da 
linha correspondente à idade da criança (eixo horizontal). Curvas NCHS 
(1977/78) - percentil 3-97. 
• Curvas NCHS/CDC (2000) - percentil 5-95. 
• Curvas OMS (2006) - percentil 3-97. 
 
 
 
 
 
21 
 Gabi Helena T69 
 
 
 
 
 
 
 
PERCENTIS DE CRESCIMENTO 
• Foram alinhados por ordem crescente, 100 crianças sadias de mesma idade e 
de condições socioeconômicas adequadas ao crescimento pleno, escolhidas 
ao acaso. 
• A medida da estatura/peso/PC de cada criançarepresenta 1% do total (ou 
um centil). 
o O percentil 50 é o valor mais frequente observado nessa população. 
• percentis 3 e 97, refletindo a variabilidade do potencial genético entre 
indivíduos saudáveis. 
• Z-escore: cálculo do desvio-padrão. 
CANAL DE CRESCIMENTO 
• Espera-se que ao se acompanhar uma criança através da curva de referência, 
ela tenha o seu crescimento com medidas antropométricas mantendo-se 
sempre próximas ao mesmo percentil. 
• Canal de crescimento retificado ou que começa a se afastar de sua curva 
original é um sinal de alerta para problemas no crescimento. 
AVALIAÇÃO DO GRAU DE MATURAÇÃO SEXUAL 
• Critérios de Tanner 
o As etapas da maturação sexual são: 
o Estágio 1: pré-puberal 
o Estágio 2: 11 anos (9 a 13 anos) 
o Estágio 3: 12 anos (10 a 14 anos) 
o Estágio 4 : 13 anos (10 a 15 anos) 
o Estágio 5 : adulto 
PUBERDADE EM MENINAS 
• Telarca (aparecimento do broto mamário - M2 tanner - 8 a 12 anos) 
• Pubarca (pilificação pubiana → axilar) 
• Menarca (M3 e M4 tanner - cerca de 2 anos após telarca; 1 ano após pico da 
velocidade de crescimento) 
22 
 Gabi Helena T69 
 
PUBERDADE EM MENINOS: 
• Aumento testicular > 4ml - g2 tanner 
• Pubarca (pilificação pubiana → axilar → facial) 
• Aumento do pênis 
• Semenarca (1a ejaculação) quando volume testicular 10-12ml 
• Mudança no timbre de voz (estágio 5) 
• Ginecomastia puberal surge em mais da metade dos adolescentes (em 90% 
desaparece em 3 anos) 
 
 
23 
 Gabi Helena T69 
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR 
18/02/2020 
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 
• Maturação se faz em uma ordem céfalo-caudal. 
o Mielinização 
o Segue um padrão 
 
• Compreende alguns domínios de função: 
o Desenvolvimento sensorial; 
o Habilidades motoras grosseiras, que se referem à utilização dos grandes 
músculos do corpo; 
o Habilidades motoras finas, relacionadas ao uso dos pequenos músculos 
das mãos; 
o Linguagem; 
o Desenvolvimento social e emocional / cognição, que se referem aos 
processos mentais superiores, como o pensamento, memória e 
aprendizado 
PESQUISA DE REFLEXOS PRIMITIVOS 
 
• São respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo 
externo 
24 
 Gabi Helena T69 
• Estão presentes ao nascimento, mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros 
meses. 
• Sua presença mostra integridade do SNC. 
• Sua persistência mostra disfunção neurológica. 
• Reflexos: Moro, Tônico cervical assimétrico (Magnus De Kleijn), Preensão 
palmar, Preensão plantar, Galant, Apoio plantar, Marcha reflexa, Sucção, 
Procura 
O DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR AO LONGO DOS MESES 
1 MÊS DE VIDA 
• Posição assimétrica, lateralização da cabeça 
• Mãos geralmente fechadas 
• Face inexpressiva, olhar vago 
• Decúbito ventral - gira a cabeça para o lado, levanta momentaneamente a 
cabeça e movimenta as pernas, arrastando-as 
• Se puxado para sentar-se, exibe queda da cabeça para trás e sentado 
apresenta queda da cabeça para frente 
• Ao lhe apresentar um chocalho, fecha a mão ao contato 
• Diminui a atividade quando escuta uma campainha 
• Emite pequenos sons guturais 
2 MESES DE VIDA 
• Atitude simétrica: em decúbito dorsal, deixa a cabeça na linha mediana. 
• Segue uma pessoa que se move. 
• Olha para o examinador. 
• Face mais expressiva, sorriso social. 
• Dá resposta facial ao som de uma campainha. 
• Acalma-se com a voz materna. 
• Emite sons vogais: a, e, u. 
• Inicia a lalação. 
3 MESES DE VIDA 
• Em decúbito dorsal, apresenta as mãos abertas. 
• Em decúbito ventral, apoia-se nos cotovelos, mantém as pernas curvas. 
• Olha preferencialmente para o examinador. 
• Colocado de pé, sustenta parte do peso; levanta o pé. 
• Segura o chocalho com firmeza e olha para ele. 
• Murmura, ri e responde vocalmente a estímulos sociais. 
• Brinca com a roupa 
4 MESES DE VIDA 
• Em decúbito dorsal, junta as mãos, colocando-as na boca. 
• Em decúbito ventral, pernas estendidas ou semiflexionadas, vira para o lado. 
• Senta com apoio e mantém a cabeça firme, dirigida para frente. 
• Ao ver um chocalho, agita os braços e ao pegá-lo, leva-o à boca. 
• Brinca com os próprios movimentos, repete ações que considera interessantes. 
25 
 Gabi Helena T69 
• Mímica expressiva, ri alto, vocaliza, sorri. 
5 MESES DE VIDA 
• Tenta sentar-se sem deixar a cabeça cair. 
• Rola no berço, mudando o decúbito. 
• Acompanha um estímulo luminoso em várias direções. 
• Procura brinquedo escondido. 
• Emite sons (gritos). 
• Sorri ao ver-se no espelho. 
6 MESES DE VIDA 
• Em decúbito dorsal, vira para a posição ventral. 
• Levanta os pés em extensão; brinca com eles. 
• Sentado, mantém o corpo ereto. 
• Pega um objeto e apanha quando cai. 
• Ao ouvir um ruído, procura o som, vira a cabeça na direção. 
• Balbucia espontaneamente e resmunga. 
• Começa a estranhar pessoas desconhecidas. 
7 MESES DE VIDA 
• Senta-se sem apoio. 
• Põe o pé na boca. 
• Troca objetos de mão. 
• Come bem alimentos sólidos. 
8 MESES DE VIDA 
• Fica em pé momentaneamente dando a mão. 
• Morde os brinquedos. 
• Início da atividade inteligente, pois pega objetos para sacudí-los, batê-los, virá-
los. 
• Percebe a diferença entre os objetos. 
• Consegue segurar um objeto em cada mão. 
• Emite sílabas com dá, bá e cá. 
9 MESES DE VIDA 
• Engatinha. 
• Em pé apoiado, fica firme. 
• Bate um cubo no outro. 
• Imita sons. 
• Responde seu nome. 
• Entende o “não”. 
• Dá resposta diferenciada de acordo com o tom emocional da voz materna. 
• Segura a mamadeira e come sem ajuda. 
• É capaz de realizar a preensão com o indicador e o polegar (pinça nítida) 
10 MESES DE VIDA 
26 
 Gabi Helena T69 
• Senta-se firme por tempo ilimitado. 
• Compreende e faz o gesto de tchau. 
• Bate palmas 
11 MESES DE VIDA 
• A criança apoiada, levanta-se. 
• Dá o brinquedo para o examinador, mas não o larga. 
• Bebe na xícara ou copo. 
• Tenta pegar a imagem refletida no espelho. 
• Pronuncia palavras-frases 
12 MESES DE VIDA 
• Anda com apoio ou segurada pelas duas mãos. 
• Brinca com objetos da mesa do examinador. 
RESUMINDO 
• 1 ano e 6 meses: Anda sem cair, senta-se sozinho, faz torre com três cubos, usa 
colher (derrama bastante), imita uma linha com lápis. 
• 2 anos: Corre, monta torre com 6 cubos, imita linha circular com lápis, usa 
frases, compreende ordens simples, começa controle de esfíncteres (diurese e 
evacuação). 
• 3-4 anos: Salta sobre um pé, desenha bem, usa conjugações verbais, 
consegue lavar e enxugar o rosto, dá recados e brinca em grupos. 
• 5 anos: Salta alternadamente sobre cada pé, conta até 10, fala sem 
articulação infantil, Pergunta: Por que? Veste-se sem ajuda. Pergunta o 
significado das palavras. 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
 
27 
 Gabi Helena T69 
 
SÍNDROME DE DOWN 
03/03/2020 
 
• É a mais comum e bem conhecida de todas as síndromes malformativas na 
espécie humana e a causa genética mais comum de déficit intelectual 
• Ocorre na proporção de um caso para 733 nativivos, independe de etnia, 
gênero ou classe social 
• As características foram descritas pela primeira vez pelo médico John 
LangdonDown em 1866 
• O indivíduo portador possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado 
ao par 21. Essa alteração genética pode se apresentar de 3 formas: 
o Trissomia 21 padrão 
▪ Cariótipo: 47XX ou 47XY (+21) 
▪ 95% nos casos 
o Trissomia por translocação cariótipo 
▪ 46XX (t 14; 21) ou 46XY (t 14; 21) 
▪ Um dos pais portador da translocação e se passar esse gene, 
terá um filho com Down 
▪ 3% dos casos 
o Mosaico cariótipo 
▪ 46XX/47XX ou 46XY/47XY 
▪ Quando ocorrem as divisões celulares, em um momento ela 
falha → células com 3 cromossomos 21 
▪ Possui células 46 e células 47 
▪ Quanto mais no início isso acontecer, mais células 47 
▪ 2% dos casos 
• O diagnóstico em geral é feito pelo pediatra ou médico que recebe a criança 
logo após o parto, considerando as característicasfenotípicas peculiares à 
síndrome. A confirmação é dada pelo exame do cariótipo (análise 
citogenética) 
• A forma genética da trissomia não tem valor no prognóstico, nem determina o 
aspecto físico mais ou menos aparente, nem uma maior ou menor eficiência 
intelectual 
28 
 Gabi Helena T69 
• É importante ter claro que não existem graus de Síndrome de Down e que as 
diferenças de desenvolvimento decorrem de características individuais 
(herança genética, educação, meio ambiente etc.) 
• A ocorrência da trissomia 21, assim como de outras trissomias autossômicas, 
aumenta significativamente com a idade materna avançada (>35 anos) 
 
 
MEDICAMENTOS QUE NÃO DEVEM SER UTILIZADOS 
 
TODOS OS DERIVADOS ATROPÍNICOS 
• A atropina, assim como outros medicamentos anti-colinérgicos, é 
frequentemente usada antes de cirurgia. Também é empregada em 
problemas intestinais e na bexiga 
• A sensibilidade dos portadores de Down a estes medicamentos devem-se à 
deficiência extrema de acetilcolina em seus organismos 
• Os efeitos colaterais nesses indivíduos serão bem maiores 
• Os colírios a base de atropina devem ser igualmente evitados. São utilizados 
por oftalmologistas para dilatar as pupilas em exames de fundo de olho 
o Devido à hipersensibilidade apresentada pelos portadores ao princípio 
ativo da atropina, os oftalmologistas devem optar por colírios sem essa 
substância 
• Fernegam → antialérgico a ser evitado 
TODOS OS MEDICAMENTOS À BASE DE TRIMETROPIN 
O REMÉDIO ESPASMO-LUFTAL 
• É contraindicado pois pode piorar a hipotonia da musculatura intestinal dos 
portadores de Down propiciando ou agravando a obstrução intestinal, já 
frequente nessas crianças 
METHOTRAXIA 
• Devido à maior incidência de leucemia entre esse portadores, esse 
medicamento é frequentemente usado 
• No entanto, a droga é antagonista do ácido fólico, que os portadores de 
Síndrome de Down já têm em menor quantidade e absorvem menos ao ingerir 
alimentos 
ANTIBIÓTICOS À BASE DE SULFA: 
• Causam maior incidência de brotoejas, exantemas e distúrbios de 
comportamento 
• Qualquer composto à base de enxofre provoca efeitos adversos em 
portadores de Síndrome de Down, dada a dificuldade de seu organismo em 
filtrar estes compostos do sangue e eliminá-los eficientemente. 
29 
 Gabi Helena T69 
ANESTÉSICOS, DROGAS PSICOATIVAS E MEDICAMENTOS DE USO PROLONGADO 
• De modo geral, o organismo humano elimina drogas em duas fases 
• Na segunda fase, a droga é conjugada ou ligada a uma das três substâncias 
fabricadas pelo organismo para torná-la solúvel em água e eliminá-la 
facilmente pelas vias urinárias 
• Duas dessas substâncias são conhecidas: glutathione e sulfato → são 
insuficientemente produzidas no organismo de portadores de Síndrome de 
Down. Isso significa que qualquer droga administrada a um portador de SD terá 
2 de suas 3 vias de eliminação comprometidas 
• A droga permanecerá por mais tempo no organismo, com efeitos - benéficos 
ou colaterais potenciais - mais prolongados 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
• Face caracteristicamente redonda e achatada 
• O occipital é chato e o aspecto geral do crânio é braquicéfalo ou encurtado 
no diâmetro ântero-posterior 
• Ponte nasal achatada 
• Fissuras palpebrais delicadas, estreitas e obliquas 
• Catarata congênita 
• Estrabismo 
• Manchas de Brushfield (pequenas manchas brancas que formam um anel na 
zona média da íris 
• Orelhas pequenas, com a hélice dobrada e o lóbulo pequeno ou ausente 
• Nariz curto, com ponta achatada 
30 
 Gabi Helena T69 
• A erupção do 1º dente ocorre após o primeiro ano de idade em 60% dos 
afetados, e os dentes são pequenos e de alinhamento anormal. 
• O pescoço é curto e largo, podendo haver excesso de pele. 
• As mãos são curtas e largas, com encurtamento e encurvamento do quinto 
dedo (clinodactilia) 
• Pés largos e grossos, com distância aumentada entre o 1º e 2º artelhos. 
• Prega simiesca na mão. 
• Hipotonia generalizada principalmente na primeira infância. 
• Cardiopatia em 40% dos casos (CIA, CIV, Defeito sépto atrial total, Tetralogia 
de Fallot) 
• Atresia de duodeno 
• Leucemia aguda 
• Homens : criptorquidia e infertilidade 
• Mulheres: puberdade tardia e menopausa precoce, são férteis 
• Déficit intelectual 
• Baixa estatura 
• Perfil “achatado”, orelhas pequenas, fenda ocular obliqua, implante baixo de 
orelhas 
DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL 
AMOSTRA DE VILOCORIAL: 
• Realizada entre a 8ª e 11ª semana de gravidez. 
• Consiste na retirada de amostra do vilocorial, um pedaço de tecido 
placentário obtido por via vaginal ou através do abdômen. 
• As vantagens deste procedimento sobre a amniocentesesão de que há 
possibilidade de realização mais precoce e os estudos cromossômicos 
permitem resultados mais rápidos. 
• Os riscos de aborto são maiores do que na amniocentese. 
AMNIOCENTESE: 
• Realizada entre a 14ª e 16ª semana de gravidez 
• Consiste na coleta do líquido amniótico através da aspiração por meio de uma 
agulha inserida na parede abdominal até o útero. Este líquido vai ser então 
utilizado para uma análise cromossômica. 
• O resultado demora de 2 a 4 semanas. Atualmente os riscos de aborto ou dano 
ao feto são pequenos 
ULTRA-SONOGRAFIA: 
• Este exame permite levantar a suspeita da Síndrome de Down através de 
alguns achados ultrassonográficos: membros curtos (principalmente 
encurtamento do fêmur), braquicefalia, pescoço curto e largo, ponte nasal 
deprimida, dedos largos, prega simiesca, hipoplasia da segunda falange do 5º 
dígito, espaço aumentado entre o hálux e os demais artelhos, cardiopatia e 
atresia duodenal 
31 
 Gabi Helena T69 
• Este conjunto de sinais sugere a presença da Síndrome de Down no feto. Neste 
caso, o médico pode orientar a gestante a submeter-se a outros exames para 
confirmação do diagnóstico. 
DOSAGEM DE ALFA FETOPROTEÍNA MATERNA: 
• Consiste na triagem de alfa fetoproteína no sangue de mulheres grávidas. 
• Tem-se verificado que níveis baixos de alfa fetoproteína estão relacionados às 
desordens cromossômicas, em particular com a Síndrome de Down. 
• Observação: Quando os resultados destas últimas duas técnicas indicarem 
alterações, outros exames deverão ser realizados. 
QUESTÕES ÉTICAS 
• Embora exista a possibilidade de se diagnosticar a Síndrome de Down antes do 
bebê nascer, até o momento não existe nenhuma forma de tratamento para 
evitar a Síndrome de Down a não ser a interrupção da gravidez (aborto). Por 
este motivo é importante que o médico esclareça os pais antes da realização 
do exame o que vai ser possível conhecer através dos resultados. 
• A decisão de interromper a gravidez (aborto), embora seja permitida em 
alguns países, é uma prática ilegal no Brasil. 
CUIDADOS COM A SAÚDE 
• Estímulo ao aleitamento materno 
• Estímulos motores 
• Cariótipo 
• Imunização 
• Ecocardiograma 
• Hemograma (reações leucemóides, policitemia, leucemia, desordem 
mieloproliferativa transitória(10%)) 
o Semestral até os dois anos 
o Após, 1 x ao ano 
• Avaliação da acuidade auditiva e visual 
o Aos 6m, 12m, e após annual 
• Otite média serosa em 50-70% das crianças 
• Doenças respirátorias 
• Constipação 
• Refluxo gastroesofágico 
• Instabilidade do quadril 
o USG aos 6m 
o RX após 1ano 
• Posicionamento do pescoço 
o Instabilidade articulação atlanto-axial 
o Orientar postura 
o Radiografar quando necessário 
• Acompanhamento odontológico 
o Hipodontia é comum 
• Apneia do sono 
32 
 Gabi Helena T69 
• Hipertrofia de adenoide e amigdalas 
• Prevenção de abuso físico e sexual 
• Contracepção 
 
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 Gabi Helena T69 
TRANSTORNO DO ESPECTRO 
AUTISTA (TEA) 
03/03/2020 
• É um grupo distúrbios do desenvolvimento neurobiológico de inicio precoce, 
caracterizado por comprometimento das habilidades sociais, de linguagem e 
capacidade criativa e de interesses (tríade). 
FATORES DE RISCO 
• AGENTES AMBIENTAIS: baixopeso ao nascer, idade parental avançada e 
exposição fetal à ácido valpróico 
• AGENTES GENÉTICOS: herdabilidade a 37 a 90% de taxa de concordância em 
gêmeos. 15% associada a mutação genética conhecida. 
DISTÚRBIOS DO ESPECTRO AUTÍSTICO 
• Autismo Infantil: comunicação atrasada e desordenada, interação social 
atípica, interesses restritos, início antes dos 3 anos de idade 
• Síndrome de Asperger: semelhante ao autismo, exceto habilidades de 
linguagem relativamente intactas. Não aparenta ser cognitivamente atrasado. 
• Distúrbios Desintegrativos da Infância (Sd. de Heller): regressão significativa em 
habilidades (linguagem, habilidade social, controle de esfíncteres, habilidades 
motoras) antes dos 10 anos de idade 
• Síndrome de Rett: quase sempre afeta meninas. Regressão das habilidades 
entre 6 e 18 meses de idade 
• Transtorno Global do Desenvolvimento (sem outra especificação): 
características de um dos transtornos anteriores mas insuficiente para 
diagnóstico específico 
PREVALÊNCIA 
• Média de prevalência do autismo infantil: 20,6 / 10.000 
• O autismo é mais frequente em meninos que em meninas , na proporção de 
4:1. 
• Os sintomas indicativos do espectro autístico surgem precocemente e já são 
bem visíveis após o primeiro ano de vida. 
NO BRASIL 
• Um estudo realizado por Paula et al, em 2011, mostrou que: 
• Um bairro (1.470 entre 7 - 12 anos); 
• Todos os serviços de saúde/educação do bairro + todos especializados da cid
ade. 
• Treinamento dos profissionais – encaminhar TEA 
34 
 Gabi Helena T69 
• Definição de casos: instrumentos padronizados/validados 
(ASQ e ADI - R), avaliação clínica por especialistas. 
• RESULTADOS: 
o Prevalência de 0,3%; 
o Somente 1 dos 4 TEA já sabia previamente o diagnóstico (recebido aos 
6 anos); 
o Os outros 3 casos não recebiam nenhum atendimento especializado. 
AUMENTO DA PREVALÊNCIA 
• Aumento das taxas ocorre simultaneamente no mundo porque: 
• A adoção do conceito mais amplo do autismo para um espectro de condiçõe
s; 
• Melhor detecção com maior conscientização de clínicos e da comunidade de
 casos sem deficiência intelectual e “substituição do diagnóstico”; 
• Melhoria nas políticas de educacionais e disponibilidade de serviços. 
• Aumento real? 
MANIFESTAÇÕES 
• Geralmente as manifestações do espectro autista aparecem em crianças que 
apresentaram um DNPM normal até então, e que se tornam gradativamente 
pouco responsivas às pessoas. 
• Ficam silenciosas, voltadas para si mesmas, evasivas, com pouco contato olho 
a olho, arredias à aproximação, mostrando dificuldades para manter uma 
brincadeira, brincando sempre sozinhas, focadas intensamente em alguma 
atividade repetitiva e pouco criativa. 
• Apresentam mímica pobre, inexpressiva, dissociada dos estímulos ambientais. 
• Apresentam falta de modulação afetiva, com risos, choros e gritos imotivados. 
• Interessam-se mais por partes do brinquedo do que pela sua característica 
funcional. 
• Podem entreter-se por horas girando uma roda ou as hélices do ventilador 
(movimento repetitivo) 
• Podem repetir constantemente palavras e músicas. 
• Fazem “uso útil” das pessoas, pegando-as pela mão para abrir uma porta, por 
exemplo. 
• Apresentam desconforto ou pânico diante de estímulos múltiplos e adaptam-
se melhor em situações conhecidas e previsíveis. 
• Oralidade exacerbada: exploram tudo inicialmente com a boca. 
• Podem apresentar distúrbios de marcha, coordenação e postura. Algumas 
crianças tem comportamento hiperativo extremamente intenso e outras 
podem mostrar passividade. 
• O diagnóstico de autismo para a maioria dos casos só é feito após 2 ou 3 anos 
da queixa dos pais. 
• É frequente o diagnóstico ser feito apenas no pré-escolar, apesar da 
manifestação de preocupação por parte dos pais ocorrer desde os 18 – 24 
meses de idade. 
 
35 
 Gabi Helena T69 
TESTES 
QUESTIONÁRIO 
• Questionário de desenvolvimento para crianças entre 16 e 30 meses de idade 
• Resultados superiores a 3 (falha em 3 itens no total) ou em 2 dos itens 
considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma 
avaliação formal por técnicos de neurodesenvolvimento 
 
NÃO CONSEGUIR MANTER CONTATO VISUAL 
TODO VS AS PARTES 
versus 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• O reconhecimento precoce facilita o planejamento psicoeducativo, introduz 
uma abordagem terapêutica apropriada em fase de maior plasticidade 
36 
 Gabi Helena T69 
cerebral, permite o manuseio do estresse familiar e evita tratamentos 
inadequados. 
• Outras manifestações neuropsiquiátricas podem coexistir, como distúrbios do 
déficit de atenção e hiperatividade, distúrbios afetivos, ansiosos e obsessivo-
compulsivos 
• A maior parte dos pacientes não é capaz de viver independente quando 
adultos 
• Cerca de 70% dos pacientes tem retardo mental e pelo menos 1/3 apresenta 
epilepsia associada 
• Ocasionalmente crianças autistas podem apresentar um alto funcionamento 
intelectual, mas a conexão com outras funções não é adequada quando 
exigida em situações mais complexas 
• Não há cura para o autismo, mas o acompanhamento e a atenção 
individualizada, precoce e adaptada nos planos educativo, psicológico e 
comportamental aumentam significativamente as possibilidades de interação 
social, de autonomia, de aquisição de linguagem e de outros meios de 
comunicação não verbais. 
• 2 de abril: dia mundial da conscientização do autismo 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
• Visa sintomas alvos: agressividade, agitação, ansiedade, TOC. 
o Anticonvulsivante: leve 
o Antipsicótico: grave, agressivo 
o Antidepressivo: ansiedade, TOC 
o Neuroléptico: Agitação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 Gabi Helena T69 
PERÍODO NEONATAL 
10/03/2020 
PRINCIPAIS MUDANÇAS AO NASCIMENTO 
• O recém-nascido tem que fazer importantes adaptações na transição para a 
vida extra-uterina 
o Aeração pulmonar 
o Redirecionamento da circulação 
o Ativação do trato gastrointestinal 
AERAÇÃO PULMONAR 
• O surfactante (fosfolipídio produzido pelos pulmões) reveste os alvéolos, 
aumentando a aeração dos pulmões ao reduzir a tensão superficial, 
diminuindo a pressão necessária para abrir os alvéolos (evita o colabamento). 
• Intra-útero, os pulmões do feto estão cheios de líquido 
• Ao nascer, a maior parte do líquido dos pulmões vai ser removida pela 
circulação pulmonar e o restante removido pelos vasos linfáticos, expelido pelo 
RN, deglutido ou aspirado pela orofaringe 
• A respiração logo após o nascimento pode ser pouco efetiva devido a 
imaturidade: 
o Estrutural dos pulmões 
o Do sistema surfactante 
o Da musculatura e da caixa torácica 
o Do sistema nervoso central responsável pelo controle do ritmo 
respiratório 
• O ponto crítico para o sucesso da reanimação neonatal é a ventilação 
pulmonar adequada, fazendo com que os pulmões do RN se inflem e, com isso 
haja dilatação da vasculatura pulmonar e hematose apropriada 
 
REDIRECIONAMENTO DA CIRCULAÇÃO 
• Através da placenta que o sangue que se direciona ao feto é oxigenado 
 
38 
 Gabi Helena T69 
• Ao nascer, o RN deve abrir a circulação pulmonar e fechar os desvios fetais: 
o Ducto venoso 
o Forame oval 
o Canal arterial 
DUCTO VENOSO 
• Desvia sangue do fígado para a VCI 
• O pinçamento do cordão, interrompe o fluxo sanguíneo através do ducto, 
fechando-se anatomicamente em 2 semanas 
FORAME OVAL 
• Abertura entre os átrios direito e esquerdo do coração. 
• A reversão do gradiente de pressão faz com que ele se feche. 
• Ele encerra sua função, aproximadamente, 1 minuto após o nascimento. 
Porém, o fechamento anatômico ocorre em, aproximadamente, 2 semanas. 
• Persistência = FOP 
CANAL ARTERIAL OU DUCTO ARTERIOSO 
• Canal que desvia o sangue da artéria pulmonar para a aorta, evitando os 
pulmões 
• Dilatação das arteríolas pulmonares = estímulo para que o canal arterial se 
feche 
• Encerra função em 15 horas 
• Fechamento anatômico= 3ª semana de vida.• Persistência = PCA 
ATIVAÇÃO DO TRATO GASTRINTESTINAL 
• Intra-útero é relativamente inativo. 
• O líquido amniótico é engolido (água) 
• Se ocorrer a absorção de água (ex. atresia de esôfago), ocasionará 
polidrâmnio 
• Após o nascimento, o TGI é ativado pela alimentação (colostro), com 
subsequente eliminação de mecônio 
• A primeira evacuação, o mecônio, é uma combinação de secreções do trato 
intestinal, bile, e resíduos do líquido amniótico 
• Se o feto entra em sofrimento (hipóxia) antes do nascimento, o esfíncter anal 
relaxa, liberando o mecônio. Pode ser aspirado pelas vias aéreas, causando 
pneumonia química ou a síndrome da aspiração de mecônio 
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO 
• De acordo com o peso de 
nascimento: 
 
39 
 Gabi Helena T69 
• De acordo com a idade gestacional: 
 
 
 
• Nutricional 
 
ALOJAMENTO CONJUNTO 
• E um sistema hospitalar no qual mãe e seu bebê permanecem juntos, logo 
após a liberação de ambos do centro obstétrico. 
• Indicação: Mães com boas condições clínicas; bebês com boa vitalidade, 
termo ou pré-termo limítrofe com peso adequado para a idade gestacional 
(AIG), em boas condições clínicas após o atendimento em sala de parto, 
mantendo controle térmico e com capacidade de sucção e deglutição. 
• Portaria nº 1.016 do Ministerio da Saude (01/09/1993) considera que o bebê a 
termo, sadio, deve permanecer em alojamento conjunto com sua mãe por um 
período mínimo de 48 horas. 
• Critérios de exclusão 
o Índice de Apgar < 7 no 5º minuto de vida; 
o Prematuro com peso ao nascer menor que 2.000 g; 
o Necessidade de suporte respiratório; 
o Depressão respiratória pelo uso de opióide pela mãe; 
o Malformações graves que impliquem risco de morte; 
o Icterícias precoces (doença hemolítica por fatores Rh, ABO e outras); 
o Detecção de qualquer afecção por ocasião do exame ao nascer; 
o Recusa materna 
• Observação das condições e riscos do RN 
• Higienização 
o Coto umbilical 
o Banho 
• Avaliação e controle dos sinais vitais 
• Aleitamento materno 
• Exame físico minucioso 
o Permeabilidade de orifícios (narinas, esôfago, ânus) 
o Eliminações (mecônio, diurese) 
40 
 Gabi Helena T69 
• Classificação do RN (AIG, PIG, GIG) 
• Vacinação do RN (BCG) 
• Realização dos testes importantes 
• Caderneta de vacina e resumo de alta preenchidos 
• Agendar a 1ª consulta ambulatorial 
AMBULATÓRIO: PRIMEIRA CONSULTA APÓS A ALTA 
• Identificação de agravos e situações de risco 
• Crescimento físico-nutrição (perda fisiológica de peso e recuperação) 
• Checar amamentação (pega, posição, dificuldades) 
• Avaliar icterícia 
• Higiene pessoal, domiciliar e ambiental 
• Vacinação 
• Desenvolvimento neuropsicomotor, social e afetivo 
• Segurança e proteção contra acidentes, violência e maus tratos 
• Estimulação precoce 
• Comunicação com a mãe e os familiares 
• Encaminhamento para outros setores ou unidades 
• Puericultura 
 
 
 
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 Gabi Helena T69 
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA DO 
LACTENTE (SMSL) 
10/03/2020 
• Síndrome da morte súbita infantil (SIDS – Sudden Infant Death Syndrome) 
• Óbito repentino e inesperado de qualquer bebê com menos de 1 ano de 
idade, durante o sono, em que a causa da morte não pode ser determinada 
pela história e exame físico completo, incluindo autópsia 
• É mais freqüente entre 2m e 4m de idade 
CAUSAS 
• Fatores genéticos (mutação gênica?) 
• Anomalia neurológica? 
• Déficit no controle da temperatura corporal? 
• Dificuldades na regulação do controle respiratório (apnéia)? 
• Déficit da resposta de despertar? 
• Anomalia no ritmo cardíaco? 
FATORES DE RISCO 
NEONATAIS 
• Idade: 2 a 4 meses 
• Sexo masculino 
• Raça negra 
• Baixo peso ao nascer 
• Prematuridade 
• Exposição ao fumo (na gestação e após o nascimento) 
• Alimentação com mamadeira 
• Dormir em decúbito ventral e lateral 
• Dormir sobre superfícies macias 
• Cama compartilhada 
• Estresse térmico 
• Inverno 
• História familiar de SMSL 
MATERNOS 
• Adolescente 
• Solteira 
• Maior paridade 
• Intervalo entre gestações reduzido 
• Tabagismo (nicotina) 
• Dependência de álcool e outras drogas 
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 Gabi Helena T69 
• Menor assistência pré-natal 
• Baixo nível socioeconômico 
• Doença mental 
• Anemia 
CUIDADOS 
• Mesmo crianças com doença do refluxo gastroesofágico, devem ser mantidas 
em posição supina durante o sono, pois o risco de mortes relacionadas ao sono 
supera os riscos de broncoaspiração devido ao refluxo. 
• Uma vez que a criança consiga rolar da posição supina para a prona e da 
prona para supina, ela poderá ser mantida na posição que assumir. 
• Períodos de posição prona, quando acordada e supervisionada 
 
MODELO DE RISCO TRIPLO (FILIANO E KINNEY) 
• Criança vulnerável que possui anormalidades intrínsecas no controle cardio-
respiratório; 
• Período crítico no desenvolvimento de mecanismos de controle homeostático; 
• Estressores extrínsecos (exógenos) 
FATORES DE PROTEÇÃO 
• Aleitamento materno 
• Uso de chupeta 
• Imunização 
• Dormir no quarto dos pais até 1 ano em berço próprio 
• Evitar cama compartilhada 
• Dormir de barriga para cima 
• Lençóis presos ao pé da cama 
• Evitar cobertores e edredons 
• Evitar agasalhar demais na hora de dormir 
• Não colocar brinquedos ou travesseiros no berço 
• Cabeceira levemente elevada 
43 
 Gabi Helena T69 
• Evitar colchão muito macio 
• Evitar exposição do bebê à fumaça do cigarro 
• Técnica do nicho: enrolar uma toalha/coberta e fazer o formato da criança, 
fazendo com que evite a sua movimentação 
 
 
44 
 Gabi Helena T69 
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL 
10/03/2020 
• São testes realizados após o nascimento 
• Previnem e detectam doenças precocemente, com o objetivo de evitar 
morbidade e mortalidade nessa população infantil. 
• As doenças detectadas quando diagnosticadas na fase pré-sintomática nos 
RNs, permite intervenções clínicas precoces e proporciona tratamento 
adequado. 
• São eles: 
o Teste do olhinho 
o Teste do coraçãozinho 
o Teste da orelhinha 
o Teste da Iingüinha 
o Teste do pezinho 
TESTE DO OLHINHO 
• Triagem visual ou reflexo do olho vermelho (ROV) 
• Identifica potenciais causas de cegueira tratáveis: catarata congênita; 
retinopatia da prematuridade; retinoblastoma; glaucoma congênito; 
descolamento de retina; hemorragia vítrea 
• Rápido, simples e indolor 
• Utiliza-se um oftalmoscópio próximo ao olho do examinador e a 40-50 cm de 
distância do RN 
• O ambiente deve ser escuro 
• Realizado pelo pediatra, ainda na maternidade 
• O normal é enxergar um reflexo vermelho 
• Exame alterado: pontos pretos, assimetria ou reflexo branco - leucocoria 
• Exames complementares devem ser feitos por um oftalmologista para 
confirmar qualquer suspeita 
TESTE DA ORELHINHA 
• Triagem auditiva, emissões otoacústicas (EOA). 
• Realizado idealmente no 1º mês de vida (preferencialmente na alta hospitalar). 
• Detecção precoce de perda auditiva 
• Fatores de risco: asfixiados (APGAR < 6 no quinto minuto); história familiar de 
surdez congênita; infecções congênitas TORCH; hiperbilirrubinemia; sepse 
neonatal; meningite; hemorragia perintraventricular; convulsões ou outra 
doença do SNC; anomalias craniofaciais; espinha bífida; defeitos 
cromossômicos; uso de drogas ototóxicas (ATBs); peso de nascimento < 1.500 
g; ventilação mecânica por mais de 5 dias; internação em UTI neonatal 
• Realizado por um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista 
• Energia acústica é produzida na orelha interna (de forma espontânea ou em 
resposta a estímulo sonoro), sendo captada por uma oliva acoplada a um 
microfone que é colocado no conduto auditivo externo 
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 Gabi Helena T69 
• Respostas são dadas como “passa” ou “falha”, sensível, não invasivo 
• Falsos positivos: 
o Líquido na orelha média 
o Cerúme 
• RN com triagem auditiva normal e sem fatores de riscos realizam esse teste 1 
vez 
• RN com fatores de risco devem

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