Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AÇÚCAR: Formas de obtenção - Cana-de-açúcar ou beterraba -palatinose - (açúcar “de mesa”). - Extraídos também de frutas e néctar de flores. - Leite - À partir da hidrólise de polissacarídeos (produto final da reação). Ex.: Karo® • Açúcar cristal comum: 99,8% sacarose e 0,04% umidade. • Melaço: obtido à partir do suco de cana concentrado (produto rico em ferro). • Rapadura: obtida à partir da cristalização do melaço mais concentrado. • Lactose: extração para fins especiais. Sabor pouco doce e propriedade laxante. OBS: Açúcar cristal x Açúcar Branco A diferença do tamanho dos grãos (cristal tem grânulos maiores) Cristal e um pouco mais escuro *Todo processo de refinamento, retira características nutricionais que fazem com que ocorra perda da coloração. SABOR: Frutose>sacarose>glicose>lactose SOLUBILIDADE: •frutose:mais solúvel •Lactose: menos solúvel (aumentando a solubilidade em água quente). •Sacarose: maior solubilidade quanto maior a temperatura (64% a 5°C – 83% a 100°C). CARAMELIZAÇÃO: A 160°C: a sacarose se torna líquida sendo que, a 170°C modifica coloração (caramelização). Ao passar desse ponto, começa a queimar, ficando amarga e escura. ABSORÇÃO DE UMIDADE -Açúcar: higroscópico -Frutose: maior poder de absorção (quer dizer que se usar em preparações, a preparação terá uma característica mais molhadinha, tendo também menor tempo de prateleira). PROCESSOS FERMENTATIVOS São utilizados como substratos para os microrganismos. Ex: Da fermentação alcoólica, em que as leveduras consomem o açúcar e produzem etanol e gás carbônico. HIDRÓLISE Obtida por ação de ácido, enzima ou calor. Ex.: fabricação de fondant Fondant Açúcar de confeiteiro (300g) Água (90mL) Caldo de limão (10mL) Técnica de preparo: Colocar o açúcar e a água na panela antes de levar ao fogo. Cozinhar até atingir o ponto de bala mole. Verificar temperatura 115°C. Verificar ponto de bala. Verter sobre mármore e esfriar por 3 minutos. Despejar o limão por cima e bater a massa até obter coloração branca e massa lisa e macia. Amassar com as mãos até tornar-se aveludada. MEL Obtido a partir do néctar das flores, modificado e concentrado pelas abelhas. COMPOSIÇÃO QUÍMICA: 40% frutose 35% glicose 2% sacarose Vitaminas do complexo B Ferro Limitações de consumo: O mel pode conter resíduos de pólen (natureza protéica) que podem ser potenciais alérgenos. GELATINA Obtida a partir da hidrólise de escleroproteínas (em especial o colágeno). Encontrada como parte aderida aos ossos de carcaças de animais, aparas de couro, peixes e peles de aves. CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS Oferece 4% de proteínas (16 Kcal/100g); com 20% de açúcar (80Kcal) = 96 Kcal/100g (meio copo de gelatina). CARACTERÍSTICAS GERAIS Hidratação: água fria Dissolução: água quente (acima de 35°C) Formação de gel: dada pelo resfriamento e dependerá da concentração de gelatina, tempo e temperatura de resfriamento. Metade quente (dissolver) e metade fria (diminuir a temperatura e impedir a degradação de alguns compostos presentes na gelatina). GRAU DE HIDRATAÇÃO De acordo com a forma de apresentação. Ex.: pó, folha, etc. Também utilizado quando espessante (utilizado sem sabor). Ideal para se obter uma boa gelatina: entre 2 e 5% FORMAS DE PREPARO Adição de Ácidos: pode reduzir a capacidade geleificante Mistura ao leite: mais consistente e cremosa (minerais) Água dura (quantidade maior de minerais): gelatina mais consistente Excesso de açúcar: redução da firmeza (máximo 20%) Uso de frutas: limitado (enzimas e ácidos) VARIAÇÕES DE USO Galantinas: gelatinas salgadas podendo conter carnes, hortaliças, etc. Utilizadas para pratos de entrada. GELÉIAS Principal componente: PECTINA (fibra solúvel) OUTROS INGREDIENTES: Açúcar (ideal: em torno de 65%) - ajuda a dar a textura Ácido: caso seja necessário - depende da fruta utilizada - ácido cítrico é o mais utilizado. Pectina comercial: caso seja necessário (0,75% - 1,95%) - quando algumas frutas não possuem em boa quantidade. VARIAÇÕES: Frutas com baixo teor de pectina: é necessário acrescentar pectina comercial ao suco (ideal: entre 0,75% e 1,95%) Frutas com baixo grau de acidez: acréscimo de ácido. Ex.: suco de limão. pH ideal: entre 3 e 3,1. Exemplos de frutas apropriadas para o preparo de geléia: SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS São carboidratos extraídos das plantas. São substâncias coloidais e constituídas na sua cadeia por ácidos D-galacturônicos, onde seus grupos carboxílicos podem estar parcialmente metoxilados ou completamente metoxilados. Protopectinas São insolúveis em água e possuem cálcio ligado às suas paredes celulares formando pectato de cálcio. Ocorrem em plantas novas. Durante o amadurecimento é hidrolisada por meio de enzimas e dá origem a pectinas. ✓São obtidos a partir da hidrólise da protopectina pela ação das enzimas poligalacturonases (PG). ✓São consideradas substâncias coloidais, não necessariamente solúveis em água e que contém uma proporção variável de grupos metoxilas na forma de ésteres. ✓Os ácidos pectínicos aparecem nas plantas à medida que avança a sua maturação ✓ Dependendo do grau de metoxilação podem formar géis com sacarose em meio ácido, ou em presença de cátions divalentes. Ácidos pectínicos São oriundos da ação das enzimas pectinametilesterase (PME) durante o processo de amadurecimento, promovendo a remoção dos grupos metílicos dos polímeros, dando origem às substâncias pécticas que não formam gel. São ácidos pectínicos solúveis em água, com teor de ésteres de metila (metoxilas) variáveis. Fontes: albedo das frutas cítricas e polpa de beterraba. Pectina com baixo teor de metoxilas (abaixo de 7%) São obtidas por desesterificação parcial de pectinas naturais por métodos enzimáticos e químicos (com ácidos, bases ou amônia). Não formam géis da mesma maneira que pectinas com alto teor de metoxilas., porém gelificam facilmente na presença de cátions divalentes, sem adição de ácido e sacarose. Pectinas com teor de metoxilas abaixo de 1% não gelificam, mesmo na presença de cátions divalentes. Pectinas Sorvetes Preparações geladas, de estrutura própria e consistência cremosa quando ultrapassada a temperatura de cristalização da água. INFLUÊNCIA DOS INGREDIENTES: 1) CORPO: sorvete caseiro derrete mais facilmente, mesmo apresentando maior teor de ingredientes. 2) ESTRUTURA: está relacionada ao tamanho das partículas de gelo, leveza e porosidade. 3) AUMENTO DE VOLUME: incorporação de ar na preparação. Ex.: Sorvete caseiro (30-40% de volume inicial) e sorvete comercial (90-100%). Ingredientes que contribuem para as características da preparação Gordura → Impede a formação de cristais de gelo e geração de sabor. Adoçantes ou Edulcorante Constituído a partir de edulcorantes, substâncias responsáveis pelo sabor doce. •Possuem (alguns) capacidade adoçante superior à sacarose. •Recomendado para dietas especiais, quer seja de emagrecimento ou de restrição. •Reduz as calorias da dieta (não é absorvido pelo organismo ou contêm valor calórico muito reduzido ou o poder adoçante é muito superior) No Brasil: O uso de adoçantes dietéticos é regulamentado pela RDC nº 18 de 24 de março de 2008. A Portaria esclarece que: para consumo seguro, deve-se observar a ingestão diária aceitável (IDA) e considerar vantagens e desvantagens de cada um. Classificação Nutritivos: fornecem calorias (sorbitol, xilitol, manitol, eritritol, aspartame, neotame). Não nutritivos: não fornecem calorias (sacarina, ciclamato, sucralose, esteviosídeo, acessulfame-k). Naturais: (Esteviosídeo, Sorbitol, Manitol, Xilitol). Obs: O sorbitol e xilitol são utilizados como veículos para adoçantes líquidos. Em que auxilia a dissipar e carrear o princípio ativo que em alguns casos é a Sucralose. E por conta de sua utilização em grande escala, o sorbitol e xilitol são produzidos em laboratório sendo eles sintéticos. Sintéticos: (Ciclamato, Sacarina, Sucralose, Aspartame, Neotame, Acessulfame-K, Eritritol –por fermentação) Polióis - são monossacarídeos Sorbitol Presente em várias frutas e algasvermelhas, porém com baixo poder extrativo, por isso são sintetizados. - Poder edulcorante reativo: 60 - Adoçante nutritivo (2,4 Kcal/g) - Poder laxativo - Usado em geléias, gomas de mascar, balas, panetones etc. - Ingestão diária máxima: 50 g/dia Manitol - Poder edulcorante reativo: 50 - Adoçante nutritivo - Usado em goma de mascar e balas - Encontrado em frutas e algas marinhas - Ingestão diária: 20 g/dia - Efeito laxativo Outros polióis monossacarídeos: xilitol (único poliól com poder adoçante igual a da sacarose), eritritol (Zerose®). Polióis dissacarídeos: maltitol, lactitol, isomalte (usado em panificados light pois absorve menos água que a sacarose deixando produtos mais crocantes). Polióis contendo polissacarídeos hidrogenados: xarope de glicose hidrogenado (evita cristalização dos produtos). Eritritol: é um poliól, porém produzido por fermentação, com uma cultura específica (levedura Moniliella pollinis), produzindo uma estrutura semelhante a de um poliól. •Pode ser proveniente do açúcar da cana ou da beterraba, do milho, etc. (quantidade extrativa muito pequena). •Menos doce que a sacarose, por isso é misturado com outros adoçantes. •Não possui sabor residual. Taumatina: Adoçante natural proveniente de uma planta africana. O que se extrai é uma proteína. Não é utilizada pura, é misturada com outros edulcorantes. - É utilizado no Japão como intensificador de sabor. - É 3000x mais doce que a sacarose. ➢ Neotame: 8000x mais doce que a sacarose. ➢Produzido pela mesma empresa que produziu o aspartame. ➢Pode ser aquecido, diferente do aspartame. ➢Dipeptídeo: ácido aspártico e fenilalanina. ➢É rapidamente metabolizado Obs: Não pode ser consumido por fenilcetonúricos.
Compartilhar