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Clínica médica de pequenos animais

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Clínica de 
Pequenos 
Animais 
Professora Christine Souza e Jair Costa 
Universidade de Brasília 
2º/2015 

Métodos de Exploração Clínica Geral 10 ...............
Introdução: 10 .........................................................................
Semiologia: 10 .........................................................................
Marcha do exame clínico: 12 ...................................................
Identificação: 12 ...................................................................................................................
Anamnese: 12 .......................................................................................................................
Anamnese geral: 12 ..............................................................................................................
Anamnese especial: 13 .........................................................................................................
Estado atual do paciente: 17 ................................................................................................
Exploração: 17 ......................................................................................................................
Diagnóstico: 18 ....................................................................................................................
Prognóstico: 19 ....................................................................................................................
Neonatologia e Pediatria 20 ...................................
Introdução: 20 .........................................................................
Filhotes saudáveis: 21 ..............................................................
Desenvolvimento natural dos filhotes: 21 ..............................
Filhotes caninos: 22 .............................................................................................................
Filhotes felinos: 22 ..............................................................................................................
Alterações: 22 ..........................................................................
Comportamento: 22 ............................................................................................................
Problemas de alimentação: 22 ............................................................................................
Problemas de evacuação: 22 ................................................................................................
Agressividade: 22 .................................................................................................................
Cuidados com filhotes órfãos ou doentes: 23 .........................
Hipoxemia: 23 .....................................................................................................................
Anomalias congênitas: 24 ...................................................................................................
Doenças infecciosas: 24 .......................................................................................................
Outras desordens: 24 ...........................................................................................................
Programa preventivo de saúde 25 ..........................................
Cães: 25 ................................................................................................................................
Gatos: 26 ..............................................................................................................................
Mucosas Aparentes e Avaliação de Linfonodo 28 .
Exploração clínica das mucosas aparentes: 28 .....................
Mucosa ocular: 28 ...............................................................................................................
Mucosa oral: 29 ...................................................................................................................
Mucosa genital: 29 ...............................................................................................................
Sistema linfático: 30 ................................................................
Linfonodos: 30 .....................................................................................................................
Desidratação e Fluidoterapia 31 .............................
Introdução: 31 ..........................................................................
Equilíbrio hídrico na saúde: 32 ...............................................
Fontes de entrada de líquido: 32 .........................................................................................
Fontes de perda hídrica: 32 .................................................................................................
Mecanismo de controle do equilíbrio hídrico: 32 ...............................................................
Desidratação: 32 .....................................................................
Causas da desidratação: 33 .................................................................................................
Diagnóstico da desidratação: *** 33 ...................................................................................
Estimar o grau de desidratação: 34 .....................................................................................
Sinais laboratoriais de desidratação: 34 .............................................................................
Fluidoterapia: 35 .....................................................................
É indicada a reposição hidroiônica? 35 ...............................................................................
Qual é a melhor via de administração? 35 ..........................................................................
Escolha da solução de fluido apropriado: 36 ......................................................................
Protocolo geral da fluido: PROVA *** 37 ............................................................................
Monitoração do paciente: 38 ...............................................................................................
Semiologia do Sistema Digestório 39 ....................
Introdução: 39 .........................................................................
Anamnese: 39 ......................................................................................................................
Inspeção do paciente: 39 .....................................................................................................
Sinais de distúrbios gastrointestinais: 40 ..............................
Exame físico do trato digestório: 43 .......................................
Cavidade oral: 43 .................................................................................................................
Glândulas salivares: 43 ........................................................................................................
Esôfago: 43 ..........................................................................................................................
Abdomen: 44 .......................................................................................................................
Estômago: 44 .......................................................................................................................
Intestino: 44 .........................................................................................................................
Avaliação perineal: 44 .........................................................................................................
Fígado: 44 ............................................................................................................................
Pâncreas: 45 .........................................................................................................................
Exames auxiliares: 45 .............................................................
Clínica: Gastroenterologia 46 .................................Afecções Bucais 46 ...................................................................
Periodontite e gengivite: 46 .................................................................................................
Estomatite: 48 .....................................................................................................................
Esôfago 49 ...............................................................................
Esofagite: 49 ........................................................................................................................
Corpos estranhos esofágicos: 51 ..........................................................................................
Megaesôfago: 52 ..................................................................................................................
Afecções Gástricas 54 ..............................................................
Estômago: 54 .......................................................................................................................
Gastrite: 55 ...........................................................................................................................
Síndrome da gastrite aguda: 55 ...........................................................................................
Vôlvulo gástrico: 58 .............................................................................................................
Síndrome da gastrite crônica: 59 ........................................................................................
Vômito: 60 ...........................................................................................................................
Diarreia Crônica 62 .................................................................
Abordagem clínica da diarreia crônica em cães e gatos: 62 ...............................................
Causas gerais da diarreia crônica: 64 ..................................................................................
Achados clínicos: 67 ............................................................................................................
Achados físicos: 68 ..............................................................................................................
Estudos diagnósticos: 68 .....................................................................................................
Causas de doença crônica: 70 ..............................................................................................
Enterites Agudas/Diarreia Aguda 72 .....................................
Enterite canina por Parvovírus: 73 .....................................................................................
Casos clínicos do hospital: 75 ..............................................................................................
Constipação 76 .........................................................................
Pâncreas 81 ..............................................................................
IPE - Insuficiência pancreática exócrina: 81 .......................................................................
Semiologia do Sistema Respiratório 83 .................
Introdução 83 ..........................................................................
Componentes: 83 .................................................................................................................
Anamnese: 83 ......................................................................................................................
Sinais clínicos de uma doença respiratória: 84 ..................................................................
Exame fisico do sistema respiratório: 85 ............................................................................
Casos clínicos: 89 .................................................................................................................
Clínica: Trato Respiratório 90 ...............................
Vias aéreas superiores 90 .......................................................
Espirros e secreção nasal: 90 ..............................................................................................
Doença respiratória viral felina: 92 .....................................................................................
Rinosinusite crônica: 97 ......................................................................................................
Síndrome Respiratória do Braquicefálico: 98 .....................................................................
Vias aéreas inferiores 99 .........................................................
Tosse: 99 ..............................................................................................................................
Colapso de traqueia: 102 .....................................................................................................
Traqueobronquite infecciosa canina: 103 ...........................................................................
Cinomose canina: 105 ..........................................................................................................
Efusões Pleurais: 108 ...............................................................
Tipos de líquido: 111 ............................................................................................................
Semiologia do Sistema Cardiocirculatório 116 ......
Introdução: 116 ........................................................................
Anamnese: 116 .....................................................................................................................
Sinais clínicos: 117 ...............................................................................................................
Exame físico: 118 .................................................................................................................
Exames complementares: 121 .............................................................................................
Conclusão: 121 .....................................................................................................................
Clínica: Sistema Cardiocirculatório 122 .................
Insuficiência Cardíaca 122 ......................................................
Causas de insuficiência: 123 ................................................................................................
Mecanismos compensatórios: 124 ......................................................................................
Sinais clínicos: 125 ...............................................................................................................
Exames complementares: 126 .............................................................................................
Tratamento: 127 ...................................................................................................................
Degeneração crônica da valva mitral: 129 ............................
Sinais clínicos: 130 ..............................................................................................................
Exame físico: 130 .................................................................................................................
Diagnóstico: 130 ..................................................................................................................
Classificação funcional: 131 .................................................................................................
Cardiomiopatia dilatada: 132 .................................................
Etiologia: 133 .......................................................................................................................
Sinais clínicos: 133 ...............................................................................................................
Exame físico: 134 .................................................................................................................
Diagnóstico: 134 ..................................................................................................................Tratamento: 134 ..................................................................................................................
Cardiomiopatia hipertrófica felina: 135 ................................
Etiologia: 135 .......................................................................................................................
Diagnóstico: 136 ..................................................................................................................
Tratamento: 137 ...................................................................................................................
Semiologia Neurológica 139 ...................................
Exame neurológico: 139 ..........................................................
Perguntas básicas: 139 .........................................................................................................
Anamnese: 139 .....................................................................................................................
Etiologias: *** 140 ...............................................................................................................
Passos do exame neurológico: 141 .......................................................................................
Semiologia Dermatológica 148 ...............................
Anatomia: 148 ......................................................................................................................
Anamnese: 150 .....................................................................................................................
Exame físico: 152 .................................................................................................................
Lesões: 152 ...........................................................................................................................
Testes diagnósticos: 156 .....................................................................................................
Clínica: Dermatologia 159 ......................................
Doenças Bacterianas (Pioderma) 159 .....................................
Piodermas superficiais/pseudopiodermas: 161 ..................................................................
Pioderma superficial (verdadeiro): 162 ..............................................................................
Pioderma profundo: 163 ......................................................................................................
Dermatoses Parasitárias 164 ..................................................
Helmintos 164 ......................................................................................................................
Artrópodes 164 ....................................................................................................................
Insetos 169 ...........................................................................................................................
Dermatoses Fúngicas 171 ........................................................
Definições: 171 .....................................................................................................................
Introdução: 171 ....................................................................................................................
Dermatofitose: 173 ...............................................................................................................
Outros: 176 ...........................................................................................................................
Desordens de Hipersensibilidade: 177 ....................................
Introdução: 177 ....................................................................................................................
Urticária e Angioedema: 177 ...............................................................................................
Dermatite Trofoalérgica (Hipersensibilidade Alimentar): 178 ..........................................
Hipersensibilidade à Picada de Pulga (DAP): 179 ..............................................................
Hipersensibilidade de Contato: 180 ....................................................................................
Atopia Canina: 181 ...............................................................................................................
Atopia Felina: 185 ................................................................................................................
Otite: 185 ..................................................................................
Semiologia do Sistema Urinário 190 ......................
Introdução: 190 ...................................................................................................................
Exploração clínica do sistema urinário: 190 .........................
Componentes: 190 ...............................................................................................................
Histórico e Anamnese: 192 ..................................................................................................
Exame físico: 195 .................................................................................................................
Exames complementares: 196 .............................................................................................
Clínica: Sistema Urinário 199 ................................
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos: 199 .............
Introdução: 199 ....................................................................................................................
Sintomas característicos: 199 ..............................................................................................
Diagnóstico diferencial: 200 ...............................................................................................
Urolitíase (cálculo): 202 ......................................................................................................
DTUIF idiopática: 203 .........................................................................................................
Tratamento Médico x Cirúrgico: 205 ..................................................................................
Considerações finais: 211 .....................................................................................................
Doença Renal Aguda: 211 ........................................................
Introdução: 211 ....................................................................................................................
Lesão renal aguda: 213 ........................................................................................................
Causas potenciais: 213 .........................................................................................................
Diagnóstico: 214 ..................................................................................................................
Tratamento: 216 ..................................................................................................................
Prognóstico: 218 ..................................................................................................................
Urolitíase: 218 ..........................................................................
Introdução: 219 ....................................................................................................................
Mecanismos de Defesa: 219 .................................................................................................
Anatomia dos Urólitos: 220 ................................................................................................
Teoria de formação dos cristais: 220 ..................................................................................
Classificação do urólito: 220 ...............................................................................................
Infeção do Trato Urinário (ITU): 221 .....................................Introdução: 221 ....................................................................................................................
Mecanismo de defesa: 222 ..................................................................................................
Classificação da ITU: 222 ....................................................................................................
Sintomatologia Clínica: 223 ................................................................................................
Diagnóstico: 224 ..................................................................................................................
Tratamento: 225 ..................................................................................................................
Observação: 227 ...................................................................................................................
Doença Renal Crônica 227 ......................................................
Introdução: 227 ...................................................................................................................
Causas potenciais: 227 ........................................................................................................
Diagnóstico/reconhecimentos: 228 ....................................................................................
Estágios da doença renal: 230 .............................................................................................
Doença renal aguda VS Doença renal crônica: 230 ............................................................
Progressão da doença: 231 ..................................................................................................
Animal saudável VS animal doente: 232 ............................................................................
Tratamento: 232 ..................................................................................................................
Prognóstico: 235..................................................................................................................
14/08/15 
Métodos de Exploração 
Clínica Geral 
Introdução: 
Raciocínio clínico vs olho clínico:
• Olho clínico:
• Olhar e ver se tem alguma coisa errada. Temos que olhar os nossos pacientes com um olho 
diferente. Vamos colocar defeitos nos animais.
• Raciocínio clínico: 
• O que tem de errado, porque está errado, o que fazer para ficar certo e etc?
• Exemplo: 
• Cadela husky com alopecia, magra. O husky é muito bonito, mas não serve pra nada em um 
país tropical. 
• Histórico: chegou com o objetivo de eutanasiar. Buscamos um diagnóstico. Foi feito uma 
anamnese (entrevista). Na dermatologia 70% das respostas para fechar o diagnóstico está na 
anamnese (a gente depende das informações que o proprietário passa). Cadela jovem que 
estava amamentando (ninhada de 6 filhotes), comendo qualquer coisa, ficou "sozinha" porque 
a família viajou, e a imunidade baixou. Não tinha coceira (prurido abaixo de 5, ou seja, não 
incomodava tanto), com isso a gente consegue diminuir a lista de diagnósticos diferenciais. 
Fazer um raspado para ver o que ela tem na pele (não acharam sarna), mas ela tinha uma 
foliculite, alopecia, heritema, pápulas e crostas. Concluíram que a bactéria era importante 
para aquela doença, então foi preciso passar um antibiótico sistêmico de, no mínimo, 20 dias. 
Para a pele, temos que usar doses muito grandes e por muito tempo. A dieta e o desmame 
dos filhotes também precisam ser alterados. A bactéria que causou isso foi a staphilococcus, 
ela é normal na pele, mas nesse caso causou a doença porque o animal estava com a 
imunidade debilitada. 
• A primeira impressão é importante. É a partir dela que a gente vai classificar o animal. As vezes 
o proprietário exagera um pouco, então a gente tem que prestar atenção e olhar com olho 
clínico. 
• Na anamnese a gente deve escrever assim como o proprietário está falando. Não é a hora de 
interpretar e falar termos técnicos. No exame físico, eu escrevo o que eu vi.
Semiologia: 
• Na medicina humana é chamada de propedêutica.
• Parte da patologia que estuda os métodos de exame clínico, pesquisa os sintomas, indica o 
mecanismo e o valor deles, reunindo, assim, os elementos necessários para construir o 
diagnóstico e deduzir o prognóstico. ***
• Arte de nos ensinar a descobrir o mistério que causou a doença no paciente.
• Saber porque o animal tem aquele tipo de sintoma. Os sintomas se repetem em várias 
doenças, e dificilmente existe um sintoma patognomônico. Ex: vômito pode ser causado por 
gastrite, corpo estranho, dor, parasitos e etc. Pode ter vômito que não tem nada a ver com o 
trato digestório. Se a ureia subir muito rápido, o animal pode vomitar.
• O valor também é importante, saber de quanto em quanto tempo o animal vomita.
• Devemos juntar tudo para construir um diagnóstico e responder a pergunta do proprietário 
(prognóstico = possibilidade de recuperação ou cura). Depois temos que procurar o melhor 
tratamento.
• As vezes é frustrante porque faltam elementos para fechar o diagnóstico. Ex: quando 
precisamos de uma tomografia e o proprietário não quer pagar.
• Primeiro a gente tem que desconfiar de algo, para só depois a gente pedir um instrumento 
certo.
Definições: 
• Legal saber, mas a professora não vai cobrar na prova.
• Semiotécnica: é a pesquisa dos sintomas. Técnicas de pesquisas. Exames de fezes, urina, 
sangue e etc. Escolher o melhor método para explorar o que eu estou vendo.
• Temos a parte física: exploração e exames no paciente em si. Palpar, temperatura e etc.
• Parte funcional: exames que tem a ver com a função do órgão. Fazer um ECG para avaliar a 
função cardíaca (atividade elétrica). Fazer uma urinálise para avaliar a função renal.
• Parte experimental: uso de fármacos, corantes e etc. A gente não faz muito. É fazer um 
procedimento e ver o resultado (urografia excretora, por exemplo).
• Clínica propedêutica: reúne e interpreta o que a semiotécnica recolheu, de modo a formar a 
base para o diagnóstico e o prognóstico. É o nosso objetivo. É o momento que a gente junta 
tudo para achar um diagnóstico.
• Semiogênese: tentar explicar o mecanismo do sintoma que eu estou visualizando. 
• Ex: cão mancando e o dono deu AINE. Causou uma úlcera e o animal começou a vomitar.
• Sintoma: fenômeno anormal. Qualquer evidência subjetiva percebida pelo paciente. É uma 
avaliação do paciente do jeito que ele conta para o médico. Existem pacientes que manifestam 
os sintomas de forma diferente.
• Sintoma patognomônico: característico de uma determinada doença. Não existe nenhum 
sintoma patognomônico. 
• Sinal clínico: indicação da existência de alguma coisa. Qualquer evidência objetiva de uma 
doença percebida pelo médico. Conclusão que o clínico tira do sintoma observado.
• Quadro sintomático: conjunto de sintomas de uma doença. Não é sempre bonitinho. Pode 
haver casos de diabetes onde o animal só emagrece, sem ter poliúria, polidipsia e polifagia.
• Síndrome: conjunto de sintomas que se repetem em várias afecções, mas não caracteriza 
nenhuma delas. Ex: febre, icterícia. Não é um diagnóstico e não é uma doença. 
Diagnóstico:
• Reconhecer melhor. De um monte de coisas acontecendo, eu consigo definir o que está ali no 
meio. A gente define o paciente, e não a doença.
• Cada doença se manifesta de uma maneira diferente em cada paciente.
Prognóstico:
• É a previsão de recuperação, qualidade de vida e etc.
• Cão guia cego tem prognóstico desfavorável. Mas se ele for só um labrador de companhia, o 
prognóstico é ótimo.
• Tem a ver com a expectativa do proprietário e com a função do animal.
• Favorável, desfavorável, sombrio, reservado (não queremos nos comprometer em dizer algo. É 
em cima do muro).
• São adjetivos, e não números.
Indicação - tratamento:
• Se a gente tem um diagnóstico, a gente chega na previsão do tratamento.
Marcha do exame clínico: 
• As coisas devem fluir em uma única direção, sem pular etapas ou voltar atrás.• Nunca devemos negligenciar a identificação do paciente.
• Um dos grandes desafios é pedir o exame certo, na hora certa.
Identificação: 
• Trabalhamos com espécies completamente diferentes, por isso não podemos tratar uma como 
a outra.
• Consiste no registro, em ficha própria, das diversas particularidades do animal.
• Espécie: tem enfermidades específicas e particularidades terapêuticas.
• Raças: dentro da mesma espécie, tem doenças que são mais comum em umas raças do que 
outras. Algumas raças tem doenças tão esquisitas, que recebem o nome da própria raça.
• Idade, sexo, pelagem, peso, origem e etc.
• A idade é muito importante também. Um shitszu de 3 meses vomitando e um poodle de 10 anos 
vomitando devem ser olhados com maneira diferença. As prioridades e as gravidades mudam 
de acordo com a idade. Os filhotes e os velhos tem baixam imunidade.
• Saber se é macho ou fêmea, se é castrado ou inteiro.
• Pelagem: a cor do pelo e da pele são importantes. O câncer de pele em áreas despigmentadas 
é muito comum.
• É importante pesar o animal. As nossas medicações são todas em mg/kg.
• A origem caracteriza o meu paciente. Tem animais que vem de outra cidade ou país, e eles 
podem vir com parasitas exóticos para a gente.
• Documentário: como os humanos estragaram as raças. BBC
Anamnese: 
• Pode demorar de minutos a horas. A vezes ela é negligenciada em emergências.
• A anamnese de pele demora bastante. 
• É como uma entrevista/interrogatório.
• Dados mais precisos e completos possíveis, fornecidos pelo proprietário do animal, ou pelo 
encarregado de tratar do mesmo, acerca dos antecedentes, conduta do paciente, origem e 
curso da enfermidade. ***
• Vou buscar o que o proprietário interpretou sobre o seu animal. Por isso, a anamnese é 
subjetiva. As vezes a pessoa que está passando as informações não consegue ser objetiva e 
exata.
• Deve ser escrita com as palavras do proprietário. ***
• Não devemos induzir o proprietário a falar o que a gente quer. Melhor perguntar o que o animal 
come do que qual ração ele come.
• Sempre devemos começar com a pergunta para saber o motivo da consulta. ***
• Iatrotrópico: sintoma que fez ele buscar o tratamento. É o que fez ele levar o animal ao 
veterinário.
Anamnese geral: 
• Onde o animal é mantido. É importante situar o animal e saber no que isso pode influenciar na 
doença. Saber onde ele passa a maior parte do tempo.
• Fugas recentes. Pode apresentar sinais de intoxicação ou trauma. Também pode ter sinais de 
doenças infecciosas.
• Origem geográfica e viagens recentes. Se ele veio de algum lugar, ele pode trazer doenças 
exóticas para a gente.
• Contactantes. Humanos e animais. Importante saber para avaliar doenças contagiosas.
Anamnese dietética:
• É a mais divertida.
• Apetite, ganho ou perda de peso.
• Tipo de dieta, marca, petiscos, frequência, quantidade.
• A cebola dá anemia hemolítica por corpúsculo de heinz. Chocolate é tóxico, pode causar 
problemas cardíacos e diarreia. Carambola é nefrotóxico.
• O desbalanço da dieta é um grande problema nutricional, pois pode levar à obesidade.
• A dieta causa e cura muitas doenças. Ela interfere muito na saúde do animal. ***
• Precisamos saber onde o proprietário compra a ração e onde ele guarda.
• Tem proprietário que não sabe o que o animal come, como é o caso dos gatos de vida livre.
• Ração hipoalergênica: fonte exótica de proteína ou proteína hidrolisada. Pode ser usada para 
doenças de pele ou intestinais inflamatórias. É mais cara, não pode ter corante e etc. 
• O que mais afeta a progressão de doenças renais é a dieta.
Imunoprofilaxia/vermifugações:
• Data e tipo de vacina.
• Vermífugo, exames de fezes. O toxocara é um verme que passa pela placenta, então o filhote 
já pode nascer cheio de verme.
• Testes específicos: FeLV/FIV, dirofilária, leishmaniose.
• Prevenção de doenças infecciosas.
Antecedentes mórbidos:
• Enfermidades e cirurgias anteriores.
• Antecedentes familiares. Cães alérgicos vão ter filhotes alérgicos.
• Queremos saber o que já aconteceu na vida do animal. Isso pode ou não influenciar a doença 
de hoje.
Queixa primária:
• É a primeira coisa que deve ser perguntada. É o motivo da consulta (sinal iatrotrópico).
• Resumo rápido do motivo e da evolução.
• É importante saber se algum tratamento já foi feito e se houve resultado.
• Queixa de pele: falar se coça ou não. ***
Anamnese especial: 
Cabeça:
• Tem vários lugares pra inflamar: boca, olhos e orelha.
• Secreção nasal (quantidade, característica, uni ou bilateral). Diferenciar doença nasal de 
pulmonar.
• Os linfonodos que irrigam a cabeça são os que mais tem aumento de volume (reação), por 
causa da quantidade de coisas que entram pela cabeça.
• Orelhas: coceira nas orelhas, balanço da cabeça, problemas de audição. 
• A otite é uma inflamação muito comum, e geralmente ela é secundária a uma alergia. 
Algumas raças possuem orelhas incompatíveis com a vida. Não tem necessidade ter uma 
orelha tão grande, como é o exemplo do basset Hund que chega a pisar na orelha. 
• O cocker tem muita otite porque a orelha é muita caída e ele é muito seborreico. A orelha fica 
muito úmida e isso vira um meio de cultura (bactéria e malassésia). 
• Surdez é uma alteração frequente em animais idosos. Faz muita falta pros animais.
• Cavidade oral: fonte inesgotável de queixas, tanto em cães como em gatos. É uma das mais 
frequentes causas de ida ao veterinário. 
• Gatos tem viroses que causam inflamações direto na boca. Cães tem muito cálculo. O dente 
fica mole e precisa ser retirado. 
• Dificuldade de engolir, odor na cavidade oral, inchaços anormais na língua ou gengiva, 
alterações vocais (latido ou miado rouco). 
• Olhos:
• Presença de secreção. Quantidade, característica, uni ou bilateral.
• Presença de dor ou desconforto, fotofobia.
• Vermelhidão, inchaço.
• Alterações de cor. Exemplo: animal com olho azul que vira verde, é animal com icterícia.
• Distúrbios visuais (cegueira). A maioria das doenças que causam cegueira, causam cegueira 
permanente.
Sistema tegumentar:
• Extremamente detalhada. A anamnese da pele é a mais demorada. É a mais volumosa de 
todos os sistemas do organismo.
• É generalizada e específica. Tudo pode influenciar a pele (ambiente, alimentação, contactação, 
prurido e etc). Temos que perguntar detalhes.
• A alergia alimentar é uma das 3 alergias mais frequentes nos cães. As outras são secundárias. 
As indústrias tem investido em melhorar a qualidade das rações com produtos hipoalergênicos. 
***
• A dermatologia é uma área cada vez mais desenvolvida na veterinária. Quanto mais próximo ao 
proprietário, mais alergias o animal vai ter.
• 70% das informações que a gente precisa para fechar um diagnóstico de pele está na 
anamnese. A gente não pode ter vergonha de fazer perguntas. ***
• Ele pode ter alergia à ração, mesmo se ele usar a mesma dieta há muito tempo.
• Uma das queixas mais comuns é o prurido, que deve ser classificado de 1 a 10. Existem várias 
maneiras de coçar. Lamber, roçar em alguma coisa e etc. A gente tem que perguntar com que 
frequência ele se coça, aonde, como e quando (até o período do ano, pois os alérgicos se 
coçam mais na seca).
• Banho em excesso faz muito mal, pois retira a camada seborreica e propicia a proliferação do 
staphilococcus. As vezes o banho deixa a pele do animal mais seca e ele vai se coçar mais.
• O sabão é extremamente alcalino (básico), e a maioria da pele dos animais é ácida para manter 
as bactérias em crescimento em equilíbrio. Se a gente altera o pH, a gente muda tudo.
• A frequência dos banhos depende se o animal tem pelo longo ou curto, se ele tem muito sebo, 
se ele tem a pele sensível e etc.
• A pele dos animais é mais sensível do que a nossa. A epiderme deles é muito mais fina que a 
nossa, pois ele possuem cobertura pilosa e a gente não tem. O shar-pei tem as células da pele 
degeneradas.
• Perda de pêlo é outra coisa muito comum. O único motivo pra ele trocar de pelo é porque ele 
tem pelo e esse pelo precisa ser renovado. Se tiveruma área mais pelada, aí sim é patológico. 
Algumas raças mudam o pelo quando deixam de ser filhotes e passam a ser adultos, outras 
raças mudam de pelo de acordo com as estação.
• O ciclo (tempo) do pelo é contínuo, ou seja ele sempre vai estar caindo. Raças com ciclo mais 
curto, tem queda de pelo mais frequente; já raças com ciclo mais longo podem ter pelos caindo 
apenas 1 vez por mês.
• Outra coisa que chama a atenção é o odor. Muitas vezes o proprietário reclama do próprio 
cheiro de cachorro e a gente tem que diferenciar do mau cheiro. Otite pode causar um cheiro 
diferente, pois fica rançoso. Doença periodontal deixa o animal com bafo de múmia. Alterações 
na pele também podem causar cheiro patológico. A seborreia também deixa um cheiro de 
gordura rançosa, e pode ser primária ou secundária. Quando tem inflamação, tem alterações 
nas glândulas. Miíase fede muito e tem um cheiro muito característico. Diarreia de parvo 
também tem um cheiro característico de necrose/sangue digerido.
• As alterações pigmentares podem acontecer mas não são tão frequentes. A pele com 
inflamações crônicas tende a escurecer.
• Descamações podem ser caspa (distúrbio de queratinazação, onde a camada córnea da pele 
sofre alterações).
• Presença de ectoparasitos é muito comum. A alergia a pulga é a mais frequente nos cães e 
pode ser causada por apenas uma única pulga. Dificilmente o proprietário vê a pulga em casa. 
• Perguntar sobre atos de higienização. Perguntar sobre a frequência dos banhos e escovação. É 
muito bom escovar, pois isso retira pelos mortos e faz uma ventilação na pele.
• Sempre perguntar dos contactantes, pois lesões de pele podem passar de um animal para 
outro. O ambiente pode fazer muito mal para o animal (dermatite de contato irritante).
• A sarna e o fungo são muito comuns. Aqui, na nossa região, a gente não se preocupa muito 
com a sarna. Pode passar de um animal para outro ou através de materiais contaminados. 
• Tratamentos anteriores: muito importante perguntar. As vezes o proprietário já deu alguma 
coisa pro animal. A gente precisa saber o que está fazendo diferença na doença (o que 
melhorou e o que fez piorar). Os antibióticos para pele precisam ser administrados por, no 
mínimo, 20 dias. ***
Sistema respiratório/ circulatório:
• As manifestações são muito parecidas. 
• Intolerância a exercícios, fraqueza, desmaio (síncope) e etc. ***
• A síncope acontece muito em animais com insuficiência cardíaca congestiva.
• Os gatos não fazem exercício naturalmente.
• Presença e características de tosse. Nos cães a tosse mais frequente é cardíaca, por 
cardiomegalia (compressão do brônquio direito) ou edema pulmonar. A tosse cardíaca é 
improdutiva, ou seja, seca. A tosse produtiva está muito relacionada à pneumonia 
(movimentação de líquido), e nesses casos a gente deve deve deixar o muco mais líquido 
(expectorante). 
• Gato com doença cardíaca não tosse. O hipertiroidismo e a doença renal não controlada vão 
maltratar o coração.
• Presença de dificuldade respiratória. O animal fica ofegante. Alguns animais tem crises de 
dispnéia tão grande que precisam ser sedados. A gente não deve esticar um animal dispneico.
Sistema digestório:
• Junto com a dermato, é o que vem com mais frequência de queixa, mesmo que a doença não 
seja sediada no sistema digestório.
• O vômito pode estar presente em uma série de doenças que não estão relacionadas ao 
estômagos. Cães e gatos vomitam com mais frequência que as outras espécies, mas isso não 
quer dizer que eu devo aceitar um vômito frequente (todo dia, 3-4 vezes por semana). Se ele 
comeu um sapato, é melhor que ele vomite e expulse aquilo.
• Fazer uma anamnese dietética muito bem detalhada. A dieta sempre vai ser a culpada até a 
gente achar outro culpado.
• Existem diarreias agudas que podem matar um filhote em 24 horas porque o animal perde 
muito líquido. Alguns animais podem ter inflamações crônicas que vão causar diarreia crônica. 
A diarreia também é um mecanismo de defesa, mas a perda hídrica é grave.
• Constipação: isso acontece com mais frequência em animais idosos. Quando as fezes ficam 
secas, é mais difícil para defecar (pode chegar a um caso de obstipação).
• Uma outra coisa que é muito comum é a perda de peso, que pode ser de forma rápida ou lenta. 
Devemos checar com muita frequência. Para filhotes, 10 gramas podem fazer diferença. Se um 
animal perde muito peso de um dia para o outro pode ser sinal de desidratação. 
• O jejum é prejudicial porque os nossos pacientes são carnívoros e se eles ficam sem comer, 
eles começam a catabolizar os músculos. 
• Se o animal tem acesso à rua, o animal vai comer coisa estranha, especialmente os cães.
• Toxina: tem animais que bebem coisas esquisitas. Os cães tem manias de comer e beber 
coisas estranhas. Os gatos vão lamber as patas se eles tiverem pisado em locais sujos. 
• Cães comem grama, mas isso tem a ver com distúrbios gastrointestinais crônicos. O animal 
quer aumentar o teor de fibra ou ele quer vomitar.
• Filhotes comem corpos estranhos. O corpo estranho pode parar em qualquer local do trato 
gastrointestinal e causar diferentes sintomas.
Sistema urinário:
• Outra fonte muito comum de alterações.
• Muito comum em animais velhos, com doenças renais.
• Fazer xixi demais ou de menos é sinal de doença renal. Se ele estiver fazendo muito xixi é sinal 
que o rim está desperdiçando água.
• Frequência de micção e de ingestão de água.
• Alterações nas características da micção e da urina.
• Incontinência urinária (perda do controle voluntário da micção). Isso não é, necessariamente, 
um problema urinário. Tem haver com o neurológico (lesões medulares). A urina retida é um 
foco de infecção, então o animal pode desenvolver cistite. Existe incontinência temporária, que 
é o casos dos cães filhotes (pode ter a ver com emoções). As vezes a bexiga contrai e a uretra 
não abre.
• As vezes o animal perde muita água na urina, e por isso ele começa a beber muita água para 
compensar essa perda.
• A diabetes mellitus também faz o animal urinar muito. A glicose tem um limite x para ser 
reabsorvida pelo rim e começa a sair na urina, levando água. A diabetes insípidus tem a ver 
com o hormônio anti-diúretico, seja na quantidade (central) ou nos receptores renais 
(periférico). Hoje em dia, os nossos animais estão tendo cada vez mais diabetes secundária à 
obesidade (a insulina não consegue mais agir na lipase periférica). 
Sistema genital:
• É importante saber se o animal foi castrado, quando foi castrado (crescimento de tumores). 
• A vaginite juvenil ocorre quando os animais não tiveram cio ainda, sendo uma infecção local. O 
ciclo estral da cadela e da gata são diferentes. Enquanto o cio da cadela é monoestral, a gata é 
poliéstrica. Alguns anticoncepcionais não são mais indicados para cadelas e gatas, porém em 
algumas bulas ainda consta a dose para pequenos. Alguns hoje em dia, mais modernos, até da 
pra utilizar em últimos casos.
• O estado reprodutivo é importante. Nas fêmeas são importantes os ciclos estrais, gestações e 
partos anteriores, presença de secreções vulvares (muito frequente, e o caso mais frequente é 
a piometra). No caso dos machos a mesma coisa, fertilidade (se tem algum problema ou não), 
presença de secreção prepucial ou peniana (secreção normal que acaba infeccionando).
Sistema músculo esquelético:
• Observar presença de assimetria, perda de massa muscular, inchaços, e dificuldades de 
movimentação ou locomoção.
• Observamos presença e características da claudicação (uma queixa muito comum é a displasia 
coxo-femural, que chega a tirar o animal da reprodução). Outra queixa são os acidentes 
traumáticos, com presença de fraturas, que as vezes são fraturas comunitivas, fraturas 
expostas, temos vários traumas na rotina.
Sistema nervoso:
• Alterações comportamentais (psíquicos de doenças neurológicas); ataques convulsivos (nem 
sempre o animal é epilético).
• Anormalidades de postura e ambulação.
• Muitas vezes distúrbios de ambulação são confundidoscom traumas, porém são nervosos. O 
sistema muscular, nervoso e articular estão muito juntos e podem confundir o veterinário. No 
sistema nervoso temos também alterações comportamentais (agressão ou demência). Cães 
velhos apresentam distúrbios cognitivos associados ao envelhecimento (ficam gagás). 
• Temos também ataques convulsivos (muitos animais não passam por um exame minucioso 
sobre suas convulsões e o diagnóstico é epilepsia, porém, a epilepsia idiopática é rara, 
geralmente tem um diagnóstico) e anormalidades de postura e ambulação. Animais que sempre 
apresentam convulsão podem criar um foco convulsivo no SNC, e os medicamentos 
anticonvulsivos podem levar a efeitos colaterais graves.
Estado atual do paciente: 
• Através do exame inicial, procura-se conhecer, de um modo geral, o estado do doente. 
Elementos que vão auxiliar ou orientar a realização do exame especial, ou seja, aquele que 
consiste em examinar, cuidadosamente cada sistema do organismo do animal.
• Sabemos se é crônica ou aguda.
• Já temos a noção do paciente. Avaliação mais rápida do paciente para tentar situar o animal ao 
que está acontecendo.
• Após feita toda a anamnese do paciente e esperar pela sorte do proprietário ter dado as 
informações corretas, temos o estado atual do paciente, sabendo mais ou menos com o que 
estamos lidando, mesmo não sabendo o diagnóstico ainda. O estado atual do paciente é 
aquela avaliação mais rápida que fazemos para situar nosso paciente nessa história, nesse 
mistério que estamos tentando solucionar. 
• Temos algumas palavras chaves que utilizamos na nossa ficha clínica, e é ai que começamos o 
exame físico geral.
• Constituição ou estado geral: 
• Atitudes normais, estado de nutrição (estado de carne). A aparência geral é o estado do 
animal que nos chama atenção no momento em que entra no consultório, se ele tem cara de 
doente, se está normal, etc. É o adjetivo que chama a atenção quando se vê o animal.
• Atitude:
• Estado de consciência: ativo, apático, alerta.
• Postura corporal: como ele chegou (andando, decúbito lateral, no colo e etc).
• A atitude é mais estado de consciência (alerta, apático), tem a ver mais do fisiológico do que o 
comportamental. O comportamento já é o jeito que o animal é.
• Comportamento: pode se diferir do que o proprietário descreve. Deve informar como ele está 
no momento da avaliação.
• Temperamento:
• Temos comportamento equilibrado (previsível e faz parte), nervoso (imprevisível ou reação 
exagerada) ou linfático (o animal está tão apavorado que fica sem reação). Os medrosos 
podem ter reações inesperadas também.
• No estado atual do paciente observamos a aparência geral, a atitude, o estado de consciência, 
a postura corporal, e o comportamento (podemos pedir para o proprietário descrever, porém, 
ele pode ser de um jeito em casa mas no consultório é de outro jeito). O estado de consciência 
e a postura corporal estão muito ligados e são difíceis de diferenciar. 
Exploração: 
• Exames físicos ou complementares.
• Os exames complementares devem ser pedidos quando a gente tem uma suspeita de algo. Só 
devem ser pedidos após o exame físico completo.
• Começaremos o exame físico e os exames complementares. Somente depois do exame físico 
que estaremos prontos a fechar o diagnóstico ou então pedir exames complementares. O 
exame não pode ser suplementar (para tapar buracos). O exame complementar nos dá 
informações complementares, muito importantes.
• Temos que ter uma boa noção, até porque o proprietário não tem dinheiro para todos os 
exames complementares. Geralmente não sabemos o problema do animal, porém muitas vezes 
temos uma noção do que estamos lidando. Não quer dizer que o exame mais moderno é o 
melhor. 
• Depois dos exames físicos e complementares, se formos abençoados, conseguimos chegar no 
diagnóstico. Algumas vezes apesar de fazer tudo certo, pedir os exames certos, não 
conseguimos chegar no diagnóstico. Pode acontecer de não escolher o exame certo, ou ter 
pulado alguma etapa, ou então o exame não existe ou o proprietário não tem condições de 
pagar. Se o caso é muito difícil não devemos ser orgulhosos, devemos encaminhar para um 
especialista. 
• O especialista ajuda na história do diagnóstico, pois ele vai conhecer algum exame mais 
específico, vai entender mais sobre o assunto e pode fechar o diagnóstico. Após o exame físico 
e o exame complementar temos as suspeitas clínicas, que podem ser quantas forem, já 
embaixo temos o diagnóstico que é um só. A lista de diagnóstico diferencial quanto menor 
melhor, pois maior a chance de chegar a um diagnóstico. Exames laboratoriais são de sangue, 
urina, fezes, exsudados e transudados, raspados cutâneos, etc. Punções exploratórias. 
Biópsias, que consistem na coleta de pequenos fragmentos de tecido do animal vivo, para 
exame laboratorial (histopatológico). Inoculações diagnósticas/ reações alérgicas.
• Métodos de exploração físicos:
• Muitos são baseados nos nossos sentidos. É importante descobrir qual é o nosso melhor 
sentido, aguçá-lo, e melhorar os piores.
• Inspeção: (visual). Ao bater o olho, que impressões temos desse animal. A inspeção pode ser 
direta ou indireta. Para diagnóstico de pele, a imagem é muito importante, observar é muito 
importante.
• Palpação: utilizamos para aumento de volume na superfície do pelo da pele (testamos 
mobilidade, temperatura, sensibilidade desses aumentos de volume). E em qualquer 
superfície corporal dos animais podemos observar hiperestesia (local com sensibilidade 
aumentada, pode ser alguma lesão) ou hipoestesia (sensibilidade diminuída, podendo ser 
dano neurológico). A palpação de nódulos é importante, mas a palpação de abdômen também 
(conseguimos palpar bexiga, alças intestinais, bordos de fígado se estiverem aumentados, 
rins). Nos gatos é mais fácil palpar os rins do que no cachorro. Nem sempre a palpação nos 
dá informações muito objetivas, principalmente em relação a dor (a dor somática e periférica 
são muito diferentes).
• Percussão: fundamenta-se na análise do ruído produzido ao se golpear, brevemente, uma 
região qualquer do corpo, estressa o paciente. É o único que não utilizamos muito, pois o 
animal se estressa. Consiste em bater em cima do nosso dedo e ouvir o som repercutir. Para 
pequenos animais são 3 sons que iremos ouvir, que são o som mate/maciço (som sem eco, 
baixa intensidade e curta duração), som claro (som de maior intensidade, maior duração e 
ressonância) e o som timpânico que é um som de maior intensidade, menor duração e maior 
ressonância, por exemplo, um estômago cheio de gás).
• Auscultação: consiste na aplicação do sentido da audição para perceber os ruídos normais ou 
patológicos que se produzem no interior dos órgãos, durante o seu funcionamento. Sons 
fisiológicos e alterações. Os mais úteis são os bulbos cardíacos e movimento do ar. Ouvir é 
diferente de auscultar. Na auscultação ouvimos os sons das bulhas cardíacas e movimento do 
ar no pulmão, desde a entrada até a saída. Esses dois são os mais relevantes. O coração faz 
tum ta e não tum tum.
• Olfação: halitose, alterações respiratórias, doença de pele, otite, miíase, diarreia de parvo 
(sangue digerido), cinomose e etc. Os odores normais se diferenciam dos anormais. Temos 
que diferenciar os dois. Doenças de pele causam odores anormais. Doença renal causa 
halitose diferenciada. Temos halitose também por necrose e por cetoacidose diabética (cheiro 
de acetona). Podemos ter necrose de alterações respiratórias. O veterinário se acostuma com 
cheiro ruim. Cheiro de parvo é muito característico.
Diagnóstico: 
• Constatação da presença de uma doença com certas características clínicas e patológicas 
aplicáveis a determinado caso. Reconhecer uma doença e saber a diferença entre ela e outras. 
O animal não é obrigado a ter uma doença só, ele pode ter outras. O diagnóstico caracteriza o 
paciente e ajuda a determinar o prognóstico.
• É importante caracterizar o paciente (de acordo com o que ele tem) pois classifica ele e facilitaa comunicação com o proprietário. O proprietário quer solução e ele quer que expliquemos para 
ele como é essa solução e as vezes o motivo de não ter uma solução. O diagnóstico fornece 
explicação.
• Antes de chegar no diagnóstico, tem uma lista de suspeitas (diagnósticos diferenciais).
• Existem vários tipos de diagnóstico: diferencial, hipotético, presuntivo, definitivo, 
anatomopatológico, aberto e indeterminado.
• Diagnóstico diferencial: é uma lista, uma relação de doenças que podem ser responsáveis por 
aqueles achados clínicos do animal naquele momento. 
• Diagnóstico definitivo: é nosso sonho de consumo. Fechou e não tem mais questionamento. 
• Anatomopatológico: quem mais sabe do diagnóstico é o patologista, porém já é tarde demais. 
muitas vezes é muito importante e o clínico aprende muito com isso.
• Diagnóstico aberto: é nosso pesadelo, bem parecido com o indeterminado. O aberto é o que 
não conseguimos fechar pois faltou alguma coisa (proprietário não voltou, não conseguiu 
realizar algum exame). 
• Diagnóstico indeterminado: mesmo fazendo tudo ainda ficou sem etiologia. Idiopático é uma 
palavra odiada pelos clínicos. É necessário ter certeza que é idiopático, pois pode ser que 
tenha faltado alguma informação antes.
Prognóstico: 
• O diagnóstico fecha o prognóstico. É uma previsão a cerca da evolução clínica futura de uma 
doença. A probabilidade de recuperar do animal e sua capacidade de satisfazer a finalidade 
pretendida também fazem parte do prognóstico. Temos que ter muito cuidado ao dizer para o 
proprietário o prognóstico do animal. 
• O prognóstico varia com o caso. Geralmente falamos favorável, desfavorável e reservado 
(depende do que fizermos, se o proprietário conseguir comprar ou dar o medicamento, etc). O 
prognóstico desfavorável não significa que o animal irá morrer. O sombrio é o mesmo que 
desfavorável.
• Previsão da evolução clínica futura de uma doença.
• Favorável, desfavorável, reservado (depende). 
24/08/15 
Neonatologia e Pediatria 
Introdução: 
• A gestação dura em torno de 62 dias e os filhotes já nascem prontos.
• É comum o proprietário chegar com o filhote quase morrendo. As vezes a doença começou no 
cruzamento dos pais, que foi inadequado.
• A gente deve indicar a castração dos animais. O animal inteiro fica estressado. A gente deve 
diminuir essa angústia.
• As vezes o proprietário quer ajuda para ter um parto saudável.
• É melhor ter parto em casa, pois é o ambiente da mãe.
• Tem animal que perde o instinto materno. Elas não se preocupam com os filhotes. Porém, tem 
umas mães que viram outro animal quando eles tem filhotes.
• Isso tem a ver com hormônios e com a maneira que elas foram criadas.
• Cuidado com animais que matam os filhotes. Elas detectam coisas que a gente não vê. 
Alguns nascem com defeitos congênitos, mais fracos e etc. Ela quer dar mais chances aos 
que não estão fracos, e então elas rejeitam os doentes/fracos. 
• É muito comum morrer filhote nas primeiras 36 horas de vida. É o momento que eles estão 
mais suscetíveis às condições ambientais e aos cuidados da mãe. ***
• É melhor deixar o filhote só com a mãe. Elas sabem o que fazer. A gente deve evitar colocar 
as nossas mãos. Devemos ajudar apenas com os olhos.
• Devemos ajudar apenas as mães que não sabem o que fazer.
• Cesariana:
• A cadela não sentiu o parto e pode rejeitar os filhotes. Se ela não foi mãe antes, ela pode se 
assustar e matar os filhotes.
• Durante o parto, tem liberação de hormônios. A prolactina garante a produção de leite e 
influencia o comportamento materno.
• Se a mãe tiver passagem, a gente deve tentar induzir o parto. Por último caso, a gente faz a 
cesariana. A gente deve esperar a mãe entrar em trabalho de parto antes de fazer a cesárea. 
*
• Quando o leite sai, ele vira um meio de cultura. Isso é muito ruim, pois pode levar 
contaminação para a ferida.
• Partos mais longos são melhores, pois tem mais hormônios sendo liberados. ***
• Os partos devem ser em locais protegidos e onde as fêmeas se sintam à vontade.
• O macho e outras fêmeas podem assustar e estressar a mãe. Alguns machos tentam matar 
os filhotes no momento do parto.
• Sai um filhote de cada vez, e a mãe vai ingerir a placenta (muito nutritivo, pois tem proteína). 
A mãe deve começar a lamber pela cabeça, e depois lamber o filhote todo. Se a mãe não fizer 
isso, a gente pode fazer e a gente deve colocar a cabeça deles para baixo para que o líquido 
escorra. ***
• O primeiro que nascer, vai mamar e vai estimular a liberação de prolactina que vai estimular a 
contração uterina e a produção de leite. ***
• Nas primeiras horas ela vai produzir muito leite, então a gente deve fornecer água. Ela pode 
não sentir fome, e isso é normal.
• As vezes o filhote pode aspirar líquido no momento do parto. Alguns aspiram leite. A gente 
deve observar o palato, pois a fenda palatina é muito frequente (ainda mais em cruzas 
consanguíneas).
Filhotes saudáveis: 
• Escolher reprodutores que sejam fortes e saudáveis. Devemos lembrar de algumas doenças 
que podem ser prevenidas. Não podemos esquecer da brucella que pode causar 
subinfertilidade. Cuidado com hipotireoidismo, que causa infertilidade e aumento do intervalo 
entre os cios. 
• Cruzamentos controlados. Observar o tamanho dos pais, ver se a fêmea tem condições de ser 
mãe. Devemos cuidar da alimentação da mãe. Cuidado com fêmeas obesas (não podemos 
mudar a dieta de uma vez, mudar no terço final da gestação). A ração de filhote é a melhor 
dieta para a mãe.
• Cuidados com a alimentação da fêmea gestante e durante a amamentação. A nutrição 
inadequada da fêmea pode levar ao nascimento de filhotes com baixo peso e ao aumento da 
mortalidade pré-natal. Os alimentos com alta densidade nutricional são adequados a este 
período.
• A mãe demanda muita proteína e muito cálcio. A fêmea pode ficar com hipocalcemia, isso 
acontece geralmente em raças pequenas e quando a mãe não se alimentou direito no terço 
final da gestação. Cães grandes tem ossos maiores e, consequentemente, tem muito mais 
cálcio que raças pequenas. A ração de filhote tem muito cálcio e muita proteína, e isso é ótimo 
para a mãe.
• Cuidados com os filhotes recém nascidos:
• Durante as primeiras 36 horas de vida de um cão ou gato recém nascido uma série de 
cuidados devem ser tomados a fim de minimizar o estresse e as variações ambientais. Deve-
se procurar um ambiente tranquilo e aquecido.
• Eles não tem controle de temperatura. Se ele esfriar muito, ele pode morrer. A mãe é a fonte 
de calor, por isso os filhotes se aglomeram quando a mãe sai do ninho. ***
• 100% da nutrição dele vem da mãe, a gente não precisa se preocupar. 
• A imunidade vem do colostro, então se a mãe é vacinada, os filhotes vão receber as 
imunoglobulinas. O colostro deve ser ingerido nas primeiras 12-24 horas (devemos garantir 
que todos os filhotes mamem). As vezes a mãe não tem leite, e os filhotes ficam sem 
imunidade (precisam ficar isolados e começar o esquema de vacinação mais cedo).
• O colostro é diferente do leite normal, em termos nutricionais. O leite da cadela é muito mais 
nutritivo e concentrado que o leite de vaca (tem muita gordura e proteína, pois os cães são 
carnívoros). O colostro tem pouca energia. O leite tem baixa quantidade de açúcar (a lactose 
que dá diarreia nos filhotes). ***
• A imunidade passiva pode ser sistêmica (igG) ou local (igA). A local dura mais tempo, pois a 
igA fica na mucosa. A imunidade passiva sistêmica ajuda a destruir microrganismos 
patogênicos que entram na corrente circulatória, sendo essencial para a sobrevivência.
• As vezes, a gente pode fazer soro subcutâneo em filhotes que não mamaram o colostro. É 
mais complicado fazer e quase não é feito. 2-5 ml de soro estéril derivado de sangue coletado 
da fêmea ou de outros gatos adultos.
Desenvolvimento natural dos filhotes: 
• Os dentes permanentes começam a crescer a partir dos 4-5 meses. 
• Os gatos só possuem 30 dentes.
• Desenvolvimento dos filhotes:
• É legal para estimara idade de animais que foram achados na rua.
• Até 3 semanas de idade, eles não tem controle de urinar e defecar. A mãe lambe para 
estimular isso. Elas comem as fezes e bebem a urina para deixar o ninho limpo.
• A função hepática só fica parecida com a do adulto aos 5 meses de idade. Cuidado com 
medicamentos que possuem metabolismo hepático.
• Antes das 8 semanas, o filhote não consegue controlar pequenas desidratações. Ele 
desidrata com facilidade, e por isso diarreias podem resultar em morte. Qualquer perda de 
água faz falta.
Filhotes caninos: 
• Dominância dos reflexos flexores durante os primeiro 4 primeiros dias. Do 5º ao 18º ele fica 
todo esticado (reflexos extensores). 
• A socialização é importante. Devemos apresentar os filhotes para as crianças e outros animais. 
• O cão é sociável por natureza, mas a gente tem que apresentar as coisas para ele. Nesse 
período, ele aprende as coisas muito rápido. Deve ser feita até as 12 semanas.
• As vezes as pessoas não escolhem a raça direito. O filhote deve se adequar ao estilo de vida, 
condições da casa e etc. Muitas raças possuem um comportamento previsível.
• O peso ao nascer varia muito de acordo com a raça.
Filhotes felinos: 
• Dominância do reflexo flexor. Costuma acabar na puberdade, mas tem filhotes que fazem isso a 
vida toda.
• Os gatos são menos sociáveis, e por isso o período de socialização é menor (9 semanas de 
idade). Quanto mais cedo eles tiverem contato com o resto do mundo, melhor.
• É mais simples selecionar filhotes de gato. Os gatos de pêlo longo são mais calmos e os de 
pelo curto são mais interativos. Pais e mães influenciam bastante no comportamento.
• Em média, os gatos nascem com 100g e ganham de 15-30g por dia. O normal é que o animal 
mamando fique gordinho. Se a costela está aparecendo, é porque a mãe não está dando conta.
• Os gatos aprendem vendo a mãe. As gatas são ótimas professoras.
Alterações: 
• O proprietário fica preocupado.
Comportamento: 
• Muitas vezes, o problema é comportamental.
• Identificar quando o comportamento é normal e quando não é.
• Morder é normal. A gente deve dar opções de coisas para ele mastigar, pois o filhote precisa 
morder alguma coisa.
• Nos gatos, o que chama a atenção são os problemas comportamentais.
• Eles não são sociáveis. O convívio com outros animais pode ser estressante.
• Os gatos caçam. Não é distúrbio de comportamento. A mãe ensina isso pros filhotes.
• Problemas de evacuação nos gatos tem relação com marcação de território ou com doenças.
• Garras: eles querem afiar a gatas.
Problemas de alimentação: 
• Incomoda bastante o proprietário. Pode ser quantidade, mendicância, coprofagia, grama e etc.
• Alguns comem demais, mesmo sem necessidade. 
• Coprofagia não é muito agradável. Pode ser problema comportamental, nutricional, verminose, 
inflamação crônica no trato digestório. Shitszu come muito coco. ***
• Tem animal que come grama, e isso pode ser inflamações no trato digestório.
Problemas de evacuação: 
• É uma questão de ensinar. Mas as vezes é algum problema.
Agressividade: 
• Filhotes brincam de morder os outros. Quando um morde forte, a brincadeira acaba. Eles 
aprendem a calibrar a brincadeira.
• A gente não deve estimular coisas que eles fazem naturalmente. Se ele morder, a gente deve 
parar a brincadeira.
• Cães são territorialistas. 
• Castrar pode diminuir a agressividade.
Cuidados com filhotes órfãos ou doentes: 
• Eles tem dificuldade em controlar queda de temperatura, desidratação e glicemia. *** Prova
• Um filhote que parou de mamar entra em hipoglicemia, então ele para de se movimentar e 
entra em hipotermia. Ele também vai desidratar. Temos que ter muito cuidado com isso e 
devemos tratar as 3 coisas ao mesmo tempo. Hidratar, esquentar e alimentar. ***
• A temperatura ambiente deve ser mantida ao redor dos 32-35 º C durante os primeiros 5 dias 
e entre 26-29,5ºC em seguida.
• Se a mãe morrer ou não puder amamentar, a gente deve criar na mamadeira.
• Quando nasce de cesariana, a gente deve cuidar da hipoxemia.
• Se tiver diarreia, eles desidratam muito rápido.
• Se eles não tiverem mãe, eles precisam de uma fonte ativa de calor (lâmpadas, garrafas de 
água quente).
• Os filhotes tem uma tendência muito grande em entrar em hipoglicemia. Ele mama muito 
porque ele não consegue controlar a glicemia. Ele precisa de 2-3 vezes mais glicose que um 
adulto, pois a glicose que ele come é usada imediatamente. 
• A gente pode dar glicose oralmente ou esfregar nas mucosas gengivais ou embaixo da língua. 
• 82% do peso corporal é água. Temos que ter cuidado para que os filhotes não percam água por 
meio da superfície corporal (é muito grande, pois ele tem muitas dobrinhas).
• Se a gente der soro pro animal, deve ser aquecido. Pode ser por via venosa, subcutâneo ou 
intraósseo. Tudo que a gente pode colocar na veia, a gente pode colocar no intraósseo 
também, só devemos ter cuidado com contaminações.
• Hoje em dia se pode comprar sucedâneo, mas também existem receitas caseiras com leite em 
pó, gema de ovo e creme de leite. As vezes a gente pode colocar vitaminas também.
• A frequência e a quantidade dependem do tamanho do animal.
• É melhor estimular a mamada do que a gente colocar o alimento na boca dele.
• Filhotes sem reflexo de sucção precisam ser alimentados por sonda.
• A gente tem que aquecer o animal antes de dar o alimento. Não adianta dar leite quente pro 
animal hipotérmico, pois ele não vai digerir e o leite parado no estômago pode virar meio de 
cultura. ***
Hipoxemia: 
• Sintomas: polipnéia, cianose, vocalização expiratória aguda.
• Comum em filhotes que nasceram de cesárea, partos longos ou que aspiraram leite.
• Devemos eliminar os líquidos. Deixar a cabeça para baixo, balançar levemente, fazer 
massagem torácica e oxigenar com máscara. 
• Podemos fazer 2-3 gotas de Doxapram.
Anomalias congênitas: 
• Algumas anomalias são incompatíveis com a vida, como a hidrocefalia, estenose pilórica 
(vômitos em jatos) e etc.
• A fenda palatina é frequente. Algumas fendas são passíveis de correção.
• Defeitos cardíacos ocorrem em cães e em gatos. 
• Gatos branco de olhos azuis são surdos na maioria das vezes. Dálmatas também podem ser 
surdos.
• Cães: hidrocefalia, fenda palatina, má formação do esqueleto, megaesôfago, estenose pilórica, 
imperfuração do ânus e etc.
• Gatos: hipoplasia cerebelar, spina bífida, desordens de armazenamento, defeitos cardíacos, 
surdez, defeitos craniofaciais, DPS e etc.
Doenças infecciosas: 
• Não são muitas, pois a mãe passa anticorpos. ***
• Onfaloflebite: inflamação no umbigo. Ocorre em ninhadas grandes e em ambientes sujos. O 
animal pode morrer muito rápido.
• “Oftalmia neonatorum”: existem conjuntivites antes das pálpebras abrirem. A gente tem que 
abrir para limpar.
• A piodermite é a infecção na pele e ocorre em ambientes sujos.
• Síndrome do leite tóxico. Isso quer dizer que a mãe teve uma mamite e o leite está 
contaminado. O filhote vai ter cólica, dor de barriga e etc. A gente tem que tirar da mãe, tratar 
ele na mamadeira até a mãe ficar saudável de novo (amoxilina para a mãe). Acontece mais em 
cadelas mais velhas, com ninhadas grandes e ambientes sujos.
• Septicemia neonatal.
• Cães: o mais frequente é herpesvirus, Adenovirus CAV1, parvovirose, toxoplasmose, 
gastroenterites virais e bacterianas. Os filhotes morrem muito rápido. 
• Em gatos, o mais comum é: infecções respiratórias (rinotraqueíte, Calicivirose, Chlamydia), 
panleucopenia, FeLV, PIF, toxoplasmose aguda.
Outras desordens: 
• Parasitas do GI: 
• Toxocara: os animais já nascem com esses parasitos. O toxocara tem transmissão 
transplacentária. Preciso vermifugar os filhotes ainda jovens, principalmente quando a mãe 
tinha toxocara antes da gestação. O ideal é vermifugar a mãe antes do cruzamento, mas nem 
sempre o cruzamento é planejado. Mesmo a mãe sendo de apartamento, comendo ração e 
sendo bem cuidada, os filhotes podem nascer com o parasito. A transmissão do toxocara é 
oral (mas outros parasitos possuemtransmissão por penetração de larvas). Alguns vermes 
crescem tanto que os filhotes morrem por obstrução (cuidado com a vermifugação, para não 
matar todos os vermes e formar um bolo de verme. Devemos dar subdoses de vermífugo). O 
febendazol é o vermífugo mais seguro para as mães, e o pirantel é bom para filhotes recém 
nascidos (devemos trabalhar com segurança e eficiência, porque os filhotes tem imaturidade 
de metabolizar os fármacos).
• No período de recém nascido, a gente não se preocupa com a taenia. A pulga é o hospedeiro 
intermediário da taenia do cão, e ele precisa comer a pulga. Precisamos matar a pulga.
• Giárdia.
• Coccidioses.
• Traumas: quem mais causa traumas nessa fase é a mãe, que deita em cima dos filhotes. As 
gatas podem deixar os filhotes caírem. Temos que ter cuidado, porque os filhotes não possuem 
um reflexo bem desenvolvido e não tem como se defender.
• Isoeritrólise: acontece nos gatos, e raramente nos cães. Sangue da mãe é diferente do sangue 
dos filhotes. Gatos tem 3 grupos sanguíneos. Os gatos que nascem com sangue A, possuem 
anticorpos anti-B. Os anticorpos da mãe (ingeridos pelo leite) podem causar hemólise no filhote, 
que pode causar anemia e levar à morte. Se a gente separar os filhotes da mãe, eles não vão 
beber o colostro e podem adoecer. Em cães acontece quando a mãe recebeu transfusões de 
sangue. Pode causar vasculite periférica imunomediada e, consequentemente, o gato filhote 
pode perder a ponta da cauda. 
Programa preventivo de saúde 
Cães: 
• A prevenção é muito importante. ***
• A vermifugação deve ser feita com 21 dias, pois é quando os filhotes já tem controle das 
funções fisiológicas, então ele já defeca no ambiente e pode disseminar as doenças. 
• Depois a gente repete o vermífugo com a vacina. Na primeira vacina, o filhote já deve ter, pelo 
menos, uma dose de vermífugo.
• Cuidado com algumas doenças, que dependendo de onde a mãe vive, ela já tem anticorpos. A 
mãe pode ficar doente durante a gestação. Se a cadela pegar parvo durante a gestação, a 
parvo intrauterina pode causar miocardite no filhote. Na gata, os filhotes nascem com hipoplasia 
cerebelar.
• Preciso fazer mais de uma dose da vacina, pois o filhote recebeu imunidade passiva, que veio 
da mãe. ***
• A vacina tem antígeno atenuado ou inativado. Na hora que ele é vacinado, ele está cheio de 
anticorpos da mãe, o anticorpo inativa a vacina. Ele não consegue fazer a resposta sozinho e 
eu não sei quando ele vai conseguir fazer isso. O ideal é fazer a vacina e uma titulação, mas 
isso não é prático e nem barato. A gente faz várias doses para sobrepor a imunidade passiva. 
• A imunidade passiva vai diminuindo com o passar do tempo, porque o filhote está usando 
esses anticorpos. Tem uma janela, onde o filhote não consegue responder sozinho, mas os 
anticorpos maternos ainda estão presentes. Não existe como eliminar a janela completamente 
(a vacina não terá efeito adequado nesse momento). Por isso devemos fazer vária doses (eu 
não sei qual vai funcionar). Com 4 meses de idade, mais de 96,5% dos animais já respondem 
sozinho. Com 4 meses a gente encerra o esquema de vacinação porque o animal já 
responde.
• Durante a janela, a gente deve isolar o filhote.
• Se a gente encontrar um filhote de 6 meses, a gente deve fazer 2 doses (uma funciona e a 
outra é para criar células de memória).
• Primeira vacina: polivalente. A partir dos 42 dias de idade (6 semanas). Tem de 8-10 antígenos 
diferentes. Pode ser que ele responda a 3 antígenos na primeira dose, 4 na segunda e etc.
• Segunda dose: 21 dias após a primeira.
• Terceira dose: 21 dias após a segunda.
• Quarta dose: fazer, principalmente, em cães que tem mais sensibilidade a parvo, como o 
rottweiler, golden, pitbul e labrador.
• Vacina antirrábica: quando completar 4 meses, antes disso, pode haver risco de 
desmielinização. Um animal novinho tem poucas chances de pegar raiva.
• Repetir a polivalente e antirrábica no aniversário do animal. ***
• Composição da vacina polivalente: ***
• Cinomose, hepatite, adenovírus 2, parvovírus, parainfluenza, coronavirose, leptospirose.
• A vacina de corona é puro marketing. Não serve para nada. É uma imunidade local, e quando 
a gente aplica, a imunoglobulina não chega onde tem que chegar. É uma doença muito 
branda, mas não mata.
• A leptospirose é muito comum. Pode dar hepatite e causar lesão renal. Deveria ser repetida a 
cada 6 meses, mas tem que ser a vacina separada.
• A cinomose e a parvo são as piores doenças virais.
• A vacina da cinomose dura até 3 anos. É uma vacina eficiente.
• A vacina da parvo é eficiente, mas o vírus é muito resistente no ambiente (esse é o 
problema).
• Animais velhos também precisam ser imunizados, pois eles já começam a ter uma imunidade 
deficiente.
• Devemos lembrar o proprietário de manter o filhote isolado durante o esquema de vacinação.
• Os veterinários devem ter cuidado para não levar o vírus para casa, especialmente se tiver 
filhotes e cães idosos. Colocar água sanitária pra lavar as roupas (mata o vírus da parvo). Tirar 
o sapato, pois carrega muito vírus.
Gatos: 
• É mais simples, mas também é complicado.
• Podemos fazer o vermífugo com 21 dias e repetir junto com a vacina. Os gatos também podem 
nascer com parvo, mas a mãe é mais cuidadosa. Ela não deixa o ninho sujo. O maior problema 
dos gatos é com giárdia (problema de ambiente).
• O maior problema são os protozoários. A giardia é uma zoonose. ***
• Metronidazol mata giárdia e outros protozoários. Dependendo da idade, podemos usar o 
febendazol. 
• Primeira vacina: polivalente com ou sem leucemia. A partir dos 60 dias de idade.
• Segunda dose: 21-30 dias após a primeira.
• A imunidade de gatos é mais rápida. Nem sempre fazemos a terceira dose.
• Vacina antirrábica: quando completar 4 meses de idade.
• Repetir a polivalente e a antirrábica no aniversário do animal.
• A FeLV tem vacina, mas a FIV não. O teste de FeLV é muito simples é rápido, a gente tem que 
fazer na rotina pediátrica. ***
• Se ele for FeLV negativo, e não tiver contato com meio externo, o animal pode receber a 
quádrupla. Se ele tiver contato externo, tem que ser a quíntupla. ***
• Composição da vacina polivalente: ***
• Rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, chlamydia e leucemia.
• A panleucopenia é muito importante.
• A chlamydia não serve nos gatos. Mesmo princípio da vacina para coronavírus em cães.
• A vacina de leucemia não pode ser inativada, porque cada parte do vírus causa uma coisa 
diferente. É uma vacina cara. É uma vacina recombinante. Não é qualquer laboratório que 
tem essa vacina.
• Respeitar um intervalo, de no mínimo, 15 dias entre duas vacinações.
Outras observações: 
• Sarcoma de aplicação: câncer nos locais de aplicação devido à inflamação. 
• É comum em gatos. O adjuvante tem o objetivo de aumentar a resposta, ele segura o 
antígeno ali, o que aumenta a resposta e a inflamação. Começaram a fazer vacinas sem 
adjuvante, e mesmo assim havia casos de câncer. Depois falaram que era a agulha, mas 
mesmo vacinando sem agulha, o animal tinha câncer. Qualquer substância que seja aplicada 
no subcutâneo do gato pode causar inflamação e causar câncer, até soro fisiológico. A 
possibilidade de se contaminar com algo infeccioso é maior do que ele apresentar câncer. A 
gente aplica a vacina nos membros, porque é mais fácil amputar em casos de câncer. É uma 
sensibilidade do tecido subcutâneo à inflamação. Acontece em 1 gato a cada 10.000 gatos, 
ou seja, não é frequente.
• Outras vacinas só serão aplicadas em condições especiais:
• Vacinas reservadas para momentos especiais. Não devem ser usadas na rotina.
• Existem vacinas essenciais, não essenciais e não recomendadas.
• Giardíase: não é recomendada. Não é 100% eficiente, e pode mascarar os sinais clínicos, aí 
a gente não vai tratar a doença. É uma zoonose e o parasito precisa ser eliminado. É um 
grande problema em canis com higiene ruim (água contaminada). Quando a gente mata a 
giárdia no filhote, devemos tratar os adultos

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