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P á g i n a | 1 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA Farmacologia da dor e inflamação Divididos em AINES (antinflamatórios não esteroidais) e corticoides (antinflamatórios esteroidais) Antinflamatórios podem ser usados para a farmacologia da inflamação e da dor. Pois a farmacologia da inflamação é um processo complexo a nível vascular e celular que se deflagra como sinais e sintomas – sinais cardinais (dor inclusa nesses sinais). Dor: experiencia sensorial e emocional, relacionada a danos ligados ao tecido, possuindo um mecanismo de defesa. O controle da dor inclui estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Dor pode ser leve, moderada ou intensa, podendo possuir uma natureza neuropática, somática ou visceral – vias de sinalização diferentes que vão influenciar nos fármacos de escolha para o tratamento. Mecanismo de hiperalgesia: Controle da dor pelo SNC – opióides Controle local onde ocorre a lesão • local em que temos o rompimento do epitélio, vaso sanguíneos liberam fatores de coagulação, • extravasamento celular, temos as células como neutrófilos, linfócitos, macrófagos, envolvidos no processo inflamatório. • Essas celulas liberam mediadores químicos, que atuam direta ou indiretamente promovendo hiperalgesia • Mediadores estimulam nociceptores fazendo com que indivíduos sintam a dor – bradicinina, por exemplo. • Podemos ter liberação de histamina – degranulação de mastócito → leva a uma hiperalgesia – processo alérgico. • Eicosanoides são mediadores que são produtos da destruição da membrana celular → quando esse tecido é agredido, os fosfolipídios são liberados formando produtos que são os eicosanoides (prostaglandina, prostaciclinas, tromboxano a2, entre outros). OBS. A dor pode ser controlada em diversos níveis no SNC como na medula, tálamo, entre outros. Intensidade x duração1: Pulpite reversível e irreversível. Fosfolipídios de membrana passam por um ataque de produtos que são os radicais livres são produtos tóxicos que fazem com que as células respondam tentando destruir o agente agressor (bactéria, por exemplo) -> temos liberação de ácido aracdônico -> quebra ocorre pela fosfolipase a2 -> e por meio de uma via da cicloxigenase vai formar prostaglandinas, P á g i n a | 2 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA prostaciclinas e tromboxano a2, pela via da lipoxigenase temos a formação dos leucotrienos (relacionados com as respostas alérgicas) Controle do processo com AINES inibindo a cicloxigenase ou inibindo o processo inflamatório como um todo por meio da inibição da fosfolipase a2 → corticosteroides AINES Ácidos orgânicos (vários ácidos sem estrutura química organizada) Mecanismo de ação – cicloxigenase (bloqueiam) AAS – irreversível da COX (ligação forte - covalente), faz com que aquela COX perca sua função Paracetamol e dipirona – reversível Divisão dos AINES Seletivos COX-2 ou não seletivos COX-2 (se ligam a todas as COX) COX—1: é constitutiva, logo permanentemente e fisiologicamente tem essa COX-1 no TGI, atua protegendo o estomago. Temos agregação plaquetária (tromboxano a2) que mantem um tempo de protrombina e sangramento mediante a ação da COX-1. COX-2: presente em inflamados, o controle da vascularização do rim é feito por uma cox-2 sendo constitutiva, como também a função do endotélio dos vasos (PGE2, PG12 – vasodilatação e desagregação plaquetária), rins COX-3: tipo cox1 – SNC (hipotálamo, temperatura corporal), é constitutiva. Seletivos COX-2: Vendidos sob farmacovigilância – prescrito com receituário de controle especial Os fármacos seletivos, ao inibirem a cox-2 deixam livres por exemplo a cox-1, levando a formação um aumento da agregação plaquetária e vasoconstrição, tendo a formação de trombos causando infarto (motivo do uso com vigilância) Leva aumento do risco de AVC e infarto agudo do miocárdio P á g i n a | 3 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA Não seletivos COX-2 Aumentam o risco de ulcera e sangramento gástrico Também inibe a COX-1 → evita que a ação de tromboxano a2 aconteça, não temos a agregação plaquetária e a vasoconstrição, consequentemente o sangue fica mais fluído (risco de hemorragia). Após se administrar o ASS, deve-se esperar um período de 11-15 dias depois, pois esse é o tempo para a renovação plaquetária, logo novas plaquetas surgem no organismo do paciente, enquanto a plaqueta que estava ligada irreversivelmente com a cox-1 inibida já estará em processo de apoptose (importante para exodontia, por exemplo) Síndrome de Reye: encefalopatia e infiltração gordurosa no fígado. Tempo máximo (Tmáx) – tempo que o fármaco leva para fazer efeito Com um Tmáx aumentado é possível fazer mais administração de outros fármacos de modo mais rápido P á g i n a | 4 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA Não tem efeito inflamatório, pois nos processos inflamatórios vamos ter a formação de espécies reativas de oxigênio, nitrogênio, radicais livres que causam a inativação do paracetamol antes que ele alcance a cicloxigenase (COX-2 induzida no processo inflamatório) O paracetamol se comporta como um radical livre no organismo e quem será capaz de eliminar este composto é a glutationa hepática. Contudo, os níveis de glutationa são saturáveis, logo levando a um quadro de toxicidade hepática. É o dipirona P á g i n a | 5 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA São antinflamatórios – importantes para o tratamento pós-cirúrgico na odontologia antinflamatório infantil P á g i n a | 6 ODONTO 115 - UFRN FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA
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