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Redação Oficial Aspectos gerais Manual de Redação da Presidência da República O que é? É como o poder público redige atos normativos e comunicações oficiais. O manual é para o poder executivo federal, mas não obriga os demais poderes a seguirem as mesmas normas. Comunicador: sempre o poder público. Receptor: poder público ou particular (pessoa física ou jurídica/empresa). 1) Impessoalidade: de quem comunica, de quem recebe, do próprio assunto. (Comunico que... Não “tenho o prazer de comunicar”) 2) Uniformidade: comunicador e receptor tratados de forma homogênea. 3) Uso do padrão culto da língua: regras da gramática normativa; vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. Não pode usar gírias, regionalismos, linguagem rebuscada. Pode usar jargão técnico se necessário, desde que apareça explicitado. Não existe um padrão oficial, existe um padrão culto; Releitura para identificar possíveis erros. 4) Formalidade: digitado com clareza, papel uniforme, diagramação adequada (tem no manual), pronomes de tratamento adequados. 5) Concisão: não enrolar. Texto claro e objetivo. Economia linguistica. 6) Clareza e precisão: texto inteligível e sem ambiguidade. 7) Coesão e coerência. Art. 37 da Constituição: a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Emprego dos pronomes de tratamento Para os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) utiliza-se basicamente: Vossa Excelência: altas autoridades: prefeito, governador, presidente (da república, da câmara de vereadores), embaixador, ministros, secretário de ministério, deputados, general de forças armadas. Vossa Senhoria: outras autoridades (vereadores, militares) e particulares. Concordância: sempre 3º pessoa. Vossa Excelência e sua família... Vossa excelência comparecerá à reunião... Vossa Senhoria designará seu substituto. (E não “Vossa Senhoria designará vosso substituto”) Vossa Excelência e Sua Excelência: utiliza “Vossa” quando está falando diretamente com a pessoa. “Sua” se utiliza quando se fala a respeito da pessoa. Abreviatura: V.Exª ou V.Exa – V.S.ª ou V.Sa. Só não pode abreviar quando se referir ao Presidente da República, do Congresso Nacional ou do Supremo Tribunal Federal. Vocativo Senhor (cargo ou nome da pessoa, caso seja particular) ou Prezado Senhor. “Senhor Ministro”, Senador, João da Silva, beneficiária, eleitor, etc. Sempre seguido de virgula. Exceção: para chefes de poder, chama de “Excelentíssimo Senhor Presidente do ...” Executivo: Presidente da República Legislativo: Presidente do Congresso Nacional = Presidente do Senado Judiciário: Presidente do Supremo Tribunal Federal Não pode usar digníssimo ou ilustríssimo para outras autoridades e particulares. Doutor só se tiver doutorado. Envelope, fechos e identificação dos signatários Vossa Excelência A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília . DF A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10ª Vara Cível Rua ABC, nº 235 01010-000 – São Paulo . SP Vossa Senhoria Ao Senhor José da Silva Rua ABC, nº 235 Bairro, Cidade Fechos Apenas Respeitosamente ou Atenciosamente. Respeitosamente: hierarquia superior. Atenciosamente: mesma hierarquia ou hierarquia inferior, e demais casos (quando não tem hierarquia). Identificação do signatário Nome e cargo apenas. Identificar se for cargo interino (nomeado para ocupar cargo durante vacância) ou substituto (afastamentos). Atenciosamente, assinatura (nome) (cargo) Obs. Documento emitido pelo presidente da república não apresenta identificação do signatário. Fonte Calibri ou Carlito. Escrevem-se com hífen: a) cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-geral, relator-geral, ouvidor-geral; b) postos e gradações da diplomacia: primeiro-secretário, segundo-secretário; c) postos da hierarquia militar: tenente-coronel, capitão-tenente; Tipos de documento Padrão Ofício: antes englobava aviso e memorando, a nova edição definiu que agora é tudo ofício. Decreto 9758/19 Agentes da administração pública federal: para comunicação entre eles, o único pronome de tratamento é senhor. Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano. Ex. Brasília, 27 de fevereiro de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
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