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Suporte Básico de Vida (BLS) para Parada Cardiorrespiratória (PCR)

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Habilidades Básicas II | Victória Durand 
 
1 
 
Basic Life Support (BLS) 
PCR: parada cardiorrespiratória 
→ Situação clínica de prioridade em atendimento com intervenções rápidas e eficazes. 70% das PCR’s extra-
hospitalares ocorrem em casa (metade não é presenciada) 
Atendimento da PCR: 
→ Avaliação primária (basic life support – BLS): suporte básico de vida associado a manobras para reconhecimento 
da PCR, suporte hemodinâmico e respiratório através da ressuscitação cardiopulmonar RCP 
→ Avaliação secundária (advanced life support – ALS): aplicação de manobras para o suporte avançado de vida, 
podendo contar com o auxílio de dispositivos invasivos de via aérea, estabelecimento de acesso venoso, utilização de 
drogas, desfibrilações elétricas e estabilização do paciente após reversão da PCR com uso de vasopressores 
Manobras de BLS no adulto: 
Segurança do local 
• Verificar se o local é seguro para o socorrista e a vítima 
 
Verificar responsividade do paciente e respiração 
• Bater no ombro do paciente (“senhor, senhor”) →Observar o tórax do paciente (respiração; se está em 
apnéia ou gasping – respiração anormal, sinal de PCR) 
• Quadro de parada cardíaca súbita 
o Caí inconscientemente em apneia (+ comum) 
o Caí conscientemente em gasping (respiração agônica, a qual não é efetiva) 
o Paciente inicia quadro de parada cardíaca com crise convulsiva muito curta seguido por total 
inconsciência, flacidez muscular e apneia (raro) 
 
Pedir ajuda 
• Ligar 192 
• Pedir a outra pessoa específica que procure o DEA (Desfibrilador Automático Externo) 
 
Posicionar-se e posicionar o paciente corretamente 
A vítima deve estar em uma superfície plana e rígida 
o A posição perante o paciente é sempre na altura do ombro, à direita do paciente (permite acesso à 
via aérea e tórax) 
o Checa pulso (10s): dedo médio e indicador adjacente à margem medial do m.ECM 
↳ BLS adulto: pulso central/femoral 
↳ BLS pediátrico: pulso braquial 
 
Até o momento temos: 
 Paciente irresponsível 
 Não respira 
 Pedimos ajuda + DEA 
 Posição correta 
 Ausência de pulso 
 ⇨ PCR ⇦ 
 
Manobra de RCP________________________________________________________________________ 
 
Sequência correta: C A B D 
Habilidades Básicas II | Victória Durand 
 
2 
 
C 
→ Compressões 
• 1 ciclo = 30 compressões/2 ventilações a cada 1seg 
• Devem ser feitos 5 ciclos (total de 2min) 
• Compressões de alta qualidade, fortes, rápidas e rítmicas, devendo afundar 5cm no tórax do paciente, 
permitindo seu retorno total (OBS.: em lactentes 4cm) 
• Apoiar região hipotênar da mão no meio do esterno. 10s é o tempo máximo para qualquer interrupção na 
manobra de RCP (avaliar risco benefício; quanto mais tempo sem RCP mais o paciente diminui sua 
expectativa de vida) 
 
Caso só tenha 1 compressor e o DEA chegue, como ele é prioridade máxima no atendimento, devemos parar as 
compressões e posicionar as pás corretamente. Caso o contrário, o compressor devem continuar e outra pessoa 
organiza o DEA. 
No ambiente hospitalar, não se deve parar compressões para intubar. 
 
Se ao final dos 5 ciclos o DEA não chegar, devemos checar pulso. Ausente → repete mais 5 ciclos 
∘ Ao final dos 5 ciclos, troca o compressor. Caso o compressor se canse antes do final também deve trocar. 
∘ Mesmo que as compressões estejam excelentes, só consegue 25-27% do débito cardíaco do paciente antes da 
parada. 
 
Tempo Zero: momento em que o paciente acabou de ter a parada, este só tem 70% de chance de vida. Cada 1min 
que o paciente passa sem compressões efetivas perde 10% de chance de sobrevivência. Caso a RCP efetiva seja 
iniciada, o paciente perde 3% a cada min 
 
∘ A prioridade é que o DEA chegue antes do SAMU, para que ao chegar no local o serviço médico faça apenas os 
cuidados pós-RCP, pois teoricamente o paciente já saiu da PCR. 
 
A causa da parada cardíaca por colapso súbito são 2 ritmos cardíacos: 
∘ Fibrilação ventricular (FV): + comum no adulto 
∘ Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): secundária a Insuficiência Coronariana 
São arritmias, que ocorrem quando os impulsos elétricos que fazem o coração bater, tornam-se rápidos, 
lentos ou desordenados. 
∘ Durante a sístole, gera-se perfusão para os órgãos (cérebro/rins/fígado), onde não há circulação 
coronariana no VE (só há circulação coronariana na diástole) 
∘No VD, há circulação coronariana na sístole e diástole, por isso que comprimir os 5cm é essencial para gerar 
o débito cardíaco para os outros órgãos, mas não para o miocárdio. 
 
A 
→ Abertura de via aérea 
• Todo paciente com rebaixamento do nível de consciência que foi colocado em decúbito dorsal tem a tendência 
de a língua cair para região da hipofaringe. O que provoca barreira para o fluxo de ar, por isso é 
imprescindível que a via aérea deste paciente esteja pérvia. 
 
Manobra de abertura da VA: 
∘ CHIN LIFT – elevação a mandíbula com hiperextensão da coluna cervical *NUNCA em paciente de trauma 
∘ JAW THRUST – tração da mandíbula 
 
B 
→ Respiração 
∘ 2 ventilações/por ciclo 
↳ Cada uma dura 1s 
Habilidades Básicas II | Victória Durand 
 
3 
 
∘ Evitar ventilações rápidas ou forçadas 
∘ Aplicar volume de ar suficiente para elevar o tórax do paciente 
 
Ferramentas usadas: 
⇨ POCKET MASK: dispositivo barreira 
∘ Evita-se fazer “boca a boca” 
∘ A ponta do nariz é referência 
∘ Quando começar a ventilar → CHIN LIFT 
∘ BLS pediátrico inverte o Pocket Mask *Cuidado com o reflexo vasovagal que pode causar efeito parassimpático 
(bradicardia) 
 
⇨ UNIDADE DE BOLSA MÁSCARA COM VÁLVULA DIRECIONAL COM BOLSA RESERVATÓRIA (AMBU) 
∘ Caso tenha disponível e houver 2 socorristas → posicionar um deles na frente do paciente e fazer as ventilações 
 
 
 
 
 
 
 
Intubação é raro na RCP 
↳ quando intubar? 
• Paciente em PCR que não consegue ventilar com AMBU ou POCKET MASK, mesmo aplicando CHIN LIFT 
→ deve ser ofertado 100% de O2 
• Paciente que começa a regurgitar (lembrar que em PCR o paciente não tem reflexo protetor de via aérea) 
 
∘ Caso o paciente saia da PCR e na sua reavaliação a condição desse paciente é de baixo nível de consciência e em 
apneia ou com ventilação irregular → IOT 
∘ Deve-se ofertar 100% de O2 na PCR, ao sair dela 94- 95%, pois uma ↑ quantidade de O2 pode levar a um 
quadro de hiperóxia e liberação de radicais livres 
 
Paciente SEM via aérea avançada: 30 compressões/2 ventilações 
↳ 17% de O2 no POCKET MASK 
↳ 21% de O2 se for no AMBU 
 
Paciente COM via aérea avançada: 100 
 
D 
→ Uso do desfibrilador automático externo (DEA) 
• Deve estar presente em locais que tenha circulação de mais de 1500 pessoas 
• Depois de administrar o choque, NÃO checa pulso, continua RCP. Caso dê choque não recomendado reinicia 
os 5 ciclos 
• O aparelho avalia o ritmo automaticamente a cada 2min 
 
Posição correta das pás: 
∘ Adulto ou criança ≥ 8 anos: INFRACLAVICULAR direita e INFRAMAMÁRIA esquerda 
∘ Pediátrico: ANT-POST 
 
 
 
 
OBS.: Problemas com a hiperventilação 
Ao ventilar com ↑ pressão, ao elevar excessivamente a caixa torácica, o ar pode ir para o estômago o que gera 
↑ da pressão intra-gástrica, resultando na saída do conteúdo gástrico para a via aérea SUP. Com isso, o paciente 
pode broncoaspirar (SÍNDROME DE MENDELSON; broncoaspiração do conteúdo gástrico na árvore 
respiratória gera pneumonia química e bacteriana). 
 
OBS.: Na RCP não há indicação de oxímetro de pulso e droga não muda 
desfecho de PCR, auxilia apenas. 
 
Habilidades Básicas II | Victória Durand 
 
4 
 
Complicações de uma RCP não efetiva: 
➢ Fratura de costela: comum, porém ANORMAL. Quando ocorre o apoio da região hipotênar em cima da costela 
➢ Ruptura de fígado: “se sacode” o paciente e as costelas flutuantes podem romper órgãos vitais como fígado, 
baço e rim 
➢ Ruptura de esterno 
➢ Explosão do estômago: devido hiperventilaçãoManobras de BLS pediátrico: 
→ Na pediatria a causa mais comum de parada cardíaca são causas respiratórias, diferente do adulto. 
→ Problemas respiratórios não causam colapso súbito. 
→ A parada cardíaca causada por problemas respiratórios é ritmo não chocável (AESP; Atividade elétrica sem 
pulso) 
∘ < 1 ano: lactente 
∘ 1-8 anos: criança 
∘ > 8 anos: trata como adulto 
Pulso: 
∘ 1-8 anos: pulso central 
∘ < 1 ano: pulso braquial 
∘ Sem pulso: inicia RCP 
∘ Com pulso: deve ser identificado a frequência cardíaca 
→ < 60 bpm: inicia RCP 
→ > 60 bpm: não faz RCP *provavelmente fará ventilação; observar paciente 
 
Caso a criança seja encontrada desacordada em local sem pessoas por perto, diferente do adulto, o ideal é ir buscar 
ajuda. 
Caso a criança tenha colapso súbito na sua presença, já devemos suspeitar de problema cardíaco. RCP deve ser 
feita nos 5 ciclos e após isso, devemos reavaliar o caso 
 
VENTILAÇÃO NA CRIANÇA TEM PRIORIDADE NA RCP 
 1 socorrista: 30 compressões/2 ventilações a cada 3- 4 segundos 
 2 socorristas: 15 compressões/2 ventilação a cada 3- 4 segundos

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