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Avaliação de Déficits Cognitivos

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Victória Durand 
 
1 
Cognição 
A organização cerebral das funções cognitivas pode ser vista como um sistema de redes neurofuncionais 
interconectadas, composto por uma combinação de regiões cerebrais que funcionam como um concerto, em modo 
sincrônico. 
 
A COGNIÇÃO: 
• Função psicológica atuante na aquisição do conhecimento (processo de aprendizagem); 
• Essa capacidade só existe por conta de diversos fatores e funções neurológicas diferentes, são elas: 
 
• Para a cognição estar perfeita, é necessário que todas essas áreas estejam atuando perfeitamente também. 
AVALIAÇÃO DA QUEIXA COGNITIVA 
AGUDA/SUBAGUDA 
– Delirium; 
– AVC; 
– Neoplasias; 
– Encefalopatias infecciosas; 
– Encefalopatias autoimunes; 
– Doenças paraneoplásicas; 
– Síndromes epilépticas. 
COMO AVALIAR 
DÉFICITS AGUDOS/SUBAGUDOS 
Alterações da atenção: Delirium 
▪ Segundo Cummings, delirium é uma condição cuja principal característica é a alteração da atenção de instalação 
relativamente abrupta (horas a dias) e de curta duração. 
▪ O paciente apresenta um quadro confusional associado a perda de atenção e pode apresentar outros sinais 
neurológicos agudos, tais como: alteração do nível de consciência (paciente mais torporoso/sonolento ou agitado), 
quadros desfocais neurológicos, quadros de coordenação, etc.; 
▪ Diversas causas são atribuídas ao delirium, desde alterações hidroeletrolíticas até pós-traumáticas; 
 
CRÔNICA 
– Quadro demencial (Alzheimer); 
– Neoplasias; 
– Encefalopatias autoimunes; 
– Hidrocefalias; 
– Infecções. 
 
ATENÇÃO BÁSICA: É a capacidade de manter um foco em um estímulo por pelo menos 10s; 
ATENÇÃO SUSTENTADA: O indivíduo mantém o foco em uma atividade, ou até múltiplas, durante mais tempo e 
consegue reter informações do início ao fim, de maneira que elas possam ser recrutadas quando necessário. 
AO EXAME: ATENÇÃO BÁSICA X ATENÇÃO SUSTENTADA: 
– Meses do ano direto x inverso; 
– Contar de 1-20 ou 20-1; 
– Números em ordem direta x inversa. 
OBS.: Teste para atenção básica (ordem direta), para atenção sustentada (ordem inversa). 
 
 
 Victória Durand 
 
2 
OBS.: Só consegue fazer o exame em um paciente que esteja ou com o nível de consciência adequado/normal ou pouco 
agitado ou no máximo sonolento. De torporoso a comatoso é impossível. 
 
Alterações da linguagem: Afasia 
 
▪ Alteração de linguagem que pode acontecer em qualquer situação clínica que lesione as áreas responsáveis 
pela linguagem no nosso cérebro (Área Frontal de Broca e Área Sensitiva de Wernicke); 
▪ A linguagem é uma característica do hemiencéfalo dominante. Assim, geralmente, ocorre por lesão na Área 
da linguagem do hemisfério cerebral esquerdo (normalmente é o lado dominante); 
▪ A afasia pode ser vários tipos, mas os principais são: afasia sensitiva e afasia motora. 
 
ALTERAÇÕES AO EXAME: 
– Nomeação de objetos 
o Mostra objetos e partes dos objetos e analisa se o paciente consegue nomeá-las; 
o Pode ser drástica ou não (ex.: falar que papel é uma caneta); 
o Pode apresentar a tentativa de acertar aquela palavra, mas muda um poucos as sílabas. 
– Repetição 
o Pede ao paciente que repita frases curtas e longas e analisa o resultado; 
o Afasia Sensitiva - se o paciente conseguir repetir, aumenta para frases mais longas; 
o Afasia motora – o paciente não repete. 
– Compreensão 
o Pede ao paciente para realizar um comando que seja de difícil realização. (ex.: Pegue esse papel com 
a mão direita, dobre-o ao meio e o coloque no chão; aponta para o teto depois de apontar para o 
chão; rasga esse papel e me entrega o pedaço maior; coloca a mão direita na sua orelha esquerda) 
o Afasia Sensitiva – não tem uma compreensão adequada sobre o que está acontecendo. Muitas 
vezes os pacientes não entendem que eles estão com um déficit. 
o Afasia Motora – entende o que está acontecendo, sabe que não estão conseguindo montar 
frases/gerir um discurso. 
– Fluência 
o No discurso: Analisa se o paciente consegue ou não montar uma frase. 
o Afasia Sensitiva – o paciente tem fluência, consegue falar. 
o Afasia Motora – o paciente não tem fluência, não consegue se expressar. 
 
OBS.: Não confundir com alteração de fala. 
 
Alterações da Atenção Espacial: Heminegligência 
O lobo parietal direito é responsável pela atenção espacial para o lado direito e para o lado esquerdo. Já o lobo 
parietal esquerdo é responsável pela atenção espacial para o lado direito. 
Portanto, se o lobo esquerdo for perdido, o direito irá compensar, resultando em funcionamento normal da atenção 
espacial. Mas caso o lobo direito seja lesionado, há perda da percepção espacial do lado esquerdo. 
AFASIA SENSITIVA: causada pela lesão na Área de Wernicke no lobo temporal. 
Consegue montar frases, mas elas não fazem sentido. Não há nomeação, 
não há repetição, não há compreensão e há fluência. 
AFASIA MOTORA: causa por lesão do lobo frontal na Área de Broca. 
Tem compreensão do que acontece ao redor, tem compreensão que está com 
a fala alterada, mas não consegue falar. Não há nomeação, não há 
repetição, há compreensão e não há fluência. 
 
 
 Victória Durand 
 
3 
Pessoas com heminegligência podem perder totalmente a percepção do lado esquerdo, inclusive do próprio corpo. Ao 
exame eles podem até reconhecer estímulos do lado esquerdo, mas se o estímulo for feito para os dois lados ele irá 
reconhecer apenas o direito, uma vez que ele se torna mais interessante. 
▪ Localizado no hemisfério não dominante (direito); 
▪ Comum em AVC’s de A. Cerebral Média Direita; 
AO EXAME: 
– EXTINSÃO SENSORIAL: para casos mais leves. 
o Visual: pede para o paciente olhar para você, levanta um dedo de cada vez e pergunta qual lado 
está levantado o dedo e depois levanta os dois ao mesmo tempo e vê se o paciente fala do esquerdo. 
o Auditiva: faz com estalos no ouvido em ambos os lados de forma alternada e avalia se ele percebe 
o estímulo do lado esquerdo. 
o Sensitiva: sensibilidade tátil, toca num braço e depois no outro e avalia se ele fala do lado esquerdo 
ou somente do direito. 
– EXTINÇÃO EXPLORATÓRIA/NEGLIGÊNCIA À ESQUERDA. 
o Pede para o paciente fazer um desenho e ele pode acabar desenhando só o lado direito. Pode pedir 
para ele cortar um papel no meio e ele acaba cortando o papel mais à direita. 
DÉFICITS CRÔNICOS 
QUEIXA MAIS COMUM: memória; 
▪ Avaliar se quadro é compatível com perda cognitiva em testes de triagem. 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM): 
▪ Screening inicial para queixas cognitivas crônicas: Demência? 
▪ Baixo grau de escolaridade imprime menor performance esperada no teste. 
▪ Ficar atento para colaboração do paciente: há prejuízo nas repostas em caso de pouca colaboração, apatia, 
falta de atenção, ansiedade e alguns distúrbios do humor. 
▪ Pontuação por escolaridade: 
o Até 8 anos de escolaridade = 27/30; 
o Quem estudou < 4 anos = 23/30; 
o Analfabetos = 19/30. 
 
 Victória Durand 
 
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