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etica prof - resenhas

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Ética Profissional 
Aluna: Nathalia R. B. Medeiros
Professor: João Sucupira
	
Resenhas dos textos:
Algumas reflexões sobre o estudo da Ética, Dra. Maria Judith S. da Costa Lins
Convite a Filosofia, Marilena Chaui
Diferença entre Ética e Moral, Adolfo Sánchez 
Ser Ético, Luciano Zajdsznajder
Algumas reflexões sobre o estudo da Ética
Dra. Maria Judith S. da Costa Lins
Para iniciar, podemos afirmar que a Ética não é uma ciência como as outras, uma vez que não existe exatidão para certa resposta e não se pode pretender que exista uma teoria, sendo assim suas principais características, as formas de pensamento filosófico e o referencial de verdade de cada individuo de uma sociedade.
Mas o que seria a Ética? É o conjunto de valores impostos por uma sociedade e tidos como corretos para a mesma. Conjunto de cultura, políticas e costumes de um povo, que moldam seus integrantes e a partir disso, marcam o indivíduo como pessoa.
Desse novo individuo surge a Moral, que para mim, é a fusão perfeita para entendermos melhor a essência da Ética: Valores de uma sociedade adicionados as Morais dos integrantes desta. 
MacIntyre (1984) ressalta o estudo da Virtude do homem e de sua responsabilidade social, o que em sua opinião difere os homens dos animais, e não mais pelo fato do ser humano ser um ser racional. Essa comparação é muito interessante e nos ajuda claramente a entender que “Ética vivida numa responsabilidade social é o caminho apontado”.
Concordo com Kohlberg (1981) ao provar que a moral é diferente para cada indivíduo e pode ser transformada dependendo do local onde ele esteja da cultura que está inserido, da idade que possua, ou seja, de sua visão do mundo a sua volta. 
Apel (1994) faz uma conexão entre a Ética e a ciência moderna, e a trata como uma ameaça para a vida humana, o que faz com que certamente eu discorde e conclua, uma vez que, em minha opinião, o estudo da Ética só traz benefícios para o homem e a sociedade, e ela jamais poderá ser comparada a uma ciência exata.
Convite a Filosofia
Marilena Chauí
A filosofia moral
Ética ou filosofia moral
A Ética ou Filosofia Moral, se iniciou no Ocidente a partir de textos de Platão e Aristóteles iniciado por Sócrates.
 
Como falado no texto anterior, cada sociedade constitui culturas, políticas e costumes únicos, assim como valores morais diferentes das demais sociedades. Porém, a existência da moral não implica necessariamente a presença de uma ética como filosofia moral, ou seja, uma reflexão sobre o significado dos valores morais.
Através de pesquisas as ruas de Atenas, Sócrates concluiu que as indagações sobre virtudes, justiça, diferença do bem e do mal, eram diferentes para cada ateniense, pois cada um havia tido uma educação na infância e havia guardado consigo o que haviam interpretado dos que lhe fora ensinado e de seus aprendizados durante a vida.
Os atenienses tinham duas opções: ou se irritavam com Sócrates, pois se confundiam em suas respostas e não sabiam a “correta” ou se juntavam a ele em busca da “verdade” – busca filosófica da virtude e do bem.
O mundo a nossa volta – família, trabalho, política, religião, grupo social – que formam os costumes de nossa sociedade nos educa e acaba nos obrigando para os respeitarmos e a partir deles temos nossos comportamentos, ações e sentimentos. 
Somos “enganados” e esses valores passam a ser naturais para nós, sem percebermos que estão sendo impostos e “somos recompensados quando os seguimos, punidos quando os transgredimos”.
Por já nascermos inseridos na sociedade e nos costumes que ela adota, desde pequenos já respiramos o ar que transmite seus valores e observamos os comportamentos de cada ser. Quando começamos a entender o mundo a nossa volta já estamos totalmente viciados e achamos natural e inquestionáveis os atributos bons e ruins que aprendemos desde cedo e vemos como uma tradição a ser seguida. 
Porém a ética, vinda da Grécia antiga, fez com que hoje em dia seu significado nos ajude a entender que o senso moral e a consciência ética são individuais de cada ser de uma comunidade e deve ser imposto pelo caráter, índole natural e temperamento de cada um.
Sócrates indaga a sociedade sobre a virtude e o bem, e se cada indivíduo é consciente do significado e finalidade de suas ações. Essas questões dão inicio a ética ou filosofia moral uma vez que definem o campo no qual valores e obrigações morais podem ser estabelecidos.
Para Sócrates, é sujeito moral aquele ser que conhece o significado de suas ações, e o ignorante é o individuo incapaz de virtude.
Aristóteles fez a distinção entre o saber teorético e o saber prático. O primeiro se refere ao “conhecimento dos seres e fatos que existem e agem independentemente de nós e sem nossa intervenção ou interferência.” Já o saber prático, o qual a ética se insere, é o “conhecimento daquilo que só existe como conseqüência de nossa ação e, portanto, depende de nós.”
Aristóteles também conclui que nós, seres humanos, não debatemos sobre aquilo que esta fora de nossas mãos, de nosso controle, como por exemplo, o movimento dos astros ou as estações do ano, que ocorrerá independente de nós. E debatemos sim, sobre o que temos certo controle, que depende de nossas vontades e ações. Nesse caso, ele cita a vontade guiada pela razão, outro elemento fundamental da vida ética trazido por Sócrates.
Outra importante virtude trazida por Aristóteles foi a prudência ou sabedoria pratica. 
O ser pudente é aquele que analisa a situação e escolhe a melhor alternativa, a escolha mais adequada de suas ações e as conseqüências para si e para os outros. 
Um sujeito ético é aquele que não se deixa levar pela opinião e encantos alheios. Pelo contrário, ele toma suas decisões baseado em sua consciência e no que acredita ser correto racionalmente para viver bem numa vida ética.
Por sua vez, um sujeito passional é imediatista, pensa só nos seus desejos atuais e se deixa arrastar por essas vontades, tornando-as extremamente necessárias para si.
Concluindo, a ética era vista como educação e limitadora de desejos e vontades imediatas dos impulsos sentidos pelo homem. Para ser forte e controlá-los, o individuo deveria agir racionalmente para ser considerado um sujeito moral, de caráter, virtuoso, e encontrar a harmonia entre o seu ser próprio e a sociedade que convive.
Particularmente não concordo muito com esta última visão da ética, pois ela limita a liberdade de vontade do homem, o tornando um sujeito retraído e com desejos que “não podem” ser satisfeitos. Uma vez que o homem está ciente do que é certo e errado, do respeito ao próximo, e até onde vai esse limite, ele pode assumir as responsabilidades dos seus atos, sejam eles considerados errados, ou usufruir de suas vontades, consideradas corretas.
		O cristianismo: interioridade e dever
Ao contrário das demais religiões da Antiguidade, que pertenciam a um Estado ou Nação, de cunho nacional e político e que se relacionavam com a comunidade social e politicamente organizada, o cristianismo veio com uma nova visão. Essa nova visão era uma religião que nascia na fé num único Deus, onde Ele e seus crentes relacionam-se direta e espiritualmente, não sendo definida por sua relação com a sociedade.
A partir desse novo modo de ver do individuo e a sociedade, o cristianismo passa a idéia de que o ser humano é incapaz de realizar as virtudes e o bem. Assim, a filosofia moral dividiu os tipos fundamentais de conduta do individuo em três:
Conduta moral ou ética: se realiza de acordo com as normas
Conduta imoral ou anti-ética: se realiza contrariando as normas
Conduta indiferente a moral: se age em situações que não são definidas pelo bem e pelo mal, e não se impõem as normas
Para finalizar, houve também a introdução pela moral de outra idéia, a de intenção. O dever do ser humano está além das ações corretas ou não visíveis para os que o julgam. Há também as intenções invisíveis, que são julgadas eticamente. Por esse motivo, quando um cristãose confessa, ele relata seus pecados que foram realizados por atos, palavras e intenções. E somente Deus o pode julgar.
Diferença entre Ética e Moral
Adolfo Sánchez
1) Problemas Morais e Problemas Éticos
Desde o entendimento do homem como ser social até os dias de hoje, tanto um indivíduo isolado quanto grupos sociais, sempre houve normas tomadas como corretas a serem seguidas. 
No dia-a-dia de qualquer sociedade há problemas práticos nas relações efetivas entre os indivíduos que a envolvem. Essas desavenças, das menos as mais importantes, sempre ocorreram e sempre ocorrerão, pois cada ser humano é único e formado por características extremamente pessoais e intransferíveis. Cabe a cada um entender esse fato e respeitar o próximo a fim de tentar mitigar esse impasse.
Na maioria das vezes esses problemas envolvem outras pessoas além da criadora do problema, como conseqüência da decisão ou ação deste, e o mesmo ocorrem com a solução.
Quando um indivíduo está na dúvida de que decisão tomar a frente de uma situação que ponha em evidencia sua moral. Estes se encaram com a necessidade de ter comportamentos por normas – obrigatórias – que julgam mais apropriadas para serem cumpridas, pois se sentem no dever de agir de tal maneira.
Essa preocupação em fazer o “certo” ocorre devido ao fato de podermos estar tomando uma decisão que possa ser desaprovada moralmente, e seremos cruelmente criticados. 
Por causa disso estamos sempre nos justificando para os outros, tentando provar que agimos de tal maneira por tal motivo, caso estes não olhem com bons olhos certo ato que tivemos ou decisão que adotamos.
Ao nos encontrarmos diante este tipo de dúvida, devemos resolver por nós mesmo e buscar a solução através de uma norma que conheçamos e aceitamos, ou seja, moralmente valiosa. Nesse caso, buscamos a ética, que nos dirá o que é um comportamento pautado por normas. O problema do que fazer em cada situação concreta é um problema prático-moral.
Assim, apesar de diferentes, os problemas teóricos e práticos possuem soluções que influenciam uns aos outros, definindo o comportamento do homem.
2) O Campo da Ética
Como todas as ciências, a ética é formada por fatos e estuda a forma de comportamento humano, a qual estes vêem como obrigatória, necessária e inquestionável. 
Ao contrario dos problemas morais da vida cotidiana, que são específicos e individuais de cada um, os problemas éticos caracterizam-se pela sua generalidade. Esses, por sua vez, são essenciais ao contribuir para fundamentar ou justificar certa forma de comportamento moral. Vendo desta maneira, o ético acaba se transformando em um “órgão legislador” do comportamento moral de uma sociedade. 
A ética tem a função de esclarecer algo que esteja duvidoso na mente de alguém, ajuda a tomar a decisão moralmente correta, e toma parte do principio da diversidade de morais, no tempo, com seus valores, princípios e normas para a sociedade.
3) Definição da Ética
Embora estejam extremamente relacionados, a ética não cria a moral. A ética é a ciência da moral, uma forma de comportamento humano. Não é a ética que estabelece princípios, normas e regras numa comunidade, e sim os valores morais.
“A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em uma sociedade.” Ou seja, ela dá suporte de como cada individuo deve se comportar diante os demais, respeitando-os e entendendo seus limites. 
A moral por sua vez não é uma ciência, e sim o objetivo da ciência (ética) que deve ser estudada, pesquisada e investigada a fim de entendê-la melhor, ou seja, o modo de ser conquistado pelo homem.
4) Ética e Filosofia
Se contrapondo a concepção tradicional da ética, a qual se reduzia a uma simples parte da filosofia, ela nos apresenta um estudo especifico a ser estudado: o comportamento humano moral.
Porém nem todos concordam com este fato e criam-se argumentos contra a estica como um objeto cientifico de estudo, argumentando que ela “não elabora proposições objetivamente válidas”. Eu discordo dessa afirmação e concordo que a ética pode ser considerada sim, um estudo científico. 
A ética filosófica está mais preocupada em encontrar os princípios filosóficos universais do que a realidade moral de seu desenvolvimento, ou seja, caráter absoluto, valores morais, etc.
Defendendo o caráter filosófico da ética, podemos dizer que as questões éticas sempre constituíram uma parte do pensamento filosófico. Desde a Antiguidade grega, com Sócrates, os filósofos não deixaram de tratar essas questões, onde naquela época a filosofia era vista como saber total que se ocupava praticamente de tudo. 
Em contrariedade, nos tempos modernos onde conhecimento científico tem mais poder na vida social do homem, os ramos do saber se desprendem do tronco da filosofia a fim de investigar novas abordagens.
A ética se encontra nessa modernidade e trilha esse caminho cientifico independentemente da filosofia. Por isso a ética tem o objetivo de estudar fenômenos voltados para a vida do homem como ser social e desse modo forma o que se chama de mundo moral.
A ética jamais poderá deixar de ter a filosofia como fundamento, pois nela que se encontram suas raízes desde a Antiguidade, e que pudemos ter a visão do homem como um ser social e criador.
Para concluir, entendo que a filosofia esta diretamente relacionada à ética científica, devido que uma depende e apoia a outra. A primeira, pois foi o início de seu surgimento, e a segunda que a coloca globalmente e atualizada com o mundo moderno. 
	5) A Ética e Outras Ciências
Já vimos no item anterior que a ética está extremamente interligada com a ciência para entendermos melhor o homem na sociedade.
A ciência da psicologia, por exemplo, ajuda a ética ao colocar em evidencia as leis que fazer acontecer às motivações internas do comportamento do ser, mostrando sua personalidade e caráter. 
Já a antropologia social e a sociologia não estudam o homem no caráter pessoal, e sim estudam o comportamento do homem como ser social, ou seja, como interage em grupo, com sua comunidade, rede social e de que forma. Apesar da sociologia fornecer dados e conclusões indispensáveis para o estudo do mundo moral, ela não tira o valor da ética, sendo esta insubstituível.
Ser Ético
Luciano Zajdsznajder
Capítulo 1 – Tempos Éticos
A chegada da ética
Hoje em dia vivemos em mundo extremamente competitivo de cotidiano tenso e difícil, pois apesar de estarmos no século XXI e sermos moderníssimos, a lei da selva ainda prevalece. 
Neste caso, com outro significado, podemos dizer que lei da selva é a disputa acirrada entre a mesma espécie – seres humanos – onde a sobrevivência imediata é na maioria das vezes a busca pelo poder, capitalismo, e uma sociedade materialista.
Porém, apesar desses “defeitos” adquiridos com o tempo, a sociedade vem tomando consciência da importância da ética no mundo moral e a considerando um tema central em nível global. 
Ao falarmos de terror pensamos em algo da Antiguidade, que não acreditamos mais hoje em dia. Isso ocorre porque vivemos um diferente tipo de terror. Agora ele está nas guerras, doenças, ameaças ecológicas, desastres, política e violência, etc. Diante dessa nova definição do medo, a ética vem em hora para “salvar” imediata, instintiva e profundamente a sobrevivência diante o caos.
A primeira hipótese para esse repentino interesse pela ética seria catastrófica ou apocalítica. Como sabemos hoje em dia não se fala em outra coisa a não ser que o fim do mundo ocorrerá no ano de 2012, ou seja, estaríamos próximos do fim e os seres que passassem por uma transformação espiritual e fossem considerados éticos se salvariam.
A outra hipótese poderia se chamar evolucionista uma vez que diante da realidade atual a espécie humana estivesse realmente se desenvolvendo e buscando uma exigência colocada pelas forças transcendentes, ao contrario do que era antes visto como “realidade ideal”.
		Caminhos brasileiros
Apesar de termos tido planos para o desenvolvimentodo país e construído diversas grandezas, ainda possuímos problemas como a fome, miséria, falência de instituições, justiça, polícia e serviços do Estado.
Outro ponto de vista seria dizer que o problema está na desonestidade, corrupção e falta de caráter – de natureza ética. Podemos citar a falta de visão futura, cultivo da esperança, na descrença nacional, na visão míope da política, na dificuldade de encontrar um consenso na sociedade e demais outras.
Faz parte das dificuldades éticas termos nos tornado uma sociedade do medo, como citado no item anterior. E o medo encontra-se em todas as classes: os ricos com medo de serem assaltados e seqüestrados e os pobres temendo a violência dos policiais ou marginais que se proliferam em seu meio. Mas ambos têm algo em comum: temem a perda da vida. 
Nosso país não teve uma crise ética, e podemos afirmar isso, pois deveria ter sido “instituída, construída, delineada e mantida”. Não pode ter ocorrido nos tempos coloniais, durante o Império, a república Velha nem na ditadura Vargas. E começou a se falar em ética na sociedade brasileira no período após a ditadura Vargas, a partir de 1945.
Passamos por diversas experiências e no fim fomos levamos a um confronto com nós mesmos, um acerto de conta do que fizemos e daquilo que deixamos de fazer,
		Por que é um caso de ética
Ética pode ser considerada um estilo de vida, algo que nos move a fazer as coisas e decidir diante o que entendemos como correto e errado. Ética é aquilo que sentimos o sentir ético, o estratégico e o tecnológico.
Atualmente vivemos no mundo onde a modernidade está em primeiro lugar na cabeça dos seres humanos, ou seja, o sentir tecnológico e estratégico prevalecem, apagando o ético. Mas esse último vem crescendo e buscando seu espaço no mundo do homem.
A ética, vitima desse esmagamento dos outros dois tipos de sentir, parecia algo ultrapassado, um retorno ao moralismo, sobre o mundo transcendente. 
A cultura do século XIX dispensou a ética e foi marcada por imensos horrores: guerras mundiais, campos de concentração nazistas, bombas atômicas, devastações no meio ambiente,...
		Entre o moralismo e a licença
“O moralismo é o extremo oposto da insensibilidade ética.” Para ver questões morais e éticas por toda a parte, sempre estar pronto para tomar decisões éticas, encarar faltas com o pecado, julgar e ser julgado, é uma hipersensibilidade, comum para poucos.
O mínimo de ética que existe em nossa sociedade vem ocorrendo através do moralismo, que nada mais é do que a ética degradada, e por isso muitas vezes escutamos por ai algo sobre o “falso moralismo”. 
O mundo que vivemos hoje poderia ser considerado o horror dos moralistas: o sexo e a nudez estão explícitos a praticamente qualquer lugar que se vá ou se olhe; total falta de escrúpulos; etc.\\\
Pode-se dizer que o moralismo não educa, condena. Ele é repressor, serio, e já supõe que a humanidade está condenada.
Por sua vez, a postura ética pode ser vista como compreensão e não tem a intenção de condenar, e sim de evitar, preservar, ou seja, previamente, dar o exemplo do que é correto. Reconhece as fraquezas da vida humana e tenta mitigar as tentações e fraquezas.

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