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A fenomenologia

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A FENOMENOLOGIA
( Influências antecedentes: Brentano e Dilthey;
Franz Brentano
 Franz Brentano, filósofo alemão, (1838-1917), ex-sacerdote católico e filósofo alemão, geralmente considerado o fundador do intencionalismo, que se ocupa dos processos mentais mais que com o conteúdo da mente, e da psicologia que hoje é chamada psicologia existencial. Seu livro mais famoso e influente foi "A Psicologia de um ponto de vista empírico", de 1874, no qual tenta apresentar uma psicologia sistemática que seria a ciência da alma. 
Os trabalhos mais importantes de Brentano são no campo da psicologia, por ele definida como ciência da alma. O objeto de seus estudos não foram, porém, os estados, mas sim os atos e processos psíquicos. Segundo Brentano, o fenômeno psíquico distingue-se dos demais por sua propriedade de referir-se a um objeto através de mecanismos puramente mentais. Ao filósofo caberia, então, estudar as diversas maneiras pelas quais a mente estabelece contatos com os objetos.
Ele reviveu e modernizou a teoria escolástica da "existência intencional" ou, como ele chamou, "objetividade imanente". Segundo ele, no fenômeno psíquico, já existe uma "direção da mente para um objeto", a pessoa "vê alguma coisa". Ele sugeriu que, fundamentalmente, a mente pode referir-se aos objetos de três maneiras: 
1) por percepção e idealização, incluindo sensação e imagem.
2) por julgamento, incluindo atos de reconhecimento, rejeição, e recordação; e
3) por amor ou ódio, o que leva em conta desejos, intenções, vontade e sentimentos
Isto é: Brentano distingue três mecanismos fundamentais: a percepção, julgamento e aprovação ou desaprovação. 
A Influência das Idéias de Brentano 
na Psicologia Fenomenológico-Existencial
De acordo com Ana Maria Feijoó, a sistematização das idéias de Brentano vai exercer fortes influências em diferentes áreas de estudo, tais como a filosofia fenomenológica de Husserl, Max Sheler e Martin Heidegger;
Ao negar a possibilidade de se levar para o laboratório o psiquismo, propôs que este fenômeno fosse abordado de forma empírica, mas não experimental, e mais, que se abandonasse a introspecção, como método, já que esta implicava em uma observação interna, e aos fenômenos psicológicos cabia a percepção interna. Esta proposta fica claramente descrita em seu livro A psicologia do ponto de vista empírico, no seguinte trecho:
”Tal como as ciências da natureza, a psicologia repousa sobre a percepção e a experiência. Mas seu recurso essencial é a percepção interna de nossos próprios fenômenos psíquicos, consistindo em uma representação, um julgamento, o que é prazer e dor, desejo e aversão, esperança e inquietação, coragem e desencorajamento, decisão e intenção voluntária, nunca o saberíamos se a percepção interna de nossos próprios fenômenos não nos lho ensinasse.”
Brentano retomou a alma como objeto de estudo da psicologia, porém referiu-se a esta como um substrato substancial de representações, de sensações, de imagem, de lembranças, de esperanças. Denominou a todas estas vivências de fenômenos psíquicos, e como tais são intencionados. São atos que se referem a objetos exteriores e os objetos são imanentes aos atos mentais.
A consciência intencional constitui-se numa atividade, na qual os fatos físicos vão diferir dos fatos psicológicos, que vão ser denominados fenômenos.
Os fenômenos psíquicos constituem-se de experiências intencionais, ocorrem como representações, juízos e fenômenos emocionais e possuem as seguintes propriedades: de intencionalidade, de se constituírem como objetos de percepção interna: portanto evidentes, de existir efetivamente, de se mostrarem como unidade, de se apresentarem como atos de representação.
As idéias de Brentano vão dar início a uma psicologia que irá buscar as propriedades da consciência através da experiência interna. A partir da sistematização de sua teoria vão surgir a psicologia da gestalt, a teoria de Lewin, a psicologia fenomenológica, enfim toda a psicologia cuja ênfase recaia sobre a consciência com sua característica essencial: a intencionalidade.
Wilhelm Dilthey
Filósofo alemão (1833 – 1911) . Compreendemos, segundo Dilthey, com a totalidade de nossa alma, inclusive com a vontade ao esbarrar com uma resistência, assim constatando a presença de um mundo exterior. Compreender não é apenas um explicar, mas uma função em que participam também as forças emotivas da alma. Pela história sabe o homem o que ele mesmo é. De outra parte, só através do homem é possível o saber histórico. O homem não é incognoscivel como a coisa em si, das demais ciências; dá o homem sinal de si mesmo, de sua própria existência, Atender a estes sinais, eis a tarefa de uma ciência especificamente diferente. Por isso, ocorre a distinção entre ciências da natureza e ciências do espírito. Interpretou o espírito como um devir, em que tudo flui e nada permanece.   
Dilthey elaborou uma teoria do conhecimento para as ciências do espírito, em que destaca o conhecimento histórico. O seu sistema, conhecido por historicismo, se apoia particularmente no estudo da história. O conhecimento histórico se constitui de uma reflexão sobre si mesmo; portanto, não se alcança o devir histórico pelo procedimento racional das ciências da natureza, por ser de outra ordem. O historicismo tem algo de paralelo com as filosofias que tratam toda a realidade como um devir. Há também um trânsito da filosofia de Dilthey para a de Heidegger, especialmente no que se refere à teoria do tempo. 
As ciências do espírito teriam como objeto o homem e o comportamento humano; para Dilthey é possível, diante do mundo humano, adotar uma atitude de "compreensão pelo interior", ao passo que, diante do mundo da natureza, essa via de compreensão estaria completamente fechada. Os meios necessários à compreensão do mundo histórico-social podem ser, dessa maneira, tirados da própria experiência psicológica, e a psicologia, deste ponto de vista, é a primeira e mais elementar das ciências do espírito. A experiência imediata e vivida na qualidade de realidade unitária (Erlebnis) seria o meio a permitir a apreensão da realidade histórica e humana sob suas formas concreta e viva.
filosofia de Dilthey assumiu uma função programática:  encontrar um lugar para aquilo que designou por "ciências do espírito", as denominamos "ciências humanas" (sociologia, psicologia, história, antropologia, etc). O seu objetivo é o de estabelecer relações constantes e necessárias entre os fenômenos observados, cujas causas podem ser isoladas e descritas. 
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