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Exame neurológico

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Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Exame neurológico – HAC II 
Nervos cranianos 
Nervo Olfatório 
Verificar se as passagens nasais estão abertas, sem obstruções intranasais 
Verificar a existência de distúrbios da função olfatória 
➔ Condutivos: processos que impedem o contato das substâncias odoríferas com o epitélio olfatório 
➔ Neurogênicos: disfunções nos receptores ou nas sinapses corticais 
Semiotécnica: 
- Separar o material necessário 
- Higienizar as mãos 
- Uso de luva de procedimento 
- Apresentar-se ao paciente, dizendo o nome e função que desempenha 
- Explicar o que será realizado 
- Pedir consentimento ao paciente 
- Identificar a narina que o paciente refere sua queixa (teste se inicia do lado acometido) 
- Certificar se as fossas nasais estão abertas, que há fluxo aéreo 
- Comprimir uma narina do paciente e, ao mesmo tempo, peça para que ele expire pela outra narina 
- Realizar com ambras as narinas 
- Solicitar ao paciente que permaneça com os olhos fechados 
- Escolher uma substância para a realização do teste: 
➔ Odor familiar 
➔ Que não emita estímulo irritante (amônia) 
➔ Café, cravo, canela, baunilha, sabão 
- Ocluir uma das narinas 
- Trazer a substância escolhida para próximo da narina aberta do paciente 
- Pedir para que o paciente aspire para captar os estímulos odoríferos 
- Perguntar ao paciente se sente algum cheiro e pedir para o paciente identificar o odor 
- Repetir o teste na outra narina, comparando ambos os lados 
- Agradecer o paciente 
Distúrbios da função olfativa: 
➔ Anosmia: incapacidade de detectar odores 
➔ Hiposmia: capacidade reduzida da função olfativa 
➔ Hiperosmia: Acentuação excessiva do olfato 
➔ Disosmia: Comprometimento ou defeito da função olfatória 
➔ Parosmia: Distorção do olfato, incapacidade de identificar corretamente o odor 
➔ Fantosmia: Acreditar na identificação de um odor que não é real 
➔ Presbiosmia: Redução do olfato devido ao envelhecimento 
➔ Cacosmia: Refere a sensação de odores desagradáveis 
➔ Agnosia olfativa: Indivíduo perde a capacidade de interpretar odores detectados 
Causas da perda olfatória: 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Traumatismo cranioencefálico; Infecções de Vias Aéreas Superiores; Meningioma do sulco olfativo; Desvio do 
septo nasal; Rinite Crônica; Doenças psiquiátricas (esquizofrenia, depressão); Uso intranasal crônico de cocaína; 
Fármacos: antibióticos, anfetaminas, propiltiouracil, anti-histamínicos, drogas quimioterápicas. 
Nervo Óptico 
Avaliar a acuidade visual do paciente, ou seja, a capacidade do olho de enxergar com detalhes 
➔ Limiar de intensidade, visibilidade mínima e separabilidade mínima 
Examinar os campos visuais para delimitação de quadrantes que possam apresentar alterações visuais 
Fundoscopia 
Semiotécnica – Acuidade visual: 
- Sala com iluminação ideal 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento ao paciente 
- Antes de iniciar o exame, buscar anormalidades oculares, durante a inspeção: 
➔ Opacidade 
➔ Irritação conjuntiva 
➔ Corpos estranhos 
➔ Glaucoma 
➔ Cicatrizes 
➔ Fotofobia 
- Solicitar ao paciente que tampe um dos olhos para avaliação individual de cada um (pedir para o paciente não 
apertar o olho) 
- Pedir que o paciente leia algo ou diga o que vê na sala 
- Realizar em ambos os olhos 
Disturbios da acuidade visual: 
➔ Ambliopia: Diminuição 
➔ Amaurose: Acuidade visual abolida 
Semiotécnica – Campo visual: 
- Ambiente com boa iluminação 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Solicitar ao paciente que tampe um dos olhos 
- Tampar o olho oposto de modo que os olhos que estão abertos fiquem um de frente para o outro 
- Pedir que o paciente olhe em direção ao seu olho, mantendo contato visual e permanecendo com os olhos 
imóveis 
- Posicionar o braço a meia distância entre você e o paciente 
- Deslocar a ponta do dedo indicador com movimentos horizontais, verticais e em arco, abrangendo os campos 
nasais e temporais 
- Pedir para que o paciente aponte para o dedo que se move e não apenas fazer a descrição verbal 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Comparar a posição mencionada pelo paciente com o seu campo de visão 
- Avaliar o outro olho 
Disturbios do campo visual: 
 
Semiotécnica – Fundoscopia: 
- Desligar as luzes do ambiente 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Uso do oftalmoscópio 
- Pode ser encontrado: 
➔ Palidez da pálpebra 
➔ Estase bilateral da papila 
➔ Modificações das arteríolas 
Nervos motores oculares: oculomotor, nervo troclear e nervo abducente 
MOTILIDADE EXTRÍNSECA 
Identificar qualquer anormalidade do alinhamento ocular 
Avaliar a movimentação ativa dos globos oculares 
Analisar movimentos de convergência e divergência dos olhos 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
Semiotécnica – Avaliação da pálpebra: 
- Realizar a inspeção da região ocular 
- Observar a posição das pálpebras 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Comparar as larguras das fissuras palpebrais bilateralmente 
- Observar a quantidade de íris ou pupila coberta pela pálpebra 
- Verificar se o paciente realiza algum esforço para tentar manter os olhos abertos: 
➔ Inclinar a cabeça para trás 
➔ Forçar as sobrancelhas para cima 
Distúrbios: Ptose (pálpebra caída) 
Semiotécnica – Avaliação dos movimentos oculares: 
- Manter a cabeça do paciente imóvel, colocar o dedo na frente do paciente 
- Solicitar para que o paciente desloque os olhos acompanhando a movimentação do seu dedo 
- O examinador deve avaliar a mobilidade ocular: 
➔ Movimento horizontal para direita e esquerda 
➔ Movimento vertical (para cima esquerda e direita, para baixo esquerda e direita) 
- Pedir para o paciente informar caso tenha visão dupla (diplopia – disfunção do nervo troclear) 
- Se atentar na capacidade do paciente de acompanhar os movimentos de forma conjugada em todas as direções 
Semiotécnica – Convergência ocular: 
- Colocar o dedo a cerca de um metro do paciente na linha mediana 
- Pedir para que o paciente olhe diretamente para o dedo e seguir o movimento do mesmo 
- Aproximar rapidamente o dedo para um ponto entre as sobrancelhas do paciente 
- Avaliar a movimentação ocular simultaneamente 
Obs.: 
Estrabismo convergente – disfunção do nervo abducente 
Estrabismo divergente – disfunção do nervo oculomotor 
MOTILIDADE INTRÍNSECA 
Avaliar a simetria e regularidade das bordas pupilares 
Avaliar as vias aferentes e eferente envolvidas no reflexo pupilar e reflexo de acomodação 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para retirar os óculos caso necessário 
- Inspeção da pupila, observar tamanho, forma e simetria 
Semiotécnica – Teste do reflexo fotomotor direto e consensual 
- Pedir para que o paciente fixe o olhar em um ponto distante 
- Incidir a luz da lanterna de forma oblíqua no olho direito e fique atento para: 
➔ Alteração do tamanho pupilar 
➔ Velocidade e miose do olho esquerdo 
- Repetir o procedimento com o olho esquerdo a fim de avaliar a resposta consensual no olho direito 
Semiotécnica – Constrição pupilar pela acomodação 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- O examinador deve colocar seu dedo na frente dos olhos do paciente na linha mediana a pelo menos 1 metro 
do paciente 
- Pedir para que o paciente foque sua visão nesse ponto fixo longe 
- Examinador desloca seu dedo para perto do olho do paciente 
- À medida que se aproxima o dedo, o examinador deve ficar atento à resposta pupilar: contração (miose) 
bilateralmente 
 
Discoria: irregularidade do contorno pupilar 
Midríase: Aumento no diâmetro da pupila 
Miose: Diminuição no diâmetro da pupila 
Isocoria: Pupila normal 
Anisocoria: Desigualdade das pupilas 
➔ Sinal de Argyll-Robertson:miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e a presença do reflexo de 
acomodação (convergência). Lesão na região periaquedutal, no mesencéfalo 
➔ Síndrome de Claude Bernard-Horner: miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral. Decorre de 
lesão do simpático cervical. 
Nervo Trigêmeo 
Examinar a função sensorial pelo ramo oftálmico, maxilar e mandibular 
Avaliar a via aferente do reflexo corneano 
Observar a força dos músculos da mastigação 
Semiotécnica – Ramo sensitivo: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Perguntar ao paciente se existe alguma região onde há ausência de sensibilidade ou a presença de parestesias 
(sensações cutâneas subjetivas) 
- Solicitar que o paciente fique de olhos fechados 
- Caso haja região alterada, iniciar por ela 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Pesquisar a sensibilidade dolorosa com um alfinete (sem penetrar na pele), estimulando a testa, bochecha e 
mandíbula bilateralmente 
- Pesquisar a sensibilidade tátil com um pedaço de algodão, estimulando a testa, bochecha e mandíbula 
bilateralmente 
- Pesquisar a sensibilidade térmica com dois tubos de ensaio (água gelada e água quente), tocando a testa, 
bochecha e mandíbula bilateralmente 
- Perguntar ao paciente se os estímulos parecem os mesmos de ambos os lados 
Semiotécnica – Ramo Corneano: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Avaliador se posiciona atrás do paciente e a diagonal 
- Pedir para o paciente olhar para um ponto distante e do lado oposto onde o teste será realizado 
- Toque cuidadosamente a córnea superior do paciente utilizando um pequeno chumaço de algodão 
- Observe se o paciente irá fechar os olhos 
- Realizar o mesmo exame no outro olho 
- Comparar as respostas 
Semiotécnica – Ramo Motor: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Inspecionar o trofismo dos músculos da mastigação 
- Colocar os dedos examinadores na borda a anterior do músculo masseter em ambos os lados 
- Solicitar ao paciente para trincar os dentes 
- Observar se, ao cerrar o maxilar, os dedos irão se mover a diante com simetria 
- Pedir para que o paciente abra a boca 
- Avaliar se haverá desvio da mandíbula para o lado direito ou esquerdo 
Nervo facial 
Exame das funções motoras 
Exame das funções sensoriais (alteração do paladar) 
Semiotécnica – Funções Motoras: 
- Higienização das mãos 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Inspeção da face em repouso, observando a simetria 
- Observar se há contração muscular anormal 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Observar o padrão de piscar espontâneo (observar simetria e frequência) 
- Observar os movimentos faciais espontâneos 
- Solicitar que o paciente: 
➔ Sorria – notar a simetria da contração da região facial superior 
➔ Fechar os olhos com força – avaliar o grau de enrugamento da pele na fronte e a simetria 
➔ Encher as bochechas de ar, franzir a testa – notar simetria entre lado esquerdo e direito 
Obs.: 
➔ Paralisia periférica – Toda hemiface 
➔ Paralisia central – 1 terço inferior 
Semiotécnica – Funções Sensoriais: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Perguntar ao paciente se percebeu alteração no paladar 
- Segurar a língua do paciente com gaze 
- Pedir para que o paciente faça o sinal de SIM com a mão caso sentir algum sabor e NÃO quando não sentir 
- Mergulhar um aplicador úmido em pacote de adoçante artificial e colocar na superfície dorsal da língua de um 
lado 
- Pedir ao paciente que sinalize se conseguiu sentir o gosto 
- Paciente deve lavar a boca com água 
- Repetir o procedimento com o outro lado da língua 
➔ Ageusia: incapacidade total de sentir a gustação. 
➔ Hipogeusia: redução, retardo da sensação gustativa. 
➔ Hipergeusia: aumento acentuado da sensação gustativa. 
➔ Alucinações gustativas podem ser observadas em crises convulsivas parciais complexas. 
Nervo vestibulococlear 
Contêm apenas função sensorial 
Determinar se existe lesão do ramo coclear a nível central ou periférico 
Avaliar presença de surdez condutiva ou neurossensorial 
Investigar o ramo vestibular, através da presença ou não de alterações de equilíbrio, como tontura, vertigens e 
desvio postural 
Semiotécnica – Ramo Coclear (TESTE DE WEBER) 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Segurar o diapasão com a mão dominante e batê-lo conta a face ulnar da mão não dominante 
- Posicionar o diapasão em vibração na linha média do vértice craniano 
- Solicitar que o paciente diga em qual ouvido consegue ouvir melhor o som propagado pelo diapasão 
➔ Normal: som deve ser ouvido igualmente em ambos os lados, dessa maneira, não está lateralizado 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Semiotécnica – Ramo Coclear (TESTE DE RINNE) 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Segurar o diapasão com a mão dominante e batê-lo contra 
a face ulnar da mão não dominante 
- Posicionar o diapasão no processo mastoideo do paciente 
- O paciente deve falar quando parar de ouvir o som 
- Imediatamente, posicionar o diapasão atrás do ouvido do 
paciente 
- Pedir ao paciente que indique se consegue ouvir o som agora e em qual posição conseguiu escutar melhor o 
som 
➔ Normal: conseguir escutar o diapasão pela condução aérea o dobro de tempo do que pela condução 
óssea 
Semiotécnica – Ramo Vestibular (TESTE DE ROMBERG) 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir que o paciente fique em pé, com os pés juntos, olhos abertos direcionados para frente 
- Posicionar-se atrás do paciente com os braços abertos sem que suas mãos o toquem 
- Solicitar que o paciente estique os braços para frente com as palmas das mãos voltadas para cima e manter-
se nessa posição 
- Caso o paciente não balance ou caia com os olhos abertos, peça que feche os olhos 
- Observar o paciente durante 1 min e avaliar se ele perde seu equilíbrio ou cai. Caso aconteça, observe a direção 
do desequilíbrio ou queda 
- Avaliar se um ou ambos os braços caem ou fazem o movimento de pronação 
- Caso ocorra dúvida sobre o resultado do exame, pedir para que o paciente abra os olhos, coloque um pé na 
frente do outro e repita novamente o exame (Romberg sensibilizado) 
Nervo glossofaríngeo e nervo vago 
São nervos mistos e se encontram intimamente relacionados 
Semiotécnica – Motricidade do palato mole e úvula: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Solicitar ao paciente que abra a boca 
- Observar o arco palatino e úvula, bem como há assimetria (se o véu pende para um lado) 
- Solicitar que o paciente fale Ah ou Eh por alguns segundos 
- Pedir ao paciente que mantenha essa vocalização por alguns segundos 
- Verificar a contração da musculatura do palato 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Observar se a contração é simétrica 
Semiotécnica – Sensibilidade da Faringe: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Segurar um abaixador de língua e solicitar ao paciente que abra a boca 
- Tocar com o abaixador de língua os pilares amigdalianos de um lado levemente 
- Perguntar ao paciente se sentiu algo e repetir o procedimento do outro lado 
- Esse procedimento pode provocar reflexo de vômito, confirmando a presença de sensibilidade 
- Comparar os resultados dos dois lados 
Nervo acessório 
Avaliar a via motora do nervo acessório que supre o músculo esternocleidomastóideo e trapézio 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Realizar a inspeção dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio 
- Solicitar ao paciente que desnuda essa região- Observar se há sinal de atrofia muscular, assimetria entre o lado direito e esquerdo 
- Realizar a palpação dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio, avaliando o tônus muscular 
Semiotécnica – Exame do músculo esternocleidomastóideo: 
- Se posicionar atrás do paciente 
- Solicitar que o paciente rotacione a cabeça verticalmente e totalmente para o lado direito 
- Colocar a mão direita na mandíbula do paciente a fim de oferecer uma contra resistência ao movimento 
- Avaliar a força muscular 
- Palpar o músculo durante o procedimento 
- Repetir o procedimento do outro lado 
Semiotécnica – Músculo Trapézio: 
- Se posicionar atrás do paciente e solicitar que o paciente levante os ombros 
- Posicionar a mão direita e aplicar uma contra resistência ao movimento 
- Repetir o procedimento com o ombro esquerdo 
- Avaliar a força muscular do trapézio e comparar os lados 
Nervo hipoglosso 
Avaliar a força, volume e simetria durante os movimentos da língua 
Observar presença de fraqueza muscular, atrofia, desvio de língua e movimentos anormais, como fasciculações 
Semiotécnica: 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir ao paciente que abra a boca e realize a inspeção da língua 
- Observar com atenção a posição da língua, aparência 
- Solicitar ao paciente que exponha a língua para fora da boca e note se há desvio ou deslocamento da língua 
para algum lado preferencial 
- Solicitar ao paciente que mova a língua para dentro, para fora, para esquerda, para direita e para cima e para 
baixo 
- Pedir ao paciente que pressione a ponta da língua contra cada bochecha enquanto faz uma pressão contrária 
ao movimento com o dedo 
- Repetir o procedimento para o outro lado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Avaliação da sensibilidade superficial 
Identificar e delimitar alterações de sensibilidade superficial térmica, tátil e/ou dolorosa 
Semiotécnica – Sensibilidade Tátil: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Passar levemente o algodão no paciente, bilateralmente, no dermátomo de mesmo nível 
- Simultaneamente, perguntar ao paciente se ele sente o estímulo em cada dermátomo e bilateralmente 
- Se existir alteração, anotar o último dermátomo com a sensibilidade preservada e o primeiro com a 
sensibilidade alterada 
- Repetir o procedimento em decúbito ventral 
Obs.: 
➔ Anestesia: Não há sensibilidade tátil 
➔ Hipoestesia: Diminuição da sensibilidade tátil 
➔ Hiperestesia: Aumento da sensibilidade tátil 
Semiotécnica – Sensibilidade Térmica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Encostar os tubos de ensaio com água morna e fria, bilateralmente, no dermátomo de mesmo nível 
- Simultaneamente, perguntar ao paciente se ele está sentindo e qual tubo de ensaio ele está sentindo em cada 
dermátomo e bilateralmente 
- Se houver alteração, anotar o último dermátomo com a sensibilidade preservada e o primeiro com a 
sensibilidade alterada 
- Repetir o procedimento em decúbito ventral 
Semiotécnica – Sensibilidade dolorosa: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Fazer leve pressão com objeto contra a pele do paciente, bilateralmente, no dermátomo de mesmo nível 
- Simultaneamente, perguntar se o paciente está sentindo o estímulo doloroso, em cada dermátomo e 
bilateralmente 
- Se houver alteração, anotar o último dermátomo com a sensibilidade preservada e o primeiro com a 
sensibilidade alterada 
- Repetir o procedimento em decúbito ventral 
Obs.: 
➔ Analgesia: Perda da sensibilidade à dor 
➔ Hipoalgesia: Diminuição da sensibilidade à dor 
➔ Hiperalgesia: Aumento da sensibilidade à dor 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Dermátomos 
Território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. 
 
 
Dermátomos importantes: 
PLEXO BRAQUIAL = C5 a T1 
CLÁVICULA = C5 
MAMILO = T4 
PROCESSO XIFÓIDE = T6 
 CICATRIZ UMBILICAL = T10 
CRISTA ILÍACA = T12 
RAIZ DA COXA = L1 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Avaliação da sensibilidade profunda 
Propriocepção, Cinético-postural e Vibração: 
Verificar se o paciente tem noção da posição dos segmentos do próprio corpo 
Verificar se o paciente apresenta sensibilidade vibratória 
Semiotécnica – Propriocepção: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Deslocar um segmento do corpo do paciente (membros) em várias direções (flexão e extensão) 
- Fixar o segmento em determinada posição 
- Solicitar ao paciente que diga a posição assumida ao fim do movimento 
Semiotécnica – Cinético-postural ou artrocinética: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Deslocar suavemente um segmento do corpo do paciente (hálux, polegar, pé ou mão) em várias direções (flexão 
e extensão) 
- Fixe o segmento em determinada posição 
- Solicitar ao paciente que diga a posição assumida ao fim do movimento 
Semiotécnica – Vibratória (palestesia): 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento (perceber a vibração e não a sensação de algo mais frio encostar na pele) 
- Pedir consentimento 
- Coloque o diapasão, ora parado, ora vibrando, sobre saliências ósseas (dorso do pé, maléolos, tíbia, rótula, 
sínfise púbica, cristas ilíacas, falange dos dedos, esterno, olecrano, clavícula etc.) 
- Compare os pontos homólogos partindo dos pontos distais para proximais e solicite que o paciente faça a 
diferenciação 
Pressão 
Examinar a função sensorial da coluna dorsal através da percepção de pressão pelas estruturas cutâneas 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Mostrar ao paciente de olhos abertos o estímulo que será feito e explicar que ele deverá dizer SIM caso sentir 
durante o exame 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Aplicar uma pressão no antebraço do paciente a fim de fazer uma pressão sobre a pele e estruturas musculares 
- Verificar se o paciente respondeu SIM após aplicação da pressão 
- Repetir o procedimento no outro antebraço para avaliação bilateral 
Estereognosia 
Avaliar a capacidade do paciente de reconhecer um objeto com a mão sem auxílio da visão 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Colocar o objeto disponível (chave, grampo de cabelo ou relógio) na mão do paciente 
- Solicitar ao paciente que identifique verbalmente qual objeto foi colocado em suas mãos com a palpação 
Discriminação de dois pontos 
Avaliar a capacidade do paciente na discriminação tátil de dois pontos em diferentes áreas da superfície corporal 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Estimular a pele no dedo indicador da mão direita do paciente com as pontas encostando na pele 
simultaneamente (beliscando) 
- Registrar a menor medida entre dois pontos possível de ser sentida pelo paciente 
- Repetir o procedimento no dedo indicador da mão esquerda para avaliação bilateral 
- Pode se realizar o teste no dedo polegar, palma da mão, dorso e língua 
Grafestesia 
Avaliar a capacidade do paciente perceber a escrita de palavras ou números sobre a pele estando de olhos 
fechados 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para que o paciente feche os olhos 
- Escrever alguma letra ou número sobre a pele do paciente- Pedir para que o paciente identifique o que foi escrito 
Dor profunda 
Avaliar a sensibilidade dolorosa do paciente 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Fazer compressão moderada de massas musculares e tendões, bilateralmente, no dermátomo de mesmo nível 
- Simultaneamente, perguntar se o paciente está sentindo o estímulo doloroso, em cada dermátomo e 
bilateralmente 
- Se houver alteração, anotar o último dermátomo com a sensibilidade preservada e o primeiro com a 
sensibilidade alterada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Nível de consciência 
Escala de coma de Glasgow 
Avalia o nível de consciência através: 
➔ Abertura ocular 
➔ Reação motora 
➔ Resposta Verbal 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente deitado em decúbito dorsal 
- Examinador do lado direito 
- ABERTURA OCULAR: 
➔ Estímulo verbal: Chamar o paciente 
➔ Estímulo doloroso: Usar o estilete de ponta romba no leito ungueal do paciente 
- RESPOSTA VERBAL: 
➔ Fazer perguntas curtas e claras ao paciente 
➔ Avaliar a resposta do paciente e observar se esta: Orientado, confuso, fala palavras inapropriadas, emite 
sons inteligíveis ou não emite nenhuma resposta verbal 
- RESPOSTA MOTORA: 
➔ Solicitar que o paciente realize movimento específico 
➔ Provocar estímulo doloroso no paciente e avaliar a resposta: Obedece a comandos verbais, localiza 
estímulos, faz movimento de retirada inespecífica, possui padrão flexor ou padrão extensor e não possui 
resposta motora 
CONFUSÃO - Respostas inapropriadas; diminuição da atenção e memória. 
LETARGIA - Sonolência marcada; respostas adequadas quando acordado. 
ESTUPOR - Despertável por curtos períodos a estímulos verbais, visuais ou dolorosos; respostas motoras simples 
e lentas. 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
COMA - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação da Motricidade e Força Muscular 
Identifica a possível existência de uma redução da força (paresia) ou ausência da contração muscular (plegia) 
Semiotécnica Motricidade espontânea: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Solicitar que o paciente realize diversos movimentos, como: 
➔ Abrir e fechar a mão 
➔ Estender e fletir o antebraço 
➔ Fletir a coxa 
➔ Fletir e estender a perna e o pé 
- Avaliar os movimentos, seu grau e se houver, suas limitações e sua velocidade 
Semiotécnica Força Muscular: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- O paciente deve realizar os mesmos movimentos da motricidade espontânea, só que, desta vez, com oposição 
aplicada pelo examinador 
➔ Abrir e fechar a mão 
➔ Estender e fletir o antebraço 
➔ Fletir a coxa 
➔ Fletir e estender a perna e o pé 
Escala de força muscular: 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Obs.: Nos casos de discreta ou duvidosa deficiência motora dos membros, realizam-se as denominadas provas 
deficitárias: 
Prova dos braços estendidos – duração de dois minutos 
 
Mingazzini – em decúbito dorsal o paciente faz com as pernas o ângulo de 90 graus e tenta sustentar por 2 
minutos 
 
Manobra de Barré – em decúbito ventral, o paciente com as pernas em ângulo de 90 graus, tenta sustentar 
por 2 minutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação do Tônus Muscular 
Tensão presente no músculo na ausência de contração voluntária (estado de relaxamento incompleto). 
Responsável pela manutenção da postura, impede a mobilidade indevida das articulações e permite o início do 
movimento quando necessário. 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir para que o paciente retire as roupas que possam atrapalhar a palpação e que se deite em decúbito dorsal 
na maca 
- Realizar a inspeção cuidadosa dos grandes grupos musculares 
- Realizar a palpação dos grandes grupos musculares, principalmente nos membros inferiores e superiores 
- Realizar a movimentação passiva das principais articulações dos membros superiores e inferiores, 
principalmente realizando a flexão e extensão 
- Observar se há presença de alteração na simetria, no trofismo, na tonicidade, presença de dor ou edema 
Disturbios musculares: 
➔ Rigidez - resistência ao longo da trajetória da movimentação passiva. 
➔ Espasticidade - resistência existente apenas em uma parte do movimento e o ponto em que isso ocorre 
varia. 
➔ Hipotonia - paciente é incapaz de manter qualquer tônus muscular. 
➔ Hipertonia – aumento do tônus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação dos Reflexos Superficiais 
Resposta involuntária a um estímulo específico. 
Semiotécnica - Reflexo cremastérico: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal, deve retirar as vestimentas de baixo, cobrir com um lençol 
- Arranhar levemente ou beliscar a face superior medial da coxa e observar se há retração do testículo 
- Realizar o exame bilateralmente 
Semiotécnica - Reflexo Cutâneo Plantar: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente deve retirar os sapatos 
- Examinador deve passar de leve um objeto com a ponta romba (cabo do martelo ou parte de trás da caneta) 
na face medial da planta do pé do paciente 
- Deve ser observado o primeiro movimento do hálux 
- Realizar o exame bilateralmente 
Semiotécnica - Reflexo Cutâneo Abdominal: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- O paciente deve ficar em decúbito dorsal, e deve elevar a camisa e expor o abdome 
- O examinador deve dividir o abdome em quatro quadrantes utilizando o umbigo como referência e 
imaginando duas linhas perpendiculares 
- Cada quadrante deve ser estimulado separadamente realizando um leve arranhão do centro para fora com 
um objeto de ponta romba 
- Observar a movimentação do umbigo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação dos Reflexos Profundos 
 
Semiotécnica - Reflexo Bicipital: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente sentado na mesa 
- Segurar o cotovelo do paciente apoiando o antebraço do paciente no do examinador 
- O paciente deve ficar com o punho pronado (face palmar para cima) 
- Palpar o tendão do bíceps do paciente com polegar e repouse levemente a face palmar do polegar sobre o 
tendão 
- Com a mão dominante segurar o martelo e percutir com movimento pendular o seu próprio polegar 
- Observar a movimentação do antebraço e do punho do paciente 
- Realizar o exame bilateralmente 
Resposta esperada: Contração do bíceps, promovendo uma leve flexão do cotovelo e pode levar uma leve 
supinação do punho. 
 
Semiotécnica – Reflexo Tricipital: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Abduzir o braço do paciente, apoiar a mão na fossa cubital deixando o cotovelo flexionado a 90º e o antebraço 
pendurado em repouso 
- Pedir para o paciente relaxar a musculatura do braço 
- Segurar o martelo com a mão dominante e percutir, com movimento pendular, o tendão do tríceps a 3 dedos 
do olecrano (protuberância óssea da ulna que fica proeminente posteriormente no cotovelo ao flexioná-lo) 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Evite percutir a região medial do cotovelo, pois nesse território passa o nervo ulnar, que se for atingido pode 
provocarchoque e parestesia no paciente 
- Observar o movimento do antebraço 
- Realizar o exame bilateralmente 
Resposta esperada: Contração do tríceps e extensão do cotovelo. 
 
Semiotécnica - Reflexo Patelar: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- O paciente deve ficar sentado na mesa de exames com as pernas pendentes. Mas se caso de paciente for 
acamado ou impossibilitado de ficar sentado pode pesquisar o reflexo em decúbito dorsal, o examinador pode 
colocar o antebraço atrás do joelho e suspender a perna do paciente 
- Palpar a patela e imediatamente abaixo palpar o tendão do quadríceps 
- Pedir para o paciente relaxar a musculatura da coxa 
- Segurar o martelo com a mão dominante e percutir, com movimento pendular, o tendão 
- Observar o movimento da perna 
- Realizar o exame bilateralmente 
Resposta esperada: Contração do músculo quadríceps femoral, com consequente extensão do joelho 
 
Semiotécnica - Reflexo Aquileu: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- O paciente pode ficar na posição de joelhos em cima de uma cadeira com os pés pendentes, outra posição 
possível é o paciente ficar em decúbito dorsal e colocar o tornozelo sobre a perna deixando o pé pendente 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Apoiar a mão na superfície plantar e realizar dorsiflexão do pé passivamente. Lembre-se que o tendão de 
Aquiles não pode ficar muito distendido assim como não pode ficar frouxo, o ideal é manter um ângulo reto 
entre o pé e a perna 
- Segurar o martelo com a mão dominante e percutir, com movimento pendular, o tendão de Aquiles que fica 
imediatamente acima do calcâneo 
- Observe se haverá flexão plantar pé, e veja se haverá resistência contra a sua mão 
- Realizar o exame bilateralmente 
Resposta esperada: Flexão plantar do pé devido contração do músculo gastrocnêmico, crurais posteriores, sóleo 
e o plantar. 
 
Reflexo Flexor dos dedos 
 
Reflexo Supinador 
 
Reflexo pronador 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Avaliação da Coordenação 
Avaliam a capacidade do paciente de realizar movimentos intencionais distintos, com frequência relativamente 
finos, com as extremidades. 
Semiotécnica – Teste Dedo-Nariz: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir ao paciente para fechar os olhos e colocar os membros superiores em extensão lateralmente 
- Pedir ao paciente para colocar o dedo indicador de uma mão sobre o nariz, fazendo um movimento amplo 
com o dedo durante 
- Repetir a ação com o dedo indicador da outra mão 
- Avaliar se existem sinais se hipermetria ou tremor de intenção 
- Se observar hipermetria ou tremor de intenção, pedir para que o paciente repita o teste com os olhos abertos, 
verificar se o comprometimento desaparece ou melhora 
- Comparar esquerda e direita 
Semiotécnica – Diadococinesia: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Pedir ao paciente que faça movimentos rapidamente alternados, como pronação e supinação com os antebraços 
- Se necessário, demonstrar da ação 
- Comparar esquerda e direita 
Semiotécnica – Calcanhar joelho: 
- Pedir ao paciente para que feche os olhos e colocar o calcanhar de um pé sobre o joelho do outro membro 
inferior, em um movimento suave, e, em seguida, peça para o paciente deslizar o calcanhar para baixo na parte 
frontal da perna em direção ao pé 
- Avaliar se o paciente tem hipermetria ou ataxia 
- Se detectar hipermetria e ataxia, peça ao paciente para repetir a tarefa com os olhos abertos 
- Comparar esquerda e direita 
Obs.: 
➔ Dismetria: Quando não consegue alcançar com precisão o alvo 
➔ Diadococinesia: Movimentos rápidos e alternados 
➔ Eudiadococinesia: Capacidade de realizar movimentos alternados de forma rápida e coordenada 
➔ Disdiadococinesia: Dificuldade de realizar movimentos alternados de forma rápida e coordenada 
➔ Adiadococinesia: Incapacidade de realizar movimentos alternados de forma rápida e coordenada 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação do Equilíbrio Estático 
Testar a função proprioceptiva 
Semiotécnica – Teste de Romberg: 
- Pedir para que o paciente fique em pé com os pés juntos, olhos abertos direcionados para frente 
- Posicione-se atrás do paciente com os braços abertos sem que suas mãos o toquem 
- Solicite que o paciente estique os braços para frente com as palmas das mãos voltadas para cima e mantenha-
se nessa posição 
- Caso o paciente não balance ou caia com os olhos abertos, peça que ele feche os olhos 
- Observe o paciente durante um minuto e avalie se ele perde o equilíbrio ou cai. Se isso acontecer, observe a 
direção do desequilíbrio ou queda 
- Avalie se um ou ambos os braços caem ou fazem o movimento de pronação 
- Caso ocorra dúvida sobre o resultado do exame, peça para que o paciente abra os olhos, coloque um pé na 
frente do outro e repita novamente o exame (Romberg sensibilizado) 
Resultados: 
➔ O paciente permanece equilibrado - possui integridade das vias testadas 
➔ O paciente desequilibra/cai ainda com os olhos abertos – investigar cerebelo e miopatias 
➔ O paciente desequilibra/cai para apenas um lado - provavelmente apresenta vestibulopatia unilateral (a 
oscilação ocorre para o lado lesado) 
➔ O paciente desequilibra/cai sem lado preferencial - pode apresentar distúrbio de propriocepção ou 
vestibulopatia bilateral 
➔ Alguns pacientes oscilam com os olhos fechados, mas tem ausência de disfunções neurológicas 
orgânicas, gerando um falso sinal de Romberg. Nesse caso é útil observar os artelhos. Pacientes 
histriônicos tendem a estender os artelhos, enquanto pacientes com desequilíbrio de causa orgânica 
flexionam os artelhos, como se agarrassem o chão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
 
Avaliação do Equilíbrio Dinâmico ou marchas 
Marcha Helicópode, Ceifante ou Hemiplégica 
O paciente mantém o membro superior fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve 
pronação. 
O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. 
Esse tipo aparece em pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é um AVC. 
 
Marcha Anserina ou do pato 
O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco para ambos os lados, 
alternadamente, lembrando o andar de um pato. 
É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. 
Marcha Parkinsoniana 
O paciente anda como um bloco, enrijecido, sem movimento automático dos braços. 
Os passos são miúdos e rápidos (“corre atras do seu centro da gravidade”) 
Ocorre nos portadores de doença de Parkinson. 
 
Marcha cerebelar ou marcha do ébrio 
O paciente caminha como um bêbado (zigue-zague). 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões no cerebelo. 
Marcha Tabética 
O paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao 
serem recolocado no chão, os calcanhares tocam o solo de um modo bem pesado. Indica perda de sensibilidade 
proprioceptiva por lesão do cordão medular posterior. 
Aparece na: tabes dorsalis (neurolues), na mielose funicular, mielopatia vacuolar, mielopatia por deficiência de 
cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões posteriores da medular (mielopatia cervical). 
Marcha de pequenos passos 
O paciente da passos muito curtos e, ao cainhar, arrasta os pés. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia 
cortical da sensibilidade. 
Marcha Vestibular 
O paciente apresenta lateropulsão quando anda; não consegue andar em linha reta. Se o paciente for solicitado 
para ir para frente e voltar de costas, de olhos fechados, ele descreverá uma estrela (marcha da estrela). 
MarchaEscarvante 
O paciente toca com a ponta do pé no chão e tropeça. Presente na paralisia do movimento dorsal do pé. 
 
Marcha Claudicante 
Ao caminhar, o paciente mancha para um dos lados. Ocorre na insuficiente arterial periférica e em lesões do 
aparelho locomotor. 
Marcha em tesoura ou Epistática 
Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas 
se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar (lembrando uma tesoura). 
É típica das manifestações espásticas da paralisia cerebral. 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Avaliação dos Sinais Meníngeos 
Semiotécnica - Rigidez na nuca 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal com a cabeça apoiada na maca, sem travesseiros 
- Relaxar o paciente, a fim de diminuir a resistência muscular durante a manobra 
- Colocar uma das mãos sobre a cabeça do paciente, apoiando-a. E a outra mão na região esternal do paciente, 
com o objetivo de imobilizar o tronco 
- Tentar flexionar, cuidadosamente, a cabeça do paciente, encostando o queixo no peito 
Resultados: 
Se esse movimento parar antes, por dor ou resistência ao movimento, pode haver irritação meníngea. 
Importante descartar alguma condição local (artrose) e falta de colaboração do paciente. 
 
Semiotécnica – Sinal de Brudzinski 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada na maca, sem travesseiros 
- Relaxar o paciente, a fim de diminuir a resistência muscular durante a manobra 
- Colocar uma das mãos sobre a cabeça do paciente, apoiando-a. E a outra mão na região esternal do paciente, 
com o objetivo de imobilizar o tronco. 
- Flexione a cabeça do paciente 
Sinal de Brudzinski positivo: Flexão dos joelhos (indica irritação meníngea) 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Semiotécnica - Sinal de Kernig 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada na maca, sem travesseiros 
- Certificar que o paciente está com o membro inferior relaxado e diga a ele para não fazer força 
- Levante o membro inferior em extensão e observe 
- Repita a manobra no outro membro inferior 
Resultados: 
Dor na cabeça e no pescoço, resistência bilateral ao movimento ou flexão dos joelhos constituem sinal de Kernig 
positivo e sugerem irritação meníngea. Em caso de flexão da perna ou dor, considere a possibilidade de o 
paciente ter os músculos isquiotibiais curtos. Nesse caso não haverá aumento de dor na cabeça ou pescoço. 
 
Sinal de Laségue 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento 
- Pedir consentimento 
- Paciente em decúbito dorsal e membros inferiores estendidos 
- Examinador levanta um dos membros inferiores estendidos 
Sinal de Laségue positivo: Paciente reclama de dor na face posterior do membro examinado, logo no início da 
prova (cerca de 30º de elevação) 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Punção Lombar 
Procedimento muito utilizado para obter amostra de líquido cefalorraquidiano (LCR). 
Indicações: 
➔ Diagnóstico 
− Infecções (Contagem de células, contagem diferencial, glicose, proteínas e cultura) 
− Processos inflamatórios (Medição das proteínas básicas da mielina, contagem de células, culturas) 
− Neoplasias (Contagem de células e esfregaço celular) 
− Doenças metabólicas (Glicose, lactato, piruvato e proteínas) 
➔ Terapêutico 
− Anestesia 
− Antibióticos 
− Quimioterapia 
➔ Suspeita de: 
− Meningite, Encefalite, Mielite, Esclerose múltipla, Síndrome de Guillain-Barré e Leucemia 
Contraindicações: 
➔ Coagulopatia ou uso de anticoagulantes (aumenta risco de hematoma espinhal) 
➔ Pacientes com comprometimento cardiorrespiratório 
➔ Sinais de herniação cerebral (aumento da PIC e sinal neurológico focal) 
➔ Pressão intracraniana elevada 
➔ Cirurgia de coluna no passado 
Fatores complicadores: 
➔ Obesidade (dificuldade em achar o ponto de referência) 
➔ Osteoartrose 
➔ Espondilite anquilosante 
➔ Escoliose 
➔ Cirurgia prévia na coluna vertebral (com alteração de pontos de referência e espaços intervertebrais 
➔ Doença discal degenerativa 
Complicações: 
➔ Cefaleia (36,5% - mais comum – devido a vazamento do LCR e tamanho da agulha) 
➔ Herniação cerebral (complicação mais séria) 
➔ Comprometimento cardiorrespiratório 
➔ Sangramento 
➔ Infecção 
➔ Formação de cisto subaracnoide (evitado com uso de agulha com estilete) 
➔ Vazamento de líquor (causada por agulhas de maior calibre) 
Semiotécnica: 
- Se apresentar para o paciente 
- Explicar o procedimento (invasivo, pode gerar desconforto, dor) 
- Pedir consentimento 
- Paciente deve ficar posicionado em decúbito lateral, assumindo posição fetal ou sentado com a coluna fletida 
anteriormente 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
- Traçar uma linha imaginária pelas bordas superiores das costas ilíacas, interceptando na linha média o 
processo espinhoso L4 
- Palpar os pontos de referência 
- Local de inserção da agulha pode ser marcado com caneta 
- Lavar as mãos, calçar capote e luva estéril 
- Realizar a antissepsia, limpando a área da pele com iodopovidona ou clorexidine realizando movimentos 
circulares centrífugos (de dentro para fora) 
- Esperar secar 
- Realizar a anestesia local, com anestésico subcutâneo 
- Inserir a agulha no local marcado, com ângulo aproximadamente de 15º 
- Bisel sempre apontado para a crista ilíaca 
- Sentir o “ploc” quando a agulha penetra no espaço subaracnóideo 
- Posicionar o tubo abaixo da agulha, retirar o mandril e verificar a saída do líquor 
- Se não houver fluido ou se for encontrado osso, repor o mandril, retrair a agulha até o tecido subcutâneo, 
sem retirá-la da pele, redirecionando-a 
- Coletar de 3 a 4 mL (cada mL é 20 gotas, portanto, de 60 a 80 gotas) de líquor 
- Permitir que o líquor pingue dentro do tubo de coleta; nunca aspirar o líquido cefalorraquidiano 
- Após a coleta, reinserir o mandril e remover a agulha 
- Pressionar o local com gaze por aproximadamente 20 segundos 
- Colocar um curativo no local 
- Descartar perfurocortantes no local adequado ou em dispositivos específicos para evitar acidentes com 
material biológico 
Resultados: 
➔ Pressão normal: 5 – 20 cm de água 
➔ Aspecto normal: límpido e incolor - levemente turvo 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa 
Segundo Período 
Ordem dos tecidos puncionados de fora para dentro: 
1- Pele 
2- Tecido subcutâneo 
3- Ligamento supraespinhoso 
4- Ligamento interespinhoso 
5- Ligamento flavum 
6- Espaço peridural 
7- Dura e aracnoide 
8- Espaço subaracnóideo e entre as raízes da cauda equina

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