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Caso Clínico - Neurologia

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Raquel Barcelos Tavares de Azevedo 
 
 
Caso Clínico: Hematoma Extradural 
 Um homem de 33 anos estava jogando críquete. Quando o arremessador jogou 
uma bola curta, ela quicou mais alto que ele esperava e o atingiu na lateral da 
cabeça. Ele caiu imediatamente, inconsciente, mas depois de cerca de 30 
segundos se levantou com ajuda e se sentiu bem. Observou-se que ele 
apresentava contusão em torno da têmpora. Ele decidiu não continuar jogando 
e ficou fora do campo. Durante a hora subsequente, ele se tornou extremamente 
sonolento e acabou não conseguindo ser acordado. Ele foi levado às pressas 
para o hospital. 
 Quando o paciente foi admitido no hospital, sua respiração estava superficial e 
irregular e foi necessário entubá-lo. Uma radiografia de crânio demonstrou 
fratura na região do ptério. Não foi demonstrada nenhuma outra anormalidade 
além de contusões menores do tecido mole sobre a fossa temporal esquerda. 
 Foi realizada uma TC. 
 A TC demonstrou uma área lentiforme de densidade alta na fossa esquerda do 
crânio. 
 O diagnóstico foi hemorragia extradural. 
 As fraturas na região do ptério são extremamente perigosas. Uma divisão da 
artéria meníngea média passa profundamente a essa estrutura e está sujeita à 
laceração e ruptura, especialmente em associação à lesão do crânio nessa 
região. 
 Nesse caso, a artéria meníngea média se rompeu e começou a sangrar, 
produzindo um grande coágulo extradural. 
 A pressão arterial do paciente começou a aumentar. 
 O volume no interior do crânio é fixo, e claramente o que entra tem de sair (p. 
ex., sangue, líquido cerebrospinal). Caso haja lesão expansiva, como um 
hematoma extradural, não há nenhum lugar para qual possa haver sua 
descompressão. Quando a lesão se expande, o encéfalo é comprimido e a 
pressão intracraniana aumenta. Essa pressão comprime vasos, diminuindo 
assim a pressão de perfusão cerebral. Para combater isso, os mecanismos 
homeostáticos aumentam a pressão arterial para superar o aumento na pressão 
intracerebral. Infelizmente, o aumento na pressão intracraniana é complicado 
pelo edema cerebral que ocorre à lesão inicial e depois dela. 
 Foi realizado um procedimento cirúrgico de urgência. 
 Furos de broca foram feitos em torno da região do hematoma e ele foi 
evacuado. O pequeno ramo da artéria meníngea foi ligado e o paciente passou 
alguns dias na unidade de tratamento intensivo. Felizmente, o paciente se 
recuperou sem problemas. 
 
1. Qual a função das meninges? 
As meninges revestem o encéfalo e a medula espinal protegendo-os contra 
impactos. O líquor (líquido cerebrospinal) presente no espaço subaracnóideo 
também contribui para a proteção do sistema nervoso central. Além disso, as 
meninges cranianas sustentam as artérias, veias e seios venosos 
 
 
Raquel Barcelos Tavares de Azevedo 
 
2. Ao ser admitido no hospital o paciente precisou ser entubado por 
apresentar respiração superficial e irregular. O que pode ter ocorrido para 
o desencadeamento desses sinais? 
O rompimento da artéria meníngea média resultou na formação de um coágulo 
no espaço epidural. Como consequência, o encéfalo foi comprimido acarretando 
no aumento da pressão intracraniana. Essa hipertensão comprime o bulbo, 
centro respiratório, e por isso, o paciente apresentou sinais de respiração 
superficial e irregular. 
 
3. Diferencie contusão de concussão. 
Concussão é um tipo de lesão que altera o funcionamento cerebral, como perda 
de memória. Já a contusão é um tipo de lesão que ocorre por um trauma direto, 
afetando tecidos superficiais, e pode causar inchaço. 
 
4. Qual a diferença entre o hematoma epidural e o hematoma sub-dural ? 
A diferença entre o hematoma epidural e o hematoma sub-dural é a localização. 
Um hematoma epidural ocorre no espaço epidural, entre o encéfalo/medula e a 
dura-máter. Enquanto um hematoma sub-dural ocorre no espaço sub-dural, 
entre a dura-máter e a subaracnóide. 
 
5. Por que há a formação do hematoma após a lesão física no crânio? E 
quais os sinais/sintomas da presença de um quadro de hematoma 
extradural? 
Um hematoma é um acúmulo de sangue que geralmente ocorre pelo rompimento 
de vasos sanguíneos. Nesse sentido, com o impacto de uma lesão física no 
crânio, houve o rompimento de uma artéria que resultou em um hematoma. 
Quanto aos sinais e sintomas, um hematoma extradural pode ser caracterizado 
pela perda de consciência seguida por um intervalo lúcido, dores de cabeça, 
confusão, sonolência e vômito. 
 
6. Por que o quadro de hematoma extradural/epidural pode elevar a pressão 
intracraniana? 
Com o acúmulo de sangue (hematoma) no espaço epidural, a pressão 
intracraniana aumenta pela compressão do encéfalo. 
 
7. Após um TCE(trauma cranioencefálico), um dos achados mais 
importantes na Tomografia Computadorizada(TC) é a análise da linha 
média cerebral. Explique o porquê é importante a observação desse ponto 
e cite 1 causa de desvio dessa linha média. 
A partir da análise da linha média cerebral observa-se a simetria entre os 
hemisférios cerebrais, os quais são responsáveis por diferentes funções. A partir 
disso, se há, por exemplo, alteração no hemisfério esquerdo o indivíduo pode 
ter a fala comprometida. 
A linha média pode ser desviada por hematomas nos espaços entre as 
meninges, como por um hematoma epidural, causado por um trauma. 
 
Raquel Barcelos Tavares de Azevedo 
 
 
8. Quais ossos se juntam no ptério? Nessa região afetada pelo trauma, 
passam importantes lobos telencefálicos, com seus sulcos e giros, cite-
os. 
No ptério se juntam os ossos: frontal, parietal, esfenóide e temporal. 
Nessa região, se localizam os lobos frontal, parietal e temporal. 
Sulcos: sulco lateral - sulco pré-central - sulcos frontal superior e inferior- sulcos 
temporal superior e inferior. 
Giros: giro pré central - giros frontal superior, médio e inferior - giros temporal 
superior, médio e inferior.

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