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AOL3 - Direito e Legislação Ambiental - UNINABUCO

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1. Pergunta 1
(UFPR – 2011 – ITAIPU BINACIONAL – Advogado) A empresa ECO-CEL, líder nacional na produção de celulose branqueada, lançou resíduos químicos altamente poluentes em curso d’água nas proximidades do município de Curitiba. Tal fato, além de deixar a água imprópria para consumo, acarretou a morte de uma série de espécimes da fauna local e afetou a saúde das pessoas, que, inadvertidamente, fizeram uso da água contaminada. Diante do exposto, é correto afirmar:
1. A aplicação de sanção administrativa pelo ato lesivo ao meio ambiente e à saúde da população afasta a obrigação de reparar os danos causados, bem como a responsabilização penal da empresa.
2. A responsabilidade penal da empresa ECO-GEL, pessoa jurídica, exclui a responsabilidade penal das pessoas físicas, autoras, coautoras, ou partícipes do mesmo fato, e é objetiva no caso em tela, já que as águas merecem uma proteção especial do Direito Ambiental.
3. Caso o lançamento desses resíduos tenha sido acidental, ficará caracterizada uma excludente em matéria de responsabilidade civil ambiental, já que a empresa não deve assumir todos os riscos da atividade.
4. A responsabilidade civil da empresa ECO-CEL, pessoa jurídica, é subjetiva em relação aos bens ambientais difusos e objetiva em relação aos sujeitos vítimas da contaminação.
5. Para apurar a responsabilidade penal da empresa ECO-CEL, será relevante observar se a conduta foi realizada por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da empresa. 
Resposta correta
2. Pergunta 2
O Informativo 714, do STF, dispõe: 
“É admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, ainda que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de direção do órgão responsável pela prática criminosa. Com base nesse entendimento, a 1ª Turma, por maioria, conheceu, em parte, de recurso extraordinário e, nessa parte, deu-lhe provimento para cassar o acórdão recorrido. Neste, a imputação aos dirigentes responsáveis pelas condutas incriminadas (Lei 9.605/98, art. 54) teria sido excluída e, por isso, trancada a ação penal relativamente à pessoa jurídica. Em preliminar, a Turma, por maioria, decidiu não apreciar a prescrição da ação penal, porquanto ausentes elementos para sua aferição. Pontuou-se que o presente recurso originara-se de mandado de segurança impetrado para trancar ação penal em face de responsabilização, por crime ambiental, de pessoa jurídica (RE 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 6.8.2013).
No mérito, anotou-se que a tese do STJ, no sentido de que a persecução penal dos entes morais somente poderia ocorrer se houvesse, concomitantemente, a descrição e imputação de uma ação humana individual, sem o que não seria admissível a responsabilização da pessoa jurídica, afrontaria o art. 225, § 3º, da CF. Sublinhou-se que, ao se condicionar a imputabilidade da pessoa jurídica à da pessoa humana, estar-se-ia quase que a subordinar a responsabilização jurídico-criminal do ente moral à efetiva condenação da pessoa física. Ressaltou-se que, ainda que se concluísse que o legislador ordinário não estabelecera por completo os critérios de imputação da pessoa jurídica por crimes ambientais, não haveria como pretender transpor o paradigma de imputação das pessoas físicas aos entes coletivos. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux, que negavam provimento ao extraordinário. Afirmavam que o art. 225, § 3º, da CF não teria criado a responsabilidade penal da pessoa jurídica. Para o Min. Luiz Fux, a mencionada regra constitucional, ao afirmar que os ilícitos ambientais sujeitariam “os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas”, teria apenas imposto sanções administrativas às pessoas jurídicas. Discorria, ainda, que o art. 5º, XLV, da CF teria trazido o princípio da pessoalidade da pena, o que vedaria qualquer exegese a implicar a responsabilidade penal da pessoa jurídica. Por fim, reputava que a pena visaria à ressocialização, o que tornaria impossível o seu alcance em relação às pessoas jurídicas (RE 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 6.8.2013).”
O texto citado versa sobre:
1. A responsabilização da pessoa jurídica de forma isolada, ou seja, sem a necessidade de imputação simultânea do delito a qualquer pessoa física.
Resposta correta
2. A necessidade de avaliar o nexo de causalidade entre a pessoa física e a jurídica, para imputar a pena à pessoa física. 
3. A responsabilização da pessoa física, primeiramente, e depois, da pessoa jurídica.
4. A impossibilidade da responsabilização da pessoa jurídica.
5. A necessidade de responsabilizar a pessoa jurídica juntamente com a física.
3. Pergunta 3
(CESPE – 2016 – Prefeitura de Salvador – BA – Procurador do Município – 2ª. Classe - Adaptada) O rompimento da barragem de uma empresa de mineração provocou o vazamento de um bilhão de litros de resíduos de lama tóxica, a qual percorreu vários quilômetros, atingiu várias cidades nos arredores e inundou casas, provocando o desabrigamento de várias famílias. Em razão disso, o MP entrou com ACP contra a empresa, a fim de buscar indenização pelos danos ambientais causados à coletividade e, além disso, o ressarcimento dos prejuízos materiais e morais sofridos pelos moradores.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta.
1. Caso fique comprovado que, além do rompimento da barragem, fortes chuvas concorreram para a inundação das casas, ter-se-á uma excludente de responsabilidade que afastará a obrigação da empresa de indenizar os danos sofridos.
2. O MP tem legitimidade exclusiva para pleitear indenização por danos à coletividade.
3. A responsabilidade pelo dano ambiental poderá ser afastada caso fique comprovado em juízo que foram obtidas pela empresa todas as licenças ambientais para operação das atividades de mineração. 
4. De acordo com a teoria do risco integral, não basta a ocorrência do ato ilícito para a configuração da obrigação de indenizar por parte da empresa mineradora, sendo necessária a configuração do nexo causal entre o evento danoso e o dano causado.
Resposta correta
5. Caso a empresa seja condenada a ressarcir os danos ambientais causados, o valor terá de ser depositado em um fundo para ressarcimento dos particulares que se habilitarem na fase de execução da sentença.
4. Pergunta 4
(FCC – PGM – João Pessoa-PB- Procurador Municipal – ADAPTADA) A reincidência genérica na prática de infração administrativa ambiental é __________________, ensejando a aplicação de ______________ em _________.
Complete as lacunas com as formas corretas.
1. Qualquer influência, sanção, nova infração. 
2. Circunstância agravante, livre apreciação, órgão sancionador.
3. Circunstância agravante, sanção de multa em grau apreciado discricionariamente, órgão sancionador. 
4. Circunstância agravante, sanção de multa, em dobro.
Resposta correta
5. Circunstância agravante, sanção de multa, triplo. 
5. Pergunta 5
(Procurador do Estado – PGE/PR – PUC – 2015) Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, assinale a afirmativa CORRETA sobre o regime jurídico dos danos ao patrimônio ambiental e sua responsabilização.
1. No que toca à pessoa jurídica, o direito positivo brasileiro não acolhe a denominada tríplice responsabilidade por ação ou omissão lesiva ao meio ambiente, restringindo-a ao campo da responsabilidade civil e administrativa.
2. Em ação civil pública, a necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio ambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar.
Resposta correta
3. Embora no âmbito da responsabilidade administrativa seja dispensável a apuração da culpa na infração ambiental, à responsabilidade civil decorrente de danos ambientais aplica-se, como regra, a denominada teoria subjetivista.
4. Em conformidade ao princípio da precaução, para que sejam adotadas medidas precaucionais, a falta de certeza científica absoluta exige a demonstração do risco atual e iminente de danos que podem sobrevirpelo desempenho de determinada atividade econômica.
5. O princípio da precaução não foi acolhido pela Constituição vigente, ainda que se constitua como uma importante norma para evitar a ocorrência de danos ambientais graves e irreversíveis.
6. Pergunta 6
Vejamos a seguinte jurisprudência:
“É da jurisprudência do Tribunal, firmada em casos semelhantes – relativos a crimes ambientais, que “o interesse da União para que ocorra a competência da Justiça Federal prevista no art. 109, IV, da Carta Magna, tem de ser direto e específico”, não sendo suficiente o “interesse genérico da coletividade, embora aí também incluído genericamente o interesse da União” (RE nº 166.943, 1ª T., 03.03.1995, Moreira; 300.244, 1ª T., 20.11.2001, Moreira; 404.610, 16.09.2003, Pertence; 336.251, 09.06.2003, Pertence; HC nº 81.916, 2ª T., Gilmar, RTJ 183/3). No caso, não há falar em lesão aos serviços da entidade autárquica responsável pela fiscalização (STF, RE nº 502.915/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU 27.04.2007, p. 69)”.
Se tivermos a situação hipotética em que um rio do Estado de Santa Catarina foi poluído por uma empresa que teve seus barris de rejeitos rompidos; é sabido que não atingiu nenhum interesse da União, de autarquia e de empresas públicas; mas prejudicou a população que mora nas cidades à margem do rio. O julgamento do caso deverá ser de qual competência, conforme a jurisprudência apresentada?
1. Da Justiça Estadual, pois todos os órgãos fiscalizatórios são estaduais.
2. Da Justiça Estadual, pois o dano ambiental é apenas local. 
3. Da Justiça Estadual, pois não atingiu nenhum interesse dos entes federais.
Resposta correta
4. Da Justiça Federal, pois cabe ao Ibama averiguar os danos ambientais.
5. Da Justiça Federal, pois este rio prejudicou as cidades que estão à margem.
7. Pergunta 7
(CESPE – 2015 – TJ-DF – Juiz de Direito Substituto - Adaptada) Antônio depositou, a céu aberto, resíduos tóxicos em terreno de sua propriedade. Embora a área fosse cercada e houvesse placas de sinalização informando a presença de material tóxico, o acesso ao terreno era fácil, consentido e costumeiro. Joaquim, um morador que não conhecia bem a vizinhança, passou pelo local e sofreu, por conduta não dolosa, graves queimaduras decorrentes do contato com os resíduos tóxicos, pois, ao ver esse material, ficou curioso, se aproximou e tocou.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz do entendimento do STJ.
1. A conduta de Antônio enquadra-se no conceito de dano ambiental e a ela devem ser aplicados o princípio do poluidor-pagador e a responsabilidade objetiva por risco integral.	
Resposta correta
2. Se Antônio tivesse depositado os resíduos na condição de agente de entidade estatal, sua responsabilidade seria de natureza subjetiva, sendo necessário provar culpa lato sensu para que o Estado respondesse por condutas comissivas de seus agentes, causadoras de dano ao meio ambiente. 
3. Aplica-se ao caso a teoria do risco integral, de modo que Antônio deverá responder pelos danos sofridos por Joaquim, a menos que fique comprovada a culpa exclusiva da vítima ou a ocorrência de caso fortuito ou força maior. 
4. Caso Antônio tivesse depositado os resíduos de agente de entidade estatal e não como particular, sua provável responsabilidade obedeceria ao regime do risco administrativo.
5. Não é aplicável ao caso a teoria do risco integral, uma vez que Joaquim era um estranho que não tinha qualquer relação jurídico-contratual com Antônio, a lesão foi cometida a indivíduo e não ao meio ambiente e foram colocadas placas de sinalização indicando a presença de material tóxico.
8. Pergunta 8
(CESPE – 2016 – Juiz de Direito/AM) O fiscal de determinado órgão ambiental constatou que um madeireiro cortava árvores de espécies protegidas. O madeireiro apresentou autorização para cortar exemplares que apresentavam risco de queda, mas, dado o excesso de espécimes cortados, o fiscal considerou que a situação configurava tanto infração administrativa como crime ambiental. Considerou, ainda, após exame da autorização, que o documento estava em desacordo com as normas ambientais aplicáveis, inclusive por vício de competência.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta acerca de infrações ambientais e poder de polícia. 
1. Cabem ao fiscal a lavratura de auto de infração ambiental e a instauração tanto do processo administrativo quanto do inquérito criminal contra o madeireiro.
2. Para a lavratura do auto de infração, é desnecessário análise do elemento subjetivo do madeireiro, pois a responsabilidade civil por dano ambiental é objetiva.
3. É correto afirmar que o órgão de lotação do fiscal é o Ibama.
4. Se deixar de proceder à apuração mediante processo administrativo próprio, o fiscal poderá ser corresponsabilizado pelo corte ilegal das árvores.
Resposta correta
5. A concessão de autorização e desacordo com as normas ambientais só configura crime se tiver havido dolo do servidor que a concedeu. 
9. Pergunta 9
(Advogado da Sabesp/SP – 2014 – FCC) Ao promover a ampliação de uma de suas Estações de Tratamento de Esgoto, sem a prévia obtenção de Licença de Instalação, a empresa TEM S.A. ocasionou danos ao meio ambiente. Esta conduta acarretará: 
1. apenas responsabilidade Administrativa da TEM S.A., tendo em vista que a conduta descrita configura uma infração administrativa e que a prática de uma única conduta não poderá gerar mais de uma consequência jurídica, sob pena de ofensa ao princípio do non bis in idem. 
2. apenas responsabilidade Penal da TEM S.A. e seus dirigentes, tendo em vista que a conduta descrita configura um crime ambiental e que a prática de uma única conduta não poderá gerar mais de uma consequência jurídica, sob pena de ofensa ao princípio do non bis in idem. 
3. responsabilidade Civil da TEM S.A., objetivamente; responsabilidade Penal da TEM S.A. e seus dirigentes, subjetivamente, por ampliar obra potencialmente poluidora sem licença; e responsabilidade Administrativa da TEM S.A., com provável imposição de multa. 
Resposta correta
4. apenas responsabilidade Civil da TEM S.A., tendo em vista que a conduta descrita configura um ilícito civil e que a prática de uma única conduta não poderá gerar mais de uma consequência jurídica, sob pena de ofensa ao princípio do non bis in idem. 
5. responsabilidade Civil da TEM S.A., subjetivamente; responsabilidade Penal da TEM S.A. e seus dirigentes, objetivamente, por ampliar obra potencialmente poluidora sem licença; e responsabilidade Administrativa da TEM S.A., com provável imposição de multa. 
10. Pergunta 10
Considerando as responsabilidades civil e administrativa no direito ambiental, assinale a alternativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, contada da data da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado, salvo nos carros de prescrição intercorrente e quando o fato objeto da infração também constituir crime. 
Resposta correta
2. O cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator, no período de cinco anos, contados da lavratura de auto de infração anterior devidamente confirmado em julgamento, conduz na aplicação da multa em dobro, no caso de cometimento da mesma infração.
3. Incide a prescrição no procedimento de apuração do auto de infração paralisado por mais de cinco anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação.
4. A prescrição da pretensão punitiva na esfera administrativa desobriga a reparação aos danos ambientais.
5. Pela Lei 6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, o conceito de poluidor vincula-se à pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, diretamente responsável por atividade causadora de degradação ambiental.

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