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Aldillany Maria, T6-UFAL Introdução As glândulas endócrinas não possuem ductos excretores, portanto, liberam seus produtos diretamente na corrente sanguínea, no sistema linfático ou no espaço intercelular. Esse produto secretado são os hormônios, que podem ter diferentes composições e chegam ao seu tecido ou célula-alvo geralmente pela corrente sanguínea. Eles estão relacionados com a homeostasia. Exemplos: hipófise, adrenais (suprarrenais), tireoide, paratireoide, pineal e ilhotas pancreáticas (de Langherans). Hipotálamo Localiza-se no diencéfalo (uma porção do SNC, que é formado pelo tálamo, pelo hipotálamo – região mais inferior -, pelo epitálamo e pelo subtálamo) na região do 3º ventrículo. O hipotálamo não possui uma função apenas relacionada com o sistema endócrino, ele participa de outras funções, como as funções vegetativas (controle de temperatura, entre outras). Estruturas localizadas próximas ao hipotálamo: Quiasma óptico: localiza-se anteriormente ao hipotálamo. Corpo mamilar: localiza-se posteriormente ao hipotálamo. Região que faz parte do sistema límbico, relaciona-se com as emoções e com a memória. Recesso do infundíbulo: o infundíbulo conecta o hipotálamo à hipófise. Recesso óptico: localiza-se próximo ao quiasma óptico. Ventrículos: o que são? Pequenas cavidades encontradas no interior de determinados órgãos (cérebro, coração). Ventrículo cerebral: espaço localizado entre as estruturas do SNC. Dentro dos ventrículos cerebrais há a formação do líquor (circunda todo o SNC). Infundíbulo: faz parte da neuro-hipófise. Eminência mediana: faz uma curva no hipotálamo. Aula 1 - Anatomia do sistema endócrino Glândulas endócrinas Anatomia do sistema hipotálamo-hipofisário Aldillany Maria, T6-UFAL Hipófise Localiza-se na fossa hipofisial da sela turca do osso esfenoide. Uma camada de dura-máter (diafragma da sela) separa a hipófise da base do crânio do osso esfenoide. DIVISÃO DA HIPÓFISE Adeno-hipófise: localizada no lobo anterior da hipófise. Possui uma parte distal (anterior e sua maior parte), uma parte tuberal (mais proximal, mais superior, que compreende o infundíbulo) e parte intermedia (faz a divisão entre a adeno e a neuro- hipófise). Neuro-hipófise: localizada no lobo posterior. Possui uma eminência mediana (região altamente vascularizada e é mais proximal ao hipotálamo), possui um infundíbulo (que conecta a hipófise ao hipotálamo). Não produz nenhum hormônio, apenas armazena e libera hormônios que foram produzidos pelo hipotálamo. Eminência mediana: região do hipotálamo que se curva em direção ao 3° ventrículo. Mais proximal ao hipotálamo. NEURÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE O corpo celular (pericário) desses neurônios localiza-se no hipotálamo, produzindo neurohormônios, os quais têm seus axônios passando pela região do infundíbulo e, a partir disso, liberam os hormônios hipotalâmicos na neuro-hipófise. NEURO-HIPÓFISE Possui fibras neuronais, axônios, células da glia e alta vascularização. Não existem células especializadas produtoras de hormônios, há apenas liberação de hormônios hipotalâmicos (vasopressina e ocitocina). Aldillany Maria, T6-UFAL ADENO-HIPÓFISE Na região do hipotálamo existem grupos de neurônios (muitos neurônios) que se organizam em agrupamentos. Dentre eles, existem agrupamentos relacionados com a adeno-hipófise e outros com a neuro-hipófise – especializações diferentes. Esses neurônios hipotalâmicos produzem hormônios controladores (liberadores ou inibidores) que são liberados na eminência mediana, através de terminações dos axônios. Por meio dessa eminência mediana, esses hormônios alcançam vasos especiais, adentrando a rede capilar da adeno-hipófise, sendo, portanto, liberados nela. Esses hormônios hipotalâmicos interferem na produção dos hormônios da adeno- hipófise (sistema porta-hipofisário). VASCULARIZAÇÃO 4 artérias vascularizam a hipófise Artéria hipofisária superior direita e esquerda: É ramo da artéria carótida interna. Se ramificam após sua passagem pelo infundíbulo da neuro-hipófise e formam o plexo primário que está localizado na região da eminência mediana. Responsável pela vascularização do final do hipotálamo, do infundíbulo e da parte tuberal da adeno-hipófise. A adeno-hipófise é desprovida de uma vascularização direta de alguma artéria, ela é irrigada de forma indireta, através do sistema porta-hipofisário. Do plexo primário saem as veias porta- hipofisárias (veias portais), que vão chegar à adeno-hipófise, onde se ramificam novamente, se ramificando e formando o plexo secundário. Esse plexo secundário envolve as células glandulares da adeno-hipófise (cromófilas, acidófilas e basófilas). Artéria hipofisária inferior direita e esquerda: Vasculariza a neuro-hipófise. Ao chegar na neuro-hipófise, ela se ramifica, formando o plexo envolvente (um emanharado vascular que envolve toda a neuro-hipófise). Aldillany Maria, T6-UFAL São duas glândulas, que se localizam, cada uma delas, acima dos rins. Por isso, suprarrenais. Os rins são órgãos retroperitoneais, assim como essas glândulas. Elas são circundadas por tecido adiposo, o qual envolve tanto o rim, quanto a glândula (sendo bem protegida contra possíveis traumas). Possui duas regiões: Córtex suprarrenal: região mais externa; produz os hormônios esteroides – mineralocorticoides (zona glomerulosa), glicocorticoides (zona fasciculada) e andrógenos (zona reticulada). Medula suprarrenal: região mais interna; produz catecolaminas – adrenalina e noradrenalina. VASCULARIZAÇÃO 3 artérias suprarrenais Artéria suprarrenal superior: ramo da artéria frênica inferior (a qual vasculariza o diafragma). Artéria suprarrenal média: ramo direto da aorta. Artéria suprarrenal inferior: ramo da artéria renal. VEIAS Veia central: o sangue venoso de cada glândula é coletado numa única veia central, que após sair do hilo da suprarrenal desemboca como veia suprarrenal direita (tributária da veia cava inferior –vai direto para esta) e como veia suprarrenal esquerda (tributária da veia renal) na veia cava inferior. Essa veia central sai da glândula como veia suprarrenal. DRENAGEM LINFÁTICA Linfonodos para-aórticos e linfonodos lombares: primeiros linfonodos de cada glândula suprarrenal. Os vãos linfáticos que deixam essas glândulas seguem principalmente para as artérias. Anatomia da glândula suprarrenal (adrenal) Aldillany Maria, T6-UFAL A tireoide envolve a traqueia (os anéis traqueais). Possui dois lóbulos (um esquerdo e um direito), que estão ligados através do istmo. A parte superior dessa glândula encontra-se na altura da linha oblíqua encontrada no final da cartilagem da tireoide. A margem inferior dessa glândula (final da glândula) encontra-se entre o 4° e o 5° anel traqueal. Pode existir outro lóbulo: o lóbulo piramidal (mais raro). A glândula tireoide é envolta por uma fáscia. VASCULARIZAÇÃO A glândula tireoide é um dos órgãos mais vascularizados do corpo humano. 2 pares de artérias principais irrigam essa glândula: Artéria tireóidea superior: ramo da artéria carótida externa; irriga a região mais superior, anterior e lateral da glândula. Artéria tireóidea inferior: ramo do tronco tireocervical; irriga a região mais inferior, posterior e medial da glândula. Pode existir a artéria tireóidea ima. DRENAGEM LINFÁTICA Os vasos linfáticos se dividem em troncos superiores e inferiores. Linfonodos cervicais: para onde drenam as partes superior e média da glândula. Linfonodos mediastinais anteriores: para onde drena a parte inferior da glândula. Tireoide Aldillany Maria, T6-UFALVEIAS Veia tireóidea superior: tributária/drena para a veia jugular interna. Veia tireóidea inferior: drena diretamente para a veia braquiocefálica. São 4 glândulas paratireoides (2 superiores e 2 inferiores). Localizam-se na região posterior da glândula tireoide. Entre uma camada e outra da fáscia que recobre a glândula tireoide encontra-se a glândula paratireoide. Fáscia da tireoide: camada bem aderida à glândula. VASCULARIZAÇÃO Cada uma dessas glândulas possui uma artéria própria: Artéria paratireóidea: geralmente se origina da artéria tireóidea inferior, podendo vir também da artéria tireóidea superior. VEIAS Veias tireóideas: fazem a drenagem venosa. DRENAGEM LINFÁTICA Os vasos linfáticos fluem para os linfonodos paratraqueais. Paratireoide Referências: Anatomia, texto e atlas - Helga + aula
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