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Alterações cadavéricas - Parte 1

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Anatomohistopatologia 
Alterações cadavéricas - aula 2 
 
Conceito 
 Alterações cadavéricas são 
processos biológicos que 
acontecem após a morte. 
Podem ser desencadeados por 
autólise ou putrefação 
 Autólise: é a degradação 
bioquímica inespecífica, feita 
através de proteólise dos 
próprios tecidos das células do 
corpo do animal 
 Putrefação: também é um 
processo de degradação, 
entretanto é realizado por 
bactérias. Micro-organismos e 
insetos do meio ambiente 
também auxiliam nesse processo 
 
Caracterização da morte 
 Perda de consciência 
 O animal não apresenta mais 
nenhum tipo de motilidade 
 Parada respiratória e em 
seguida parada de batimentos 
cardíacos 
 Perda de reflexo ao estímulo 
 
Autólise 
 É a destruição do tecido por 
processo bioquímico 
desencadeado por ação de 
enzimas proteolíticas 
 O próprio tecido produz essas 
enzimas proteolíticas 
 Quanto mais específico é a ação 
do tecido no corpo do animal, 
mais rápida será a autólise 
 As alterações pós-morte por 
autólise são microscópicas, 
sendo elas: 
- Destruição do tecido gerando 
perda dos limites celulares 
- Diminuição da afinidade tintorial 
(corante não age 
adequeadamente) 
- Impossibilidade de visualização 
de algumas alterações e lesões, 
como por exemplo reações 
inflamatórias 
 Hemólise: quando as células 
endoteliais, por perderem seus 
limites celulares, permitem que 
haja extravasamento do sangue 
para o interstício, 
comprometendo a avaliação 
histológica 
 O encéfalo, por ser um tecido 
diferenciado, autolisa 
rapidamente 
 
Heterólise ou putrefação 
 A heterólise, ou putrefação, 
está relacionada a ação das 
bactérias. Nesse caso, quem 
produz as enzimas proteolíticas 
é a microbiota, principalmente 
do trato intestinal 
 
Fenômenos abióticos 
 Normalmente, são desenvolvidos 
por processos de autólise e não 
tendem a modificar o aspecto 
geral visual do cadáver 
 Fenômenos abióticos imediatos: 
caracterizam a morte clínica 
- Exemplo: parada de batimentos 
cardíacos 
 Fenômenos abióticos mediatos: 
podem ser chamados também 
de consecutivos e são 
percebidos rapidamente após a 
morte 
- Exemplo: perda de 
temperatura e desidratação 
 
 Morte clínica ou somática 
 Caracterização dos fenômenos 
- Insensibilidade 
- Imobilidade 
- Parada da função 
cardiorrespiratória 
- Inconsciência 
- Ausência de reflexos 
(arreflexia) 
 
 Acontece pouco tempo depois a 
morte somática 
 São desenvolvidos por processo 
de autólise 
 
 É o resfriamento do cadáver 
até alcançar a temperatura 
ambiente 
 Demora de 3 a 4 horas para 
acontecer 
 Pode ser influenciado pelo tipo 
de morte, temperatura do 
ambiente, tamanho do animal, 
estado de nutrição e cobertura 
tegumentar 
 Aparecimento de manchas após 
a morte do animal 
 De 2 a 4 horas 
 As manchas aparecem devido a 
cessação de circulação 
 Inicialmente, esse sangue não 
coagulado se acumula nas partes 
mais baixas devido a ação da 
gravidade 
 O acúmulo de sangue causa as 
manchas hipostáticas, que 
inicialmente são rosadas 
 
Diferenças entre livores (hipostase) e 
equimose (hemorragias cutâneas) 
Hipostase Equimose 
Sem coágulo Presença de coágulo 
Sem infiltração 
hemorrágica 
Infiltração hemorrágica 
Decúbito Qualquer parte do corpo 
Intravascular Extravascular 
Sem transformação Hgb Transformação da Hgb 
 As hemorragias cutâneas 
(equimose) acontecem ainda em 
vida 
 Hgb = hemoglobina 
 
 O animal se apresenta duro, há 
uma contratura das 
musculaturas (principalmente 
das estriadas esqueléticas) 
 O rigor se apresenta depois da 
frialdade cadavérica (perda de 
temperatura) 
 Acontece de 2 a 4 horas após 
a morte 
 A causa da morte, temperatura 
do ambiente, estado nutricional e 
esforços musculares 
extenuantes influenciam no 
Rigor mortis 
 
 
 
 
 Acontece a partir de 2 horas 
após a morte, podendo demorar 
até de 6 a 8 horas 
 A apóxia (ausência de oxigênio) 
estimula a ação da 
tromboquinase que induz a 
formação de coágulos 
 Tromboquinase: enzima que 
naturalmente induz a coagulação 
do sangue 
 Existem 2 tipos de coágulos: 
1. Coágulos cruóricos: são 
vermelhos, brilhantes e 
possuem elasticidade 
 
2. Coágulos lardáceos: são 
densos e amarelados. 
Possuem grande quantidade 
de fibrina e proteínas 
inflamatórias no sangue que 
coagula 
 
 
Diferenças entre coágulos e trombos 
Coágulos Trombo 
Aspecto gelatinoso, 
liso e brilhante 
Aspecto seco 
Elástico Inelástico 
Não aderido ao 
interior do vaso 
Zona de adesão a parede do 
vaso 
Vermelho intenso De vermelho a 
esbranquiçado com 
alternância 
 
 São manchas avermelhada nos 
tecidos, uma vez que a 
hemoglobina foi liberada da 
hemácia e possui a capacidade 
de corar tecidos 
 Está relacionado a coagulação. O 
sangue coagula e sofre hemólise 
 Esse processo demora 
aproximadamente 8 horas pós-
morte 
 
 As células que compõe a parede 
da vesícula irão sofrer autólise e 
consequentemente irá haver um 
escapamento da bile 
 A bile embebe os tecidos 
próximos a vesícula 
 A cor característica da bile é 
amarelo alaranjado 
 O animal que não tem vesícula 
biliar não possui embebição biliar 
 
 É a distensão do abdômen por 
gases que estão presentes 
dentro das alças intestinais 
 Em vida, o gás seria liberado, 
mas no pós-morte há a 
distensão das alças viscerais e 
um aumento da pressão intra-
abdominal 
 
 
 É exteriorização da ampola retal 
devido à pressão abdominal 
gerada pelo timpanismo pós-
morte 
 Geralmente ocorre em 
herbívoros 
 Pode acontecer em vida 
 É necessário o diferenciar o 
prolapso retal verdadeiro 
 
Fenômenos bióticos 
 Os fenômenos bióticos são 
desenvolvidos por processos de 
putrefação 
 Descaracterizam o cadáver, 
dificultando a visibilidade das 
alterações macroscópicas 
 Fenômenos bióticos destrutivos: 
ocorre por uma ação enzimática 
muito forte, mudando, por 
exemplo, a cor do tecido e 
gerando odor fétido 
característico 
 Fenômenos bióticos 
conservativos: gera estado de 
conservação 
- Exemplo: fetos mumificados

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