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Histologia tecido ósse, muscular e sistema nervoso

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Resumo Histologia 
22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
 Tecido de Sustentação – Ósseo 
Um osso consiste em tecido ósseo + tecido conjuntivo + tecido nervoso 
 Tecido hematopoiético 
 Vasos sanguíneos 
 Tecido adiposo 
 Cartilagem hialina (articulação móvel) 
 Nervos 
Técnicas para estudo do tecido ósseo: 
Desgaste: é realizada a fervura prolongada do osso e posterior desidratação no forno. O osso 
perde sua porção proteica, ficando somente com a porção mineral. Essa técnica não preserva as 
células, mas possibilita um estudo minucioso da matriz com suas lacunas e canalículos. Consiste 
na obtenção de fatias finas de tecido ósseo. 
Obs: como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição 
dos osteócitos depende de canaliculos que existem na matriz. Esses canaliculos possibilitam as 
trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos, tem função, portanto, 
de nutrição e comunicação. 
Descalcificação: possibilita o estudo das células, o osso perde sua porção mineral ficando 
somente a fração proteica. Baseia-se na descalcificação do tecido ósseo, após sua fixação em um 
fixador histológico comum. A remoção da parte mineral da matriz é realizada em solução ácida 
diluída (ácido nítrico a 5%) ou em solução que contenha uma substância quelante (como o 
EDTA). O osso mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexível quanto os tendões 
Características e funções: 
 Sustentação do organismo (apoio para o corpo) 
 Proteção de estruturas vitais (cérebro, coração, pulmões e canal raquidiano) 
 Base mecânica para o movimento (sistema de alavancas, locomoção) 
 Armazenamento de minerais (cálcio, fosfato e outros íons) 
 Aloja e protege a medula óssea (Formação de células sanguíneas - 
Hematopoiética) 
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material 
extracelular calcificado, a matriz óssea. 
Composição da matriz óssea: contém uma parte orgânica e uma parte inorgânica. 
Na parte inorgânica os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, 
magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas quantidades. Os cristais que se formam pelo 
cálcio e o fósforo têm a estrutura da hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(0H)2). Os íons da superfície 
do cristal de hidroxiapatita são hidratados, existindo, portanto, uma camada de água e íons em 
volta do cristal. Essa camada é denominada capa de hidratação, e facilita a troca de íons entre o 
cristal e o líquido intersticial. 
A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas tipo I (95%) e por pequena 
quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas de adesão. As glicoproteínas do osso podem ter 
Resumo Histologia 
22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
alguma participação na mineralização da matriz. Outros tecidos ricos em colágeno tipo I, mas 
que não contêm essas glicoproteínas, normalmente não se calcificam. 
A matriz óssea tem, portanto, propriedade de dureza e resistência. 
As células são: 
Osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; 
Osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea e localizam-se na sua periferia, 
essa matriz recém sintetizada é chamada de osteóide (que posteriormente se calcifica); se 
diferenciam em osteócitos. 
Osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, 
participando dos processos de remodelação dos ossos. 
Obs: Na porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células osteoprogenitoras, que 
são derivadas das células tronco mesenquimais na medula óssea. As células osteoprogenitoras 
se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante 
no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. 
 
 
 
Periósteo e Endósteo: 
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido 
conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente. A camada mais 
superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. 
 
Resumo Histologia 
22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
Vascularização e Inervação óssea: 
Vasos linfáticos, nervo periosteal, artéria e veia nutrícias. 
Classificação dos ossos quanto ao formato: 
Osso longo (ex, fêmur), osso curto (ex, ossos do carpo), osso chatos/planos (ex, esterno) e ossos 
irregulares (ex, vertebras). 
Estrutura do osso – variedades anatômicas: 
Osso compacto e o esponjoso. 
Osso compacto (maciço): Sem cavidades visíveis, apresenta arranjo lamelar concêntrico. 
Reveste as diáfises de ossos longos, a periferia dos ossos curtos e as tábuas dos ossos chatos. 
Osso esponjoso (poroso): Possui cavidades intercomunicantes e um arranjo de lamelas 
(Trabéculas). Presente na cavidade medular, nos centros das epífises e em ossos curtos e chatos. 
Obs: as cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são 
ocupados pela medula óssea. No recém-nascido, toda a medula óssea tem cor vermelha, devido 
ao alto teor de hemácias, e é ativa na produção de células do sangue (medula óssea 
hematógena). Com o passar do tempo, ela vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com 
diminuição da atividade hematógena (medula óssea amarela). 
 
Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: 
Tecido ósseo primário ou imaturo e tecido ósseo secundário ou maduro. Os dois tipos contêm as 
mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. 
O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na 
reparação das fraturas, sendo temporário e gradativamente substituído por tecido secundário. No 
Resumo Histologia 
22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
tecido ósseo primário, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida. 
É menos mineralizado que o tecido ósseo secundário e possui maior quantidade de osteócitos. 
No adulto é pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos 
alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões. 
O tecido secundário (lamelar) é a variedade geralmente encontrada no adulto. Sua principal 
característica é conter fibras colágenas organizadas em lamelas, que ficam paralelas umas às 
outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os 
sistemas de Havers ou ósteons. 
Histogênese do osso: 
O tecido ósseo é formado por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que 
ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral, o 
qual se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído 
por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. 
Ossificação intramembranosa: O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa 
chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células 
mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide 
(matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que 
se transformam em osteócitos. 
Tec. Mesenquimal » céls osteogênicas » osteoblastos » osteócitos 
Ossificação endocondral: Esse tipo de ossificação é o principal responsável pela formação dos 
ossos curtos e longos. A ossificação endocondral consiste essencialmente em dois processos. 
Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução 
da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por 
apoptose. 
Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares 
sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se 
em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse 
modo, aparece tecido ósseo onde anteshavia tecido cartilaginoso. 
 
Resumo Histologia 
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Ezalta (Vet018) 
Articulação: 
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto por meio de estruturas formadas por 
tecidos conjuntivos, as articulações. Elas podem ser classificadas em diartroses, que 
possibilitam grandes movimentos dos ossos, e sinartroses, nas quais não ocorrem movimentos 
ou, quando ocorrem, são muito limitados. 
Reparação óssea: 
 
Histofisiologia: 
Cálcio – armazenamento: intercâmbio intermitente de cálcio entre os ossos e o sangue, mediada 
por hormônios. 
Doenças ósseas hormonais: 
Hipersecreção hipofisária de GH: crescimento exagerado dos ossos em crianças. 
Deficiência de Hormônio hipofisário GH: retardo do crescimento ósseo em crianças. 
Osteoporose, osteomalacia, raquitismo e desvios de coluna. 
 Tecido muscular (liso e estriado) 
Tecido caracterizado por: 
Contratilidade e excitabilidade. 
Função: 
Produzir força e causar movimento. A contração desse tecido pode ser voluntária ou 
involuntária. 
 
 
Resumo Histologia 
22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
Origem: 
Mesodérmica. 
Células do mesoderma » mioblastos » miotubos » célula madura (miócitos ou fibras 
musculares). 
Tipos de tecido muscular: 
De acordo com suas características morfológicas e funcionais, distinguem-se três tipos de tecido 
muscular: o músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco (contração vigorosa e 
rítmica) e o músculo liso. 
 
Obs: Determinados componentes das células musculares receberam nomes especiais. Célula, 
fibra muscular ou miócito, membrana, sarcolema, citoplasma, sarcoplasma, miofibrilas, actina, 
miosina, tropomiosina e troponina, mitocôndrias, sarcossomas, reticulo endoplasmático, reticulo 
sarcoplasmático e sarcômero, unidade básica de contração constituída de filamentos proteicos 
finos e grossos. 
Músculo esquelético: 
O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, possibilitando que a força de 
contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. Isso é importante 
porque na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma extremidade do músculo a outra. 
Além disso, a força da contração do músculo pode ser regulada pela variação do número de 
fibras estimuladas pelos nervos. 
E é por meio do tecido conjuntivo que a força de contração do músculo é transmitida para os 
tendões e ossos. 
Resumo Histologia 
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Ezalta (Vet018) 
 O epimísio reveste toda a camada externa do músculo; o perimísio envolve conjuntos de 
feixes de fibras musculares e o endomísio reveste apenas uma fibra muscular. 
Quando observadas ao microscópio óptico, as fibras musculares esqueléticas mostram estriações 
transversais, pela alternância de faixas claras e escuras. Ao microscópio de polarização, a faixa 
escura é anisotrópica e, por isso, recebe o nome de banda A (contém filamentos de actina, que 
se sobrepõe aos de miosina), enquanto a faixa clara, ou banda I (contém filamentos de actina), é 
isotrópica. No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura, a linha Z. A 
estriação da miofibrila se deve à repetição de unidades iguais, chamadas sarcômeros (unidade 
contrátil). A banda A apresenta uma zona mais clara no seu centro, a banda H (contém apenas 
filamentos de miosina). 
A contração ocorre quando os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina, 
com isso os discos Z se aproximam, diminui a largura da banda I e da zona H e a banda A 
mantém seu tamanho. 
Mecanismo da contração 
 
A contração muscular se inicia pela combinação de Ca 2+ com a subunidade TnC da troponina, 
o que expõe o local ativo da actina que se combina com a miosina. Na etapa seguinte, a 
cabeça da miosina liga-se à actina e o ATP se decompõe em ADP e energia, produzindo o 
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movimento da cabeça da miosina. Em consequência dessa modificação da miosina, o filamento 
fino desliza sobre o filamento grosso. Esse processo, que se repete muitas vezes durante um 
ciclo de contração, leva a uma sobreposição completa dos filamentos de actina e miosina e ao 
encurtamento da fibra muscular. 
Reticulo sarcoplasmático armazena e regula o fluxo de íons Ca+2. Quando a membrana do 
retículo sarcoplasmático é despolarizada pelo estimulo nervoso, os canais de Ca2+ se abrem, e 
esses íons, que estavam depositados nas cisternas do retículo, difundem-se passivamente (sem 
gasto de energia), atuando na troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e a 
miosina. Quando cessa a despolarização, a membrana do retículo sarcoplasmático, por processo 
ativo (que consome energia), transfere Ca2+ para o interior das cisternas, o que interrompe a 
atividade contrátil. 
O sistema T é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular esquelética 
Para a contração ocorrer é preciso ATP, cálcio e sistema T. 
As fibras musculares esqueléticas são comandadas por nervos motores (excitabilidade). A 
despolarização da membrana do retículo sarcoplasmático inicia-se na placa motora, uma junção 
neuromuscular situada na superfície da fibra muscular. 
Classificação: 
I – fibras lentas, predominância de fibras vermelhas. 
II – fibras rápidas, predominância de fibras brancas. 
 
Corpúsculo tendíneo de Golgi: são fibras esqueléticas modificadas (intrafusais). Detecta o 
alongamento excessivo (distensão), participa do mecanismo de controle da postura e coordena 
músculos opostos durante a atividade motora. 
Musculo cardíaco: 
O músculo do coração é constituído por células alongadas e ramificadas, que se prendem por 
meio de junções intercelulares complexas. Essas células apresentam estriações transversais 
semelhantes às do músculo esquelético, mas, ao contrário das fibras esqueléticas que são 
multinucleadas, as fibras cardíacas contêm apenas um ou dois núcleos localizados centralmente. 
Não há perimísio nem epimísio e as fibras contem discos intercalares, que auxiliam a contração 
sincronizada do tecido. 
Na microscopia óptica é possível observar linhas que interligam as fibras musculares, chamada 
de disco intercalar. Além disso, a fibra do tecido muscular cardíaco não é tão bem organizada 
quanto as do tecido esquelético, a sua disposição pode formar sincícios, células que vão se 
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fundindo uma a outra (garante que a propagação do estimulo nervoso da contração ocorra mais 
rapidamente). 
As fibras do tecido muscular cardíaco formam a camada muscular do coração (miocárdio). 
A intensa vascularização do musculo cardíaco reflete a alta demanda metabólica para a 
contração. 
A estrutura e a função das proteínas (miosina e actina) são semelhantes ao músculo esquelético, 
já o sistema T e o reticulo sarcoplasmático não são tão organizados quanto no músculo 
esquelético. 
Músculo liso: 
O músculo liso é constituído por células fusiformes, uninucleadas. Não apresentam estriações 
transversais. 
Características: movimento peristáltico e movimento de extrusão (contração ao longo de todo 
músculo, ex bexiga, vesícula biliar e útero). Está presente nas estruturas de vários órgãos 
(vísceras, parede dos vasos sanguíneos e ducto de glândulas). 
As fibras musculares lisas são estimuladas pelo sistema nervoso autônomo e/ou hormônios. 
Além disso, elas estão organizadas em fascículos ramificados, regulares, os quais, mais que 
fibras individuais, são unidades contráteis funcionais. 
As células estão interconectadas por junções comunicantes estabelecendo, portanto, 
comunicação que regula a contração de todo o feixe ou folheto de músculo liso. 
Esse tecido não apresenta sistema de túbulos T e o retículo sarcoplasmático é extremamente 
reduzido. Desse modo, as invaginações da membrana juntamente com numerosas vesículas 
citoplasmáticas (pinocíticas) desempenham um papel importante na entrada e saída do íon 
cálcio,para realizar, assim, a contração da musculatura. A contração inicia-se com a entrada de 
cálcio pela membrana através de transporte ativo nas vesículas pinocíticas. 
O músculo liso recebe fibras do sistema nervoso simpático e do parassimpático, porém não 
exibe as junções neuromusculares elaboradas (placas motoras). As terminações nervosas 
adrenérgicas e colinérgicas atuam de modo antagônico, estimulando ou deprimindo a atividade 
contrátil do músculo. 
As células se mantêm unidas, formando uma rede delicada de fibras reticulares. 
Obs: fibras de actina assemelham-se aos do músculo esquelético e cardíaco e as fibras de 
miosina não são bipolares, elas são polares laterais. 
 Tecido e sistema nervoso 
O tecido nervoso é distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de 
comunicações, que constitui o sistema nervoso. Anatomicamente, este sistema é dividido em: 
(1) sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e medula espinal, e (2) sistema 
nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e por gânglios nervosos. O sistema nervoso 
pode ainda ser classificado quanto a sua função: (3) sistema nervoso somático (SNS), que 
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Ezalta (Vet018) 
consiste em parte dos SNC e SNP e controla as funções que estão sobre controle voluntário 
consciente (exceção arcos reflexos), e (4) sistema nervoso autônomo (SNA), que consiste em 
partes autônomas do SNC e SNP e fornece inervação motora involuntária. 
Funções: 
 Organizar e coordenar, direta ou indiretamente quase todas as funções do organismo (motoras, 
viscerais, endócrinas, psíquicas, etc). 
Tipos celulares: 
Os dois tipos celulares principais do sistema nervoso são os neurônios e as células da glia (ou 
neuróglia). 
Neurônios: 
São responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos. Além disso, 
influenciam diversas atividades do organismo e liberam neurotransmissores e outras moléculas 
informacionais. 
Os neurônios apresentam morfologia complexa, porém quase todos apresentam três 
componentes: dendritos, prolongamentos numerosos, que partem do corpo celular, 
especializados na função de receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais 
sensoriais ou de outros neurônios e transportar para o corpo celular, corpo celular ou pericário, é 
o centro trófico da célula e também capaz de receber estímulos e axônio, prolongamento único 
(cada neurônio possui apenas um axônio), especializado na condução de impulsos que 
transmitem informações do corpo celular para outro neurônio ou célula efetora (nervosas, 
musculares, glandulares), se origina de uma estrutura do corpo celular chamada de cone de 
implantação. 
Classificação: 
De acordo com sua morfologia: 
 Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares; 
 Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio; 
 Neurônios pseudounipolares, que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento 
único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro 
para o sistema nervoso central. 
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Ezalta (Vet018) 
 
De acordo com sua função: 
 Neurônios motores transmitem estímulos do SNC ou dos gânglios para as células 
efetoras. Controlam, portanto, órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e 
endócrinas e fibras musculares. 
 Neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio 
organismo e transmitem para o SNC. 
o Neurônios aferentes somáticos: sensações de dor, temperatura, tato, etc. 
o Neurônios aferentes autônomos: sensação de dor e outras a partir dos órgãos 
internos, mucosas, glândulas e vasos sanguíneos. 
 Interneurônios estabelecem conexões entre outros neurônios sensoriais e motores, 
formando uma rede de comunicação e integração. 
Tolodendro: a porção final do axônio apresenta uma estrutura dilatada denominada botão 
sináptico ou tolodendro, local onde se encontram os terminais sinápticos. 
Comunicação sináptica 
A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-
sináptico em um sinal químico que atua na célula pós-sináptica. A maioria das sinapses 
transmite informações por meio da liberação de neurotransmissores. O transporte axonal ocorre 
da seguinte forma: os neurotransmissores caminham com auxilio das proteínas motoras e 
deslizam sobre os microtúbulos do axônio até o botão sináptico. 
Tipos de sinapses: 
 Axossomática: sinapse de um axônio com o corpo celular. 
 Axodendrítica: sinapse de um axônio com um dendrito. 
 Axoaxônica: sinapse entre dois axônios. 
 
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Ezalta (Vet018) 
 
 
Condução do impulso nervoso: 
 
A despolarização de uma parte da membrana estimula as porções adjacentes e a despolarização 
ocorre ao longo de toda a membrana provocando a propagação do impulso nervoso. Quando o 
potencial de ação chega na terminação do axônio, promove a liberação de neurotransmissores, 
que vão estimular ou inibir outros neurônios ou células não neurais. 
 
 
 
Neuróglia ou células da glia: 
São células de sustentação. Sob a designação geral de neuróglia ou glia, incluem-se vários tipos 
celulares encontrados no sistema nervoso central ao lado dos neurônios. 
o Neuróglia central (SNC): oligodendrócitos, astrócitos, micróglia e células ependimárias. 
o Neuróglia periférica (SNP): células de Schwann e células satélites. 
 
 Oligodendrócitos; produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos 
para os neurônios do sistema nervoso central. 
 Células de Schwann: têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam 
em volta dos axônios do sistema nervoso periférico. 
 Astrócitos: dão suporte físico e metabólico aos neurônios do SNC e contribuem 
para a manutenção da homeostase. Os astrócitos com prolongamentos menos 
numerosos e mais longos são chamados astrócitos fibrosos e se localizam na 
substância branca; os astrócitos protoplasmáticos, encontrados principalmente na 
substância cinzenta, apresentam maior número de prolongamentos que são curtos e 
muito ramificados. 
 Micróglia: são células pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e 
irregulares. As células da micróglia são fagocitárias, elas participam da inflamação 
e da reparação do sistema nervoso central. 
 Células ependimárias: formam uma única camada de células epiteliais colunares 
que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Em 
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Ezalta (Vet018) 
alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a movimentação do 
líquido cefalorraquidiano (LCR). 
 Células satélites; pequenas células que formam uma camada ao redor dos corpos 
celulares dos neurônios dos gânglios no SNP. Permitem o isolamento elétrico e 
atuam como uma via para trocas metabólicas. 
Obs: a bainha de mielina é segmentada porque é formada por numerosas células dispostas 
sequencialmente ao longo do axônio. A junção entre as duas células que é desprovida de mielina 
chama-se nódulo de Ranvier. 
Sistema Nervoso Central 
Quando cortados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinal mostram regiões brancas (substância 
branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). A distribuição da mielina é responsável 
por essa diferença de cor. A substância cinzenta predomina na superfície do cérebro e do 
cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtexcerebelar, enquanto a substância branca 
predomina nas partes mais centrais. 
No córtex cerebral a substância cinzenta está organizada em seis camadas diferenciadas pela 
forma e pelo tamanho dos neurônios. O córtex cerebelar tem três: a camada molecular, a mais 
externa; uma camada de células de Purkinje (neurônios especiais); e a camada granulosa, que é 
a mais interna, e é formada por neurônios muito pequenos. 
Obs: o cerebelo atua como centro de coordenaçãoe manutenção do equilíbrio e também do 
tônus muscular. 
Meninges: o sistema nervoso central está contido e protegido na caixa craniana e no canal 
vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges. As 
meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes: dura-máter, 
aracnoide e pia-máter. 
Sistema Nervoso Periférico 
Os componentes do sistema nervoso periférico são os nervos, gânglios e terminações nervosas. 
Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Todos os axônios são 
envolvidos por dobras, essas podem ser: únicas, sendo, portanto, fibras amielínicas (menor 
velocidade de condução) ou múltiplas, que são fibras mielínicas (maior velocidade de 
condução). 
A maioria dos nervos são mistos e contêm fibras mielínicas e amielínicas. Os nervos são 
protegidos por cápsulas conjuntivas, que podem ser: epineuro - envolve o nervo e preenchem os 
espaços entre os feixes de fibras nervosas, perineuro – reveste cada um dos feixes e endoneuro – 
envolve cada axônio e as células de Schwann. 
Os acúmulos de neurônios localizados fora do sistema nervoso central são chamados de 
gânglios nervosos. Alguns localizam-se no interior de determinados órgãos (ex. tarto digestivo – 
gânglios intramurais) como pequenos grupos de células nervosas. Conforme a direção do 
impulso nervoso, os gânglios podem ser: sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso 
autônomo (eferentes). 
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22 de junho de 2018 
 
Ezalta (Vet018) 
Os gânglios sensoriais recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o SNC (gânglios 
cranianos e gânglios espinhais). 
Os gânglios do sistema nervoso autônomo são fibras eferentes, aparecem como formação 
bulbosa ao longo dos nervos. Os neurônios desses gânglios geralmente são multipolares. 
Sistema Nervoso Autônomo 
Sistema nervoso autônomo tem como função manter a constância do meio interno (homeostase). 
Formado por aglomerados de células nervosas localizadas no SNC, por fibras que saem do SNC 
(nervos cranianos e espinhais) e pelos gânglios situados ao longo dessas fibras. 
É uma rede de dois neurônios – 1º SNC (fibras pré-ganglionares – linhas cheias); 2º Gânglio do 
SNA ou no interior de um órgão (fibras pós-ganglionares – linhas pontilhadas).

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