Buscar

Síndrome Metabólica Equina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

A terminologia “Síndrome Metabólica Equina” (SME) é utilizada para descrever 
cavalos com deposição anormal de gordura e resistência à insulina (RI) 
Dentre as características fenotípicas apresentadas por esses animais, 
encontram-se a adiposidade localizada (pescoço, ombros, lombo, base da 
cauda e nas bolsas de gordura abaixo dos olhos. Alguns cavalos poderão ter 
uma aparência barriguda e apresentar polidipsia e poliúria) ou generalizada 
(obesidade), a RI caracterizada por hiperinsulinemia, e glicemia anormal, e a 
predisposição a laminite que se desenvolve sem causas aparentes, como a 
ingestão excessiva de carboidratos, cólica, colite ou retenção placentária. 
Outras características geralmente presentes na SME são a hipertrigleceridemia 
ou deslipidemia, hiperlipidemia, hipertensão arterial e alterações nos ciclos 
estrais. Atualmente sabe-se que a RI e a hiperinsulinemia são fatores 
predisponentes para o desencadeamento da laminite e que esta, pode ser 
experimentalmente induzida através da infusão de insulina por via intravenosa. 
A resistência a insulina resulta em aumento nos níveis de glicose, esta por sua 
vez quando em alta concentração estimula a produção de metaloproteinases 
(MMP-9). A glicemia elevada associada a ingestão de carboidratos, resulta em 
aumento na liberação de endotoxinas (lipopolissacarídeos) que também 
culminam em estímulo para a produção de MMP-9 (metaloproteinases), além 
de estimular a liberação de mediadores inflamatórios. As MMP-9 atuam na 
degradação do colágeno, tendo como consequência a separação lamelar. Os 
mediadores inflamatórios liberados constantemente levam o animal a um 
quadro inflamatório crônico, além de estimular a liberação de radicais livres que 
atuam inibindo o óxido nítrico e estimulando a produção de endotelinas, que 
resultam em vasoconstrição e dano ao endotélio vascular, contribuindo 
ativamente para a ocorrência da laminite. 
Acomete normalmente animais com idade entre 8 e 18 anos, não existe um 
tratamento específico ou cura para a SME. Os primeiros manejos de cavalos 
com SME referem-se a alterações na dieta (limitar ou proibir o acesso ao 
pasto) e aumento de exercícios os quais deverão ser diários. Talvez não seja 
possível estabelecer imediatamente um regime de exercícios para os cavalos 
acometidos por laminite. Nestes casos, iniciar as mudanças dietéticas e 
aumentar o nível de exercícios gradativamente, nos casos não responsivos 
pode se utilizar a metiformina ou a levotiroxina, fármacos que atuam 
aumentando a sensibilidade à insulina. Salienta-se que atualmente é 
comprovado que altos níveis séricos de insulina desencadeiam a laminite, 
porém ainda há necessidade de estudos mais detalhados que abordem sua 
fisiopatogenia. 
Prognóstico: 
A SME não possui cura, mas o bem-estar e episódios de laminite poderão ser 
melhorados através da instituição da dieta correta e mudanças do estilo de vida 
(exercícios). 
Prevenção: 
Busca da manutenção de uma ótima condição corporal, não permitindo que o 
cavalo fique acima do peso ou obeso, e exercitar o animal regularmente.

Outros materiais