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Fígado · Características: - Maior glândula e maior órgão interno. - Células do fígado (hepatócitos) produzem secreção exócrina: bile, além de produção de produtos endócrinos, e convertem substâncias nocivas excretados na bile em não-tóxicos (desintoxicação). - Superfície lisa, parênquima friável (sustentação e cápsula muito delicadas, compostas por fibras reticulares) e vinhoso (riqueza de vasos sanguíneos). - Raiz do órgão é branca por constituir tecido conjuntivo (rico em colágeno). - Vesícula biliar é contínua a cápsula hepática, raiz do fígado. · Estrutura: - Fígado é envolvido pelo peritônio: epitélio pavimentoso simples, exceto na área nua, por sobre a cápsula. - Estroma: delicado, contém fibras reticulares sendo mais exuberante no espaço porta. - Cápsula: revestimento de tecido conjuntivo denso modelado, é fracamente presa no fígado, exceto na porta do fígado, onde penetra formando um conduto para os vasos e para ductos biliares. - Parênquima- órgão propriamente dito, embaixo da cápsula, constituídos por unidades morfológicas: lóbulos hepáticos- formados por hepatócitos organizados lado a lado formando fileiras/placas convergentes (irradiam a partir do centro do lóbulo- veia centrolobular - estrutura vascular, revestimento de epitélio pavimentoso simples (endotélio), vênulas que se reúnem formando um sistema venoso que devolve o sangue para a circulação sistêmica) separadas umas das outras por grandes espaços vasculares: sinusóides hepáticos, configuração hexagonal, demarcados por septos conjuntivos delgados, que dividem o órgão em 4 lobos que são subdivididos em lóbulos. - Porta do fígado (face inferior do fígado): local por onde a veia porta e artéria hepática trazem sangue para o fígado e onde os ductos biliares drenam a bile do fígado. Se encontra a tríade portal*, nas quinas do lóbulo, lá possui um pouco mais de tecido conjuntivo. *Tríade portal: -Vênula - ramo da veia porta: revestimento endotélio -Arteríola- ramo da artéria hepática: revestimento endotélio que se apoia em duas camadas delicadas de tecido muscular liso. -Ducto biliar interlobulares: luz revestida por epitélio cúbico simples, recebe a bile produzida pelas células hepáticas, se reúnem formando ductos intermediários e esses se unem formando ductos hepáticos -Capilar linfático: com células endoteliais, coleta a linfa (líquido tecidual da corrente sanguínea). Legenda- Espaço porta (maior quantidade de tecido conjuntivo) · Suprimento sanguíneo duplo: · Artéria hepática esquerda e direita (25%) - Sangue oxigenado chega no fígado e se ramifica · Veia porta (75%)- venoso rico em nutrientes (material absorvido durante o processo digestivo, que vai ser convertido em produtos de armazenamento como o glicogênio, sendo liberado como glicose somente quando o corpo necessite) Veia porta<- plexo mesentérico (veias maiores)<-Vênulas (veias menores) - Ambos entram no fígado pelo espaço porta, junto com a bile, que sai: · O sangue arterial e venoso é lançado entre os espaços chamados luz dos capilares sinusóides*, entre as placas de hepatócitos e se misturam na veia centrolobular, quando essa sai do lóbulo, termina na veia sublobular, essas se reúnem e formam as veias coletoras que se reúnem e formam a veia hepática direita e esquerda que desembocam na veia cava inferior (circulação centrípeta- em sentido ao centro do lóbulo) *Capilar sinusóide hepático: - Vasos microscópicos, parede delicada e descontínua constituídas por células endoteliais com células associados denominados células de Kupffer- microscopicamente: preto e só visível quando o fígado está alterado e com necessidades de fagocitose, é estrelado, núcleo oval e grande com nucléolo evidente, possui muitos lissossomos, estão adjacentes a parede do capilar sinusóide, realizam fagocitose (ex: eliminam hemácias velhas/senescentes) e sintetizam proteínas. · Já a bile sai do fígado pelo espaço porta, através de ductos hepáticos direito e esquerdo, para ser lançada na vesícula biliar para concentração e armazenamento. *Circulação centrífuga da bile (foge do centro, do centro para fora): · Bile é produzida pelos hepatócitos, liberam no canalículo biliar · Canalículo biliar (espaços tubulares entre hepatócitos adjacentes, canal formado pela invaginação da parede lateral da célula e pela invaginação da parede da célula vizinha) recebe a bile · Canalículos biliares se anastomosam uns com outros, formando o ductúlo biliar ou Canal de Hering- epitélio cúbico baixo, pobre em organelas (coloração claro) · Esses ductúlos se unem e formam os ductos biliares (no espaço porta) - células cúbicas com mais camadas de tecido conjuntivo · Esses ductos biliares se reúnem e formam os ductos hepáticos comum. · Secreção da bile Bile= água, sais biliares, fosfolipídios, colesterol, pigmentos biliares e igA - Ácidos biliares (metade dos componentes orgânicos da bile)absorvidos no intestino delgado chegam pela corrente sanguínea do intestino no hepatócito, através da veia porta e pela endocitose realizada pelos hepatócitos e transportada para os canalículos biliares, misturam com outros componente que constituirão a bile - Bile é lançada no duodeno *90% dos ácidos biliares ficam recirculando *10% são novamente produzidos no REL dos hepatócitos pela conjugação do ácido cólico (um produto do metabolismo do colesterol) com a taurina ou com a glicina realizada pelas enzimas. - A bilirrubina está na corrente sanguínea e também pode ser endocitada pelos hepatócitos e pode ser transferida e conjugada com o ácido glicurônico, pela enzima glicuronil transferase localizada no REL, formando o glicuronato de bilirrubina. *A bilirrubina é produto tóxico da digestão da hemácia e hemoglobinas velhas que são retiradas de circulação por fagocitose pelos macrófagos no baço e células de Kupffer no fígado. Quanto maior bilirrubina no sangue pode ocasionar a icterícia. · Hepatócitos: - Células epiteliais, com citoplasma amplo, núcleo central e arredondado - Apresentam microvilosidades na membrana (podem estar em uma face do hepatócito voltada para corrente sanguínea- Espaço de Disse) que facilitam a troca de materiais entre o sangue e os hepatócitos devida a extensa área da superfície dos microvilos. - Metabolizam grande parte do que chega da corrente sanguínea. - Rico em organelas - Sintetiza proteínas (fibrinogênio, protrombina, lipoproteínas) pelo REG, a partir de aminoácidos da absorção intestinal, e as leva para a corrente sanguínea. *Menor quantidade de proteínas (como o fibrinogênio e protrombina) acarreta a problemas na circulação ocasionando um edema - Armazena glicose (proveniente da absorção intestinal) em forma de glicogênio, dentro do REL, em caso de necessidades o glicogênio devolve a glicose para o sangue. - Metabolizam os produtos finais da absorção - Detoxificam drogas e toxinas - Transferem igA secretora do espaço de Disse para a bile - Produz a bile · Espaço (perissinusoidal) de Disse -Espaço estreito entre a placa de hepatócitos e células de revestimento dos sinusóides -Os microvilos dos hepatócitos ocupam grande parte desse espaço - Hepatócitos não entram em contato com o sangue, esse espaço que serve como um compartimento intermediário entre eles, retendo parte do material proveniente da corrente sanguínea. -Contém fibras reticulares que suportam os sinusóides, além de quantidade pouca de colágeno do tipo I e IV. -Presença de células de Ito: armazenadoras de lipídeos, exemplo: vitamina A, produzem e liberam fibras reticulares. · Cirrose macronodular - Presença de maior quantidade de tecido conjuntivo - Víscera endurecida - Dano a célula, célula regenera e não funciona - Tem um momento que a célula hepática não se regenera mais, essas áreas são substituídas por um tecido conjuntivo fibroso - fibrose - aprisionando os nódulos regenerativos, dentro deste tecido colagenoso há linfócitos e proliferação de ductos biliares.FIBROSE
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