FENÔMENO PARASITISMO

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Parasitologia Médica - Aula 1 - 3°P - 03/08/2021 Caroline Rodovalho 104
O FENÔMENO PARASITISMO:
O parasitismo vem se desenvolvendo há milhões de anos. Caracterizado por alguns fatores que
envolvem não só o parasito, mas também o seu hospedeiro, existem algumas situações que são
fundamentais para que esse parasitismo dê certo.
Os parasitas que temos ultimamente frequentando nosso organismo e de outros animais, são
parasitas bem sucedidos, pois evoluíram e se adaptaram ao hospedeiro, por outro lado os
hospedeiros conseguiram suportar ou tolerar a presença desses parasitas por conta dessas
adaptações entre o parasita e o seu hospedeiro.
O que é Parasitismo?
- Interação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes: Parasita (leva as vantagens)
e Hospedeiro (arca com os prejuízos). É uma interação ecológica desarmônica, mas tende a um
equilíbrio. Ou seja, o parasita se adapta ao seu hospedeiro para chegar a determinado nível de
comprometimento da saúde de seu hospedeiro.
- Se houver desequilíbrio entre as partes, com certeza o parasita vai vitimar o hospedeiro e
com isso o parasito também será vitimado.
- Relações íntimas e duradouras: sempre há um certo grau de intimidade entre o parasito e
o seu hospedeiro.
● Exemplo 1: A fêmea do mosquito aedes aegypti pousa sobre sua pele, introduz o seu
aparelho bucal e suga o sangue, essa relação tem um pequeno grau de intimidade e com pouca
duração nessa relação.
● Exemplo 2: O verme da esquistossomose (também se alimenta de sangue), o
Schistosoma Mansoni, vai viver no interior do seu organismo, em sua forma madura no seu
plexo hemorroidal / no interior de seus vasos sanguíneos e podem viver até 15/20 anos no
organismo, então o grau de intimidade e duração será alta ao comparar com o primeiro exemplo.
- Dependência metabólica: que o parasita tem em relação ao seu hospedeiro, vai
permanecer mais tempo ou menos tempo no seu organismo. Vai usufruir mais ou menos da
pessoa. Por exemplo: o Schistosoma Mansoni não sabe viver no ambiente só consegue viver
dentro do seu corpo. Um mosquito consegue viver no ambiente. A dependência pode ser singela
a nível só de alimento ou pode ser total, a nível reprodutivo, proteção.
- Parasitos são fatores de controle populacional, eles influenciam nas taxas das populações
dos hospedeiros, controlando-as. Hoje em dia temos temos todas tecnologias médicas a nosso
favor, vacinas, medicamentos, tratamentos, diagnósticos, mas em ambientes naturais, o controle
das populações se dá a partir da ação desses parasitas sobre os seus hospedeiros
- A presença de parasitas estimulam o nosso sistema imunológico, e de certa forma esses
parasitas nos fazem evoluir como espécie. Então a interferência deles no nosso organismo
promove evolução na medida em que as características mais favoráveis dos indivíduos serão
selecionadas.
- Vários parasitos no seu ambiente, por exemplo extracorpóreo, ovos de vermes, cistos de
protozoários, larvas de alguns vermes, de alguns insetos, os parasitos servem de alimento para
outros animais e para os seres vivos. Não pode se livrar deles completamente, tem que tentar
controlar. É impossível praticamente erradicar alguns parasitos.
Sucesso do Parasitismo:
- Adaptação recíproca: o parasito se adapta ao seu hospedeiro e o hospedeiro tolerar a
presença do parasito.
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- Compatibilidade: o parasito tem que ser compatível com o seu hospedeiro. Se houver
incompatibilidade entre as partes, obviamente vai haver prejuízos severos para o hospedeiro, e
isso poderá determinar o óbito desse hospedeiro.
Ex.: A tênia Solium (solitária) pode atingir até 7m no intestino humano, sendo compatível ao
organismo; já a tenia Saginata, pode chegar a 14m no intestino delgado e ainda assim será
compatível. Por outro lado, existe um verme chamado echinococcus granulosus que é parasito
de cachorros, e caso o humano faça a ingestão desse verme através das fezes passa a ser
chamado de cisto hidático, e pode atingir até 15cm de diâmetro no cérebro e trará uma
incompatibilidade imensa na relação parasito-hospedeiro.
- Baixa virulência:baixa agressividade por parte do parasito em relação ao seu hospedeiro,
se a agressividade do parasito em relação ao seu hospedeiro é muito alta,muito grande, esse
hospedeiro vai sucumbir a presença do parasita.
OBS.: Às vezes ocorre compatibilidade e baixa virulência por parte de um parasito em relação
ao seu hospedeiro, ele é muito bem adaptado ao seu hospedeiro. Porém, as cargas parasitárias,
a quantidade dos parasitos no organismo desse hospedeiro viabiliza esse processo de
compatibilidade e de baixa virulência. Inviabiliza, pois tem parasitas demais, há desequilíbrios.
As cargas parasitárias podem crescer por vários aspectos, maus hábitos de higiene, ingesta
demasiada de estruturas parasitárias, auto infecção interna por parte de alguns parasitos que
vão se multiplicar e vão realizar todos os seus ciclos que ficam dentro do organismo do
hospedeiro.
Tipos de Hospedeiros:
● Hospedeiro: Organismo que alberga/abriga o parasito.
Hospedeiro definitivo: é aquele que abriga o parasito na sua fase madura, não pode chamar de
adulto, se for um animal chama de adulto, por exemplo: um verme adulto, quem tem é o
hospedeiro definitivo, isso quando há relação de hospedeiro do mesmo parasita. Esse parasito
na fase adulta ou madura em geral, é capaz de se reproduzir sexuadamente, através de
produção de gametas.
Hospedeiro intermediário: Aquele que abriga o parasita na sua fase imatura, para os vermes é
chamado de larva. A fase imatura não é capaz de se reproduzir sexuadamente, só se reproduz
assexuadamente.
OBS.:O cachorro é o hospedeiro definitivo.Nós temos um ciclo chamado de heteroxênico, que
envolve 2 hospedeiros. Quem tem a larva é considerado hospedeiro intermediário. O ser
humano é um hospedeiro intermediário acidental, não é compatível. O hospedeiro intermediário
natural são os ovinos e ovelhas. Tanto o ser humano, quanto a ovelha funcionam como
hospedeiros intermediários.O verme precisa dos dois para se desenvolver, quando tem mais de
um hospedeiro para se desenvolver, nós chamamos esse parasito de parasito heteroxênico.
Quando o parasita se desenvolve somente em um hospedeiro sem precisar passar por outro
para completar seu desenvolvimento, temos um parasita monoxênico.
OBS.: Os ovos da lombriga são eliminados junto com as fezes humana, chegam no ambiente,
dentro do ovo se formam larvas, ingeriu ovo, a larva eclode no meio do intestino delgado, faz o
caminho pelo organismo, dá um verme adulto, somente 1 hospedeiro foi envolvido, só o ser
humano. Ou seja, o ciclo é monoxênico.
Ciclos Parasitários:
● Parasito Heteroxênico: Aquele que depende de 2 hospedeiros para se desenvolver,
intermediário e definitivo (somente para o ciclo heteroxênico). Ou seja, ele precisará de um
hospedeiro para a sua fase imatura, e só vai atingir sua fase adulta em outro hospedeiro.
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Ex.: O ciclo da filariose linfática, o
pernilongo foi se alimentar de sangue
de um hospedeiro, quando ele foi
picar a larva do verme que estava
crescendo e se desenvolvendo no
corpo do mosquito, invadiu o orifício
da picada e determinou nesse
indivíduo formação de adultos do
verme filariose linfática. Esses
vermes adultos machos e fêmeas vão
copular e vão produzir larvas, vão
ficar na corrente circulatória desse
indivíduo parasitado, e quando uma
fêmea do mosquito for sugar o
sangue desse indivíduo, vai receber
junto com o sangue as larvas do
verme. As larvas vão passar por
transformações dentro do corpo do
mosquito e só então se tornam
infectantes para outro ser humano.
● Parasito Monoxênico: Aquele que apresenta apenas 1 hospedeiro para se desenvolver.
Ex.: Ciclo da Giardíase. O protozoário de giardíase, o
cisto é eliminado juntamente com as fezes humanas e
de outros animais, esses cistos contaminam o solo,
contaminam a água e os alimentos, a pessoa ingere a
água ou alimentos contaminados pelo cisto, adquirindoa giárdia. Apenas 1 hospedeiro participa do ciclo, ou
seja, monoxênico.
TIPOS DE PARASITO:
Parasito Obrigatório: É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro.
Ex: Plasmodium (malária), Toxoplasma gondii (toxoplasmose, ingerindo carne crua de bovinos,
suínos, ovinos, leite cru, certas aves), larva do berne.
Parasito Facultativo: Pode desenvolver-se no organismo de um hospedeiro, mas também pode
desenvolver livremente num ambiente, sem precisar de um hospedeiro.
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Exemplo: larvas de moscas que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria
orgânica (esterco) em decomposição.
Terapia Larval: utiliza larvas de moscas criadas em
laboratórios que atuam como parasitos facultativos para
remover tecidos necrosados como no caso de pés
diabéticos, além de estimularem a cicatrização.
Moscas Varejeiras que são
usadas. Chrysomya megacephala.
Parasito Errático ou Ectópico: Não atinge a fase adulta fora de seu hospedeiro natural. Ex:
Ancylostoma braziliensis (bicho geográfico: formato e por se deslocarem ou larva migrans
cutânea, parasita de intestino delgado de cães e gatos, muito fácil de pegar em areias).
É um verme cujas larvas após invadir o organismo
humano, não consegue completar o seu
desenvolvimento (verme adulto) que provoca
coceira/irritação. Porém, nos gatos eles chegam a sua
fase adulta.
Parasito Acidental: São parasitas que acidentalmente vivem em um
hospedeiro que não é o de costume. O parasitismo por ele é mais
acentuado, mais virulento, traz mais problemas à saúde.
Ex.: Fasciola hepática / Ser humano, baratinha do fígado, parasita de
ruminantes, classicamente parasita ductos biliares, mas pode parasitar
o ser humano acidentalmente. Adquire ingerindo água contaminada,
mas principalmente ingerindo vegetais que são cultivados na água,
nessa água deve ter a presença primeiro dos ovos do verme que são
eliminados junto com as fezes do homem, tipicamente dos ruminantes, tem que ter um caramujo
que funcione como hospedeiro intermediário. Então as larvas que eclodem de ovos penetram no
caramujo, passam por uma série de transformações, e vão dar origem a outras larvas que saem
do caramujo e que vão aderir a vegetação ou vão ficar na superfície da água. Quando ingerem a
água, vai ter esse vermes nos ductos biliares.
O parasito acidental, diferentemente do errático, pode atingir a fase adulta fora do seu
hospedeiro que não seja natural .Então esses vermes atingem a fase adulta no organismo
humano também.
Adaptações do parasita ao hospedeiro:
Morfológicas: Quando envolvem a anatomia do parasito.
● Degenerações: quando ao longo da evolução o parasito perde determinadas partes do
corpo, e os tornam mais eficientes em relação aos seus hospedeiros, favorecendo para melhor
adaptação. Ex.: Um parasito que degenerou o seu aparelho digestivo como a tênia, ela pode
viver no intestino delgado, para absorver os nutrientes prontos.
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● Atrofias: Reduções de tamanho de funcionalidade de algumas estruturas corporais, essas
atrofias também são encontradas em alguns parasitos. Os motivos em geral são evolução no
sentido delas desaparecerem por completo, então elas perdem funcionalidade, mas determinam
maior eficiência para esse parasito.
● Hipertrofias: Super desenvolvimento de algumas estruturas, para atender as
necessidades dos parasitos. Trazendo então vantagens a eles, como o piolho e as moscas.
Piolho (Pediculus Capitis):
❖ Corpo achatado, dorsoventralmente, que leva a hipertrofia de
determinadas estruturas corporais, corpo ornado com garras que são
bastantes desenvolvidas e que vão dar a ele a possibilidade de agarrar as
fibras das roupas ou os pelos do indivíduo parasitado, Hipertrofia do corpo
e hipertrofia das garras para que se fixem melhor no organismo do seu
hospedeiro;
❖ Capacidade de fixação, o corpo achatado garante uma maior superfície de contato com o
seu hospedeiro;
❖ São insetos termos independentes, dependem da temperatura corporal do seu
hospedeiro para sobreviver.
❖ Degeneração das asas.
Anoplura - piolho sugador:
❖ Piolho em ação agarrando o cabelo dos indivíduos e se locomovendo.
❖ Pediculus capitis - machos
Mosca dos Estábulos: Stomoxys calcitrans
❖ Pode inclusive transportar os ovos da mosca do berne;
❖ Pousa sobre o corpo do bovino e precisa chegar até a pele do
animal para sugar o sangue, o aparelho bucal é hipertrofiado;
❖ Asas que são desenvolvimento desse insetos que permitem o
voo, então a chegada dela é rapidamente ao hospedeiro, suga
o sangue e vai embora;
❖ Características anatômicas favorecem esse parasitismo.
Mosca do berne (adulta): Forma adulta de Dermatobia
hominis (berne).
❖ É muito maior que as moscas dos estábulos
❖ Pernas hipertrofiadas e mais forte que a mosca mencionada
acima;
❖ Ela mobiliza a outra mosca;
❖ Aparelho bucal atrofiado, pois em sua fase adulta ela não se
alimenta.
Ancylostoma duodenale:
❖ Tem 4 dentes na boca, boca hipertrofiada super desenvolvida;
❖ Esses dentes não só servem para a fixação no intestino delgado, mas
também servem para ele conseguir romper o epitélio intestinal, atingir o
conjuntivo e lesionar os vasos sanguíneos, a partir dos quais ele vai ter
sangue para a sua alimentação.
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❖ Verme pequeno, no máximo 2cm;
❖ Obrigatoriamente, hematófago.
Taenia saginata:
❖ Tem 4 ventosas na região da cabeça escólex
❖ Cabeça Hipertrofiada, são órgãos de fixação
❖ Corpo da tênia, os proglotes (aparelho reprodutor fem, e masc. para
reproduzir milhares de ovos), segmentos, vão se soltando a partir que vão
sendo os segmentos finais.
❖ Não contém aparelho digestivo
Taenia solium:
❖ 4 ventosas e uma coroa gigante
Ascaris lumbricoides:
❖ Não tem dentes na boca, não tem ventosas, não tem ganchos, mas tem
lábios que servem para se prender na parede do intestino determinante;
❖ Atinge até 40 cm de comprimento na fêmea;
❖ Capaz de ocupar o espaço nas alças intestinais e não ser carreados para o
lado de fora;
❖ hipertrofia do corpo e da boca, desenvolvimento dessas estruturas.
❖ Ação irritativa do contato do corpo com a parede intestinal, gerando cólicas.
Biológicas: Comportamento
● Capacidade reprodutiva: Números altos de reprodução para atender a necessidade dos
parasitos e atingir os seus hospedeiros. Ex.: Fêmea de ascaris lumbricoides que coloca até 300
mil ovos por dia.
● Variadas formas de reprodução: Reprodução sexuada envolvendo gametas, óvulos, ou
reprodução assexuada, como os protozoários (giardia), indivíduos hermafroditas, indivíduos
partenogenéticos (só a fêmea se reproduz).
● Tropismos: Aproximação ou afastamento em relação a fonte de um estímulo. Quando o
parasito é guiado e atraído por essa fonte de estimulo, dizemos que o tropismo é positivo.
Quando o parasito é repelido pela fonte de estimulo, o tropismo é negativo.
★ Geotropismo: determinados vermes são chamados geo-helmintos, tem tropismo pelo
solo, então uma parte do desenvolvimento desses vermes, tem que se dar a um ambiente solo,
fonte de infecção é o solo, medidas profiláticas: higienizar coisas que vem do solo, uso de
calçados. Se um ovo passa pelo solo, antes de desenvolver essa larva, significa que esses ovos
ficarem retidos dentro do organismo não vão liberar larvas que sejam eficientes para refazer o
ciclo, pois o ovo tem que passar pelo solo. Ex.: helmintos.
★ Termotropismo: Quando o parasito é atraído ou repelido por temperatura, por fonte de
calor (positivo). como por exemplo os mosquitos que vem sugar o sangue que são atraídos pela
temperatura corporal do hospedeiro, há outros que se afastam de fontes de calor
(negativo). Exemplo: piolhos, pernilongos
★ Fototropismo: Atração pela luz, ou repelidos em relação a luz. Ex.: pernilongo comum, o
culex, ataca a noite, são noturno, pois não toleram luz (fototropismo negativo). O aedes aegypti
têm fototropismo positivo, só ataca de dia. A Filariose linfática é transmitida durante o período
noturno.Parasitologia Médica - Aula 1 - 3°P - 03/08/2021 Caroline Rodovalho 104
★ Quimiotropismo: Atraídos ou repelidos por substâncias químicas corporais, como por
exemplo, hormônios, gás carbônico, substâncias que emanam e atraem os mosquitos, piolhos,
carrapatos. O repelente vem do princípio do quimiotropismo.
★ Tigmotropismo: Mudança de direção, ele tá na horizontal, se verticaliza, e se está na
vertical vai para a horizontal. Por exemplo: A larva do verme está no solo, vai sair da horizontal,
vai se verticalizar e vai penetrar na pele. Ex2: carrapato fêmea, quando grávida vai em direção
ao solo (vertical). Enquanto a larva do carrapato, vai subir no hospedeiro da horizontal para a
vertical.
Rhipicephalus Boophilus microplus-fêmea do carrapato do boi.
❖ A fêmea ingurgitada grávida pode pôr de 6 a 7 mil ovos;
❖ Tem uma grande capacidade reprodutiva;
❖ Quando ela chega ao solo, elimina os ovos, ela morre, nos ovos
eclodem as larvas que vão ser atraídos pela sua temperatura
corporal, termotropismo.
❖ Causando termotropismo, quimiotropismo, fototropismo, geotropismo,
pode ser negativo num momento e positivo no outro.
O mesmo parasito exerce diversos tipos de tropismo. Positivo em um
momento, negativo em outro.
Na imagem tem uma fêmea intacta, grávida, eliminando os ovos.
Ações do parasita sobre o hospedeiro:
❖ Correspondendo a essas ações estão as reações do organismo do hospedeiro que se
traduzem em sintomas.
AÇÃO ESPOLIADORA: O parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro,para a
sua alimentação. Dependência metabólica.
AÇÃO ENZIMÁTICA: Os parasitos produzem enzimas que possibilitam sua nutrição, resistência
à ação das enzimas do hospedeiro (antiquinases), etc.
AÇÃO TÓXICA: Alguns parasitos produzem enzimas ou metabólitos que podem causar reações
alérgicas, intoxicações, etc. no hospedeiro.
AÇÃO MECÂNICA: Alguns parasitos podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção
alimentar (provocar obstrução).
AÇÃO IRRITATIVA: A presença constante do parasito irrita o local parasitado, provocando
lesões através de seus órgãos de fixação.
AÇÃO TRAUMÁTICA: Provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora
vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. É a produção de lesões por
um parasita.
AÇÃO IMUNOGÊNICA: Os antígenos eliminados pelo parasito sensibilizam os tecidos do
hospedeiro aumentando a resposta imune que agrava a parasitose.Ex: Malária , Leishmanioses
e Doença de Chagas
AÇÃO INFLAMATÓRIA: O parasito ou produtos de seu metabolismo desencadeiam o fluxo de
células inflamatórias para o sítio do parasitismo. EX: ovos de Schistosoma mansoni -
granulomas
ANÓXIA: Grande consumo de oxigênio pelo parasito,por exemplo,pela lise de hemácias, produz
redução ou interrupção da oxigenação de tecidos ou de órgãos.Ex: Malária e Ancilostomose.
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