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TAREFA AVALIATIVA EMBRIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
TAREFA AVALIATIVA – 2020-1
Nome: Amanda Gonçalves Jesus da Silva 
1. Discorra sobre a origem embriológica das duas principais diferenças anatômicas entre o pulmão esquerdo e direito.
Os pulmões são dois órgãos esponjosos localizados dentro da caixa torácica. O pulmão direito é dividido em 3 partes, conhecidas como lobos. O pulmão esquerdo possui 2 lobos. O pulmão esquerdo é menor, porque o coração está localizado desse lado do corpo. As diferenças anatômicas dos dois pulmões podem ser explicadas pelo fato de a ramificação dos brotamentos bronquiais primários, que ocorre na 5ª semana de gestação, gerar três brotamentos bronquiais secundários no lado direito e dois no lado esquerdo. Esses brotamentos bronquiais secundários, por sua vez, originam três lobos pulmonares no pulmão direito e dois no esquerdo. Após essas etapas, o desenvolvimento das estruturas pulmonares prossegue de forma equivalente para ambos os pulmões. 
2. Descreva as fases da histogênese pulmonar.
O desenvolvimento dos pulmões é iniciado no 22° o dia, com a formação de uma evaginação ventral do endoderma do intestino anterior denominada divertículo respiratório. Esse brotamento se desenvolve na direção ventrocaudal através do mesênquima adjacente ao intestino anterior e, entre o 26° o e o 28° o dia, sofre uma primeira bifurcação, dividindose em brotamentos bronquiais (ou pulmonares) primários direito e esquerdo. Esses brotamentos são os primórdios dos dois pulmões e dos brônquios primários direito e esquerdo, enquanto a extremidade proximal (tronco) do divertículo forma a traqueia e a laringe. A partir desse momento, o desenvolvimento pulmonar é subdividido em 4 fases: pseudoglandular, canalicular, sacular e alveolar. 
Durante a fase pseudoglandular, a árvore respiratória sofre 14 gerações adicionais de ramificação, resultando na formação dos bronquíolos terminais, que consistem em tubos de paredes espessas circundados por um mesênquima denso. 
Na fase canalicular, cada bronquíolo terminal se divide em dois ou mais bronquíolos respiratórios. A vascularização respiratória começa a se desenvolver. Durante esse processo, os vasos sanguíneos se tornam intimamente justapostos ao epitélio pulmonar, e o epitélio pulmonar também começa a se diferenciar em tipos celulares especializados. 
A fase sacular começa aproximadamente no início do 7° o mês de gestação. Ela se caracteriza pelo adelgaçamento adicional dos tubos para formar numerosos sáculos (alvéolos primitivos) revestidos por pneumócitos dos tipos I e II. Esses sacos continuam a ser produzidos até boa parte da infância. 
Por fim, a fase alveolar, que se inicia por volta do último mês de gestação, é responsável pela maturação dos alvéolos. 
3. Discorra sobre a origem embriológica, conseqüências fisiológicas e o tratamento da Síndrome da Dificuldade Respiratória do Recém-nascido (membrana hialina).
A síndrome da angústia ou da dificuldade respiratória do Recém-nascido é causada pela deficiência do surfactante pulmonar nos pulmões do neonato, mais comumente dos bebês nascidos antes da 37ª semana de gestação. Essa síndrome não somente ameaça o bebê com uma asfixia imediata, mas também a frequência respiratória elevada e a ventilação mecânica necessárias para sustentar a respiração do bebê podem danificar o delicado revestimento alveolar, permitindo o extravasamento de fluido e proteínas celulares e séricas para o interior do alvéolo. A lesão continuada pode causar o descolamento da camada de células que reveste os alvéolos, um quadro denominado doença da membrana hialina. As complicações da SDR incluem hemorragia intraventricular, lesão da substância branca periventricular, displasia broncopulmonar, sepse e morte do neonato. As complicações intracranianas foram vinculadas à hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue arterial), hipotensão, oscilações na pressão arterial e baixa perfusão cerebral.
Os sintomas dessa síndrome incluem respiração rápida, difícil e ruidosa, que surge imediatamente ou poucas horas após o parto, acompanhados de retrações supra e subesternal e batimentos das aletas nasais (asas das narinas). As atelectasias (colapso do tecido pulmonar com perda de volume) e a insuficiência respiratória progridem, os sintomas pioram, com cianose, letargia, respiração irregular e apneia.
O diagnóstico da SDR pode ser feito no período pré-natal a partir de testes de maturidade pulmonar fetal, que são feitos no líquido amniótico por amniocentese. O diagnóstico pós-natal, por sua vez, inclui a realização de gasometria, que revela a hipoxemia, e radiografia de tórax, que revela as atelecsias difusas, comumente comparadas ao aspecto de vidro moído. O tratamento para a SDR consiste na administração de surfactante intratraqueal. Esse tratamento requer intubação endotraqueal, que também é necessária para alcançar ventilação e oxigenação adequadas. 
4. Explique por que uma estenose esofágica acarreta polihidrâmnio.
A estenose congênita do esôfago é uma anomalia congênita definida como um estreitamento intrínseco esofágico devido à má formação da parede esofagiana. Sua incidência varia de 1:25.000 a 1:50.000 nascidos vivos, com discreta predominância para o sexo masculino. Frequentemente está associada a outras anomalias congênitas, como a atresia de esôfago com ou sem fístula tráqueo-esofágica. A estenose causada por remanescentes traqueobrônquicos, também chamada coristoma ou heterotopia, é a mais frequente e ocorre quando o trato respiratório embrionário não se separa adequadamente do intestino primitivo, causando o sequestro de células precursoras do trato respiratório dentro da parede do esôfago por volta do 25º dia de gestação. Essa condição pode gerar o polidrâmnio, que corresponde ao aumento de volume do líquido amniótico. Isso porque o estreitamento esofágico, principalmente quando associado à atresia do esôfago (ausência de um segmento do esôfago, associado ou não à comunicação com a traquéia), impede que o feto engula o líquido amniótico e o devolva à mãe por meio da circulação placentária, o que leva a um excesso de líquido amniótico (polidrâmnio) e à consequente distensão do útero.

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