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•Jazielli Carvalho Sá de Oliveira •Luciana de Figueirêdo Lopes Lucena •Sebastião Luiz de Oliveira •Vera Lúcia Lopes de Castro INDICADORES A concepção e o uso de indicadores e índices, de diferentes tipos, são fundamentais para que se compreenda melhor a qualidade de vida nas cidades, o processo de desenvolvimento das sociedades, o grau de sustentabilidade e a dimensão dos impactos ambientais presentes. ▪ Um bom indicador é aquele: Em que você pode confiar, é útil e não muito caro; Precisa tratar de um tema relevante, Ter base na teoria (validade) Ter boa cobertura estatística, Ser sensível às mudanças do objeto mensurado, Ser específico para esse objeto, Ser de fácil entendimento para o público especializado (intelegibilidade de construção) e para o público em geral (comunicação), Ser periodicamente atualizado, Ser desagregável nas suas partes, Ter uma série histórica. Ex: ▪Taxa de analfabetismo no Brasil em 2006 era de 10,4% É um tema relevante e sua estatística também Qual o significado desse número? A taxa é alta ou baixa? Alta ou baixa em relação a quê?? ▪ Se há uma série histórica pode- se perceber que o indicador apresenta uma tendência declinante Historicidade e sensibilidade ▪ Ao comparar com outros países: é o dobro da do Chile e 4 x maior que a da Argentina Comparabilidade ▪ O combate ao analfabetismo requer identificar: quem é o analfabeto? Desagregabilidade e boa cobertura regional ▪ Levantamento pelo IBGE, que divulga a metodologia da pesquisa Confiabilidade, inteligibilidade da construção, factibilidade de obtenção, custo efetiva ▪ Todos sabem o que é o analfabetismo: Comunicabilidade e validade conceitual DEMOGRÁFICOS São importantes para a análise básica quanto à evolução de uma população, estabelecendo o seu perfil em diferentes épocas e, assim, viabilizando o processo de planejamento em várias escalas de tempo e espaço, e em múltiplos temas e grupos de interesse... •natalidade, •fecundidade, •mortalidade, •mortalidade infantil, •esperança média de vida, • população urbana e rural, •escolarização, •níveis de emprego e desemprego, etc 2013: 3.373 – 2016: 3.474 Urbana (2010): 2.46,9 Rural: 703,0 TAXA DE CRESCIMENTO 2001/2009: 1,56 2010: 59,99 ECONÔMICOS Representam dados ou informações “sinalizadoras” do comportamento (individual ou integrado) das diferentes variáveis e fenômenos componentes de um sistema econômico de um país, região ou estado. Auxiliam as tomadas de decisão dos agentes públicos (governo) e privados (empresas e consumidores). •PIB: o valor total da produção de bens finais e serviços gerados dentro dos limites geográficos de uma economia, durante um determinado período de tempo. • PNB: valor total de renda recebida pelos residentes domésticos, num determinado período de tempo. Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto PIB + RLFE = PNB, ou PNB – RLFE = PIB Onde: RLFE = (Rre – Ree) = Renda Líquida de fatores externos Com Rre = renda recebida do Exterior Ree = renda enviada ao Exterior PIB + (Rre – Ree) = PNB, ou PNB – Rre + Ree = PIB https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/04/pib-2019-ibge.htm https://images.app.goo.gl/urEykyPLA7NuCbeS8 ▪ PIB por setor Fonte: IBGE https://images.app.goo.gl/YSJVN799u5yU4nav5https://images.app.goo.gl/R2roXnwAgCS5EUks5 É obtido dividindo-se o PIB pela população considerada (país, estado, cidade ou região)...este era considerado o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país... Produto Interno Bruto Per Capita Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda total é dividida por muitas pessoas, como é o caso da Índia, China ou Brasil...de outra parte Suiça, Noruega e Dinamarca exibem um PIB moderado, mas que é suficiente para assegurar uma excelente qualidade de vida a seus poucos milhões de habitantes... ▪ As distorções quanto ao uso do PIB per capita para mensurar o nível de distribuição da renda entre os habitantes de uma região, ficam evidentes quando ocorre uma grande concentração da produção em uma ou poucas atividades econômicas, com fraca ou nenhuma integração/distribuição na sociedade (exemplos: produção de energia hidrelétrica, petróleo e gás, mineração, sal, carcinicultura, turismo, etc.); Exemplos do que esses indicadores revelam, ou deixam de revelar... (IBGE, dez. 2009): - 58,9 % do PIB do RN estão concentrados em cinco municípios (Natal, Mossoró, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Areia Branca); - maior PIB per capita do Brasil (do mundo?) – Cascalho Rico (MG) - R$ 289,8 mil/hab/ano – pop. de 2,6 mil habitantes – atividade produtiva principal: produção de energia hidrelétrica – 3ª maior usina de MG; e IDH-M de 0,788!!! - maior PIB per capita do RN – Guamaré, com R$ 110.932,38 mil/hab/ano – pop. de 12,5 mil habitantes – atividades produtivas principais: produção e refino de petróleo e gás, e carcinicultura; e IDH-M de 0,63!!! PROBLEMAS COM O PIB •Muitas atividades econômicas ficam de fora •mercado informal; •transações não comerciais com origem em atividades produtivas que não ocorrem dentro do mercado – produção para consumo próprio ou da família, •serviço voluntário, •trocas de produtos e serviços inclusive na internet,etc; •benefícios sociais alocados pelos governos – como saúde e educação; •etc.); • Ignora, também, a presença de externalidades (efeitos não contabilizados pelo mercado), como, por exemplo, danos ao meio ambiente. • Assim, no limite, um país que cortar e vender todas suas árvores terá um aumento em seu PIB, mesmo que os efeitos sociais sejam negativos devido à poluição, perda de biodiversidade, área de lazer, etc. (vide situação do Haiti, Indonésia, com o desmatamento, ou mesmo da indústria cerâmica no Seridó x Caatinga); ▪ (Homenagem ao estatístico italiano Corrado Gini, que o criou e publicou pela primeira vez em 1912)... ▪ Utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda e é expresso em pontos percentuais entre 0 e 100, onde ▪ O 0 corresponde à completa igualdade de renda (todos têm a mesma renda) e ▪ 100 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm); Qualidade de vida Coeficiente ou índice de Gini ▪ Criado pelo PNUD em 1990, e medido anualmente, de acordo com disponibilidade de dados) é um índice que serve de comparação entre 182 Estados que fazem parte da ONU, com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida às populações. ▪ Escala de Medida: de 0 a 1. IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) educação [média de anos de estudo da população adulta (25 anos ou mais), número esperado de anos de estudos (expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada, se os padrões atuais se mantiverem ao longo de sua vida escolar)], longevidade (expectativa de vida da população) e renda (Renda Nacional Bruta (RNB) per capita) Variáveis Consideradas Novo: ▪ A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. ▪ Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, ▪ o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento, ▪ o terceiro grupo é o de médio e ▪ os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano. Como está o Brasil atualmente? (Em 2010) ▪ o IDH brasileiro teve um ganho de 7,6% (73ª maior variação numa lista de 137 países). ▪ O progresso foi mais rápido que o latino-americano (6,6%) e mais lento que o global (9,3%). ▪ De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% (92º mais veloz em uma lista de 169 países e territórios). 2014 0,744 Adaptado a partir da metodologia do PNUD). O projeto pioneiro no mundo, em parceria com o PNUD, foi conduzido pela Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais, em 1997, desagregando os dados municipais e apresentando o IDH-M dos municípios mineiros. Desde 2001, incluindoo IPEA na parceria vêm sendo publicadas versões do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, analisando todos os municípios brasileiros. IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) CONTINUAMOS NA PRÓXIMA AULA COM INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
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