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Anti-histamínicos Histamina • Amina sintetizada em 1907 e encontrada em tecidos mamíferos e venenos; • Faz parte dos autacoides – Prostaglandinas e leucotrienos, citocinas e peptídeos endógenos; • Mediador de reações alérgicas imediatas e respostas inflamatórias; • Baixa ação anafilática; • Ligada a secreção de ácido gástrico; • Presente em todos os tecidos – Principalmente na mucosa brônquica e intestinal, pele e vasos sanguíneos. Produção, armazenamento e degradação É produzida a partir do aminoácido histidina, através da enzima L-histidina- descarboxilase, expressa em basófilos, mastócitos e outros tecidos produtores da substância. A histamina fica armazenada em grânulos que possuem pH ácido. Isso permite que a substância interaja com diversas proteínas nos grânulos e fique na forma inativada. Somente quando é liberada é capaz de produzir resposta alérgica. Essa substância é rapidamente degradada pelas enzimas N-metiltransferase, presente no fígado, e Diaminoxidase. A partir da N-metiltransferase, é formada N- metil-histamina e por fim, ácido acético n-metilimidazol pela enzima monoaminoxidase B (MAO-B). Já a diaminoxidase origina o ácido imidazolacético e, pela ação de uma ribose e da enzima fosforribosiltransferase é formado o ribosídeo do ácido imidazolacético, capaz de ser excretado. Reação alérgica Um alérgeno, como pólen ou uma picada, estimula a produção da imunoglobulina E, o IgE, que se liga na superfície de mastócitos e basófilos. Essas células ficam então sensibilizadas. Assim, quando o organismo é exposto novamente ao alérgeno, ele é capaz de se ligar ao receptor presentes nas superfícies das células sensibilizadas. Esses receptores são do tipo tirosina cinase, causando uma fosforilação interna que promove o processo de degranulação, com liberação de histamina, responsável pela reação alérgica de hipersensibilidade do momento, e outros mediadores, como proteases e citocinas inflamatórias. Além disso, em segundo momento, ocorre modificação da expressão proteica e ativação da fosfolipase A, que é muito importante no processo inflamatório, uma vez que é capaz de clivar fosfolipídeos de membrana, formar o ácido araquidônico, que pode formar prostaglandina ou leucotrienos. Os sinais cardinais da reação alérgica são: Edema, rubor, sensação de calor e dor. Os anti-histamínicos são eficazes em situações iniciais, como uma urticária, porém não funcionam de maneira satisfatória em situações que já houve produção excessiva de leucotrienos e prostaglandinas, como é o caso da asma e do choque anafilático. Ação da histamina no organismo Uma vez liberada pelos bastócitos e mastócitos ativados, a histamina pode atuar em diferentes regiões do organismo. A resposta em cada tecido depende da quantidade dessas células presentes no local. Os mastócitos são predominantes em nariz, boca, pés, superfícies corporais internas e vasos sanguíneos. • Pele – Coceira, inchaço; • Ação quimiotática – Estimula a ativação e recrutamento de outras células inflamatórias que estão na região; • Estimula o processo de coagulação sanguínea; • Processo de bronco-constrição e secreção de muco – Motivo pelo qual os anti- histamínicos podem causar um leve alívio em casos de asma, porém sozinhos não são eficientes; • Aumento da liberação de peptídeos por nervos de resposta inflamatória – Ação pré-sináptica que aumenta tal liberação e ativação de nervos envolvidos no processo de dor, assim ocorre ativação à nível do sistema nervoso central; • Dilatação das veias e aumento da permeabilidade de vasos e capilares – Permite o maior recrutamento das células inflamatórias; • Inibe a liberação de linfócitos T e B; • Estimula a produção de HCl pelo estômago e aumento da peristalse a nível intestinal; • Liberação de adrenalina. A liberação de histamina pelos bastócitos e mastócitos pode ocorrer sem sensibilização prévia a partir de moléculas estimuladoras e, no caso de aminas, aumentar a liberação: • Tubocurarina (amina); • Suxametônio; • Morfina (amina); • Alguns antibióticos; • Uso de contraste. Ocorre todo o processo de uma reação alérgica: • Sensação de queimação e prurido nas palmas das mãos, face, couro cabeludo e orelhas; • Calor intenso; • Pele avermelhada em placas; • Queda da pressão arterial; • Aumento da frequência cardíaca; • Dor de cabeça; • Urticária; • Cólica; • Hipersecreção gástrica; • Broncoespasmo. A histamina possui processo de retroalimentação negativa. Assim, quando há um grande aumento, ocorre resposta de inibição de secreção da própria substância. O processo acontece em todos os basófilos e nos mastócitos da pele, não atuando nos mastócitos dos pulmões. Porém, dependendo da sensibilização do organismo, a retroalimentação não é funcional. Receptores de histamina São receptores acoplados à proteína G. Apresentam atividade intrínseca em alguns tecidos, assim, mesmo sem a presença de histamina, o receptor é capaz de gerar uma resposta. Até o momento foram identificados quatro receptores: Receptor Distribuição Mecanismo pós receptor H1 Músculo liso, endotélio, cérebro. Gq (+IP3, DAG e Ca2+) H2 Mucosa gástrica, músculo cardíaco, mastócitos, cérebro. Gs (+AMPc) H3 Autorreceptores e heterorreceptores pré- sinápticos: cérebro, plexo mioentérico, outros neurônios. Gs (-AMPc) H4 Eosinófilos, neutrófilos, células TCD4+ Gs (-AMPc) Quase não há semelhança entre os receptores H1 e H2, sendo os últimos mais parecidos com os receptores β2. Assim, o H2 é capaz de ativar também Gq. Receptores H1 • Estímulo e liberação de citocinas pró-inflamatórias por diferentes células e tecidos. • Nível central: ➢ Estimulante das terminações nervosas para dor e prurido - Resposta urticariforme; ➢ Despolarização das terminações nervosas aferentes - Resposta da dor; ➢ Controle dos neurônios respiratórios; ➢ Controle de apetite e saciedade – Os bloqueadores de H1 podem causar aumento de apetite; ➢ Aumenta a vigília; ➢ Função neuroendócrina. • Nível vascular e cardíaco: ➢ Aumento da frequência cardíaca – Ação direta e taquicardia reflexa; ➢ Diminuição da pressão arterial – Vasodilatação e esfíncter pré-capilar, o que causa edema, rubor e sensação de calor; ➢ Ação endotelial – Ativam via de RhoA e ROCK, que leva a contração da actina e miosina das células endoteliais, causando sua contração. Nesse movimento, as células se separam e permite o extravasamento de líquido, com diminuição do volume e consequentemente da pressão arterial; ➢ Estimula a liberação de óxido nítrico (NO) pelo endotélio – Maior vasodilatação devido ao aumento de GMPc, que causa menor interação entre actina e miosina e consequente relaxamento; ➢ Maior expressão de moléculas de adesão – Recrutamento de linfócitos; ➢ Retarda a condução átrio-ventricular. • Nível pulmonar: ➢ Bronco-constrição; ➢ Bronco-constrição neuronal em pacientes com asma. Receptores H2 • Nível central: ➢ Analgesia; ➢ Projeções neurônios histaminérgicos. • Nível gástrico: ➢ Maior secreção gástrica de HCl; ➢ Maior secreção de gastrina; ➢ Maior secreção de fator intrínseco. • Nível vascular cardíaco: ➢ Ação direta no aumento da frequência cardíaca – Contratilidade e marca passo; ➢ No músculo liso vascular causa aumento do AMPc intracelular, causando vasodilatação de início lento, quando comparado com o NO, porém mais persistente. Receptores H3 • Nível central: ➢ Modulação da liberação de neurotransmissores. • Nível gástrico: ➢ Diminuem o AMPc cíclico no músculo liso, causando contração do íleo, o que pode levar à diarreia. Receptores H4 • Quimiotaxia; • Alteração no formato celular; • Secreção de citocinas pró-inflamatórias – Eosinófilos, linfócito T, mastócito, monócito. Histamina e secreção gástrica Agastrina é o principal estimulador da síntese ácida. Toda vez que ocorre basificação do pH gástrico, ocorre aumento da síntese e liberação desse hormônio, bem como a presença de proteínas e distensão do lúmen. A gastrina, através da microcirculação local chega até o fundo e corpo gástrico e pode agir de dois modos distintos, porém, para esse tópico somente um será abordado. Quando atua de forma direta, a gastrina age nos seus receptores presentes na célula parietal, e de forma indireta, quando age na célula ECL, de maneira a aumentar a síntese e liberação de histamina, que se liga aos seus receptores H2 na célula parietal. A histamina atua na via da bomba de prótons, um trocador de prótons, que entram na célula, e potássio, quem sai da célula. Na célula parietal também existe o trocador sódio e cloreto, que permite a entrada de Cl-. Quando há próton e cloreto na célula, ocorre formação do ácido clorídrico. Reação tríplice de Lewis Ocorre quando há injeção direta de histamina no paciente. 1. Vermelhidão no local de aplicação – Vasodilatação direta por H1; 2. Erupção e eritema (maior que 1 cm) – Estímulo do reflexo axonal; 3. Pápula ou área endemaciada (1 a 2 minutos na região) – Aumento da permeabilidade celular por H2. Antagonistas de histamina • Antagonista fisiológico – Epinefrina; • Inibidores de liberação – Inibem a liberação após interação antígeno IgE; • Antagonistas dos receptores histamínicos: ➢ Antagonistas de H1; ➢ Antagonistas de H2. Antagonista ou agonista inverso dos receptores H1 São comercializados como OTC, ou seja, não existe necessidade de prescrição para compra. Se ligam de forma reversível aos receptores, e, pela ação agonista inversa, desligam os receptores. São divididos em dois grupos, o de 1ª geração e o de 2ª geração. • 1ª Geração: ➢ Sedativo; ➢ Tendência de bloquear os receptores autônomos; ➢ Permeáveis a barreira hematoencefálica (BHE). • 2ª Geração: ➢ Menos sedativos; ➢ Atravessam pouco a barreira hematoencefálica; ➢ As moléculas são mais hidrofílicas e sofrem efluxo caso atravessem. Os fármacos são: Alcaftadina, Azelastina, Bepotastina, Cetirizina, Cetotifeno, Ciclizina, Ciproeptadina, Corfeniramina, Desloratadina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Emedastina, Fexofenadina, Hidroxizina, Levocetirizina, Loratadina e Meclizina. Características • Aminas estáveis; • Rápida absorção oral; • Alta biodisponibilidade; • Grande distribuição: ➢ 1ª Geração: Penetram barreira hematoencefálica; ➢ 2ª Geração: Não atravessam a BHE por serem hidrofílicos e por serem substrato da bomba efluxo da BHE para a proteína P; ➢ Podem ficar armazenados na pele; • Metabolização pela CYP450 ➢ 2ª Geração: CYP3A4 – Grande risco de interação medicamentosa; ➢ Formam metabólito ativo: Hidroxizina, terfenadina e loratadina → Cetirizina, fexofenadina e desloratadina (também comercializados); • Excreção: ➢ Cetirizina e levocetirizina (enantiômeros) – São excretados inalterados na urina, não sofre metabolização; ➢ Fexofenadina – É excretado inalterado nas fezes, não sofre metabolização; • Duração de efeito de 4 a 6 horas ➢ Meclizina e 2ª Geração: 12 a 24 horas; • Início de ação 1 a 3 horas. Atuação • Competidores reversíveis de histaminas e/ou agonistas inversos; • Alguns apresentam baixa ligação com H3 e quase nenhuma com H2; • Bloqueio eficiente na contração do músculo liso bronquiolar e intestinal; • Não afeta a liberação de ácido gástrico e a frequência cardíaca; • Efeito leve na inibição da bronco-constrição, não sendo relevante para o tratamento de asma. O principal uso é atuar na resposta alérgica do organismo. Ocorre bloqueio dos receptores H1 a nível endotelial, com diminuição da permeabilidade vascular e vasodilatação, com consequente diminuição do edema. Também há bloqueio dos receptores H1 nos nervos, diminuindo a sensação de dor e a resposta estimulatória da região. Como são agonistas inversos, esses fármacos bloqueiam todos os receptores, impedindo a ligação da histamina nos receptores H1. Assim, não ocorre ativação da proteína Gq, não há ativação da fosfolipase C e formação de IP3 e DAG, consequentemente não há liberação de cálcio. Sem a presença do cálcio, as células lisas vasculares não se contraem e os mastócitos e basófilos não são capazes de sofrer degranulação, com liberação de histamina e outros mediadores, e não sofrem modulação na expressão gênica. Assim, o bloqueio da histamina ocorre de maneira direta nas células e de maneira indireta, uma vez que a substância não é liberada e então não é capaz de agir em outras células. • Interação medicamentosa ➢ Inibidores CYP3A4: Cetoconazol, itraconazol e antibióticos macrolídeos – Risco de arritmia ventricular potencialmente fatal; Os bloqueadores H1 terfenadina e astemizol foram retirados do mercado devido ao maior risco de seus subprodutos causarem arritmia ventricular; Os bloqueadores de 2ª geração também podem causar a arritmia quando em alta concentração plasmática ou em associação. ➢ Suco de grapefruit (toranja). 1ª Geração Uma vez que atravessam a BHE, são capazes de se ligar também a receptores colinérgicos, muscarínicos, adrenérgicos, serotoninérgicos e anestésicos gerais. Por esse motivo, acabam sendo usados para outros propósitos além de reações alérgicas. Receptor Efeitos (-) Histamina H1 Diminuição da inflamação alérgica, prurido, espirros e rinorreia; menor desempenho cognitivo e psicomotor; diminuição da neurotransmissão no SNC; aumento da sedação e do apetite. (-) Serotonina Aumento do apetite. – Principalmente a ciproeptadina. (-) α adrenérgicos Aumento da hipotensão, tontura e taquicardia reflexa. – Principalmente a prometazina. (-) Colinérgicos Aumento da xerostomia, retenção urinária e taquicardia sinusal. • Sedação ➢ Causada principalmente por difenidramina, doxilamina, doxepina e prometazina; ➢ A resposta varia entre pacientes e grupos; ➢ Causam muita sonolência; ➢ Possui efeito antimuscarínico; ➢ Em algumas crianças causa efeito rebote inicial de agitação; ➢ Em casos de elevada ingestão e intoxicação pode causar coma – Ocorre principalmente em crianças em fase de amamentação, pela ingestão da mãe. • Antinauseante e antiemético ➢ Principalmente difenidramina e prometazina, porém ciclizina, meclizina e prometazina também apresentam esse efeito; ➢ Pode ser administrado em dupla, é o caso do difenidrinato, que contém difenidramina e teofilina; ➢ Prevenção de cinetose e distúrbios vestibulares, não funcionam bem na reversão do quadro; ➢ Ação central de bloqueio H1 e M1. • Efeito antiparkisoniano ➢ Difenidramina; ➢ Inibe o efeito extrapiramidal antipsicóticos. • Anestésico local ➢ Difenidramina e prometazina; ➢ Bloqueiam o canal de sódio em membrana excitável de neurônios; ➢ Usados quando há reações adversos aos anestésicos. • Bloqueio da glicoproteína P ➢ Terfenadina e acrivastina; ➢ Tratamento de células tumorais que são resistentes a outros fármacos devido à ação da glicoproteína P; ➢ Ainda em estudo. • Interação medicamentosa ➢ Inibidores de MAO: Maiores efeitos anticolinérgicos; ➢ Diminuição da ação de inibidores da acetilcolinesterase devido à ação antimuscarína; ➢ Depressores do SNC e álcool. • Contraindicações ➢ Glaucoma; ➢ Hiperplasia prostática; ➢ Gravidez e lactação. • Efeitos adversos – Quando administrado como tratamento de reação alérgica: ➢ Diminuição da atividade do SNC – Atenção, cognição, memória e aprendizado; ➢ Estupor, fadiga e visão embaçada; ➢ Inquietação – A difenidramina causa hiperatividade paradoxal em criança, principalmente lactentes; ➢ Boca seca e retenção urinária; ➢ Taquicardia sinusial; ➢ Cefaleia; ➢ Vasodilatação que leva ao quadro de hipotensão postural;➢ Aumento do apetite e ganho de peso; ➢ Arritmia ventricular; ➢ Náusea, vômito, desconforto gastrointestinal, diarreia e constipação. • Intoxicação aguda ➢ Alucinação; ➢ Ataxia; ➢ Perda de coordenação motora; ➢ Convulsão; ➢ Pupila dilatada; ➢ Taquicardia sinusial; ➢ Retenção urinária; ➢ Boca seca; ➢ Febre; ➢ Colapso cardiorrespiratório; ➢ Morte; ➢ Reverter com paliativos e carvão ativado. • Usos ➢ Reações alérgicas; ➢ Urticária – Lesões urticariformes e edematosas; ➢ Rinite alérgica – Febre do feno. São usadas preparações nasais; ➢ Alergias de conjuntivite – Prepações oftálmicas; ➢ Enjoo e náusea de movimento; ➢ Asma – Pouco efetivo; ➢ Dermatite atópica. 2ª Geração São mais hidrofílicos e são substratos das bombas de efluxo da glicoproteína P, por isso possuem ação central muito diminuída, já que não atravessam a BHE. São mais caros, e preferencialmente usado em crianças e idosos. Muito eficientes em formato de colírio, para tratar conjuntivite alérgica. Os fármacos de 2ª Geração são: dibenzoxepinas tricíclicas (olopatadina, cloridrato), alquilaminas (acrivastidina), piperazinas (cetirizina, levocetirizina), piperidinas (alcaftadina, bepostatina, desloratadina, fexofenadina, cetotifeno, fumarato, loratadina) e outros fármacos (azelastina, emedastina, epinastina). Atuam em: • Bloqueio da liberação de histamina e citocinas pro-inflamatórias; • Inibição das moléculas de adesão; • Inibição da infiltração. • Efeitos adversos (podem estar presentes nos bloqueadores de 1ª Geração): ➢ Pouco comum: Dermatite alérgica; Reações de hipersensibilidade – Farmacogênia e fotossensibilização. ➢ Raras: Leucopenia; Agranulocitose; Anemia hemolítica. ➢ Risco em mulheres grávidas porque atravessam a placenta – Doxilamina + Vitamina B6. • Usos ➢ Rinite alérgica; ➢ Urticária crônica – Altas doses; ➢ Urticária pigmentosa; ➢ Mastocitose cutânea. Resumo dos usos da 1ª e 2ª Gerações Fármaco 1ª Geração Acentuado potencial para produzir sedação Utilizado no tratamento de doença do movimento Bronfeniramina X Clorfeniramina X Ciclizina X Ciproeptadina X Difenidramina X X Dimenidrinato X Doxilamina X Hidroxizina X X Meclizina X Prometazina X X Fármaco 2ª Geração Baixo potencial para produzir sedação Não sedativo Acrivastina X Cetirizina X Desloratadina X Fexofenadina X Levocetirizine X Loratadina X Bloqueadores de H2 São eles: Cimetidina, famotidina, nizatidina e ranitidina. No estômago, bloqueiam os receptores H2 presentes nas células parietais. Com isso, não há ativação de AMPc e não há estímulo das bombas de próton na membrana celular. Assim não ocorre acidificação do meio gástrico. Características • Baixa afinidade aos receptores H1; • Inibidores da secreção ácido-gástrico; • Tratamento de úlcera e pirose; • Diminuição de 90% da secreção gástrica noturna, basal e estimulada por alimento; • Antagonistas competitivos reversíveis. Tratamento • Úlcera péptica por Helicobacter pylori e AINES; • Úlcera de estresse agudo – Realização infusão intravenosa; • Mais efetivo na prevenção e tratamento de queimação – O efeito é lento, porém prolongado. Farmacocinética • Alta distribuição; • Atravessa a placenta e chega ao leite materno; • Excreção renal. Efeitos adversos • Bem tolerados; • Paciente idoso ou infusão intravenosa rápida – Confusão mental; • Cimetidina causa efeitos endócrinos (ação antiandrogênica) – Ginecomastia e galactorreia. Interação medicamentosa • Fármacos que precisam de ambiente ácido para serem absorvido, como o cetoconazol; • Cimetidina bloqueia as CYP, interagindo com vários fármacos que são metabolizados por essa enzima.
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