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Avaliação Membro Superior e Membro Inferior

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Avaliação Membro Superior 
1. Observação geral: Evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou 
crepitação. 
2. Exame físico: A cintura escapular e o membro superior devem ser examinados nas vistas anterior, 
posterior e lateral, comparando um lado com o outro. 
Observar e palpar os pontos de referência ósseos, incluindo a articulação 
esterno-clavicular, a clavícula e a articulação acromioclavicular e o processo 
coracoide, incluindo a coluna torácica, a escápula e as estruturas de tecidos moles, 
como a parte superior do músculo trapézio, músculos supra-espinal, infraespinal, 
redondo maior e menor e deltoide. Palpar os tendões do supraespinhal, além do 
tendão da porção longa do bíceps braquial, com o ombro rodado lateralmente. 
Palpar também os linfáticos axilares. 
 Examinar as faces anterior, medial e lateral do cotovelo; 
 Contornos ósseos e de tecidos moles do braço e antebraço devem ser comparados bilateralmente e 
qualquer desvio deve ser observado. 
 Observar qualquer tumoração ou derrame articular localizado e verificar alterações vasomotoras, 
sudomotoras, pilomotoras e tróficas. 
 A palpação deve ser criteriosa em artéria braquial, tendão do bíceps e cabeça do rádio; epicôndilo 
medial, ligamento colateral medial e o nervo ulnar; epicôndilo lateral e ligamento colateral lateral e 
o olecrano com o tendão tricipital na face posterior. 
 No punho e mão, observar qualquer edema, hipertermia e alteração de coloração em punho; 
hipertrofia dos dedos, presença de nódulos; observar deformidades rotacionais ou anguladas dos 
dedos e observar as unhas. 
 
 Mobilidade dos segmentos: se forem identificadas limitações na adm articular, deverá ser realizado 
um teste goniométrico específico. Realizar movimento articular ativo e passivo, então, o 
fisioterapeuta deve observar: 
 - quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; 
 - se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; 
 - a quantidade de restrição observável; 
 - o padrão de movimento; 
- o ritmo e a qualidade do movimento; 
- o movimento das articulações associadas; 
- qualquer limitação e sua natureza. 
 
 
 
 Movimento do Jogo articular da cintura escapular: o teste para folga articular determina a 
integridade da cápsula. A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada 
(decoaptação aberta), na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é 
menor. 
 • Deslizamento do úmero para trás e para frente; 
 • Distração do úmero; 
 • Deslizamento caudal (tração longitudinal do braço); 
 • Deslizamento do úmero em abdução para trás; 
 • Distração lateral do úmero em abdução; 
 • Movimentos anteroposteriores e craniocaudais da clavícula na articulação acromioclavicular; 
 • Movimentos anteroposteriores e craniocaudais da clavícula na articulação esterno clavicular; 
 • Movimento geral da escápula para determinar a sua mobilidade. 
 Extensão do eixo longitudinal no punho e dedos (articulações carpometacarpais, 
metacarpofalangeanas e interfalangeanas): 
 • Deslizamento anteroposterior no punho e dedos; 
 • Inclinação lateral do punho; 
 • Deslizamento anteroposterior nas articulações intermetacarpais; 
 • Rotação; 
 • Mobilidade individual dos ossos do carpo. 
 Testes de comprimento muscular: A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) 
consiste em determinar se a ADM que ocorre em uma 
articulação é limitada ou excessiva em virtude das 
estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que 
cruzam as articulações. O comprimento do músculo é 
determinado pela distância entre as extremidades 
proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito 
sobre a ADM da articulação. 
 
 
 
 
 Testes musculares manuais 
A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas outras limitações 
articulares ou musculares (encurtamentos, impedindo ou dificultando o movimento). Avaliar a 
graduação em força muscular dos músculos envolvidos nos movimentos de flexão e extensão de 
ombro, abdução e adução de ombro, rotação medial e lateral de ombro, flexão e extensão de 
cotovelo, prono-supinação de antebraço, flexão e extensão de punho, mão e dedos. 
 
 Testes clínicos especiais 
• Teste de coçar de Apley: proporciona uma avaliação 
funcional rápida e inespecífica da mobilidade da cintura escapular. 
• Teste de Yergason: determina se o tendão do bíceps está 
estável no interior do sulco Intertubercular. 
• Teste de queda do braço: 
detecta se existe ruptura do 
manguito rotator. 
• Teste ligamentar de 
cotovelo: movimento em estresse em valgo e ligamento colateral ulnar – 
medial e em estresse em varo para avaliar ligamento colateral radial – 
lateral. 
• Teste para epicondilite lateral (cotovelo do tenista): solicite uma 
extensão de punho com fechamento da mão. Haverá presença de dor na 
inserção proximal comum dos extensores do punho – epicôndilo lateral. 
• Teste para epicondilite medial (cotovelo do golfista): solicite uma 
flexão de punho com fechamento da mão. Haverá presença de dor na 
inserção proximal comum dos flexores do punho, mão e dedos – 
epicôndilo medial. 
 • Teste para disfunção neurológica (sinal de Tinel): para detectar a 
presença de neuroma situado em um nervo. Percussão no nervo ulnar (entre o epicôndilo medial e 
olécrano) provocando uma sensação de formigamento ao longo do antebraço até a distribuição ulnar na 
mão. 
• Síndrome do túnel do carpo: pode-se confirmar o 
diagnóstico percutindo o ligamento volar do carpo (sinal de 
Tinel) ou flexionando o punho do indivíduo ao máximo com 
manutenção de 1 minuto (teste de Phalen) ou estendendo o 
punho do indivíduo solicitando flexão de dedos (teste de 
Phalen oposto) com formigamento dos dedos polegar, 
indicador, médio e metade anular do anular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Membro Inferior 
1. Observação e triagem: o exame deverá ser global, envolvendo articulações adjacentes, avaliação 
postural e da marcha, evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade, estalido ou 
crepitação. O tornozelo e o pé devem ser avaliados nas posições com e sem sustentação de peso. 
2. Exame físico: São observados os seguintes aspectos nas vistas anterior, posterior 
e lateral: 
• Postura: observar obliquidade pélvica; 
• Observar simetria de sustentação de peso; 
• Equilíbrio: verificar o controle proprioceptivo nas articulações avaliadas; 
• Observar posições dos membros se são iguais e simétricas; 
• Cor e textura da pele, cicatrizes, fístulas, etc; 
• Anormalidade dos contornos ósseos e dos tecidos moles; 
• Identificação de joelho valgo e de joelho varo; joelhos hiperestendidos; 
• Anormalidades patelares: patela alta, patela baixa e patelas medializadas; ângulo Q; 
• Marcha: notar alterações no comprimento do passo, velocidade da marcha, cadência ou desvio 
linear e angular; 
• Observar a presença de movimentos anormais da patela, pelve, quadril e tornozelo; 
• No pés, investigação minuciosa de vesículas, descolorações, escaras, trofismo de pele, edemas 
(problemas cardíacos, linfáticos); 
• Compara-se cada área bilateralmente, observando-se o trofismo muscular e o contorno da 
anatomia local; 
• Inspecione a aparência externa do sapato e do pé; 
• Avaliar o contorno e a forma geral do pé (pé varo, pé plano, pé pronado – retropé e antepé); 
 • Verificar alteração vasomotora, incluindo perda de pelos no pé, alterações nas unhas do pé. 
Durante a palpação do quadril e músculos associados, o fisioterapeuta deve observar qualquer dor à 
palpação, temperatura, espasmo muscular ou outros sinais e sintomas. 
Palpar: crista ilíaca, trocânter maior, EIAS e EIPS, articulação do quadril e sínfise púbica; túber isquiático, 
articulações sacroilíacas e lombossacrais. 
No joelho: palpar o joelho estendido (patela, tendão patelar, superfície cartilaginosa dapatela, músculo 
quadríceps e sartório, ligamento colateral medial e pata de ganso, tensor da fáscia lata, trato iliotibial e 
cabeça da fíbula. Com o joelho flexionado, linha articular tibiofemural, platô tibial, côndilos femorais e 
músculos adutores. Palpar também músculos posteriores da coxa e gastrocnêmio. 
Nos pés: se atentar para: diferença de tensão e textura dos tecidos, diferença na espessura dos tecidos, 
edemas intracapsular ou extracapsular, anormalidades ou deformidades, variações de temperatura, pulsos, 
tremores e fasciculações. Deverá palpar os ossos do tarso, metatarsos e falanges. Pesquisar malélo medial e 
lateral, com seus ligamentos e tendão do calcâneo. 
 
Mobilidade segmentar: O fisioterapeuta deve observar: 
• Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; 
• Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; 
• A quantidade de restrição observável e perceber a sensação final do movimento. 
• O padrão de movimento 
• O ritmo e a qualidade do movimento 
• O movimento das articulações associadas 
• Qualquer limitação e sua natureza. 
 
 
 
 
Movimento do jogo articular: O teste para folga articular determina a integridade da cápsula. A folga 
articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação aberta), na qual a frouxidão da 
cápsula e dos ligamentos é maior e o contato ósseo é menor. 
• Deslizamento caudal do fêmur (tração longitudinal da perna ou extensão no eixo longitudinal) 
• Compressão; 
• Distração lateral do fêmur; 
• Deslizamento para trás da tíbia sobre o fêmur; 
• Deslizamento para a frente da tíbia sobre o fêmur; 
• Translação medial da tíbia sobre o fêmur; 
• Translação lateral da tíbia sobre o fêmur; 
• Deslocamento medial e lateral da patela; 
• Depressão da patela; 
• Movimento anteroposterior da fíbula sobre a tíbia; 
• Decoaptação, deslizamento posterior e anterior talocrural; 
• Decoaptação e deslizamento distal subtalar; 
• Deslizamentos dorsal e plantar calcaneocuboide. 
 
 Comprimento muscular: a finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste 
em determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em virtude das estruturas 
articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as articulações. 
 
 
 
Testes clínicos especiais: 
• Sinal de Trendelenburg: discrepâncias no comprimento dos 
membros inferiores. É encontrado também em pessoas com fraqueza da 
musculatura abdutora do quadril. É dito positivo se, quando o quadril de um 
paciente que está de pé sustentado por somente uma perna, cai para o lado 
da perna levantada. A fraqueza é presente no lado da perna em contato com 
o chão. 
• Teste de Ely: o teste de Ely é utilizado para avaliar a espasticidade ou 
encurtamento do reto femoral. 
• Teste de Thomas: este teste serve para avaliar se o paciente tem encurtamento do músculo ílio 
psoas. 
 
• Teste de Ober: avalia o encurtamento dos músculos iliotibiais. A manobra consiste na realização da 
abdução e extensão passiva da articulação coxofemoral com o paciente em decúbito lateral e com o joelho 
fletido. Se o membro permanecer bloqueado na posição abduzida com o joelho em flexão, o teste será 
positivo (músculos tensor da fáscia lata e banda Iliotibial retraídos) indicando encurtamento do trato 
iliotibial. 
• Teste de Gaenslen: avalia articulação sacroilíaca pelo movimento de contração. A manobra pode ser 
realizada com o paciente em decúbito dorsal ou lateral. O teste é executado forçando a extensão do membro 
inferior de um lado, enquanto a pelve do lado oposto é estabilizada pelo próprio paciente que mantém o 
membro inferior fletido e abraçado junto ao tronco. O paciente pode referir dor caso haja doença na 
articulação sacroilíaca. 
 
• Lesões do menisco ou ligamentar: teste de compressão 
(avalia lesão meniscal), descompressão (avalia lesão ligamentar) de 
Apley. 
 
• Lesões ligamentares em joelho: avalia lesões em ligamentos 
cruzados anterior (LCA) e posterior (LCP) – e lesões em ligamentos 
colateral medial e lateral.

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