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aprofundamento-história-Revolução Francesa e Napoleão-12-05-2021-2c90ea001450a443668022b89a5fd0cb

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1 
História 
 
Revolução Francesa e Napoleão 
Teoria 
 
A crise do Antigo Regime 
A ordem política que dominou a França até o século XVIII ficou conhecida como o Antigo Regime. Apoiada 
em um rei absolutista, em uma corte repleta de privilégio, na manutenção dos direitos feudais e com apoio do 
clero, o Antigo Regime representava tudo o que o iluminismo e a burguesia eram contra. Ainda que essa nova 
classe social se tornasse poderosa economicamente, o poder político e a participação nas decisões do 
Estado ainda eram privilégios do rei e da nobreza. 
Tendo em vista o funcionamento dessa sociedade, vale destacar que, para a manutenção desses privilégios, 
das riquezas e do próprio direito divino do rei, não bastava a centralização do poder ou o monopólio do Estado 
e da violência. Para manter essa estrutura, era necessário a existência também de certos equilíbrios e de 
condições mínimas para a sobrevivência dos súditos. 
Assim, a Revolução Francesa, portanto, desencadeou-se em uma 
conjuntura que, além da difusão do pensamento iluminista, contou 
também com uma grave crise do Estado francês. Os fenômenos 
climáticos e os obsoletos feudos não produziam alimentos em grande 
quantidade para a população que crescia, gerando uma crise alimentícia 
na França. Os altos preços do trigo impediam o acesso dos mais pobres 
a uma alimentação básica e, desta forma, a fome e a miséria reinavam 
na França no final do século XVIII. 
Nas questões econômicas, os gastos com os luxos da corte e com 
guerras contra outras monarquias (Guerra dos sete anos – 1756-1763) também afetavam as finanças 
francesas e impactavam na vida cotidiana. Para sair da crise, o aumento dos tributos sobre o terceiro estado 
pressionava ainda mais a população, que continuava trabalhando e sofrendo para manter os privilégios da 
nobreza e do clero. Ainda nessa conjuntura, a assinatura do Tratado de Éden-Rayneval (1786) prejudicava as 
manufaturas francesas, pois permitia a entrada de tecidos ingleses com baixas tarifas no mercado francês. 
Enfim, o cenário francês na segunda metade do século XVIII se transformava aos poucos em um grande 
campo minado, repleto de bombas que poderiam explodir a qualquer passo errado. A burguesia ilustrada, por 
sua vez, enterrava as minas esperando o momento certo para enfraquecer o Antigo Regime. 
 
 
O Grande Medo e a queda da Bastilha 
Em 1786, a crise se alastrava na França em revoltas nas ruas e nos campos. O rei, Luís XVI, buscando soluções 
para a falência do Estado, não conseguia apoio da nobreza para realizar suas reformas, e precisou demitir 
seus ministros Turgot e Jacques Necker, que defendiam a cobrança de impostos aos nobres. Assumindo o 
posto de Ministro das Finanças em 1783, Charles Alexandre de Calonne chegou a orientar o rei na convocação 
da Assembleia dos Notáveis, que reuniu o alto-clero e importantes nobres em 1787, sugerindo que a classe 
pagasse impostos para resolver a crise. A solução parecia tão absurda para as camadas privilegiadas que 
Calonne também foi demitido, dando lugar no ministério ao arcebispo Loménie de Brienne. 
 
 
 
 
 
2 
História 
 
A proposta de Calonne havia sido tão mal recebida pelas elites francesas, que uma tensão entre o rei e a 
aristocracia feudal cresceu. Desejando retomar o antigo poder dos feudos e, mais uma vez, descentralizar o 
Estado, essa aristocracia passou a atacar Luís XVI, que agora estava cercado por todos os grupos sociais. 
Assim, buscando acalmar as tensões e, de novo, solucionar os problemas financeiros, o antigo ministro 
Jacques Necker assumiu o posto de Ministro do Estado em 1788 e, enfim, convocou a Assembleia dos 
Estados Gerais. Essa convocação reuniria representantes dos três estados para debaterem e chegarem a 
uma conclusão de como resolver as crises franceses. Todavia a assembleia já começaria com uma tensão, 
pois a burguesia exigia que a votação deixasse de ser por estado, como era tradicional, e se tornasse 
individual, seguindo a proporção de pessoas que cada grupo representava. 
Compreendia-se que, no modelo tradicional, clero e nobreza sempre votariam juntos a favor do 
conservadorismo de seus privilégios. Entretanto a burguesia, em um modelo de voto individual, teria maiores 
chances, pois ainda contaria com o apoio de alguns membros ilustrados da nobreza e do clero. Inclusive, o 
abade Emmanuel Sieyès, durante a Assembleia, teria proclamado uma das frases que melhor definem a 
situação da burguesia revolucionária: “O que é o terceiro estado? Tudo. Que tem sido ele até agora na ordem 
política? Nada. Que pede ele? Tornar-se alguma coisa.” 
Enfim, no dia 9 de julho de 1789, o choque dos interesses 
entre as ordens e a insistência dos privilegiados em 
manter a forma tradicional de votação levaram o terceiro 
estado a romper com a Assembleia. Os deputados que 
representavam essa ordem se deslocaram para a sala do 
jogo da péla, no Palácio de Versalhes, e lá criaram a 
Assembleia Nacional, jurando que só sairiam com uma 
Constituição pronta. 
A tentativa de repressão ao terceiro estado por Luís XVI apenas piorou as coisas, pois as notícias sobre os 
acontecimentos em Versalhes se espalharam pela França, levando camponeses e trabalhadores urbanos a 
se revoltarem. Para resistir e orientar a população, a Guarda Nacional foi criada como uma milícia burguesa. 
Assim, no dia 14 de julho de 1889, a fortaleza da Bastilha, um dos maiores símbolos do Antigo Regime, foi 
tomada pela força do terceiro estado. 
Desta forma, iniciava-se na França um período de grande violência – com saques, invasão de palácios e 
fortalezas, assassinatos de nobres e incêndios –, conhecido como o Grande Medo. Na Assembleia dos 
Notáveis, a velha aristocracia feudal havia iniciado um movimento de combate ao Antigo Regime, entretanto 
o grande estopim desse movimento foi provocado pela burguesia. E, enfim, aproveitando o cenário, o povo 
acertou o golpe final, que levou ao fim o absolutismo. 
 
 
A Assembleia Nacional (1789-1792) 
Como visto, apesar de o povo ter tomado as ruas e os campos com rebeliões violentas, quem conduziu as 
principais mudanças do início da Revolução Francesa foi a burguesia, ocupando os grandes salões e 
penetrando na política definitivamente. 
A Assembleia manteve com força suas atividades até 1792, proporcionando não só mudanças estruturais na 
sociedade francesa como dividindo a própria burguesia. Neste período, grupos políticos já começaram a se 
formar, dividindo os desejos burgueses. A direita do plenário passou a ser ocupada por uma ala mais 
conservadora, representante da alta burguesia e defensora da monarquia, que aos poucos passou a ter seus 
membros conhecidos como os girondinos. 
 
 
 
 
 
3 
História 
 
Esse grupo, inicialmente, era maioria na Assembleia, e conseguiu 
garantir que o processo revolucionário não se radicalizasse tanto nos 
anos iniciais, mas ainda assim conquistasse mudanças liberais. Já à 
esquerda, os membros mais radicais da burguesia ficaram 
conhecidos como os jacobinos, que logo se tornaram um elo entre a 
burguesia e as ruas de Paris. Inicialmente, os jacobinos ainda se 
posicionaram de forma moderada, mas, a partir de 1792, com o 
crescimento de novas lideranças internas, passaram a tomar 
posturas muito mais violentas e radicais na rua e nas instituições políticas. Contudo, apesar de essa divisão 
ter sido construída paulatinamente nos períodos da Assembleia, a burguesia conseguiu aprovar, em 1789, a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Inspirada na declaração de independência dos Estados Unidos, essa declaração sintetizava os grandes 
anseios da burguesia e do iluminismo, estabelecendo o direito à propriedade privada, a igualdade de todos 
perante a lei, o direito de resistência à opressão e as liberdades individuais. O lema da revolução: “Liberdade, 
Igualdade e Fraternidade”, agora se tornava um valor máximo da sociedade. 
Com a declaração, a diferençaentre os estados era reduzida, atacando diretamente os privilégios da nobreza. 
Visto isso, em 1790, foi a vez de o clero ver suas regalias caírem, com a publicação da Constituição Civil do 
Clero, que separava a Igreja do Estado e submetia este grupo ao poder público. Nessa onda de ataques, 
muitos bens da Igreja Católica chegaram a ser confiscados e, posteriormente, surgiu entre os revolucionários 
um Culto da Razão e do Ser Supremo, que, inspirado no iluminismo, defendia o racionalismo frente a visão 
teológica do mundo. 
Enfim, com a nobreza e o clero submetidos às novas estruturas e regras da sociedade, faltava apenas o rei, 
Luís XVI, ver suas imunidades sendo destruídas. Assim, em 1791, a Assembleia Nacional proclamou a 
primeira Constituição francesa, que garantia a criação dos três poderes – executivo, legislativo e judiciário –, 
abolia o dízimo eclesiástico, proibia a venda de cargos públicos e garantia o direito de voto a todos os homens 
que pudessem comprovar renda ou propriedade (voto censitário). Complicada essa tal liberdade, né? Então 
já vão pensando aí: liberdade, igualdade e fraternidade para quem? 
Percebe-se que, apesar de a revolução francesa desestabilizar a estrutura social 
da França com o iluminismo, um grupo continuou mantendo muitos privilégios: 
os homens. Tendo em vista que só os homens receberam o direito ao voto e à 
participação política, a ativista francesa Marie Gouze, conhecida como Olympe 
de Gouges, escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. O novo 
documento se apresentou como uma crítica aos privilégios masculinos e 
buscou inserir as mulheres nos direitos de igualdade e liberdade. O documento 
chegou a ser encaminhado para a Assembleia Nacional, entretanto foi rejeitado 
pela Convenção no ano seguinte. Dentre um dos trechos marcantes da 
declaração, podemos citar: 
“Mulher, desperta. A força da razão se faz escutar em todo o Universo. Reconhece teus direitos. O poderoso 
império da natureza não está mais envolto de preconceitos, de fanatismos, de superstições e de mentiras. A 
bandeira da verdade dissipou todas as nuvens da ignorância e da usurpação. O homem escravo multiplicou 
suas forças e teve necessidade de recorrer às tuas, para romper os seus ferros. Tornando-se livre, tornou-se 
injusto em relação à sua companheira.” 
(Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-
Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html) 
 
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html
 
 
 
 
4 
História 
 
Ah, mas cuidado! A historiografia basicamente apagou a participação feminina no movimento e o que a Globo 
não mostra é que as mulheres foram figuras essenciais durante todo o processo revolucionário. No dia 5 de 
outubro de 1789, ocorreu a Marcha sobre Versalhes, movimento no qual uma série de mulheres, 
especialmente as que trabalhavam nos mercados/feiras de Paris, se reuniram e marcharam até o Palácio de 
Versalhes com a intenção de protestar contra a alta no valor dos alimentos e a favor das reformas políticas 
propostas pela Assembleia. Outro motivo da marcha foi o banquete servido aos militares que haviam chegado 
recentemente a Versalhes para proteger o rei. Imagina que você está em um contexto de fome e escassez de 
comida e seu governante decide oferecer um banquete para um seleto grupo. Vai dar ruim, né?! E deu! Com a 
mobilização das mulheres, uma série de pessoas se juntaram aos protestos e obrigaram o rei a voltar para 
Paris. 
 
 
Convenção Nacional (1792-1795) e o terror jacobino 
Com a vitória das demandas burguesas no campo político, a antiga nobreza 
enfraqueceu e muitos, inclusive, pediram exílio em países vizinhos para 
escapar da violência. Até mesmo a nobreza internacional temia que a 
revolução se difundisse na Europa, então os monarcas absolutistas da 
Áustria e da Prússia assinaram a Declaração de Pillnitz, ameaçando invadir a 
França. 
Luís XVI, que se sentia refém de uma revolução, usou a ameaça estrangeira 
como uma forma de enfraquecer a revolução, entrando e perdendo a guerra. 
Entretanto os planos frustrados do rei o levaram a ser capturado na fronteira 
francesa, tentando fugir para a Áustria, disfarçado, o que o levou a ser 
acusado de traição e de facilitar a entrada dos austríacos na França. O deslize 
do monarca, desta forma, levou à prisão do próprio rei por traição. 
Assim, com o fim dos esforços pela defesa da França contra as tropas da Coligação Austríaca, na Batalha de 
Valmy, a burguesia, liderada por Marat, Danton e Robespierre, enfim proclamou a república, em 20 de 
setembro de 1792. Começava, então, na França, a fase da Convenção Nacional, dominada pelas lideranças 
jacobinas e pelo radicalismo revolucionário. 
O período da Convenção já iniciou com um dos ataques mais radicais ao Antigo Regime, que foi a condenação 
à morte do rei Luís XVI. Com a descoberta de documentos que comprovavam seu envolvimento com o rei da 
Áustria, a condenação do monarca como traidor da nação teve um desfecho jamais visto anteriormente. Em 
21 de janeiro de 1793, a cabeça do rei era guilhotinada em Paris, perante seus antigos súditos que, agora, 
tornavam-se cidadãos. 
A revolução continuou se radicalizando quando os líderes populares Marat, Danton Hébert e Robespierre, em 
2 de junho de 1793, tomaram o poder completamente para os jacobinos, iniciando uma sangrenta ditadura, 
conhecida como a Convenção Montanhesa (1793-1794). A liderança de Danton ainda foi moderada, todavia 
Robespierre trouxe para a Convenção a fase mais sangrenta dos julgamentos do Tribunal Revolucionário, que 
levou milhares de pessoas à guilhotina por suspeitas de traição da nação. Esta fase, que levou inclusive Maria 
Antonieta à guilhotina, ficou conhecida como o período do Terror Jacobino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
História 
 
As posturas de Robespierre, naturalmente, chegaram a ser contestadas e 
causaram cisões entre os jacobinos. A crise interna opôs antigos aliados como 
Hébert e Robespierre, que defendiam a violência e a radicalização, e Danton, um 
indulgente, que defendia ações mais conservadoras. A situação política francesa 
se tornava tão caótica que até mesmo Hébert e Danton foram condenados pelo 
Tribunal Revolucionário e executados. Os ideais de liberdade e fraternidade 
lentamente derretiam nas mãos contraditórias de Robespierre. Entretanto, 
apesar dessa desorganização e de toda a violência do período, algumas 
transformações continuaram a ocorrer, como a aprovação da nova Constituição, 
em 1793 (Constituição do Ano I), a criação da Lei do Preço Máximo, que tabelava os preços de gêneros 
alimentícios, a abolição da escravidão nas colônias e a criação do ensino público. 
Buscando romper ainda mais com o monopólio religioso, político e cultural da Igreja Católica e do Antigo 
Regime, os jacobinos implementaram um novo calendário francês, em 1793. A nova contagem de tempo se 
deu a partir da Constituição de 1792, e o ano anterior passou a ser conhecido como Ano I. O novo calendário 
foi pensado de forma a valorizar a razão e os acontecimentos naturais em detrimento dos eventos cristãos, 
por isso os nomes dos meses do ano remetiam a elementos da natureza, como brumário (nevoeiros), floreal 
(flores) e termidor (calor). 
Pega a visão: todo esse clima de revolução e abolição da escravidão foi essencial para a eclosão de revoltas 
nas dependências coloniais francesas, especialmente no Haiti. Não é por acaso que a Revolução Haitiana, ou 
Revolta de São Domingos, começou no ano de 1791. Apesarde não ganhar a devida importância, ela foi, 
certamente, uma das maiores revoluções do século. 
A fase da Convenção Montanhesa, apesar de configurar uma violenta ditadura, logo chegou ao fim. No dia 27 
de julho de 1794, a ala girondina, buscando retomar o poder, derrubou a convenção, na chamada reação 
termidoriana. Apesar de também ser curta, essa reação conseguiu instalar o terror branco, com a perseguição 
de jacobinos e revolucionários radicais, e ainda desfazer algumas conquistas jacobinas, com a Lei do Preço 
Máximo. 
 
 
Diretório (1795-1799) e a Conspiração dos Iguais 
Internamente, a fase do Diretório conseguiu um equilíbrio muito maior que o período anterior da Revolução. O 
domínio dos girondinos garantiu certa recuperação econômica e uma maior moderação nas decisões 
políticas, apesar de, com isso, ter atraído o apoio dos monarquistas e da alta burguesia. O grande problema 
enfrentado pelos girondinos, nesta fase, foram as Coligações internacionais formadas para derrubar a 
Revolução Francesa. Entretanto um jovem militar conhecido como Napoleão Bonaparte demonstrou grande 
habilidade estratégica e garantiu para a República francesa diversas vitórias contra os inimigos 
internacionais. 
Os dois momentos mais sensíveis dos anos entre 1795 e 1799 foram com a Conspiração dos Iguais, de Graco 
Babeuf, e com o golpe articulado pelo próprio Napoleão Bonaparte, chamado de golpe do 18 de Brumário. No 
primeiro caso, o jornalista parisiense Graco Babeuf, liderando a população mais pobre da cidade, conhecida 
como sans-culottes, tentou uma insurreição pautada em ideias igualitárias e consideradas, hoje, precursoras 
do socialismo. Propondo igualdade, reformas e o fim da propriedade privada, Babeuf acabou preso, mas seus 
questionamentos, publicados no “Manifesto dos Iguais”, conseguiram atingir milhares de pessoas e dar voz 
a novos movimentos sociais, sobretudo ao longo do século XIX. 
 
 
 
 
 
 
6 
História 
 
Em 1799, acompanhado do abade de Sieyès e de Roger Ducos, Napoleão Bonaparte articulou um golpe contra 
o diretório, apoiado por uma parcela girondina. A tomada do poder instalou um triunvirato na França, e iniciou 
o governo do Consulado, com os três nomes em destaque. Todavia, aos poucos, a figura de Napoleão foi se 
sobressaindo e conquistando privilégios até, enfim, tornar-se imperador dos franceses. 
Só os curiosos ON: Napoleão foi um dos grandes responsáveis pela egiptomania que tomou a França no 
século XIX. Em sua expedição militar para a região, em 1798, Bonaparte levou uma série de pesquisadores 
para estudar os artefatos históricos do Egito e achou que era de bom tom levar alguns outros consigo para a 
França, como a Pedra de Roseta. 
 
 
O consulado (1799-1804) 
Neste período, os desejos da alta burguesia de uma reorganização interna se consolidaram com a 
manutenção de um regime republicano, muito próximo aos militares e chefiado 
por Napoleão, Roger Ducos e Sieyés. Apesar dessa divisão inicial, Bonaparte 
passou a concentrar os poderes do consulado ao ser eleito primeiro-cônsul e, 
posteriormente, ao aprovar a Constituição do ano X, que ampliava ainda mais 
seus poderes. Assim, tinha domínio sobre o exército, sobre a criação das leis 
e das políticas externas. 
Essa fase da chamada era napoleônica, portanto, ficou conhecida pela conquista de uma maior estabilidade 
política, econômica e social, realizada através da criação do Banco da França (o franco como nova moeda), 
da organização de obras públicas, da construção de liceus, da reaproximação à Igreja Católica (concordata 
com o papa Pio VII, mantendo a igreja submissa ao Estado), do financiamento da indústria e da agricultura 
francesa e com a própria elaboração das Constituições de 1799 (Ano VII), de 1802 (Ano X) e de 1804 (Ano 
XII). 
Por fim, Napoleão, ainda no Consulado, também estabeleceu o chamado 
Código Civil Napoleônico (1804), que garantia diversas vitórias burguesas da 
revolução, como o direito à propriedade privada, ao casamento civil, a 
igualdade de todos perante a lei e o respeito às liberdades individuais. No 
entanto, apesar dos direitos conquistados e da liberdade, este governo ficou 
marcado também pela forte censura à imprensa, perseguição de opositores e pela proibição de greves. 
 
 
O Império (1804-1815) 
Com o aumento da popularidade e o sucesso das conquistas, Napoleão, em 1804, através de um plebiscito, 
foi coroado Imperador dos franceses com a aprovação de 60% da 
população e, agora, com a força da nova Constituição de 1804 (Ano 
XII). Napoleão, assim, distribuiu títulos nobiliárquicos e cargos 
públicos para familiares e beneficiou a elite militar, a alta burguesia e 
a antiga nobreza na formação de uma nova corte. O novo Estado 
francês, assim, iniciava um período de glórias, marcado por obras 
faraônicas, pela expansão territorial, por batalhas e pela disseminação 
dos ideais iluministas. 
 
 
 
 
 
 
7 
História 
 
O rápido crescimento francês, as sucessivas vitórias e o poder do exército assustavam as nações vizinhas, 
sobretudo a Inglaterra, que temia a perda de seu posto como a grande potência mundial, e do Império 
Austríaco, que via ameaçado o modelo absolutista-monárquico. Logo os conflitos pela Europa se ampliaram, 
dando início ao período das chamadas guerras napoleônicas. 
Nesse contexto, territórios como o da Bélgica, Holanda, Espanha e as terras no norte da atual Itália foram 
conquistados pela Grande Armée (exército francês), e passaram ao controle de parentes ou pessoas próximas 
a Napoleão, como o caso de José Bonaparte, irmão do imperador francês, que foi rei de Nápoles entre 1806 
e 1808, depois rei da Espanha e das Índias a partir de 1808. 
Apesar das conquistas, a disputa com a Inglaterra pela hegemonia europeia ainda enfrentava a resistência da 
gigantesca marinha britânica, que havia vencido os franceses em 1805 na Batalha de Trafalgar. Assim, como 
resposta ao poderio inglês e à derrota francesa, Napoleão, em 1806, declarou o chamado Bloqueio 
Continental, visando isolar a ilha britânica do continente europeu, impedindo que seus navios realizassem 
comércio e punindo as nações que abrissem seus portos aos ingleses. 
O bloqueio continental, no entanto, não teve o sucesso esperado pelo império francês, que, com uma indústria 
ainda incipiente, não conseguiu ocupar o espaço deixado pela Inglaterra na exportação de bens 
manufaturados, levando muitos países a crises de abastecimento e outros a buscarem formas de furar o 
bloqueio, como Portugal e Rússia. 
 
❌Alerta de spoiler❌ 
 
Aguardem as cenas dos próximos capítulos.... 
 
Voltando, a estratégia de Napoleão fracassou e o enfraquecimento do novo império francês teve início com a 
primeira grande derrota napoleônica, na Rússia, em 1812, que contou com a 
perda de milhares de soldados. 
Assim, aproveitando o momento de crise da Grande Armée, uma nova 
coligação foi feita em 1813, sendo essa a grande responsável pela derrota de 
Napoleão na chamada Batalha de Leipzig (Batalha das nações), que tem como 
consequência a invasão de Paris das tropas rivais, a assinatura do Tratado de 
Fontainebleu (1814), a restauração da monarquia com Luís XVIII e o exílio de 
Napoleão na ilha de Elba. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_reis_da_Sic%C3%ADlia_e_N%C3%A1poles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_monarcas_de_Espanha
 
 
 
 
8 
História 
 
O governo dos 100 dias 
Em fevereiro de 1815, com apoio de militares, Napoleão escapou do exílio e retornou à França com grande 
acolhimento da elite e do povo, prometendo restaurar o Império e as glórias francesas. No entanto, a nova 
fase de Napoleão Bonaparte como líder francês ficou conhecida como o governo dos 100 dias pelo curto 
período que durou. Napoleão foi derrotado pela coligação anglo-prussiana na Batalha de Waterloo, que 
marcou sua derrota definitiva e o exílio na ilha de Santa Helena, onde viveu até sua morte. 
Por fim, a derrota napoleônicaem Waterloo atingiu com força o fluxo de um processo revolucionário que se 
iniciou com a Assembleia dos Estados Gerais, em 1789 e teve seu auge na formação do Império francês. Essa 
derrota, apesar de representar o sucesso das potências absolutistas e da nobreza, não significava a morte 
dos ideais liberais da revolução. A ruína de Napoleão, no entanto, estava acompanhada pelo sucesso de um 
projeto de expansão dos ideais burgueses que havia atingido todo o mundo ocidental, provocando novos 
movimentos revolucionários por todo o século XIX. 
 
 
 
Que tal conferir os mapas mentais sobre a Revolução Francesa e Napoleão? 
 
Clique na imagem para ver o “QUER QUE DESENHE?” deste mapa mental no canal do Descomplica no YouTube. 
https://www.youtube.com/watch?v=I8q0S_XGwdg&list=PLgIWHtlPYF80_Iu0vXFHTtWfoQY8WQ5US&index=7
 
 
 
 
9 
História 
 
 
 
 
 
 
 
Clique na imagem para ver o “QUER QUE DESENHE?” deste mapa mental no canal do Descomplica no YouTube. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=nt8s87tOQN8&list=PLgIWHtlPYF80_Iu0vXFHTtWfoQY8WQ5US&index=13
 
 
 
 
10 
História 
 
Exercícios 
 
 
 
 
1. (UERJ, 2015) 
 
Carta de Convocação dos Estados Gerais 
Por ordem do Rei. 
Temos necessidade de nossos fiéis súditos para nos ajudarem a superar todas as dificuldades em que 
nos achamos e para estabelecer uma ordem constante e invariável em todas as partes do governo que 
interessam à felicidade dos nossos súditos e à prosperidade de nosso reino. Esses grandes motivos 
nos determinaram convocar a assembleia dos Estados de todas as províncias sob nossa obediência, 
para que seja achado, o mais rapidamente possível, um remédio eficaz para os males do Estado e para 
que os abusos de toda espécie sejam reformados e prevenidos. 
Versalhes, 24 de janeiro de 1789. 
Adaptado de MATTOSO, K. de Q.Textos e documentos para o estudo de história contemporânea. São Paulo: Edusp, 1976. 
 
A convocação dos Estados Gerais deu início à Revolução Francesa, ocasionando um conjunto de 
mudanças que abalaram não só a França, mas também o mundo ocidental em finais do século XVIII. 
Cite um motivo para a convocação dos Estados Gerais na França, em 1789, e apresente duas 
consequências da Revolução Francesa para as sociedades europeias e americanas. 
 
 
2. (IMEPAC, 2018) “A pátria está perdida e os comerciantes não possuem pátria. Enquanto acreditavam 
que a Revolução lhes seria útil, deram a mão aos sans-culottes para destruir a nobreza, [...] era para se 
colocar no lugar dos aristocratas. Assim, desde que os sans-culottes gozam dos mesmos direitos que 
os ricaços, todos esses canalhas viraram a casaca e empregam todos os recursos para destruir a 
República. Açambarcaram todos os alimentos para vendê-los a peso de ouro e nos levar à penúria.” 
Discurso de Hebert, dirigente da Comuna. In: OSTERMANN, Nilse Wink; KUNZE, Iole Carretta. Às armas cidadãos! A França 
revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual editora, 1995. p. 75-6. 
O quadro descrito no texto anterior é reflexo das guerras externas contra a França após a prisão e 
execução de Luís XVI, agravado pelo aumento dos preços dos alimentos. 
A fim de atender às demandas populares, o Comitê de Salvação Pública estabeleceu o: 
a) julgamento sumário de todas as pessoas que conspiravam contra a Revolução, a começar pelo rei 
Luís XVI; 
b) Recrutamento obrigatório de todos os cidadãos aptos para lutar contra os exércitos da Primeira 
Coligação; 
c) tabelamento dos preços de gêneros de primeira necessidade e a fixação dos salários pela “Lei do 
Máximo Geral”; 
d) voto universal, sem nenhum tipo de distinção, mantendo a democracia geral por todo o período da 
Convenção. 
 
 
 
 
 
 
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História 
 
 
 
3. (Urca, 2018) “Com a vitória da Montanha, triunfa a ideia da organização da assistência pública pelo 
Estado e da complementar supressão, em prazo mais ou menos longínquo, dos estabelecimentos 
hospitalares. A Constituição do Ano II proclama, em sua Declaração dos Direitos, que os ‘socorros 
públicos são uma dívida sagrada; a lei de 22 de Floreal prescreve a formação de um grande livro da 
beneficência nacional e a organização de uma assistência no campo’. Só se preveem casas de saúde 
para os ‘doentes que não têm domicílio, ou que nele não poderão receber assistência’ – Lei de 19 de 
março de 1793.” 
(FOUCAULT, Michel. O Nascimento da Clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017, p. 46-47). 
Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao texto acima mencionado. 
a) A vitória da Montanha corresponde ao momento em que O Rei Luís XVI assumiu o poder, trazendo 
importantes benefícios para as populações dos campos localizados nas montanhas. 
b) A Constituição do Ano II foi promulgada na instauração da Assembleia Nacional Constituinte e no 
fim do Absolutismo na França. 
c) Floreal é um dos meses do novo calendário criado na Revolução Francesa e na instauração da 
Convenção Nacional. 
d) O Ano II inicia com a morte de Robespierre, ministro de Luís XVI, responsável pelo golpe de estado 
que levou ao fim da Monarquia Absolutista Francesa. 
e) A Declaração dos Direitos e a Constituição do ANO II resultaram da ascensão de Napoleão 
Bonaparte ao poder francês, com o Golpe do Termidor. 
 
 
4. (UNITAU, 2016) “Pois o mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de Napoleão do que nos fatos, 
então sem paralelo, de sua carreira. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o 
mundo de forma decisiva no passado tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como 
Júlio César, mas Napoleão foi o ‘pequeno cabo’ que galgou o comando de um continente pelo seu puro 
talento pessoal”. 
HOBSBAWM, Eric. A Era das revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. pp. 93-94. 
Considerando-se a citação acima, pode-se dizer que o processo que resultou na coroação de Napoleão 
como imperador foi determinado 
a) pela concentração de poderes que Napoleão foi angariando, principalmente após sua proclamação 
como primeiro-cônsul vitalício, pela Constituição de 1802. 
b) pela proclamação de Napoleão como imperador, pela vontade popular expressa por meio do voto 
livre garantido após a Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
c) pela hegemonia política que Napoleão conseguiu estabelecer na França no período após a 
Revolução Francesa. 
d) pela conversão de Napoleão como herói nacional após derrotar os jacobinos nas eleições e 
estabelecer o Império. 
e) pelo apoio externo que Napoleão recebeu após conquistar diversos países europeus durante as 
guerras que promoveu e que o legitimaram como imperador. 
 
 
 
 
 
 
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História 
 
 
 
5. (UECE, 2012) Napoleão Bonaparte agiu de modo contraditório em relação aos ideais revolucionários. 
Por um lado, consolidou conquistas burguesas e criou uma nova aristocracia; por outro lado, foi um 
ditador ferrenho para a França que havia lutado muito pela liberdade. 
O retrocesso napoleônico em relação aos ideais da burguesia se deu, devido à/ao 
a) promulgação do código civil com regras precisas, como o impedimento de concessão de privilégios 
de nascimentos, pois todos eram considerados iguais perante a lei. 
b) homogeneização do sistema legislativo, acabando com a multiplicidade das fontes do direito que 
caracterizou a França do antigo regime. 
c) acordo efetuado com o objetivo de terminar o conflito entre o Estado e o clero; assim, a Igreja ficou 
subordinada ao Estado que pagava uma pensão aos clérigos. 
d) criação de uma nobreza formada por funcionários do governo e membros do clero e à concessão 
de altos postos administrativos para familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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História 
 
Gabarito 
 
 
1. Dentre os motivos que podem ser citados para a convocação dos Estados Gerais estão: a grave crise 
financeira na França, busca por soluções econômicas, a propostados ministros de taxar a nobreza e os 
conflitos entre a antiga aristocracia rural e o rei. Sobre as consequências da revolução para a Europa e 
as sociedades na América, podemos citar: a difusão dos ideais liberais e iluministas, o desencadeamento 
dos processos de independência nas Américas, a crise do absolutismo, fim da sociedade estamental, o 
início de processos revolucionários no século XIX na Europa, a ascensão da Burguesia e os conflitos 
entre as forças reacionárias e progressistas. 
 
2. C 
Com a tomada de poder por parte dos jacobinos, a revolução ganhou um caráter bem mais radical com 
a promulgação de uma série de leis que interessavam às classes mais baixas. Como o texto destacado 
está falando sobre a alta no valor dos alimentos, a ação do Comitê de Salvação Pública para resolver tal 
problema foi a criação da Lei do Preço Máximo, que tabelava os preços e os salários do país. 
 
3. C 
Com a instauração da república jacobina, em 1793, houve a criação de um novo calendário francês, com 
a intenção de romper com as bases culturais que formavam o país até então. Buscando se distanciar, 
especialmente, do cristianismo, o novo calendário foi formulado de forma a valorizar a razão e os 
acontecimentos naturais em detrimento dos eventos cristãos. 
 
4. A 
A chegada de Napoleão Bonaparte ao poder ocorreu por um caminho inverso da maioria dos 
monarcas/governantes absolutistas. Napoleão ganhou importância a partir da reformulação do exército 
francês pós-revolução e dos constantes sucessos militares que permitiram que ele se destacasse 
politicamente em um cenário de radicalização revolucionária. 
 
5. D 
Apesar de garantir os interesses da alta burguesia e consolidar os ideais liberais, ao se tornar imperador, 
Napoleão distribuiu títulos nobiliárquicos e cargos públicos para familiares e beneficiou a elite militar, a 
alta burguesia e a antiga nobreza na formação de uma nova corte. A criação de tal corte entrava em 
discordância com o interesse burguês de abolir a sociedade de privilégios no início da Revolução 
Francesa.

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