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Sutura {Goffi, Manual de suturas na emergência, manual LACGS, Aula Dr Assaad} CONCEITO A síntese cirúrgica é uma operação fundamental que consiste na aproximação das bordas de tecidos seccionados ou ressecados. Visa, pela manutenção da contiguidade dos tecidos, facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização, a fim de que a contiguidade tecidual possa ser reestabelecida. A aproximação das bordas dos tecidos seccionados ou ressecados deve ser mantida à custa de materiais que resistam às trações e tensões que se irão exercer sobre a ferida nas fases iniciais da formação da cicatriz. A síntese cirúrgica constitui, portanto, com a cicatrização, um conjunto cuja finalidade é a restauração da continuidade dos tecidos. INSTRUMENTOS PORTA-AGULHA Necessário na reconstrução, principalmente de cavidades, oferece conforto ao cirurgião e melhor condução da agulha curva. É importante que a agulha seja mantida firme, realizando uma passagem única pelos tecidos. são de uso corrente os porta-agulhas de cabo tipo pinça (Mayo e Hegar) e os que se ficam em cremalheiras colocadas no extremo dos ramos longos (Mathieu). A técnica de sutura com o uso do porta-agulha consiste em pinçar primeiramente a borda distante tracionando-a, passando-se, então, a agulha. O mesmo é feito com a borda próxima, sendo que neste momento o antebraço direito do cirurgião evolui de pronação a supinação; por fim, a agulha é retirada no sentido de sua curvatura. PINÇAS Pinças são utilizadas para auxiliar a apreensão do tecido, ou seja, auxiliam o agarramento do ferimento para a passagem da agulha. No procedimento de sutura pode ser utilizado dois tipos de pinças, a pinça anatômica e a dente de rato. A dente de rato, na prática, é a mais utilizada pois apresenta melhor apreensão., no entanto ela provoca grande impacto no tecido, podendo causar danos adicionais. BISTURI Na sutura, o bisturi é utilizado para cortar o fio e, se necessário, a realização da tricotomia do paciente. O bisturi é dividido em duas partes, a lâmina e o cabo reto. Existe duas formas, uma que a somente a lâmina é descartável e outra em que o cabo também é descartável. Os cabos mais utilizados são o de número 3 e 4. O bisturi de numero 4 recebe lâminas de n 18 a 50 e o cabo numero 3 recebe lâminas de 9 a 17. Sendo que as lâminas mais utilizadas são de número 10, 11, 15, 20, 21 e 22. A lâmina de bisturi acaba sendo mais prática para cortar o fio pois não precisa esterilizar e tem baixo custo. As tesouras precisam ser esterilizadas. TESOURA As tesouras em ambientes cirúrgicos servem para dissecar, desbridar tecidos e seccionar. Na prática da sutura, esse instrumento tem a finalidade de cortar o fio. Elas são classificadas quanto ao tipo de ponta, à curvatura e a proporção entre as partes funcionais e a própria tesoura. As tesouras retas do tipo Mayo são usadas principalmente para o corte de fio de sutura. Já as tesouras curvas do tipo Metzenbaum são utilizadas para a divulsão e a secção delicada de tecidos, quando se tem uma ferida de bordas irregulares que necessita de preparo. AGULHAS • Agulhas retas: podem ser cilíndricas ou cortantes. Utilizadas principalmente na reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. As que já trazem o fio montado são chamadas de agulhas atrumáticas, proporcionando orifícios de entrada e de saída uniformes quando se realizam as suturas. As agulhas retas são sempre usadas com a mão. A agulha reta é utilizada com 3 dedos: é fixada entre os dedos indicador e médio de um lado e o polegar do outro. Deve ser movimentada em sentido horizontal, da borda próxima para a mais distante do cirurgião. • Agulhas curvas: podem ser cilíndricas ou cortantes. Seu raio de curvatura é variável, adaptando-se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado. As atraumáticas asseguram fácil penetração nos tecidos, sem deixar laceração. A agulha reta é utilizada com o porta-agulha e é transpassada da borda distante para a borda próxima ao cirurgião. • Agulhas com cabos: são introduzidas sem fio, uma vez que o orifício se acha na extremidade oposta ao cabo, e retiradas após a colocação do fio. Deve-se ter cuidado de atravessar as bordas com o orifício ocluído. Seleção da agulha A seleção da agulha é determinada por fatores como a acessibilidade do tecido a ser suturado, o tipo deste tecido, levando-se em consideração sua constituição histológica, que lhe confere maior facilidade em sua transecção (intestino delgado – agulha cilíndrica) ou maior dificuldade no afastamento dos tecidos, necessário ao ponto (pele – agulha triangular cortante), e o diâmetro do fio de sutura. A agulha é constituída por 3 partes: ponta, corpo e olho, onde é colocado o material de síntese. A ponta da agulha, que pode ser cortante, romba ou plana, confere à agulha sua capacidade de ultrapassar os tecidos, causando mínima lesão tecidual. Para tecidos densos como a pele, devem ser utilizadas agulhas triangulares com ponta cortante. Estruturas mais delicadas, como a parede de uma artéria, necessitam da escolha de agulhas cilíndricas com ponta romba. A sutura da córnea requer uma agulha plana com ponta também plana. FIOS Os fios de suturas são encontrados em comprimentos padronizados que variam de 8 a 90 cm. Dentro da classificação dos fios, o número de zeros que vem escrito na embalagem informa o calibre do fio e também sua força tênsil. Quanto maior o número, menor o calibre e a força tênsil. Ou seja, o fio 2-0 tem maior calibre e força que o fio 3-0. O fio mais utilizado na sutura de ferimentos em planos superficiais é o nýlon 4-0. O fio nylon 3-0 é um fio mais resistente, indicado para sutura de pele espessa ou regiões sob frequente tensão (cotovelo, joelho). Os fios 5-0 e 6-0 são fios mais delicados, indicados para cortes superficiais, especialmente em face, buscando uma discreta cicatriz, em detrimento da menor rigidez do fio. Qualidades do fio de sutura “ideal” • Resistência adequada • Mínima reação tecidual • Não se degradar em produtos tóxicos • Não facilitar infecção e permanecer estável na sua presença • Calibre e resistência constantes • Coeficiente de atrito adequado • Capacidade de manter a resistência até quando necessária • Velocidade de absorção não afetada pelos líquidos corporais • Ser de fácil manuseio – nó fácil e firme • Elasticidade adequada • Não ser alterado com a esterilização • Ter baixa capilaridade • Não alergênico e não mutagênico • Baixo custo Fios absorvíveis As suturas naturais absorvíveis são digeridas pelas enzimas do corpo. Suturas sintéticas absorvíveis são hidrolisadas. A absorção do fio pode ser acelerada caso o paciente tenha febre, infecção ou deficiência proteica; a absorção também pode ser acelerada quando a sutura for molhada antes ou durante sua implantação. Tempo de permanência dos fios absorvíveis: - Curtíssimo espaço de tempo: 7 a 10 dias – categute simples - Curto espaço de tempo: 15 a 20 dias – categute cromado - Médio espaço de tempo: 50 a 120 dias – Vicryl e Monocryl - Largo espaço de tempo: 150 a 180 dias – PDS • Categute: obtido da submucosa do intestino delgado de ovelhas ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples (absorção rápida, em torno de 8 dias) ou cromados (tratados com bicromato de potássio, possuem absorção em torno de 20 dias). São muito utilizados em suturas gastrointestinais, amarraduras de vasos na tela subcutânea, cirurgias ginecológicas e urológicas. • Ácido poliglicólico: fio sintético obtido pela polimerização do ácido glicólico, possui uma resistência tênsil maior que a do categute. A reabsorção ocorre por hidrólise entre 60 e 90 dias após sua utilização. Entretanto, a resistência tensil efetiva de seus nós é perdida muito antes, em torno da 3ª semana. Muito usado na sutura de músculos, fáscias, tecidocelular subcutâneo, ocasiona pouca reação inflamatória. É multifilamentado, podendo, como qualquer fio com essa característica, albergar em seu interior bactérias que escapam da fagocitose. • Ácido poligaláctico: fio sintético semelhante ao comportamento do ácido poliglicólico, hidrolisa-se e é compretamente absorvido em 60 dias. Comumente encontrado na cor violeta, pode também ser branco, o que evita a formação de indesejáveis tatuagens de subcutâneo (é raro). É utilizado em cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas e na aproximação do tecido celular subcutâneo. • Polidioxanona: fio sintético, polímero da poliparadioxanona, é um fio que tem a vantagem de ser monofilamentado e possuir uma absorção lenta com manutenção da resistência tensil por longo período. Devido a isto, é utilizado na sutura de tendões, cápsulas articulares e fechamento da parede abdominal. Fios não absorvíveis Suturas não absorvíveis são compostas de filamentos únicos ou múltiplos de metal, sintéticos ou de fibra orgânica. Tecidos que se caracterizam por um processo cicatricial mais lento, como é o caso da pele, fáscias e tendões, geralmente são fechados com fios inabsorvíveis. Os fios trançados são mais facilmente manuseados que os monofilamentares, mas os interstícios entre os cordões trançados são facilmente colonizados por bactérias, aumentando o risco de infecção. • Seda: filamento proteico obtido do bicho-da-seda. Suas fibras são retorcidas ou trançadas, tratadas com polibutilato. Fácil de ser manuseado, produz nós firmes. Apesar de classificado como não absorvível, é degradado ao longo dos anos, perdendo sua resistência tensil. • Algodão: processado a partir das fibras do algodão, é multifilamentar, proporcionando um fio maleável e agradável ao tato, o que propicia um nó forte. Devido ao fato de ser multifilamentado pode perpetuar um processo infeccioso caso utilizado em território contaminado. É semelhante à seda em termos de reação tecidual, o que ocorre com a formação de granuloma de corpo estranho. • Poliéster: sintético, multifilamentado. São fios resistentes e de grande durabilidade. Excelentes para suturas de aponeuroses, tendões e vasos. Podem apresentar-se sem cobertura ou cobertos por polibitilato ou teflon. Os fios de poliéster requerem um mínimo de 5 nós para uma fixação segura. Como termo de comparação, o algodão, seda e os polímeros absorvíveis necessitam no mínimo de 3 e o categute de 4 nós. Os fios de poliéster causam pouca reação tecidual, com pouca resposta inflamatória. Devem ser evitados quando houver infecção no local da sutura devido ao fato de serem multifilamentados. • Nylon: derivado das poliaminas, caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono ou multifilamentado. Fio de pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço, não produz nó firme. Perde resistência tênsil ao longo do tempo, podendo ser degradado e absorvido ao longo de 2 anos, apesar de ser considerado inabsorvível. Os fios monofilamentados, negros ou incolores, são preferidos para suturas de pele. Causam pouca reação tecidual. • Polipropileno: sintético e monofilamentado produz pouca reação tecidual. Incolor ou azul, mantém sua resistência tênsil ao longo de anos. Muito usado em sutura vascular. Facilmente removível, é ideal para sutura intradérmica. MATERIAL DE PRÓTESE Quando a solução de contiguidade entre as suturas é extensa ou a síntese é feita em demasiada tensão, dá-se a interposição de material de prótese, que pode ser dividido em 2 grupos: de origem biológica ou sintética. De origem biológica: 1. Fáscia: a autógena tem sido utilizada em hernioplastia e, às vezes, em operações plásticas, ginecológicas e urológicas. 2. Dura-máter: tem sido amplamente empregada a dura-mater homóloga conservada em glicerina, tanto em cirurgia geral quanto em plástica, cardiovascular etc. 3. Pericárdio bovino: utilizado com bons resultados para a confecção de válvulas cardíacas. De origem sintética 1. Próteses metálias: muito utilizadas em ortopedia; devem ser livres de atividade elétrica como o vitálio, tântalo e determinados tipos de aço inoxidável. São utilizadas como placas, parafusos, pinos e telas. 2. Plásticas: de nylon, teflon, polipropileno ou dácron. Constituem materiais de fácil esterilização, resistentes, fáceis de manipular e recortar. 3. Membranas plásticas: principalmente os polímeros de metacrilato e de dióxido de silício que, dependendo do índice de polimerização, apresentam-se desde o estado líquido até o sólido. São largamente empregados como material de síntese (metacrilato) e de prótese (silicônio). NÓS E SUTURAS O nó cirúrgico, em geral, consta de uma primeira laçada, que aperta, e uma segunda fixadora, que impede o afrouxamento da primeira. Quando há necessidade de maior segurança acrescenta-se um terceiro nó, também utilizado quando existe tendência de os anteriores afrouxarem-se. Cada laçada deve ser feita no sentido oposto ao da anterior; caso contrário, o nó tende a se afrouxar. Não existe, contudo, inconveniente em se utilizar nós no mesmo sentido quando se trata de ligadura sem tensão. TIPOS DE SUTURAS Sutura em pontos separados A sutura em pontos separados apresenta uma série de vantagens: o afrouxamento de um nó ou a queda do mesmo não interfere no restante da sutura; há menor quantidade de corpo estranho interior do ferimento cirúrgico; os pontos são menos isquemiantes do que a sutura contínua. Apresenta como desvantagem relativa o fato de ser mais trabalhosa e mais demorada. Tipos de suturas em pontos separados: • Ponto simples • Ponto simples com nó para o interior da ferida • Ponto em U horizontal (Wolff) • Ponto em U vertical (Donatti) • Ponto em X horizontal • Ponto em X vertical • Ponto em X horizontal com nó para o interior da ferida • Ponto recorrente • Ponto helicoidal duplo Sutura interrompida simples É a mais usada de todas as suturas e também a mais versátil. A sutura é olocada direcionando a agulha através do tecido a mais de 0,5 cm da borda incisada. A sutura é inserida perpendicularmente através do tecido de um lado, passando através de igual quantidade de tecido do lado oposto e o nó é amarrado. Os nós devem ser colocados fora da linha de incisão. As pontas dos fios devem ser deixadas longas (0,5 a 1 cm), ou curtas se o nó for deixado escondido. Sutura horizontal em U de Wolff É uma sutura que promove leve eversão se colocada de maneira apropriada. Ela forma um quadrado perfeito, com ambas as extremidades de sutura saindo pelo mesmo lado da ferida. Está indicada para suturar feridas sob tensão moderada. É um ponto mais forte que a sutura simples separada, mas a cicatriz é maior. Usada para produzir hemostasia e em suturas com tensão (cirurgias de hérnias e suturas de aponeuroses). Sutura vertical em U de Donatti Promove uma aposição completa e precisa das bordas, com leve eversão após a confecção do nó. A primeira passagem da agulha é feita em uma distância maior do que 0,5 cm da borda e a segunda a 2 ou 3 mm da borda. Sua desvantagem é a demora para ser feita e maior reação inflamatória. Sutura em X ou Cruzado (Sultan) é uma sutura de aposição, sendo uma modificação do U horizontal. A agulha penetra de um lado da incisão e passa perpendicularmente através da mesma, e uma segunda passagem é feita através dos tecidos, paralela e de 5 a 10 mm da primeira passagem Lomboti É uma combinação de suturas de aposição com sutura de tensão. Faz um movimento em espiral. Sua principal indicação é quando a pele requer tensão moderada para aposição. O componente longe atua como redutor de tensão, ao passo que o perto faz aposição. A tração excessiva dos fios deve ser evitada para prevenir a inversão da incisão. Sutura contínua Na sutura contínua deve-se considerar o nó inicial, a sutura propriamentedita, e o nó terminal. Tipos de sutura contínua • Chuleio simples • Chuleio ancorado • Sutura em barra grega • Sutura intratecidual em barra grega • Sutura em pontos recorrentes Sutura contínua simples, de Kurshner, Chuleio simples Consiste em usar uma série de pontos interrompidos com nós no início e no final da sutura. A agulha é introduzida através dos tecidos, perpendicularmente à linha de incisão. A sutura é reintroduzida na mesma direção que a anterior. No final da sutura, as pontas do fio são amarradas com, no mínimo 4 camadas de nós. São indicadas para o fechamento de tecido subcutâneo e fáscia desde que não haja planos de tensão. Lembert É considerada a sutura clássica para a cirurgia gastrintestinal. É uma sutura invaginante, usada como uma segunda sutura de oclusao para vísceras ocas. O modo de realizar esta sutura é conduzida através da mucosa. A sutura sai do mesmo lado e emerge próxima a borda da ferida. Ela é novamente inserida junto a outra borda da incisão, passando em direção lateral através da serosa, muscular e submucosa, sendo mais uma vez trazida atravessando a muscular e a serosa. O espaço entre os pontos deve ser de 0,5 cm. Ancorado ou de Reverdin É basicamente uma modificação da sutura simples contínua. A sutura é contínua e após passar a agulha através dos tecidos, é passada por dentro do laço pré-formado e este é apertado. É utilizada para dar firmeza à sutura, principalmente nas suturas longas dando maior fixação aos lábios da ferida. A cada passagem através dos tecidos, o fio é unido ao ponto passado anteriormente. A vantagem dessa sutura é a grande estabilidade na eventualidade de falha de um nó ou de uma porção de linha da sutura. Barra grega Sutura que pode ser realizada com rapidez. Pode ser usada na pele quando houver indicação para sutura contínua e um certo grau de eversão. A sutura inicia em um ponto isolado simples e avança aproximadamente 1 a 2 cm, e uma segunda passagem é feita através dos tecidos perpendiculares à incisão. Após a saída dos tecidos, a agulha avança 1 a 2 cm e é inserida perpendicularmente à linha de incisão na direção contra- lateral. Intradérmica ou subcutânea Esse tipo de sutura é usada mais frequentemente na forma contínua. A sutura inicia escondendo o nó no interior dos tecidos, seguindo um formato de zig-zag, com a agulha colocada perpendicularmente à incisão, porém, avançando paralela à incisão. Possui excelente resultado estético. Suturas da pele As suturas de feridas do tegumento cutâneo e de incisões cirúrgicas devem ser feitas cuidadosamente, pois constituem, a “apresentação do cirurgião”. Devem ser utilizados fios inabsorvíveis tipo nylon ou poliéster que, por promoverem menor reação tecidual, propiciam cicatrizes estéticas. Suturas mais indicadas para feridas de pele: - pontos separados de fio inabsorvível; - pontos separados de fios de ácido poliglicólico; pontos intradérmicos; - pontos intradérmicos, preferencialmente separados, de fio inabsorvível ou absorvível tipo poliglicólico; - aproximação com tiras de esparadrapo microporado; Sutura de tela subcutânea A tela subcutânea deve ser aproximada em uma ferida para evitar a formação de espaço morto e de consequentes coleções serosas e hemáticas, que favorecem à infecção. Deve ser suturada com pontos separados com fio absorvível tipo categute ou poligrlicólico. Sutura de aponeurose A síntese correta das aponeuroses é fundamental no fechamento das incisões abdominais. Devem-se utilizar, preferencialmente, pontos separados de fio inabsorvível como nylon poliéster, algodão ou seda. A sutura contínua das aponeuroses facilita as eventrações. Sutura muscular Em geral, quando a aponeurose que recebe o musculo é delicada, utilizam-se, conjuntamente, as miorráfias, feitas mais frequentemente com fios absorvíveis evitando pontos isquemiantes. Sutura através de grampeadores A sutura por grampeador propicia a aproximação de tecidos através de mecanismos que, pelo uso de grampos metálicos e diferentes formatos de grampeamento, adaptando-se aos tecidos, promovendo uma síntese adequada, rápida, segura e com pequena reação tecidual.
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