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ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

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Anatomia 
Bruna Argolo
SISTEMA RESPIRATÓRIO
· NARIZ – CAVIDADE NASAL:
O nariz é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro, contendo o órgão periférico do olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em cavidades direita e esquerda pelo septo nasal. As funções do nariz são olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais.
A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face; seu esqueleto é principalmente cartilagíneo. O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice. A face inferior do nariz é perfurada por duas aberturas piriformes, as narinas (aberturas nasais anteriores), que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz. A parte óssea superior do nariz, inclusive sua raiz, é coberta por pele fina. A pele sobre a parte cartilagínea do nariz é coberta por pele mais espessa, que contém muitas glândulas sebáceas. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz onde tem um número variável de pelos rígidos (vibrissas). Como geralmente estão úmidos, esses pelos filtram partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. 
O septo nasal divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais. O septo tem uma parte óssea e uma parte cartilagínea móvel flexível. Os principais componentes do septo nasal são a lâmina perpendicular do etmoide, o vômer e a cartilagem do septo. A fina lâmina perpendicular do etmoide, que forma a parte superior do septo nasal, o vômer, um osso fino e plano, forma a parte posteroinferior do septo nasal e a cartilagem do septo que se articula com as margens do septo ósseo.
As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral.
· O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. É dividido em três partes (frontonasal, etmoidal e esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte. 
· O assoalho das cavidades nasais é mais largo do que o teto e é formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino.
· A parede medial das cavidades nasais é formada pelo septo nasal.
· As paredes laterais das cavidades nasais são irregulares em razão de três lâminas ósseas, as conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas.
As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, pendendo da parede lateral. A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga das conchas. As conchas de muitos mamíferos (sobretudo de mamíferos corredores e daqueles que vivem em ambientes hostis) são estruturas que oferecem uma grande área de superfície para troca de calor, sendo mais complexas. Tanto seres humanos com conchas nasais simples, semelhantes a lâminas, quanto animais com conchas complexas, têm um recesso ou meato nasal (passagem na cavidade nasal) sob cada formação óssea. 
Assim, a cavidade nasal é dividida em cinco passagens: um recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais. 
· O recesso esfenoetmoidal, situado superoposteriormente à concha nasal superior, recebe a abertura do seio esfenoidal, uma cavidade cheia de ar no corpo do esfenoide.
· O meato nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superior e média, no qual se abrem os seios etmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios. 
· O meato nasal médio é mais longo e mais profundo do que o superior, e está entre as conchas nasais média e inferior. A parte anterossuperior dessa passagem leva a uma abertura afunilada, o infundíbulo etmoidal, através do qual se comunica com o seio frontal. 
· O meato nasal inferior é uma passagem horizontal situada em posição inferolateral à concha nasal inferior. O ducto lacrimonasal, que drena lágrimas do saco lacrimal, abre-se na parte anterior desse meato. 
· O meato nasal comum é a parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal.
Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os seguintes ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão localizados.
Há ainda o limite posterior da cavidade nasal, é a região que se chama coanas, que são dois orifícios, ainda separados pelo septo nasal, que irão “desembocar” na faringe. 
· FARINGE: 
A faringe é a parte expandida superior do sistema digestório, posterior às cavidades nasal e oral, que se estende inferiormente além da laringe. A faringe estende-se da base do crânio (região do esfenoide e do occipital) até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C VI posteriormente; a coluna é posterior a ela. 
A faringe é dividida em três partes:
· Parte nasal da faringe (nasofaringe): É posterior ao nariz e superior ao palato mole; tem função respiratória; é a extensão posterior das cavidades nasais; o teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital.
· Parte oral da faringe (orofaringe): É posterior à boca; tem função digestória; estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote.
· Parte laríngea da faringe (laringofaringe): posterior à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago.
OBS: Durante a deglutição, a laringe se eleva, enquanto a epiglote se abaixa, ocasionando o fechamento da laringe, permitindo assim a passagem do alimento para o esôfago; durante a respiração a epiglote se eleva permitindo assim um acesso livre para a laringe permitindo a passagem de ar.
· LARINGE:
A laringe, o complexo órgão de produção da voz, está situada na região anterior do pescoço no nível dos corpos das vértebras C III a C VI e une a parte inferior da faringe (parte laríngea da faringe) à traqueia. Embora seja conhecida mais frequentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias respiratórias, sobretudo durante a deglutição, quando serve como “esfíncter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior.
O esqueleto da laringe é formado por nove cartilagens: três são ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). 
· A cartilagem tireóidea é a maior das cartilagens; sua margem superior situa-se oposta à vértebra C IV. Os dois terços inferiores de suas duas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea. Essa projeção (“pomo de Adão”) é bem definida em homens, mas raramente é visível em mulheres. Acima dessa proeminência, as lâminas divergem para formar uma incisura tireóidea superior em forma de V. A incisura tireóidea inferior, bem menos definida, é um entalhe pouco profundo no meio da margem inferior da cartilagem.
· A cartilagem cricóidea, embora seja muito menor do que a cartilagem tireóidea, a é mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via respiratória.
· A cartilagem epiglótica, formada por cartilagem elástica, confere flexibilidade à epiglote. A cartilagem epiglótica, situada posteriormente à raiz da língua, forma a parte superior da parede anterior e a margem superior da entrada.
· As cartilagens aritenóideas são cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. Cada cartilagem tem um ápice superior, um processo vocal anterior e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir de sua base. O ápice tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica. Os ligamentos vocais elásticos estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea anteriormenteaté o processo vocal da cartilagem aritenóidea posteriormente. 
· As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas.
· As cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente em outras cartilagens.
A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea, onde a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traqueia. A cavidade da laringe inclui:
· Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares.
· Parte média da cavidade da laringe: a cavidade central (via respiratória) entre as pregas vestibulares e vocais.
· Ventrículo da laringe: recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas vestibulares e vocais. 
· O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestida por glândulas mucosas.
· Cavidade infraglótica: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com o lúmen da traqueia.
· As pregas vocais controlam a produção do som. As pregas vocais são pregas salientes de túnica mucosa que estão situadas sobre os ligamentos vocais e são a origem dos sons (tons) que provêm da laringe. Essas pregas produzem vibrações audíveis quando suas margens livres estão justapostas durante a fonação, e o ar é expirado intermitentemente com força. As pregas vocais também são o principal esfíncter inspiratório da laringe quando estão fechadas com firmeza. A adução completa das pregas forma um esfíncter eficaz que impede a entrada de ar.
· TRAQUEIA: 
A traqueia, que se estende da laringe até o tórax, se divide em porção cervical e torácica, e termina inferiormente dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo. Transporta o ar que entra e sai dos pulmões, e seu epitélio impulsiona o muco com resíduos em direção à faringe para expulsão pela boca. A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens (anéis) traqueais incompletas, que ocupa uma posição mediana no pescoço. As cartilagens traqueais mantêm a traqueia pérvia; são deficientes na parte posterior onde a traqueia é adjacente ao esôfago. A abertura posterior nos anéis traqueais é transposta pelo músculo traqueal, músculo liso involuntário que une as extremidades dos anéis. Portanto, a parede posterior da traqueia é plana.
Nos adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de diâmetro, enquanto nos lactentes tem o diâmetro de um lápis. A traqueia estende-se a partir da extremidade inferior da laringe no nível da vértebra C VI e termina no nível do ângulo esternal ou do disco entre T IV e T V, onde se divide nos brônquios principais direito e esquerdo.
Anteriormente a traqueia, em sua porção cervical, existe a glândula tireoide, e em sua porção torácica, existe o coração. Lateralmente à traqueia estão as artérias carótidas comuns, a jugular e os lobos da glândula tireoide, na porção cervical, e os pulmões, na porção torácica. 
· CAVIDADE TORÁCICA: 
A cavidade torácica é dividida em três compartimentos:
· Cavidades pulmonares direita e esquerda, compartimentos bilaterais, que contêm os pulmões e as pleuras e ocupam a maior parte da cavidade torácica.
· Um mediastino central, um compartimento interposto entre as duas cavidades pulmonares e separando-as completamente, que contém praticamente todas as outras estruturas torácicas — coração, partes torácicas dos grandes vasos, parte torácica da traqueia, esôfago, timo e outras estruturas (p. ex., linfonodos). Estende-se verticalmente da abertura superior do tórax até o diafragma e anteroposteriormente do esterno até os corpos vertebrais torácicos.
· PLEURAS E PULMÕES:
Cada cavidade pulmonar (direita e esquerda) é revestida por uma membrana pleural (pleura) que também se reflete e cobre a face externa dos pulmões que ocupam as cavidades. 
A cavidade pleural — o espaço virtual entre as camadas de pleura — contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração. A tensão superficial do líquido pleural também propicia a coesão que mantém a superfície pulmonar em contato com a parede torácica; assim, o pulmão se expande e se enche de ar quando o tórax expande, ainda permitindo o deslizamento.
A pleura visceral (pleura pulmonar) está aposta ao pulmão e aderida a todas as suas superfícies, inclusive as fissuras horizontal e oblíqua. Ela torna a superfície do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a pleura parietal. A pleura visceral é contínua com a pleura parietal no hilo do pulmão, onde estruturas que formam a raiz do pulmão (p. ex., o brônquio e os vasos pulmonares) entram e saem. 
A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo, assim, à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa do que a pleura visceral e se divide em quatro partes — costal, mediastinal, diafragmática e a cúpula da pleura (pleura cervical). 
Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Pulmões saudáveis são normalmente leves, macios e esponjosos, e ocupam totalmente as cavidades pulmonares, também são elásticos. 
Cada pulmão tem:
· Um ápice, a extremidade superior arredondada do pulmão que ascende acima do nível da costela I até a raiz do pescoço; o ápice é recoberto pela cúpula da pleura.
· Uma base, a face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia nela.
· Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras.
· Cinco faces (costal, mediastinal, diafragmática, apical e interlobar).
· Três margens (anterior, inferior e posterior).
O pulmão direito apresenta fissuras oblíqua direita e horizontal, que o dividem em três lobos direitos: superior, médio e inferior. O pulmão direito é maior em volume e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta, graças ao fígado, e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. 
O pulmão esquerdo tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos esquerdos: superior e inferior. A margem anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, uma impressão deixada pelo desvio do ápice do coração para o lado esquerdo. Essa impressão situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior e costuma molda-la, transformando-a em um processo estreito e linguiforme, a língula, que se estende abaixo da incisura cardíaca. 
A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa. Está relacionada à parte costal da pleura, que a separa das costelas, cartilagens costais e dos músculos intercostais íntimos. A parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e às vezes é denominada parte vertebral da face costal.
A face mediastinal do pulmão é côncava porque está relacionada com o mediastino médio, que contém o pericárdio e o coração. A face mediastinal compreende o hilo, que recebe a raiz do pulmão. Como dois terços do coração estão à esquerda da linha mediana, a impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é muito maior. Essa face do pulmão esquerdo também tem um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a parte descendente da aorta, além de uma área menor para o esôfago.
A face diafragmática do pulmão, que também é côncava, forma a base do pulmão, apoiada sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão direito em vista da posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado. 
A face interlobar fica entre os lobos do pulmão; sendo o pulmão direito dividido em três lobos e o pulmão esquerdo dividido em dois lobos. A divisão desses lobos é realizada pelas incisuras do pulmão, a oblíqua direita e horizontal, no direito, e a oblíqua esquerda, no esquerdo. Desse modo,o pulão direito se divide em lobo superior direito (3 seguimentos), lobo médio (2 seguimentos) e o lobo inferior direito (5 seguimentos), e o pulmão esquerdo se divide em lobo superior esquerdo (5 seguimentos) e lobo inferior esquerdo (5 seguimentos). 
A margem anterior do pulmão é o ponto de encontro anterior entre as faces costal e mediastinal, que recobrem o coração. A incisura cardíaca deixa uma impressão nessa margem do pulmão esquerdo. A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafragmática do pulmão, separando-a das faces costal e mediastinal. A margem posterior do pulmão é o ponto de encontro posterior das faces costal e mediastinal; é larga e arredondada e situa-se na cavidade ao lado da parte torácica da coluna vertebral.
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões — isto é, os brônquios (e vasos brônquicos associados), artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos. 
O hilo do pulmão é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem do pulmão as estruturas que formam sua raiz. Pelo hilo do pulmão direito passam o brônquio principal direito, a artéria pulmonar direita e as veias pulmonares direitas. Pelo hilo do pulmão esquerdo passam o brônquio principal esquerdo, a artéria pulmonar esquerda e as veia pulmonares esquerdas. Além das estruturas mencionadas há ainda os vasos linfáticos e os nervos, e todos esses juntos formam o pedículo respiratório, que irá se bifurcar dentro dos pulmões. 
· ÁRVORE TRAQUEOBRAQUIAL:
A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de cartilagem hialina em formato de ferradura ou em C. As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia, situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax (ou ângulo do esterno) em brônquios principais, um para cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões.
O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio principal esquerdo porque entra diretamente no hilo do pulmão. O brônquio principal esquerdo segue inferolateralmente, inferiormente ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão.
Nos pulmões, os brônquios ramificam-se de modo constante e dão origem à árvore traqueobronquial. Observe que os ramos da árvore traqueobronquial são componentes da raiz de cada pulmão (formada pelos ramos da artéria e das veias pulmonares, além dos brônquios). Cada brônquio principal (primário) divide-se em brônquios lobares (secundários), dois à esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide-se em vários brônquios segmentares (terciários), que suprem os segmentos broncopulmonares. 
· Os brônquios lobares direitos são: lobar superior direito, lobar médio e lobar inferior direito.
· Os brônquios lobares esquerdos são: lobar superior esquerdo e lobar inferior esquerdo.
Além dos brônquios segmentares terciários, há 20 a 25 gerações de bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos terminais, os menores bronquíolos condutores. A parede dos bronquíolos não tem cartilagem. Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não têm glândulas nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, caracterizados por bolsas (alvéolos) de paredes finas e dispersos, que se originam de suas luzes. 
O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. Graças à presença dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte de ar quanto da troca gasosa.
Cada bronquíolo respiratório dá origem de 2 a 11 ductos alveolares, e cada um deles dá origem a 5 a 6 sacos alveolares. Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, densamente revestidas por alvéolos, que levam a espaços comuns, os sacos alveolares, nos quais se abrem grupos de alvéolos. 
Anatomia 
 
Bruna Argolo
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 
v
 
NARIZ
 
–
 
CAVIDADE NASAL:
 
O
 
nariz 
é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro, contendo o órgão periférico do 
olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em cavidades direita e esquerda pelo 
septo 
nasal
. As funções do nariz são olfato, resp
iração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção 
e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais.
 
A 
parte externa do nariz 
é a parte visível que se projeta da face; seu esqueleto é principalmente 
cartilagíne
o.
 
O 
dorso do
 
nariz 
estende
-
se da 
raiz 
até o 
ápice. 
A face inferior do nariz é perfurada por
 
duas 
aberturas piriformes
, as 
narinas 
(aberturas nasais anteriores), que são limitadas lateralmente pelas 
asas do nariz. 
A parte ó
ssea 
superior do nariz, inclusive
 
sua
 
raiz, é coberta por pele fina. 
A pele sobre a parte cartilagínea do nariz 
é coberta por pele mais espessa, que contém muitas glândulas sebá
ceas. A pele 
estende
-
se até o 
vestíbulo do nariz 
onde tem um número variável de pelos rígidos (
vibrissas
). Como 
geralmente estão úmidos, esses pelos filtram 
partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. 
 
O 
septo nasal
 
divide a câmara do nariz em duas 
cavidades nasais. 
O septo tem uma parte óssea e uma parte 
cartilagínea móvel flexível. Os principais componentes do septo nasal são a lâmina perpendicular do etmoide, o vômer 
e a cartilagem do septo. A fina 
lâmina perpendicular do etmoide, 
que forma a parte superior do sept
o nasal, o 
vômer, 
um osso fino e plano, forma a parte posteroinferior do septo nasal e a
 
cartilagem do septo 
que se 
articula 
com as margens do septo ósseo.
 
As 
cavidades nasais
 
têm teto, assoalho e paredes medial e lateral.
 
ü
 
O 
teto das cavidades nasais 
é cur
vo e estre
ito, com exceção da extremidade 
posterior, onde o 
corpo do esfenoide, 
que é oco, forma o teto. É dividido em três partes (frontonasal, etmoidal e 
esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte. 
 
ü
 
O 
assoalho das cavidades nasais
 
é mais largo do que o teto e é formado pelos 
processos palatinos 
da maxila 
e pelas 
lâminas horizontais do palatino.
 
ü
 
A 
parede medial das cavidades nasais 
é formada pelo septo nasal.
 
ü
 
As 
paredes laterais das cavidades nasais 
são irregulares em razão de três lâminas ósseas, as 
conchas nasais, 
que se projetam inferiormente, como persianas.
 
As 
conchas nasais 
(superior, média e inferior) curvam
-
se em sentido inferomedial, pendendo da parede 
lateral.
 
A 
concha nasal
 
inferior 
é a 
mais longa e mais larga das conchas.
 
As conchas de muitos mamíferos (sobretudo 
de mamí
feros corredores e daqueles 
que vivem em ambientes hostis) são estruturas que oferecem uma grande á
rea 
de 
superfície para troca de calor
, sendo mais complexas
. Tanto sere
s humanos com conchas nasais simples, 
semelhantes a lâ
minas, quanto animais com 
conchas complexas, têm um recesso ou 
meato nasal 
(passagem na cavidade 
nasal) sob cada formação ó
ssea. 
 
 
Assim, a 
cavidade nasal é dividida em cinco passagens: um 
recesso esfen
oetmoidal 
posterossuperior, três 
meatos nasais 
laterais 
(superior, médio e inferior) e um 
meato nasal comum 
medial, no qual se abrem as quatro 
passagens laterais. 
 
 
ü
 
O 
recesso esfenoetmoidal, 
situado superoposteriormente à concha nasal superior, recebe a 
abertura do 
seio esfenoidal,
 
uma cavidade che
ia de ar no corpo do esfenoide.
 
ü
 
O 
meato nasal superior 
é uma passagem e
streita entre as conchas nasais 
superior e média, no qual 
se abrem os seios e
tmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios. 
 
ü
 
O 
meato
 
nasal médio 
é mais longo e mais profundo do que o superior
, e está entre as conchas nasais 
média e inferior
. A parte 
anterossuperior dessa passagem leva a uma abertura
 
afunilada, o 
infundíbulo
 
etmoidal, 
através do qual
 
se comunica com o seio frontal.
 
 
ü
 
O 
meato nasal inferior 
é uma passagem horizontal situada em posição inferolateral à concha nasal 
inferior. O 
ducto 
lacrimonasal, 
que drena lágrimas do saco lacrimal, abre
-
se na parte anterior 
desse 
meato
. 
 
ü
 
O 
meato nasal
 
comum 
é a parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal
.
 
Os 
seios paranasais 
são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os seguintes 
ossos do crânio:
 
frontal, etmoide, esfenoide 
e maxila. São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão 
localizados.
 
Há ainda o limite posterior da cavidade nasal, é a região 
que se chama coanas, que são dois orifícios, ainda separados pelo 
septo nasal, que irão “desembocar” na faringe. 
 
 
 
 
 
Anatomia 
Bruna Argolo 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 NARIZ – CAVIDADE NASAL: 
O nariz é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro, contendo o órgão periférico do 
olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em cavidades direita e esquerda pelo septo 
nasal. As funções do nariz são olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção 
e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais. 
A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face; seu esqueleto é principalmente 
cartilagíneo. O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice. A face inferior do nariz é perfurada por duas 
aberturas piriformes, as narinas (aberturas nasais anteriores), que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz. 
A parte óssea superior do nariz, inclusive sua raiz, é coberta por pele fina. A pele sobre a parte cartilagínea do nariz 
é coberta por pele mais espessa, que contém muitas glândulas sebáceas. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz 
onde tem um número variável de pelos rígidos (vibrissas). Como geralmente estão úmidos, esses pelos filtram 
partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. 
O septo nasal divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais. O septo tem uma parte óssea e uma parte 
cartilagínea móvel flexível. Os principais componentes do septo nasal são a lâmina perpendicular do etmoide, o vômer 
e a cartilagem do septo. A fina lâmina perpendicular do etmoide, que forma a parte superior do septo nasal, o 
vômer, um osso fino e plano, forma a parte posteroinferior do septo nasal e a cartilagem do septo que se articula 
com as margens do septo ósseo. 
As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral. 
 O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o 
corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. É dividido em três partes (frontonasal, etmoidal e 
esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte. 
 O assoalho das cavidades nasais é mais largo do que o teto e é formado pelos processos palatinos 
da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino. 
 A parede medial das cavidades nasais é formada pelo septo nasal. 
 As paredes laterais das cavidades nasais são irregulares em razão de três lâminas ósseas, as 
conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas. 
As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, pendendo da parede 
lateral. A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga das conchas. As conchas de muitos mamíferos (sobretudo 
de mamíferos corredores e daqueles que vivem em ambientes hostis) são estruturas que oferecem uma grande área 
de superfície para troca de calor, sendo mais complexas. Tanto seres humanos com conchas nasais simples, 
semelhantes a lâminas, quanto animais com conchas complexas, têm um recesso ou meato nasal (passagem na cavidade 
nasal) sob cada formação óssea. 
Assim, a cavidade nasal é dividida em cinco passagens: um recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três 
meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro 
passagens laterais. 
 O recesso esfenoetmoidal, situado superoposteriormente à concha nasal superior, recebe a 
abertura do seio esfenoidal, uma cavidade cheia de ar no corpo do esfenoide. 
 O meato nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superior e média, no qual 
se abrem os seios etmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios. 
 O meato nasal médio é mais longo e mais profundo do que o superior, e está entre as conchas nasais 
média e inferior. A parte anterossuperior dessa passagem leva a uma abertura afunilada, o 
infundíbulo etmoidal, através do qual se comunica com o seio frontal. 
 O meato nasal inferior é uma passagem horizontal situada em posição inferolateral à concha nasal 
inferior. O ducto lacrimonasal, que drena lágrimas do saco lacrimal, abre-se na parte anterior desse 
meato. 
 O meato nasal comum é a parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal. 
Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os seguintes 
ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão 
localizados. 
Há ainda o limite posterior da cavidade nasal, é a região 
que se chama coanas, que são dois orifícios, ainda separados pelo 
septo nasal, que irão “desembocar” na faringe.

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