Buscar

Carrapatos: Importância e Transmissão de Patógenos

Prévia do material em texto

@MEUAMORPORMEDVET 
@MEUAMORPORMEDVET 
PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 
 
• Os carrapatos considerados de importância 
econômica e para a saúde pública são 
artrópodes da classe Arachnida, ordem Acari e 
famílias Ixodidae e Argasidae. 
 
• Todas as espécies requerem obrigatoriamente 
sangue de vertebrados e possuem 
significativo grau de especificidade podendo 
utilizar hospedeiros alternativos, incluindo o 
homem. 
• Em cães, são comuns os carrapatos 
Amblyomma ovale, A. aureolatum e Amblyomma 
spp além do Rhipicephalus sanguineus. Em 
bovinos os Boophilus microplus e em equinos 
os Amblyomma cajennense e Anocentor nitens. 
Todos esses têm potencial para parasitismo 
em seres humanos. 
 
 
• O aparelho bucal do carrapato penetra 
profundamente na pele do hospedeiro, 
permanecendo fixado através do hipostômio e 
pela solidificação da secreção salivar. 
 
• Ao provocar laceração dos tecidos e vasos 
sanguíneos, o carrapato ingere sangue e 
outros líquidos tissulares dos hospedeiros e 
regurgita grandes volumes de saliva, principal 
via de inoculação de patógenos. 
 
• A saliva é considerada a rota primária pela qual 
microrganismos são inoculados na corrente 
sanguínea dos hospedeiros. 
 
 
 
 
• No processo de alimentação, os carrapatos 
causam: 
a) ação traumática, pela dilaceração de 
células e tecidos; 
 
b) ação mecânica, pela compressão de 
células; 
 
c) espoliação direta, pelo hematofagismo; 
d) ação tóxica, pela inoculação de 
substâncias de alto peso molecular pela 
saliva, além da depreciação do couro e 
predisposição a miíases e abscessos. 
• Uma das características das doenças cujos 
agentes são transmitidos por carrapatos, 
constitui-se no fato de mimetizarem muitas 
doenças infecciosas e parasitárias, o que 
dificulta substancialmente o diagnóstico 
específico e o tratamento. Em geral, os 
sintomas clínicos envolvem processo febril e 
a anemia nos hospedeiros vertebrados. 
 
 
• Proporcionam grande perda de sangue do 
hospedeiro, podendo causar grave anemia; 
• Causam lesões e danos na pele do 
hospedeiro, podendo reduzir a qualidade do 
couro; 
• Reduzem a taxa de desenvolvimento ponderal 
(peso em função da altura) do hospedeiro; 
Alimentação e 
transmissão de patógenos 
Família Ixodidae 
@MEUAMORPORMEDVET 
@MEUAMORPORMEDVET 
PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 
• Proporcionam reações alérgicas e, em alguns 
casos, levar o hospedeiro a paralisia devido a 
inoculação de toxinas e neurotoxinas 
presentes na saliva; 
• Transmitem diversos patógenos (vírus, 
bactérias, protozoários, helmintos etc.). 
 
1. Rhipicephalus (Boophilus) - carrapato azul 
dos bovinos 
 
• As principais espécies no Brasil são 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus e 
Rhipicephalus (Boophilus) annulatus, são muito 
comuns nos bovinos. Também pode ser visto 
em ovinos, caprinos e alguns silvestres 
angulados. 
• O tamanho corporal das fêmeas não 
alimentadas é de 2 a 3mme podendo atingir 
até 12mm quando ingurgitadas. 
• Apresentam ciclo biológico monoxeno com um 
único hospedeiro. 
• Causam grande irritação devido as picadas 
dolorosas e perda de sangue. Além disso, as 
feridas podem favorecer a ocorrência de 
dípteros e consequentes miíases e 
desvalorização do couro. Também provocam 
perda na produtividade animal (ganho de peso, 
produção de leite). 
• São vetores dos protozoários Babesia bovis, 
Babesia bigemina e da bactéria Anaplasma 
marginale causadores da TRISTEZA BOVINA. 
• A tristeza bovina tem como sintomas: 
extrema irritação, apatia e falta de resposta 
a estímulos, anemia, febre alta (acima de 
40°C), pelos arrepiados e ásperos, urina 
escura (presença de hemoglobina na urina), 
problemas neurológicos (especialmente 
relacionados à locomoção), falta de 
coordenação, quedas e em alguns casos o 
animal ao óbito em curto período (3 dias). 
• Algumas formas de profilaxia e intervenção 
para o controle do Rhipicephalus (Boophilus) 
são: catação manual, banho de imersão 
(banheiros carrapaticidas), aplicação de 
antiparasitários (injetáveis, aspersão, Spray, 
Pour On), rotação de pastagens, uso da 
técnica de arrasto com flanela branca e 
adoção dos métodos alternativos de 
controle. 
 
2. Amblyomma (carrapato estrela) 
 
• A principal espécie no Brasil é a Amblyomma 
cajennense e é muito associada a equinos e 
bovinos. 
• O tamanho corporal da fêmea adulta é de 
aproximadamente 8 mm de comprimento não 
alimentadas e pode atingir até 20 mm quando 
ingurgitadas. 
• Seu ciclo biológico é heteroxêno com três 
hospedeiros. 
• São vetores de protozoários como Babesia 
equi e Babesia caballi (causadores da 
BABESIOSE EQUINA) e bactérias como 
Rickettsia rickettsii (causadora da FEBRE 
MACULOSA). 
• Causam grande irritação devido as picadas 
dolorosas e perda de sangue. 
• As feridas causadas podem favorecer a 
ocorrência de dípteros e consequentes 
miíases e desvalorização do couro. 
 
@MEUAMORPORMEDVET 
@MEUAMORPORMEDVET 
PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 
• Os sintomas apresentados por animais 
parasitados por carrapatos e com suspeita 
de babesiose equina e febre maculosa são 
extrema irritação, apatia e falta de resposta 
a estímulos, anemia e febre alta (acima de 
40°C). 
• As formas de profilaxia e intervenção são as 
mesmas do Rhipicephalus (Boophilus). 
 
3. Dermacentor (Anocentor /Otocentor) - 
carrapato da orelha do cavalo 
 
• A principal espécie no Brasil é a Dermacentor 
nitens e é bastante associada a equinos. 
• O tamanho corporal da fêmea adulta é de 
aproximadamente 2 mm de comprimento não 
alimentadas e pode atingir 12 mm de 
comprimento quando ingurgitadas. 
• O nome “carrapato da orelha do cavalo” 
deve-se ao fato de que todo o ciclo 
biológico se desenvolve no pavilhão auricular 
e no conduto auditivo do hospedeiro. Podem 
causar mutilação da cartilagem dos equinos. 
• Seu ciclo biológico é monoxeno (um único 
hospedeiro). 
• São vetores de protozoários como Babesia 
equi e Babesia caballi (causador da BABESIOSE 
EQUINA). 
• As feridas causadas podem favorecer a 
ocorrência de dípteros e consequentes 
miíases. 
• Os sintomas apresentados por animais 
parasitados por carrapatos e com suspeita 
de babesiose equina são apatia e falta de 
resposta a estímulos, anemia, febre alta 
(acima de 40°C), pelos arrepiados e ásperos, 
problemas neurológicos (andar cambaleante, 
falta de coordenação principalmente dos 
membros posteriores e quedas) e em alguns 
casos o animal ao óbito em curto período (3 
dias). 
• A profilaxia e formas de intervenção para o 
controle de Dermacentor nitens são catação 
manual e aplicação de antiparasitários por 
meio de aspersão e Spray. 
 
4. Ixodes (carrapato de ovinos) 
 
• Ixodes é o maior gênero da família Ixodidae e 
sua principal espécie no Brasil é o Ixodes 
ricinus. 
• Carrapatos deste gênero são pequenos, 
apresentam escudo não ornamentado, 
ausência de olhos e festões 
• Seus hospedeiros principais são ovinos, mas 
podem ser encontrados ainda em bovinos, 
caprinos, aves, 
outros mamíferos e até 
lagartos. 
• Seu ciclo biológico é heteroxêno com três 
hospedeiros. 
• São vetores da bactéria Borrelia burgdorferi 
(causador da DOENÇA DE LYME). 
• As feridas causadas podem favorecer a 
ocorrência de dípteros e consequentes 
miíases. 
• Os sintomas apresentados por animais 
parasitados por carrapatos e com suspeita 
de boreliose (doença de Lyme) são: apatia e 
falta de resposta a estímulos, febre alta 
@MEUAMORPORMEDVET 
@MEUAMORPORMEDVET 
PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 
(acima de 40°C), anorexia (perda de peso), 
lesões cutâneas e sensibilidade muscular. 
• A profilaxia e formas intervenção para o 
controle de Ixodes ricinus são a tosquia, 
catação manual, banho de imersão (banheiros 
carrapaticidas) e aplicação de antiparasitários 
(injetáveis, aspersão, Spray, Pour On). 
 
 
 
 
 
• São conhecidos como“carrapatos moles”, 
não possuem escudo e suas peças bucais 
(capítulo) não são visíveis, quando observados 
dorsalmente. 
• As fêmeas não se distendem tanto quando 
ingurgitadas e alimentam-se com maior 
frequência. 
 
1. Gênero Argas (carrapato das aves) 
 
 
• A principal espécie no Brasil é a Argas miniatus 
(carrapato de galinha). 
• Seu corpo é oval, sendo mais largo 
posteriormente. Possui tegumento pregueado 
e peritemas transversais em forma de meia-
lua. 
• Seu principal hospedeiro são as galinhas, 
porém ocorrem em pombos, patos e 
pássaros silvestres. 
• Vive em buracos e frestas dos galinheiros, 
cabanas rústicas e troncos de árvores. Sai 
para se alimentar e retorno aos esconderijos 
quando ingurgitados. 
• Causa irritação nas aves, anemia e a perda 
de sangue que pode levar as aves a morte. 
• Este carrapato é o vetor da Borrelia anserina 
e Aegyptanella pullorum entre as aves. 
Podem atacar o homem e sua picada causa 
intensa dor. 
• Para controle do carrapato, deve-se evitar 
manter as aves em lugares quentes e 
úmidos, poleiros de bambu e galinheiros de 
ripas. Banhos de carrapaticidas individuais são 
desaconselháveis, uma vez que o combate 
deve ser aos aviários. 
 
• O acasalamento ocorre fora do hospedeiro e 
a fêmea necessita ingerir sangue para 
maturação dos ovos. Em seguida ocorre a 
oviposição na forma de massa de ovos (fora 
do hospedeiro), a fêmea armazena 
espermatozoide na espermateca o que a 
permite realizar várias posturas sem nova 
cópula. 
Família Argasidae 
@MEUAMORPORMEDVET 
@MEUAMORPORMEDVET 
PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. 
• O ciclo de vida compreende os estágios de 
ovo, larva, ninfas (protoninfa e deutoninfa) 
e adultos. As ninfas e adultos alimenta-se 
rapidamente (cerca de 30 a 40 minutos), 
enquanto as larvas fixam-se em seus 
hospedeiros por aproximadamente 7 a 10 dias. 
Antes de cada muda ocorre um repasto 
sanguíneo, salvo raras exceções em que 
pode ocorrer duas refeições em ninfas 
antes da ecdise. 
 
2. Gênero Otobius 
 
• Principal espécie brasileira: Otobius megnini 
(carrapato espinhoso da orelha). 
• Possui o corpo arredondado, tegumento 
verrugoso quando adulto e espinhoso quando 
ninfa e margem do idiossoma não tem borda 
definida. 
• Seus hospedeiros são: ruminantes, equinos, 
suínos, felinos, animais silvestres e o homem. 
• Quando na fase de larva e de ninfa 
parasitam a orelha permanecendo fixos nas 
áreas livres de pelos. 
• O adulto não é parasito e vive em 
esconderijos, onde ocorre a copula. 
• Pode ter como sinais clínicos: prurido, 
hemorragia subcutânea e hipersensibilidade 
focal. 
 
 
 
 
 
 
 
3. Gênero Ornithodorus 
 
• Principal espécie brasileira: Ornithodorus 
brasiliensis (carrapato do chão) 
• Em sua morfologia apresenta principalmente 
a ausência de dentes no tarso do primeiro 
par de pernas. Tem o corpo oval, ausência 
de olhos e tegumento mamilonado. 
• Hospedeiros: Parasita de mamíferos. 
• Habitat: Os adultos estão sempre no solo. As 
ninfas e larvas são hematófagas.

Outros materiais