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ALUNO: MARIANA AFONSO COSTA AULAS 04, 05 E 07 Coração PROPRIEDADES DAS CÉLULAS CARDÍACAS AUTOMATISMO * Capacidade de autoexcitação. * Potenciais de forma espontânea. → Estímulo gerado nela mesma. * Não é exclusivamente da célula cardíaca. → Célula intersticial BATMOTROPISMO * Batmo = exprime noção de degrau, limiar. * Capacidade de ser excitável e de realizar potencial de ação. → Atingir o limiar de excitabilidade. * Não é uma exclusividade da célula cardíaca, existe em toda célula excitável. CRONOTROPISMO * Crono = tempo. * Capacidade de se excitar com ritmo ou ritmicidade. * Chamada também de frequência cardíaca. DROMOTROPISMO * Dromo = lugar de correr. * Capacidade de conduzir o sinal elétrico. → Velocidade de espalhamento. INOTROPISMO * Capacidade de responder ao estímulo realizando contração. * Fibras = células cardíacas que vão responder quando estimuladas. SNA VIA SIMPÁTICA: * Noradrenérgica. * Estimula essas propriedades = Positivo. VIA PARASSIMPÁTICA: * Colinérgica. * Desestimula essas propriedades = Negativo. MÚSCULO CARDÍACO Músculo de contração: como o musculo esquelético, porém com duração maior: - Atrial. - Ventricular. Músculo de condução: possui descargas elétricas rítmicas automáticas – PA: - Excitatórias/Condução. ANATOMIA DO MÚSCULO CARDÍACO Músculo estriado com disposição em malha. O miocárdio funciona como sincício, ou seja, células musculares cardíacas muito conectadas compostas por discos intercalares, que proporcionam numerosas junções GAP, aumentando a permeabilidade no transporte de íons. - Junções GAP: Junções comunicantes permeáveis com rápida difusão de íons. Potencial de ação se difunde rapidamente ao longo do eixo longitudinal através dos discos intercalados. Possui dois sincícios, atrial e ventricular, que são separados por tecido fibroso que impede a passagem do potencial de ação, que é conduzido pelo feixe A/V (atrioventricular). Essa separação colabora para que os átrios se contraiam antes dos ventrículos. POTENCIAL DE AÇÃO *Parâmetros: potencial de repouso do músculo contrátil: -90 a -100mV; potencial de repouso dos músculos de condução (fibras): -85 a -95mV. Durante cada batimento o potencial se altera, podendo chegar a +20mV. É gerado um potencial em ponta e a seguir a despolarização permanece por 0,2s, exibindo um platô, seguido de uma repolarização abrupta. A geração da despolarização da membrana não se deve apenas pelo influxo de Na+, mas também pela abertura de canais lentos de cálcio, que matem a duração da despolarização quando entra na membrana. Imediatamente após o início do potencial, a permeabilidade da membrana miocárdica ao potássio diminui retardando e dificultando a repolarização cardíaca. Fases do Potencial de Ação: - (0) Despolarização: abertura dos canais rápidos de Na+ - (1) Despolarização Inicial: canais rápidos de Na+ fecham, passa a ocorrer estímulo para repolarização devido a abertura e saída de K+. - (2) Platô: canais de cálcio abrem e os de K+ se fecham. Ocorre uma breve repolarização inicial e o potencial alcança um platô devido a abertura dos canais de Ca2+ e diminuição da permeabilidade ao K+. - (3) Repolarização rápida: canais de Ca2+ encerra e os de K+ abrem-se lentamente. - (4) Potencial de repouso (aproximadamente -90mV) EXCITAÇÃO RÍTMICA SISTEMA ESPECIALIZADO Geração do estímulo: - Nodo sinusal - Nodo AV - Feixes ventriculares Condução do estímulo: - Vias intermodais - Feixe A-V - Feixes ventriculares (direita/ esquerda) = Purkinje Nodo sinusal --> vias intermodais --> nodo AV --> feixe AV --> ramos direito e esquerdo das fibras de Purkinje - -> ventrículos. NODO SINUSAL/ SINOATRIAL → “Marcapasso natural”; → Músculo cardíaco especializado; → Maior grau de auto excitação; → Controle do ritmo cardíaco; → Parede postero-lateral superior ao átrio direito, lateral à veia cava superior; → Quase sem filamentos contráteis; → Fibras contínuas com fibras atriais. * Nodo sinusal normal: 70 a 80bpm. * Nodo atrioventricular: 40 a 60bpm. * Fibras de Purkinje: 15 a 40bpm. AUTOEXCITAÇÃO DAS FIBRAS SINUSAIS Gera descargas automáticas rítmicas --> contrações rítmicas. O potencial de repouso fibra sinusal é -55 a - 60 mV e -85 a -90 mV nos feixes ventriculares (potencial negativo = maior permeabilidade ao Ca e Na). 1. Abertura dos canais de sódio; 2. Negatividade crescente; 3. -55mV = fecham os canis de sódio; 4. Abrem-se canais de cálcio: -40mV – início do potencial de ação; 5. Canais de Na/Ca são inativadas e abrem-se os canais de K; 6. Hiperpolarização – canais de K permanecem abertos; 7. Abertura dos canais de Na. VIAS INTERNODAIS E TRANSMISSÃO PELOS ÁTRIOS → Fibras do nodo sinusal --> conexão direta com tecido atrial → Transmissão por toda massa atrial e até nodo atrioventricular → Banda interatrial anterior (átrio esquerdo): condução mais rápida → Vias Internodais A/M/P --> nodo AV SISTEMA DE PURKINJE Nodo AV – Fibras AV – Fibras Purkinje; Barreira fibrosa divide átrios e ventrículos; Características opostas às do nodo AV: calibrosas, velocidade 06x > musc ventricular -- > TRANSMISSÃO INSTANTÂNEA Fibras de Purkinje são rápidas: o Muitas junções abertas o Fibras longas com poucas miofibrilas Sentido único pelas fibras – impede REENTRADA DISTRIBUIÇÃO - Septo interventricular - Sob o endocárdio - Ramos direito e esquerdo até ápice e depois de volta a base - Transmissão nos ventrículos: 0,03 s - Do endocárdio -> epicárdio: 0,03 - Total = 0,06 ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO – CONTRAÇÃO O íon Ca2+ se liga a troponina C iniciando a formação das pontes cruzadas e movimentos em alavancas. O estímulo começa com a propagação do potencial de ação, que se dissemina para o interior das fibras por túbulos T. Chega até o retículo sarcoplasmático (rsp), onde será responsável pela liberação de Ca2+ no sarcoplasma. Além da origem reticular, na contração do músculo cardíaco, o Ca2+, localizado no líquido extracelular (lec), entra pelos túbulos T ativando canais e liberação de cálcio (receptores de rianodina) na membrana do retículo sarcoplasmático, gerando mais fluxo de Ca2+ aumentando a força da contração muscular. Essa contração termina com o funcionamento da bomba de cálcio, que envia íons para o rsp e para o lec. A importância do cálcio adicional se deve ao fato de o rsp muscular ser menos desenvolvido, enquanto os túbulos T possuem um diâmetro maior e apresentam ligações com mucopolissacarídeos eletronegativos, que estimulam a conexão com o cálcio proporcionando sua maior difusão. A força de contração muscular depende muito da concentração de íons cálcio nos líquidos extracelulares. MARCAPASSO ECTÓPICO → Pontos de despolarização fora do nó sinusal → Produz sequencias anormais de contração → CAUSAS: - Feixes anômalos - Bloqueio AV (S de Stokes-Adams – retomada tardia de batimentos cardíacos após 5 a 20 segundos) SNA VIA SIMPÁTICA: → Maior distribuição no coração → Norepinefrina → Receptores beta → Aumenta velocidade de condução → Aumenta freq. Cardíaca: - Facilita fluxo de Na e Ca → Aumenta força de contração - Facilita o fluxo de Cálcio VIA PARASSIMPÁTICA: → Maior distribuição no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular; → Nervo Vago; → Acetilcolina: Diminui frequência nodo sinusal Dificulta transmissão fibras juncionais entre musculo atrial e nodo AV = reduz FC ou interrompe → Escape ventricular: após 5 a 20s as fibras purkinjes estimulam contração; → Permite maior fluxo de K; → Hiperpolarização exagerada; → Entre -65 a -75 mV, ao invés de - 55 a - 60 mV; → Maior tempo de vazamento de Na para PA; → Demora para atingir limiar de excitação. O CORAÇÃO COMO UMA BOMBA O coração é o órgão que confere vitalidade ao organismo, através de sua distribuição de sangue – que contêm oxigênio e nutrientes – para os tecidos.Funciona como duas bombas, a direita (recepção) e a esquerda (ejeção). As câmeras que os compõe são os átrios e os ventrículos. CORAÇÃO DIREITO circulação pulmonar; sangue venoso; válvula atrioventricular tricúspide: átrio direito ventrículo direito (impede o refluxo do sangue); válvula pulmonar: ventrículo direito pulmão. CORAÇÃO ESQUERDO circulação sistêmica; sangue arterial; válvula mitral: átrio esquerdo ventrículo esquerdo válvula aórtica: ventrículo esquerdo artéria aorta FUNCIONAMENTO DAS VALVULAS 1) Atrioventriculares (AV): mitral (esquerda) e tricúspide (direita), impedem o refluxo do sangue do ventrículo para o átrio. Agem por pressão. 2) Semilunares: pulmonar e aórtica, impedem o refluxo das artérias para os ventrículos. Apresentam diâmetro menor e a abertura é acompanhada de um rápido fluxo sanguíneo. Fechamento se dá quando a Pvasos > Pventrículos. Pela alta pressão e velocidade de fluxo, são mais suscetíveis a lesões mecânicas. As válvulas AV são fixadas nos músculos papilares dos ventrículos. Essa ligação é feita através das cordas tendíneas, e, quando ocorre a contração ventricular, esses músculos se contraem e puxam as cordas tendíneas evitando o abaulamento da válvula. Caso uma dessas cordas se rompam ou paralisem, a valva se abaúla e pode haver o refluxo sanguíneo. CICLO CARDÍACO Definido como o intervalo entre o início de um batimento e o início do próximo. *SÍSTOLE: contração cardíaca (ejetando sangue): Fase de contração Isovolumétrica: Contração ventricular; Aumento pressão ventricular; fechamento das válvulas AV; aumento da pressão e abertura das válvulas semilunares pulmonar e aórtica Período de Ejeção: Pressão ventricular = 80 mmHg = válvulas abertas. o Período de ejeção rápida 1/3 = 70%. o Período de ejeção lenta 2/3. Fase de relaxamento isovolumétrico: Diminuição da pressão ventricular e aumento da pressão nas artérias provocando o fechamento das válvulas semilunares (volume ventricular mantido). *DIÁSTOLE: relaxamento (recebendo sangue): válvulas atrioventriculares se abrem, ventrículos se enchem. Fase rápida (1/3): com o aumento da pressão nos átrios as válvulas AV se abrem, passando o sangue de forma rápida. Fase intermediária (1/3): Fluxo normal Fase final (1/3): Contração do átrio ejetando a fração restante de sangue (20%). Geração espontânea dos batimentos no nó sinusal. O potencial de ação é iniciado nos átrios e através de conexões atrioventriculares se estendem aos ventrículos. Os átrios se contraem antes dos ventrículos, favorecendo o esvaziamento dessa câmara antes que a seguinte se contraia (aprox. 0,1s). É um sistema vascular fechado. *Fração de ejeção: termo percentual do volume que ejeto normalmente = +/-60%. ÁTRIOS Câmaras superiores que atuam como reservatórios; Vias de entrada do sangue. “Bombas em escova” = responsáveis por “limpar” toda a câmara promovendo a passagem quase total para os ventrículos. - 80 % do sangue flui diretamente p/ ventrículo - 20 % do sangue ejetado: contração atrial * Eficiência cardíaca mesmo sem essa bomba Em uma hemorragia o volume de sangue no átrio é importante. VENTRÍCULOS Câmaras inferiores que atuam como bombas. Realiza maior esforça muscular = maior comprometimento. PRINCÍPIO DE FRANK STARLING Capacidade do coração em se adaptar as alterações de volume circulante. Quando um maior volume chega no coração, gerando uma distensão muscular, causa maior grau de superposição de actina e miosina e, consequentemente, causa o aumento da força de contração. Além disso, a distensão provocada no átrio gera o aumento da frequência cardíaca. BULHAS CARDÍACAS As valvas cardíacas funcionam através da pressão que recebem. As bulhas cardíacas são os sons emitidos no momento que ocorre o fechamento das valvas. B1: fechamento das valvas atrioventriculares, ou seja, no início da sístole. Quando a pressão proporciona o fechamento dessas valvas, temos o som “TUM”, podendo ser audível no foco mitral ou tricúspide. B2: fechamento das valvas semilunares, ou seja, início da diástole. Quando o sangue das artérias tende a fluir para os ventrículos (já relaxados), o fechamento dessas valvas ocorre e é identificado como o som “TA”, podendo ser audível no foco arterial ou pulmonar. B3: “TU”, marca o início da diástole após b2 e não está relacionada com abertura de valvas. B4: “TU” imediatamente antes de b1 e não se relaciona com abertura de valvas. *O tempo entra B2 e B1 é menor do que o de B1 e B2, confirmando que a sístole é mais rápida que a diástole. VALVULOPATIAS ESTENOSE MITRAL Sopro diastólico; Dificuldade de abertura da válvula; Audível após B2 (intervalo entre B2 e o sopro); Baixa frequência e de tonalidade grave; Qualidade de “ruflar”; Não há irradiação sentido do fluxo sanguíneo fisiológico. INSUFICIENCIA MITRAL Sopro sistólico de regurgitação; Audível em todo o período entre B1 e B2; Irradiação para a axila Movimento anterógrado do fluxo sanguíneo. ESTENOSE TRICUSPIDE Sopro diastólico semelhante ao sopro da estenose da valva mitral; Audível após B2 (intervalo entre B2 e o sopro); Mais audível no foco tricúspide. ESTENOSE AÓRTICA Sopro sistólico de ejeção; Audível logo após B1 e é interrompido antes de B2; Sopro crescente e posterior período decrescente; Irradia para a fúrcula esternal e para as carótidas; Mais audível no foco aórtico. Dificuldade de abertura da valvula aórtica INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Sopro diastólico aspirativo; Início imediato após B2; Alta frequência, decrescente; Irradia para a borda esternal e ápice. ESTENOSE PULMONAR Sopro sistólico de ejeção com características semelhantes à estenose aórtica; Audível logo após B1 e é interrompido antes de B2; Sopro crescente e posterior período decrescente. INSUFICIENCIA PULMONAR Sopro diastólico aspirativo equivalente a sopro por insuficiência aórtica; Início imediato após B2.
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