Introdução à Filosofia PROVA 01

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Questão 01
Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes são filósofos contratualistas, isto é, baseiam a saída do homem do estado de natureza e sua entrada em sociedade por meio da assinatura de um contrato social. Contudo, ambos os pensadores possuem uma visão diferente do que vem a ser o contrato social. Com base nos estudos anteriores e nos textos abaixo assinale a opção correta.
 
“[…] só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a finalidade de sua instituição, que é o bem comum, porque, se a oposição dos interesses particulares tornou necessário o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmos interesses que o possibilitou.” (Rousseau, “Do contrato social”)
 
“Qualquer governo é melhor que a ausência de governo. O despotismo, por pior que seja, é preferível ao mal maior da Anarquia, da violência civil generalizada, e do medo permanente da morte violenta.” (Hobbes, “O Leviatã”)
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· Segundo Rousseau, o contrato social prevê a instauração de uma sociedade não democrática fundada na vontade de um monarca. Para Hobbes o contrato social é uma fantasia para o homem solitário.
· De acordo com Rousseau, não há a possibilidade de os indivíduos viverem em harmonia. Para Hobbes, o homem é o lobo do homem, portanto, é necessária a consolidação de um Estado forte para contenção dos sujeitos.
· Para Rousseau, o contrato social constitui-se como uma peça que garante os democráticos dos indivíduos e a condução do Estado por meio da vontade coletiva. Para Hobbes o contrato social é uma fantasia para o homem solitário.
· (X)
Para Rousseau, o contrato social constitui-se como uma peça que garante os democráticos dos indivíduos e a condução do Estado por meio da vontade coletiva. Para Hobbes, o contrato social, prevê que os poderes estejam concentrados na figura individual do déspota (rei), dirigente do Estado.
· Segundo Rousseau, o contrato social prevê a instauração de uma sociedade não democrática fundada na vontade de um monarca. Para Hobbes, o contrato social, prevê que os poderes estejam concentrados na figura individual do déspota (rei), dirigente do Estado.
Questão 03
Maquiavel, em “O Príncipe”, apresenta a seguinte afirmação:
“muito mais seguro é fazer-se temido que amado, quando se tem que renunciar uma das duas”.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Porto Alegre: L&PM, 2008.
 Podemos entender a afirmativa de Maquiavel como:
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· O amor, por ser eterno, garante ao Príncipe o direito de governar.
· A manutenção do poder por parte do Príncipe depende de seu elevado carisma e disponibilidade ao cometimento de atos violentos.
· Para que o governo perdure é necessário que o Príncipe esteja disposto a amar seus semelhantes.
· (X)
A manutenção do poder principesco passa pela escolha entre o amor e o temor, tendo no sentimento de temor uma segurança permanente de poder.
· A manutenção do poder principesco passa pela escolha entre o amor e o temor, tendo no amor popular a garantia de que seu governo perdurará.
Questão 04
A filosofia nasce do questionamento e do abandono das certezas preconcebidas. Diante disso, podemos definir a compreensão do filosofar como:
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· uma atividade determinada pela compreensão do mundo a partir de opiniões.
· (X)
uma atividade determinada pela compreensão do mundo a partir de indagações racionalmente determinadas.
· uma atividade determinada pela compreensão do mundo a partir da revelação do poeta.
· uma atividade determinada pela compreensão do mundo a partir do senso comum.
· uma atividade determinada pela compreensão do mundo a partir das mitologias.
Questão 05
O método científico, como determinado por Francis Bacon (1561 - 1626), caracteriza-se pelo:
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· Surgimento de hipóteses; verificação e documentação rigorosas; consolidação de bases científicas; anarquismo epistemológico.
 
· (X)
Surgimento de hipóteses; verificação e documentação rigorosas; consolidação de bases científicas; axiomas
· Paradigmas; falseabilidades; axiomas; observação; experimentação
· Surgimento de hipóteses; acentuação do poder dos ídolos; desconsideração pelas bases científicas; axiomas
· Axiomas; verificação e documentação rigorosas; contra método; bases científicas; paradigmas.
Questão 06
A Epistemologia define-se como o discurso racional sobre o conhecimento e, consequentemente, sobre a ciência. Diante disso, como podemos diferencia-la da proposta argumentativa proposta pelo Sofista?
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· A atividade epistemológica supõe a ausência de um método seguro para obtenção do conhecimento. O sofista, por sua vez, apoia-se nos mitos para fundamentar a sua visão de mundo.
· O sofista, em busca de convencimento, direciona a sua argumentação em direção ao pathos dos sujeitos; a atividade epistemológica, a seu modo, supõe o conhecimento verdadeiro como algo relativo e irracional.
· (X)
O sofista apropria-se do discurso com a finalidade de persuasão e convencimento; a epistemologia procura fundamentar-se como a teoria do conhecimento verdadeiro.
· A epistemologia, como um discurso racionalmente orientado, busca conhecer as opiniões em geral; o sofista, por sua vez, busca o conhecimento verdadeiro.
· A epistemologia funda-se como uma teoria da sensibilidade e, portanto, distancia-se da razão; o sofista apropria-se do discurso com a finalidade de persuasão e convencimento.
Questão 07
A ética aristotélica é considerada uma ética das virtudes, isto é, pode ser compreendida como um processo de educação virtuosa rumo à consolidação do bem-comum e, consequentemente, da Eudaimonia. Frente a tal colocação, o bom-senso (a temperança) torna-se fundamental ao cidadão aristotélico. Assim, podemos pensar o cidadão aristotélico como:
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· um ser consumido pelas paixões sensíveis.
· um ser desprovido de vida política e, portanto, inerte na consolidação da polis.
· um ser virtuosamente orientado para o uso da palavra em benefício próprio.
· um ser de pura racionalidade.
· (X)
um ser de atividade política e mediado pelas paixões e pela razão.
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Questão 08
A maiêutica de Sócrates define-se:
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· como o método de investigação focado na opinião dos sujeitos.
· como o método de investigação da realidade focado na consolidação de um sujeito questionador embasado pelo senso comum.
· (X)
como o método de investigação focado na superação de questões simples e direcionado à condução do sujeito em direção ao conhecimento.
· como o método de investigação da essência das coisas baseado nas certezas preconcebidas.
· como o método de investigação do real determinado pelo saber do mitólogo.
Questão 09
Heráclito de Éfeso foi um dos primeiros pensadores dialéticos ao pressupor a physis como o movimento (devir) perpétuo dos contrários. Nesse sentido, em oposição a Heráclito, podemos destacar o pensamento de Parmênides que sugere a physis como a essencialidade imutável dos seres. Nesse sentido, tal oposição reflete-se na filosofia grega do seguinte modo:
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· o dualismo de Platão na afirmação da essência sobre a aparência.
· na oposição entre Platão e Aristóteles, de modo que, o primeiro afirma o ser das coisas provindas das sensibilidades e o segundo afirma a substância e os predicados.
· na consolidação do sofista como mestre da oratória e da retórica.
· (X)
na consolidação do pensamento de Tales de Mileto e de Pitágoras de Samos, onde tudo é, respectivamente, a água e o número.
· com relação ao diálogo entre os pensamentos de Platão e Aristóteles, no qual o primeiro reafirma a essência imutável dos seres e o segundo reafirma o movimento dos seres em relação à realidade.
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Questão 10
O mito da caverna, descrito por Platão no Livro VII, da República, apresenta o dualismo como determinando da filosofia platônica. Diante disso, pode-se definir o dualismo como:
 
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· a dualidade própria aos sujeitos, na qual paixões e racionalidade são, a todo o momento, colocadasem oposição.
· a consolidação de dois mundos: o sensível e o inteligível, onde mundo sensível apresenta-se como a determinação efetiva da verdade como descobrimento filosófico do ser.
· (X)
a existência de uma dualidade determinante para a investigação filosófica. Tal dualidade refere-se à sensibilidade e a ideia, onde o mundo ideal é o local privilegiado para descoberta da verdade e só pode ser acessado pela razão.
· a teoria da reminiscência, na qual rememorar é encontrar-se com a alma irascível.
· a teoria da dialética entre permanência e movimento, onde o ser é univocidade e o movimento é a mudança no interior das ideias.