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Caso 1 – IRAS 1. Diferenciar os termos: Esterilização: eliminação completa de microrganismos, incluindo os endósporos bacterianos, tendo como exemplo a autoclavagem (calor úmido – 121°C por 15 a 20 min), estufa e flambagem (calor seco), agentes químicos (ex.: ácido peracético), radiação (ex.: raios UV), filtração. Desinfecção: redução ou eliminação parcial de microrganismos numa superfície inanimada. Esse processo pode ser alcançado através do uso de substâncias químicas desinfetantes (ex.: hipoclorito de sódio, álcool 70%, peróxido de hidrogênio) e/ou agentes físicos (ex.: frio, fervura, filtração, pasteurização). Normalmente, destrói as bactérias em estado vegetativo, ou seja, com exceção dos endósporos (esporos bacterianos). Antissepsia: redução ou eliminação parcial de microrganismos numa superfície viva (pele ou mucosa). Esse processo pode ser alcançado através do uso de substâncias químicas conhecidas como antissépticos, que podem ser microbiostáticos (inibem o crescimento) ou microbicidas (matam). Ex.: álcool 70%, clorexidina, iodo, flúor etc. Normalmente, destrói as bactérias em estado vegetativo, ou seja, com exceção dos endósporos (esporos bacterianos). Degermação: remoção mecânica de microrganismos, normalmente, com o uso de água e sabão, com ou sem escovação. Assepsia: conjunto de medidas adotados para impedir a penetração de microrganismos em ambientes que, logicamente, não os têm. Um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção/contaminação. 2. Conhecer as causas e formas de prevenção contra IRAS Causas: falta de higienização das mãos, uso indiscriminado de antibióticos, quebra de protocolos de limpeza em um local contaminado, descarte incorreto de resíduos infectantes, falhas nos processos de biossegurança, paciente imunossuprimidos, presença de bactérias multirresistentes a antibióticos etc. Prevenção: respeitar as normas e diretrizes de biossegurança, efetividade da biossegurança, usar materiais descartáveis, programas de vigilância hospitalar (epidemiológica e sanitária), utilização de EP1’s e EPC’s, higienização correta das mãos, limpeza, desinfecção ou esterilização etc. 3. Explicar as maneiras de aquisição de resistência bacteriana (mutação etc.) Mutação: alteração no material genético (DNA) - Espontânea: ocorre devido a um erro na enzima DNA polimerase, que é responsável pela replicação do DNA. - Induzida: promovida por agentes mutagênicos externos, tais como: agentes químicos e radiação Transferência de genes de resistência: passagem de genes de resistência de bactérias resistentes para bactérias susceptíveis (sensíveis) - Transformação: é o processo pelo qual a bactéria susceptível é capaz de realizar recombinação genética por meio da absorção ativa de DNA extracelular proveniente de uma bactéria resistente. Ou seja, neste processo ocorre absorção de fragmentos de DNA de bactérias resistentes mortas, presentes no ambiente, por bactérias sensíveis ao antibiótico. - Conjugação: a conjugação é um mecanismo de transferência gênica entre bactérias no qual, contrariamente à transformação, existe a necessidade de um contato entre a célula doadora de um material genético (plasmidial) e a célula receptora, através de uma estrutura chamada de tudo de conjugação (pili ou fímbria sexual) - Transdução: é um mecanismo de transferência gênica entre bactérias mediada por bacteriófagos (fagos), que são vírus especializados em infectar células bacterianas. Durante a montagem dos vírus, estes podem acidentalmente incorporar material genético bacteriano de resistência e, após a lise da bactéria, implantar esses genes de resistência em outra bactéria, originalmente susceptível. 4. Descrever as formas de resistência bacteriana aos fármacos antimicrobianos (produção de enzimas etc) - Mecanismo enzimático: há destruição ou inativação do antibiótico através de uma ação enzimática. - Diminuição da permeabilidade da membrana ao antibiótico: há diminuição ou eliminação total dos canais responsáveis pela entrada do antibiótico. Pode acontecer também mudanças conformacionais nesses canais, ou seja, alteração de sua forma. - Bomba de efluxo: expulsão do antibiótico para o meio extracelular, através de transporte ativo. - Alteração do sítio de ação: alteração químico-estrutural da molécula alvo, na qual o antibiótico se ligaria
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