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Artigo sobre Automedicação de Universitários

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A AUTOMEDICAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA.
Silva DA1, Conceição EG1, Demoliner FS1, Matos IF1, Cunha LP1, Alves RS1, Mansck RG1, Santos VO1
1 FADBA - Faculdade Adventista da Bahia.
RESUMO
Introdução: A automedicação configura-se como a prática de fazer o uso de fármacos sem a prescrição médica por considerar o método mais fácil e rápido para solucionar problemas físicos e emocionais, constituindo um problema de saúde em quase todo o mundo. Objetivo: O artigo buscou estimar o comportamento de futuros profissionais quanto a utilização de forma inadequada da prática da automedicação. Método: Abrangeu uma amostra de 151 estudantes, graduandos em odontologia, os quais foram selecionados através do método probabilística aleatória simples. Por meio de questionários foi avaliado qual a postura do estudante diante de um sintoma (dores ou desconforto). Resultados: Em sua totalidade observou-se que frente a algum sintoma 12,58% dos estudantes não tomam nenhuma atitude, 14,57% procuram um médico e 72,85% usam medicação sobre a própria responsabilidade. Sendo a frequência da automedicação na presença de dor em qualquer intensidade de 22,97%, em dores leves 20,95%, na falta de um especialista 14,19% e apenas em último caso 41,89%. Conclusão: A prática do uso de remédios por conta própria nos alunos de odontologia da FADBA apresenta índices elevados que, no entanto estão dentro dos padrões de normalidade quando comparado com outras pesquisas. Contudo, entende-se que essa não constitui uma resposta esperada, já que os graduandos em sua maioria conhecem os efeitos benéficos e maléficos que os fármacos podem desencadear no corpo.
Palavras-chave Problema de saúde, Automedicação, graduandos em odontologia.
Abstract 
Knowing that self-medication is a health problem almost everywhere in the world, the article sought to estimate the behavior of future professionals who, knowing the drugs, use them inappropriately in the practice of self-medication. A sample of 151 undergraduate students in dentistry were selected using the simple random probabilistic method. By means of questionnaires, the student's attitude to a symptom (pain or discomfort) was evaluated and 12.58% did not take any action, 14.57% went to the doctor, 12.58% did not take any action and 72.85% use medication on their own responsibility. The practice of using medicines on their own in FADB dentistry students has high indices that, however, are within the normal range when compared to other studies. However, it is understood that this is not an expected response, as most undergraduates are aware of the beneficial and harmful effects that drugs can elicit in the body.that the risks and risks of self-medication during the training process are known.
Key words: Health problem, Self-medication, graduating in dentistry.
INTRODUÇÃO 
A automedicação é o ato de fazer o uso de fármacos sem prescrição médica, por acreditar que será o método mais fácil e rápido para solucionar problemas físicos e emocionais, geralmente de curto prazo. Com o avanço da farmacologia e a descoberta de diversos fármacos nos últimos anos, muitas pessoas começaram a fazer o uso de medicamentos sem prescrição médica e serem tratadas de diversas enfermidades, atenuando o desconforto e proporcionando melhores condições de vida no bem estar físico, psíquico, mental e social para o sujeito. 
Apesar dos seus benefícios, o uso inadequado de medicamentos de forma indiscriminada sem prescrição ou orientação de um profissional habilitado começou a ser presente na maioria da população brasileira. Esse comportamento trouxe a automedicação como conceito para a vida de muitos indivíduos no mundo contemporâneo. A utilização de fármacos com a correta prescrição e/ou indicação médica pode salvar vidas, entretanto, pode também tirá-las ou agravar ainda mais o quadro clínico da vida de um sujeito que se submete ao uso de forma banalizada.
A maioria dos casos da automedicação se dá pela influência das propagandas de medicamentos e pela orientação de pessoas não habilitadas, familiares ou atendentes de farmácia. O uso indevido de medicamentos sem prescrição pode acarretar no desenvolvimento de reações adversas como, resistência bacteriana, dependência, mascaramento de doenças, sobrecarga nos órgãos como o fígado influenciado pela polifarmácia. 
De acordo uma pesquisa realizada em 1997 no Brasil, pelo Departamento de Farmácia da Universidade do Ceará, foram apontados como motivos para a automedicação: infecção respiratória alta, dor de cabeça e má digestão. A conclusão do estudo mostra que o principal motivo para a procura de fármacos era devido a sintomas dolorosos, como dores de cabeça, musculares, cólica entre outros. Apesar de ser uma pesquisa antiga, novos estudos têm apresentados resultados semelhantes e com índices muito mais elevados, isso porque o acesso a informação e drogarias se tornou muito fácil. 
Assim, é de suma importância a realização de estudos e pesquisas sobre essa temática, a fim de que os reais motivos da automedicação sejam compreendidos, sobretudo para os profissionais da área da saúde, visto que são mais esclarecidos quanto as consequências dessa prática, quer sejam positivas ou negativas.
MÉTODOS
Delineamento e População de Estudo 
Este estudo foi realizado com 151 estudantes, abrangendo alunos do primeiro, terceiro, quinto e sétimo período do curso de odontologia da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) situada no município de Cachoeira na Bahia.
Critérios de seleção
Dessa forma, considerou-se a quantidade de alunos que estavam matriculados em disciplinas do curso de odontologia, sem distingue qual períodos estava cursando, com diferentes faixa etárias e de ambos os sexos, despojando-se daqueles que tinham trancado e indivíduos que recusaram participar. Em seguida, verificou-se o percentual da amostra em cada turma, levando em consideração que se tratava de um grupo homogêneo, usando como critério de seleção o método probabilística aleatória simples.
Tamanho da amostra e randomização 
A pesquisa foi composto por uma amostra de 151 estudantes do curso de odontologia da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Para cálculo do tamanho da amostra, considerou-se a população de 204 estudantes. Assim, conforme estudo preliminar utilizou-se a regra de proporções de 50%, onde é observado uma margem de erro de 8%, tendo 95% de confiabilidade. Esse procedimento sobrestimou o tamanho da amostra, reduzindo o erro amostral. 
Intervenções
Para coletar as informações foi utilizado um questionário desenvolvido pelos alunos responsáveis por essa pesquisa. Esse instrumento possibilitou identificar o índice referente a presença ou ausência da automedicação, bem como classificar (caso esteja presente) de acordo com a frequência os alunos em: alunos que realizam a automedicação na presença de sintomas leves, de qualquer intensidade, quando não encontram orientação médica ou apenas em último caso. 
Coleta de dados 
A entrega do questionário aos componentes foi aleatória quando esses estavam presentes na faculdade no dia da entrega do questionário, em horário de intervalo entre as aulas. A coleta de dados perdurou até completar o número necessário de questionários para a pesquisa em um período de emprego dos questionários entre o dia 26 abril ao dia 17 de maio de 2019.
Métodos estatísticos 
A pesquisa apresentou uma abordagem descritiva contendo variáveis categóricas. Os dados coletados através do questionário foram lançados no programa PSPP, versão 0.8.5, com a finalidade de facilitar o cálculo dos resultados. Por meio desse programa foi calculado a frequência absolta e relativa das variáveis categóricas. Além disso, utilizando o programa WinPep versão 11.65 também foi calculado o Intervalo de Confiança (IC) das variáveis categóricas.
RESULTADOS
O desenho tratado a partir das entrevistas foi que a população em sua totalidade 72,85% eram do sexo feminino e 27,15% do sexo masculino. Em se tratando da postura tomada diante de um sintoma de qualquer intensidade 12,58%não tomam nenhuma atitude, 72,85% usam medicação por conta própria e somente 14,57% vão ao médico. 98,68% dos estudantes de odontologias entrevistados afirmaram utilizar fármacos sem prescrição médica e somente 1,32% não participam desse hábito. A frequência da automedicação na presença de dor em qualquer intensidade foi de 22,97%, em dores leves 20,95%, na falta de um especialista (médico ou cirurgião dentista) 14,19% e em último caso 41,89% (Tabela-1).
Tabela1- Características da presença e frequência da automedicação entre os estudantes de odontologia da FADBA (n=151)
DISCUSSÃO
Associado aos mecanismos estruturais e de ampliação de farmácias e drogarias a saúde tem se transformado em algo a ser obtido pelo consumo de medicamentos como se fosse uma ação saudável, deixando de ser uma característica e um direito do cidadão e passando a ser um objeto de consumo qualquer que não terá consequências negativas6.
Analisando a medicação sem prescrição médica 98,68% se automedicam sem orientação de profissional habilitado e somente 1,32% procura esse auxílio. Isso mostra que a busca pelo bem estar, preenchimento do vazio e resposta rápida é algo colocado em primeiro lugar pelos entrevistados, fazendo do medicamento um bem de consumo natural e cotidiano sem considerar seus riscos.
Nesta pesquisa, não foi analisado o local de aquisição dos medicamento pelos participantes da pesquisa, mas pode-se deduzir que a grande maioria tenha sido a partir de compras nas farmácias e drogarias, ou pelo estoque de medicamentos em casa devido as sobras ou hábito de adquiri-los, como afirma Laste et al.5 (2012).
Com relação ao índice de acadêmicos que se automedicam levanta-se uma questão de qual seja o fator principal para essa prática, dentre de vários fatores, a falta da prática regular de atividades físicas, boas horas de sono e uma boa alimentação são aspectos cruciais a ser considerados que levam ao desenvolvimento de incômodo como dores musculares e articulares, dores de cabeça entre outros. Apesar de não ser uma tarefa fácil, seria mais vantajoso organizar os horários para se ter uma rotina menos cansativa, essa mudança pode levar a bons resultados sem precisar recorrer, de pronto, a solução mais rápida, que é o medicamento.1
CONCLUSÕES
A automedicação nos acadêmicos de odontologia da Faculdade Adventista da Bahia teve um resultado considerado alto, no entanto, considerado dentro dos parâmetros de comparação com outros estudos. Devido ao conhecimento, em sua maioria, acerca da ação e efeito dos fármacos, esperava-se um nível de automedicação mais baixo, contudo a compreensão e estudo sobre os medicamentos constitui um fator que predispõe o hábito de se automedicarem.1
Nesse sentido, torna-se difícil esperar que esses futuros cirurgiões dentistas orientem de forma correta seus pacientes no uso do medicamento, pois os próprios não o fazem. No entanto, os estudantes não são os únicos culpados pois o ensino na graduação pode estar com ponto falho em relação a essa conscientização. 
Para mudar essa situação, faz-se necessário que a faculdade aplique práticas educativas sobre a superdosagem, efeitos adversos, intoxicação, riscos, dinheiro gasto pelo serviço de saúde para tratar de pacientes que se submetem a automedicação. Só assim, a cultura da automedicação em futuros cirurgiões dentistas poderá ser atenuada ou eliminada e fará profissionais comprometidos com a sua saúde e com a dos seus pacientes. 
COLABORADORES
Santos VO, Matos IF, Conceição EG trabalhou na parte de concepção do artigo, estudo, pesquisas, análise, interpretação dos resultados, coleta e digitação do artigo. Demoliner FS, Silva DA, Matos IF e Conceição EG executou a coleta e organização do banco de dados. Silva DA, Matos IF, Conceição EG, Cunha LP, Demoliner FS e VO Santos confeccionaram o banner do artigo para apresentação no pátio da FADBA. Matos IF e Conceição EG realizaram os cálculos no PSPP e WinPep, Matos IF, Conceição EG e Cunha LP realizaram a confecção da tabela. Alves RS traduziu o resumo para o Inglês e participou da coleta de dados.
POTENCIAL CONFLITO DE INTERESSES 
 	Declaramos não haver conflito de interesses pertinentes. 
 
FONTES DE FINANCIAMENTO 
 	O presente artigo foi financiado pelos estudantes empenhados em realização. 
 
REFERÊNCIAS
(1) Aquino DS, Barros JAC, Silva MDP. A automedicação e os acadêmicos da área da saúde. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro- Brasil. 2008.
(2) 1 Matos, J.F., Pena, D.A.C., Parreia, M.P. et al. Prevalência, perfil e fatores associados a automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante. Cad. Saúde colet. Vol.26 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar.2018.
(3) Vilarino, J.F., Soares, I.C., Silveira, C.M. et al. Perfil da automedicação em município do Sul do Brasil. Ver. Saúde Pública vol. 32 no.1 São Paulo Feb. 1998.
(4) Arrais, P.S.D., Coelho, H.L.L, Batista, M.C.S. et al. Perfil da automedicação no Brasil. Ver. Saúde Pública vol. 31 no.1 Fev. 1997. 
(5) Laste G, Deitos A, Kauffmann C, Castro LC, Torres ILS, Fernandes LC. Papel do agente comunitário de saúde no controle do estoque domiciliar de medicamentos em comunidades atendidas pela estratégia de saúde da família. Cienc Saude Coletiva. 2012.
(6) Lefèvre F. O medicamento como mercadoria simbólica. São Paulo: Cortez; 1991.

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