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Semiologia abdominal

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@brunapvilla 
Semiologia 
abdominal 
Pontos de referência anatômicos usuais: 
➥ Rebordos costais; 
➥ Ângulo de Charpy; 
➥ Cicatriz umbilical; 
➥ Crista ilíaca; 
➥ Espinhas ilíacas anteriores; 
➥ Ligamento inguinal ou de Poupart; 
➥ Sínfise púbica. 
 
Divisões do abdome 
Em quadrantes 
➥ Quadrante superior direito (fígado); 
➥ Quadrante superior esquerdo (estômago, baço); 
➥ Quadrante inferior direito (colo ascendente, apêndice); 
➥ Quadrante inferior esquerdo (colo descendente); 
 
Em regiões 
Visão anterior 
1- Hipocôndrio direito 
2- Epigástrico 
3- Hipocôndrio esquerdo 
4- Flanco direito 
5- Mesogástrio ou região periumbilical 
6- Flanco esquerdo 
7- Fossa ilíaca direita 
8- Hipogástrio 
9- Fossa ilíaca esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visão posterior 
1- Região lombar esquerda 
2- Região lombar direita 
–Limites anatômicos do abdome– 
➥ Região anterior: área toracoabdominal anterior é limitada 
pelas linhas axilares anteriores, linha mamilar e sínfise púbica 
(inferiormente); 
➥ Região posterior: é limitado pela linha biescapular, linhas 
axilares posteriores e crista ilíaca. 
 
Principais sintomas abdominais 
➥ Dor: localização, tipo de dor, irradiação, intensidade, fatores 
de melhora ou piora; 
➥ Distensão abdominal: gases, abdome agudo, entre outros; 
➥ Náuseas e vômitos: avaliar as características semiológicas, 
como restos alimentares e sangue; 
➥ Dispepsia: desconforto epigástrico, empanzinamento, 
náuseas, intolerância a determinados alimentos; 
➥ Pirose: sensação de queimação retroesternal. Pode estar 
associado a esofagite ou a gastrite; 
➥ Sangramentos intestinais (alto e baixo): hematêmese, 
hematoquezia (síndrome diarreica baixa), melena (síndrome 
diarreica alta); 
➥ Diarreia e constipação: episódio/dia, pode ter presença de 
restos alimentares, sangue ou muco; 
➥ Esteatorréia: presença de conteúdo gorduroso nas fezes; 
➥ Flatulência: gases; 
➥ Emagrecimento: indicativo de neoplasias; 
 
Exame físico 
Inspeção 
➥ Forma típica ou atípica; 
➥ Presença de lesões cutâneas ou cicatrizes; 
➥ Abaulamento (massas) ou retrações; 
➥ Circulação colateral; 
➥ Cicatriz umbilical: pode ter presença de hérnia umbilical 
(extrusão do umbigo); 
➥ Linha alba à gravidez 
@brunapvilla 
➥ Presença de piercing ou outros objetos; 
➥ Onda peristálticas visíveis 
➥ Lesões elementares da pele; 
➥ Circulação venosa colateral superficial podendo ser de veia 
cava superior ou de veia porta; 
➥ Coloração da pele; 
➥ Estrias; 
➥ Manchas hemorrágicas; 
➥ Distribuição dos pelos; 
➥ Soluções de continuidade; 
➥ Diástase dos músculos reto abdominais (gravidez); 
➥ Hérnias 
➥ Sinal de Cullen: equimose periumbilical, devido a 
hemorragia retroperitoneal (gravidez ectópica ou pancreatite 
aguda); 
➥ Sinal de Gray-Turner: equimose nos flancos; 
–Tipos de abdome– 
➥ Pendular; 
➥ Avental; 
➥ Plano; 
➥ Globoso; 
➥ Escavado (retraído, marca os ossos); 
➥ Abdome em ventre de batráquio: o diâmetro transverso é 
maior que o anteroposterior, como por exemplo nas ascites em 
regressão, pós-parto, etc. 
–Distensão abdominal– 
➥ Generalizada: gordura, fezes, gases, líquido, feto, neoplasias; 
➥ Localizada: tumores, aneurismas (pulsação), metástases; 
➥ Outras alterações: estrias, fluxo venoso, cicatrizes, retrações, 
hemangiomas, nevos. Equimoses (Cullen ou Gray-Turner); 
 
Ausculta 
➥ O som normal da região abdominal é ruídos hidroaéreos; 
➥ É feita antes da palpação para evitar o estímulo de 
movimentos peristálticos; 
➥ Burburinhos podem ser gases e líquidos passando por dobras 
intestinais e são audíveis sem o estetoscópio; 
➥ Massas com sopros abdominais podem indicar aneurismas 
arteriais; 
➥ A ausculta deve ser feita logo antes da palpação para evitar o 
aumento involuntário dos movimentos peristálticos; 
➥ Os RHA sempre estão presentes (RHA+) e podem estar: 
– Aumentados: diarreia ou laxantes; 
– Diminuídos ou hipoativos: DHE, pós-operatório de cirurgia 
abdominal ou peritonite; 
– Ausentes: obstrução intestinal; 
 
Percussão 
➥ Método digito-digital; 
➥ Auxilia na determinação de tamanho e localização de vísceras 
sólidas e distribuição de gases, líquidos e massas; 
➥ Som normal é o timpanismo (vísceras ocas), maciço ou 
submaciço; 
➥ Som de órgão maciço: zona hepática, espaço de Traube 
ocupado (entre 6 – 10 costelas esquerda), vísceras sólidas 
aumentadas, vísceras ocas repletas de líquido, ascite e na 
hepatimetria (cálculo do tamanho do fígado); 
➥ A percussão pode indicar uma maior quantidade de ar 
(hipertimpanismo – obstrução intestinal), pode estar em menor 
quantidade (submaciço) ou ausente (maciço – fígado, baço, 
ascite); 
–Espaço de Traube– 
➥ É um espaço semilunar do sexto ao décimo primeiros espaços 
intercostais esquerdo, tendo como limites: gradeado costal, 
baço, pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente quando 
percutido apresenta timpanismo 
➥ Traube ocupado = esplenomegalia 
➥ Hipertimpanismo abdominal: flatulência, sub oclusão 
intestinal, oclusão intestinal; 
 
– Hipertimpanismo abdominal – 
➥ Flatulência, sob oclusão intestinal, oclusão intestinal; 
 
– Macicez alterada abdominal – 
➥ No hipocôndrio direito: hepatomegalia; 
➥ No hipocôndrio esquerdo: esplenomegalia; 
➥ Na região epigástrica: aumento do lobo esquerdo hepático, 
tumor gástrico ou tumor pancreático; 
@brunapvilla 
➥ Na região pélvica: útero gravídico, bexiga cheia, tumor de 
bexiga, tumor de útero; 
➥ Nos flancos ou difusa: ascite; 
➥ Nas fossas ilíacas: alças intestinais com fezes oun tumor de 
ovário; 
– Pesquisa de ascite – 
➥ Macicez móvel de decúbito dorsal 
➥ Sinal de piparote com ou sem anteparo (mão no meio, feita 
em pessoas obesas). A manobra de piparote (a partir de 1500ml). 
Pode se fazer Skoda também; 
➥ Macicez em flancos pode indicar ascites de pequeno volume. 
Pode fazer também o sinal da poça (paciente de 4 e percutir 
macicez no centro do abdome) 
➥ Macicez móvel: macicez nos flancos, solicitar o paciente que 
assuma o decúbito lateral oposto (gravidade faz o líquido descer) 
e o som passa a ser timpânico em cima e maciço embaixo; 
➥ Complicações: peritonite bacteriana espontânea (PBE), 
principalmente em cirróticos e na síndrome nefrótica. Outra 
complicação é a peritonite bacteriana secundária (PDB) que é de 
fonte intra-abdominal (abcesso, úlcera perfurada, etc.); 
➥ Toda ascite de início recente ou de recente piora deve ser 
puncionada (paracentese) para alívio ou para diagnóstico; 
➥ No laboratório: GASA (=diferença entre a albumina do soro 
e a albumina da ascite, sendo a amostra coletada 
simultaneamente). Faz o gradiente da albumina pelo soro da 
ascite, e quando maior o GASA, maior a pressão portal. 
– > 1,1g – hipertensão portal (95-97%); 
– Cirrose, IC, Budd-Chiari; 
– < 1,1g – carcinomatose peritoneal, TB, LES, etc. 
– Também se faz citologia, cultura, glicose, pH, amilase, ADA, 
proteínas/albumina e citologia oncótica; 
 
– Manobras e sinais especiais – 
➥ Sinal de Murphy: ao comprimir o ponto biliar ou ponto 
cístico, pede-se ao paciente que inspire profundamente, o 
diafragma fará o fígado descer, que faz que a vesícula biliar 
alcance a extremidade do dedo que está comprimindo a área. Em 
casos de colecistíte aguda, tal manobra despertará uma dor 
inesperada que obriga o paciente a interromper subitamente a 
inspiração; 
 
➥ Sinal de Courvoisier: icterícia e vesícular biliar distendida e 
palpável, sem a presença de dor. É indicativo de câncer 
pancreático; 
 
➥ Sinal de Rosving: em casos de suspeita de apendicite, faz 
uma compressão ao lado oposto (quadrante inferior esquerdo) 
do ponto apendicular (ponto de Mcburney), e após a brusca 
descompressão há dor no quadrante inferior direito. 
 
➥ Sinal de Jobert: percussão na linha axilar média na área 
hepática produzindo sons timpânicos ao invés de maciço, 
indicando presença de ar livre no fígado à perfuração de 
víscera; 
 
➥ Sinal de Giodarno: dor apunho percussão na região lombar 
direita ou esquerda, indicando litíase renal ou pielonefrite; 
 
➥ Sinal de Blumberg: é uma resposta dolorosa após a 
descompressão brusca da parede abdominal. Essa manobra 
pode ser feita em qualquer região da parede abdominal e é 
indicativa de peritonite; 
 
➥ Ponto de McBurney ou apendicular: localiza-se na união do 
terço externo, com dois terços internos da linha que une a 
espinha ilíaca anterossuperior à cicatriz umbilical; 
 
➥ Sinal de Torres-Homem: percussão dígito-digital 
intensamente dolorosa que é despertada pela percussão 
abdominal de áreas da zona de projeção do fígado, consiste no 
sinal característico de abscesso hepático. 
 
 
 
 
 
 
 
➥ Sinal de Psoas: o paciente adota decúbito lateral esquerdo e 
a perna direita é esticada ou fletida à apendicite; 
 
➥ Sinal do obturador: o paciente, em decúbito dorsal, o 
paciente rotacional e flexiona a perna direita à indicativo de 
apendicite; 
@brunapvilla 
 
➥ Sinal de piparote: apenas para ascite de médio e grande 
volume. É o sinal menos sensível, porém muito específico para 
ascite. É feita com a mão espalmada no flanco e mão 
contralateral que faz o piparote (peteleco) e a onda é sentida no 
outro lado. Pode solicitar um ajudante para colocar a mão 
apoiada na linha média; 
➥ Semicírculo de Skoda: é usado para percutir o abdome, usado 
para pesquisa de ascite. Marca pontos imaginários (2 em cada 
flanco e 1 no hipogástrio), une os pontos e forma um 
semicírculo.... 
 
Palpação 
Objetivo 
➥ avaliar o estado da parede abdominal; 
➥ Explorar a sensibilidade abdominal, provocando ou 
exacerbando uma dor, que pode ter sido relatada ou não, pelo 
paciente na anamnese; 
➥ Reconhecer as condições anatômicas das vísceras 
abdominais e detectar alterações de sua consistência. 
 
– Método – 
➥ Em decúbito dorsal, com o médico sempre ao lado direito do 
paciente; 
➥ Pode ser feita com a mão espalmada ou bimanual; 
➥ Mão espalmada é mais utilizada; 
➥ Dependendo da condição, o paciente pode usar outra posição 
e o médico pode usar outro método; 
➥ Se faz a exploração nos 4 quadrantes abdominais, no sentido 
horário, iniciando-se pela fossa ilíaca direita; 
➥ Posição de Schuster à facilita a palpação do baço. Na 
posição de Schuster, o paciente adota o decúbito lateral direito, 
com o membro inferior esquerdo flexionado. 
➥ Manobra de Mathieu à é feita com as mãos paralelas no 
abdome, dispostas com os dedos em garra, pesquisando desde a 
fossa ilíaca direita, a borda inferior do fígado durante as 
inspirações. Quando feita na posição de Schuster, palpa-se a 
região do hipocôndrio esquerdo (baço – esplenomegalia). 
 
 
– Exame físico – 
➥ Superficial: sensibilidade, espessura da parede, tumorações, 
solução de continuidade, tensão, piparote ou sinal de onda 
líquida – é realizada apenas com uma mão. Usa-se 
principalmente nos pontos dolorosos, aprofundando a mão 1cm 
de profundidade, caso o paciente relate dor a compressão, pode 
indicar pode indicar o comprometimento de algum órgão ali 
projetado; 
➥ Profunda: mão espalmada, aprofundar no tempo expiratório, 
deixando as regiões dolorosas por último, e não direcionar para 
órgãos – realizada com as duas mãos sobrepostas, aprofundando 
5cm. Também é usada para delimitar órgãos (parte inferior do 
fígado). 
➥ Exemplo de descrição do exame físico: abdome plano, 
simétrico, RHA+, artérias abdominais sem sopro, timpânico à 
percussão, hepatimetria de 9cm, ausência de visceromegalias, 
flácido, indolor à apalpação superficial e profunda, baço não 
palpável; 
– Massas abdominais – 
➥ Localização; 
➥ Tamanho e formato; 
➥ Consistência; 
➥ Superfície; 
➥ Sensibilidade; 
➥ Mobilidade; 
➥ Pulsação; 
– Pontos dolorosos – 
➥ São áreas na parede abdominal cuja compressão, ao despertar 
sensação dolorosa, e costumam a indicar comprometimento do 
órgão ali projetado. 
➥ Principais pontos dolorosos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
– Pontos gástricos: ponto xifoidiano e ponto epigástrico – dor 
nessas áreas sugerem afecções do esôfago, estômago e duodeno; 
– Ponto biliar ou cístico: ângulo formado pelo rebordo costal 
direito e borda externa do reto abdominal; 
– Ponto apendicular ou ponto de McBurney: se localiza na 
região lateral do terço médio de uma linha entre a cicatriz 
umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior direita (EIAS); 
– Ponto esplênico: abaixo do rebordo costal esqueço. Quando 
doloroso pode indicar um infarto esplênico, a dor é local; 
– Pontos uretrais: localiza-se na borda lateral dos músculos reto 
abdominais, na altura da cicatriz umbilical. A dor pode ser 
sugestiva de cólica renal; 
 
 
➥ Prováveis patologias de acordo com a região da dor – dor 
referida: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Fígado – 
➥ Na palpação profunda usa-se para determinar: tamanho, 
borda, espessura, superfície (regular ou nodular), consistência 
(normal, diminuída ou aumentada) e sensibilidade. 
➥ Manobra de Mathieu; 
➥ Palpação bimanaual; 
 
– Vesícula biliar – 
➥ Dor no ponto cístico, avalia-se a consistência das paredes e 
aumento de tensão; 
 
– Baço – 
➥ Localiza-se no quadrante superior direito, normalmente não 
é possível palpá-lo, exceto em casos de esplenomegalia (2x o 
tamanho já é possível palpa-lo); 
➥ Pode-se usar a posição de Schuster para facilitar a palpação 
do baço; 
➥ Avalia-se a consistência das paredes e aumento de tensão; 
➥ Quando palpável: avaliar as boras, espessura, superfície 
(normal ou nodular), consistência (aumentada, normal ou 
diminuída), sensibilidade e tamanho (esplenomegalia); 
– Ceco – 
➥ Localizado na fossa ilíaca direita (junto ao ponto 
apendicular); 
– Massas abdominais – 
 ➥ Localização 
➥ Tamanho e formato 
➥ Consistência 
➥ Superfície 
➥ Sensibilidade 
➥ Mobilidade 
➥ Pulsação

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