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1 
HISTÓRIA ANTIGA 
1 – (ENEM/2017) 
O sistema de irrigação egípcio era muito 
diferente do complexo sistema mesopotâmico, 
porque as condições naturais eram muito 
diversas nos dois casos. A cheia do Nilo 
também fertiliza as terras com aluviões, mas é 
muito mais regular e favorável em seu 
processo e em suas datas do que a do Tigre e 
Eufrates, além de ser menos destruidora. 
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São 
Paulo: Ática, 1986. 
 
A comparação entre as disposições do recurso 
natural em questão revela sua importância 
para a 
a)desagregação das redes comerciais. 
b)supressão da mão de obra escrava. 
c)expansão da atividade agrícola. 
d)multiplicação de religiões monoteístas. 
e)fragmentação do poder político. 
 
2 – (UEFS/2018) 
Uma opinião aceita amplamente é a de que os 
gregos receberam o alfabeto dos povos 
fenícios. O nosso próprio alfabeto é derivado 
do alfabeto grego. Os intermediários foram os 
etruscos, cuja escrita foi transmitida aos 
romanos. 
(John F. Healey. “O primeiro alfabeto”.In: Lendo o passado, 
1996. Adaptado.) 
 
O excerto explicita a existência de 
a)igualdades culturais, linguísticas e políticas 
entre as sociedades das antiguidades Oriental e 
Clássica. 
b)desenvolvimentos paralelos e independentes 
dos povos mesopotâmicos, semitas, africanos e 
greco-romanos. 
c)encontros inter-civilizacionais e políticos 
decorrentes da formação do antigo Império 
Egípcio na Europa e na Ásia. 
d)diálogos e trocas culturais transcorridos na 
região do Mar Mediterrâneo na Antiguidade. 
e)vínculos necessários entre difusão de regimes 
democráticos e formação cultural dos cidadãos. 
 
3 – (IFRS/2018) 
Leia o trecho a seguir. 
 
O que diz o primeiro documento escrito da 
história 
 
 
Símbolos abstratos formam o documento 
escrito mais antigo de que se tem 
conhecimento até hoje 
 
Na Antiguidade, acreditava-se que a escrita 
vinha dos deuses. Os gregos pensavam tê-la 
recebido de Prometeus. Os egípcios, de Tot, o 
deus do conhecimento. Para os sumérios, a 
deusa Inanna a havia roubado de Enki, o deus 
da sabedoria. 
Mas à medida que essa visão perdia crédito, 
passou-se a investigar o que levou civilizações 
antigas a criar a escrita. Motivos religiosos ou 
artísticos? Ou teria sido para enviar 
mensagens a exércitos distantes? 
O enigma ficou mais complexo em 1929, após o 
arqueólogo alemão Julius Jordan desenterrar 
uma vasta biblioteca de tábuas de argila com 
figuras abstratas, um tipo de escrita conhecida 
como "cuneiforme", com 5 mil anos de idade 
[...]. 
As tábuas estavam em Uruk, uma cidade [...] 
das primeiras do mundo - às margens do rio 
Eufrates, onde hoje fica o Iraque. Ali, 
desenvolveu-se uma escrita que nenhum 
especialista moderno conseguia decifrar. 
Disponível em: ˂http://www.bbc.com/portuguese/geral-
39842626˃ Acesso em: 04 set. 2017. 
 
 
 
 
2 
De acordo com o trecho, podemos identificar 
que o texto está tratando do modelo de escrita 
antiga desenvolvido 
a)no Egito do período faraônico. 
b)na China anterior ao primeiro imperador. 
c)em uma das primeiras civilizações da 
Mesopotâmia. 
d)na Anatólia do período bíblico. 
e)na Grécia dos tempos homéricos. 
 
4 – (UNISC/2014) 
Há 25 anos era promulgada, no país, a 
Constituição de 1988, rotulada como carta 
cidadã. O histórico das constituições no mundo 
contemporâneo tem marcos como a inglesa de 
1688, a francesa do período jacobino e a norte-
americana da Guerra da Independência. No 
Brasil, o histórico das constituições revela as 
mudanças políticas do Império, da República, 
do período getulista, do regime militar e das 
redemocratizações. Essa cultura política 
contemporânea não encontra paralelo no 
passado mais antigo. Na antiguidade, inexistia 
essa prática constitucional da relação entre 
Estado e sociedade, o que havia eram códigos 
comportamentais, destinados à preservação 
das cidades ou à relação com os deuses. Nesse 
sentido, a mais antiga lei escrita da 
antiguidade que se tem registro é 
a)a Lei das Doze Tábuas, da Roma antiga. 
b)o Código de Hamurabi, da Mesopotâmia. 
c)o Papiro de Harris, da China antiga. 
d)o Código Canônico, dos pais apostólicos. 
e)a Lei dos Faraós, do Egito antigo. 
 
5 – (UNESP 2016) 
129. Se a esposa de alguém for surpreendida 
em flagrante com outro homem, ambos devem 
ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o 
marido pode perdoar a sua esposa, assim como 
o rei perdoa a seus escravos. [...] 
133. Se um homem for tomado como 
prisioneiro de guerra, e houver sustento em 
sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar 
a casa por outra, esta mulher deverá ser 
judicialmente condenada e atirada na água. 
[...] 
135. Se um homem for feito prisioneiro de 
guerra e não houver quem sustente sua esposa, 
ela deverá ir para outra casa e criar seus 
filhos. Se mais tarde o marido retornar e 
voltar à casa, então a esposa deverá retornar 
ao marido, assim como as crianças devem 
seguir seu pai. [...] 
138. Se um homem quiser se separar de sua 
esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a 
quantia do preço que pagou por ela e o dote 
que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la 
partir. 
(www.direitoshumanos.usp.br) 
 
Esses quatro preceitos, selecionados do Código 
de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam 
uma sociedade caracterizada 
a)pelo respeito ao poder real e pela solidariedade 
entre os povos. 
b)pela defesa da honra e da família numa 
perspectiva patriarcal. 
c)pela isonomia entre os sexos e pela defesa da 
paz. 
d)pela liberdade de natureza numa perspectiva 
iluminista. 
e)pelo antropocentrismo e pela valorização da 
fertilidade feminina. 
 
6 – (UDESC/2017) 
“Quem construiu Tebas, a das sete portas? 
Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os 
reis que transportaram as pedras? Babilônia, 
tantas vezes destruída, quem outras tantas a 
reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada 
moravam seus obreiros?” 
(Perguntas de um operário que lê. Bertold Brecht) 
 
Heródoto de Halicarnasso, nascido no século V 
a.C., é comumente conhecido como “o Pai da 
História”. De acordo com o historiador 
François Hartog, Heródoto interessava-se, 
entre outras questões, pelas maravilhas e pelos 
monumentos considerados, muitas vezes, 
expressões da influência divina. 
 
Considerando os questionamentos de Bertold 
Brecht, assinale a alternativa que contém a 
melhor interpretação para a frase de 
Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. 
a)Permite constatar o desconhecimento de 
Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma 
vez que os rios que atravessam o território 
egípcio são Tigre e Eufrates. 
 
 
 
3 
b)Representa um anacronismo pois, no século V 
a.C., quando proferida, o Egito era ainda colônia 
do grande Império Bizantino. 
c)Atribui apenas à presença do Nilo o 
desenvolvimento do Egito, porém não considera a 
importância da presença humana, do trabalho 
empreendido na utilização do rio e dos benefícios 
naturais para o desenvolvimento da região. 
d)Representa a profunda religiosidade do povo 
egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo o 
desenvolvimento do Império, à época, no período 
pré-dinástico. 
e)Atribui centralidade às ações do imperador Nilo 
que, entre os séculos VI a.C. e V a.C., 
administrou o processo de expansão territorial do 
Império Egípcio, sem, todavia, ressaltar a 
participação dos soldados que lutavam sob o 
comando do imperador. 
 
7 – (FUVEST/2015) 
Examine estas imagens produzidas no antigo 
Egito: 
 
 
Apud Ciro Flammarion Santana Cardoso. O Egito antigo. São 
Paulo: Brasiliense, 1982. 
 
As imagens revelam 
a)o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente 
Próximo, dada a escassez de mão de obra e a 
proibição, no antigo Egito, do trabalho 
compulsório. 
b)a inexistência de qualquer conhecimento 
tecnológico que permitisse o aprimoramento da 
produção de alimentos, o que provocava longas 
temporadas de fome.c)o prevalecimento da agricultura como única 
atividade econômica, dada a impossibilidade de 
caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo 
Egito. 
d)a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, 
o que limitava as atividades de plantio e 
inviabilizava a criação de gado de maior porte. 
e)a importância das atividades agrícolas no antigo 
Egito, que ocupavam os trabalhadores durante 
aproximadamente metade do ano. 
 
8 – (ENEM/2017) 
TEXTO I 
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à 
mente quando terra e dívida são mencionadas 
juntas. Logo depois de 600 a.C., ele foi 
designado “legislador” em Atenas, com 
poderes sem precedentes, porque a exigência 
de redistribuição de terras e o cancelamento 
das dívidas não podiam continuar bloqueados 
pela oligarquia dos proprietários de terra por 
meio da força ou de pequenas concessões. 
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São 
Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado) 
 
TEXTO II 
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos 
textos fundamentais do direito romano, uma 
das principais heranças romanas que 
chegaram até nós. A publicação dessas leis, por 
volta de 450 a.C., foi importante, pois o 
conhecimento das “regras do jogo” da vida em 
sociedade é um instrumento favorável ao 
homem comum e potencialmente limitador da 
hegemonia e arbítrio dos poderosos. 
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 
(adaptado) 
 
O ponto de convergência entre as realidades 
sociopolíticas indicadas nos textos consiste na 
ideia de que a 
 
 
 
4 
a)discussão de preceitos formais estabeleceu a 
democracia. 
b)invenção de códigos jurídicos desarticulou as 
aristocracias. 
c)formulação de regulamentos oficiais instituiu as 
sociedades. 
d)definição de princípios morais encerrou os 
conflitos de interesses. 
e)criação de normas coletivas diminuiu as 
desigualdades de tratamento. 
 
9 – (ENEM/2016) 
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto 
de não desejar saber como e sob que espécie de 
constituição os romanos conseguiram em 
menos de cinquenta e três anos submeter 
quase todo o mundo habitado ao seu governo 
exclusivo — fato nunca antes ocorrido? Ou, 
em outras palavras, quem seria tão 
apaixonadamente devotado a outros 
espetáculos ou estudos a ponto de considerar 
qualquer outro objetivo mais importante que a 
aquisição desse conhecimento? 
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985. 
 
A experiência a que se refere o historiador 
Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a 
 
a)ampliação do contingente de camponeses livres. 
b)consolidação do poder das falanges hoplitas. 
c)concretização do desígnio imperialista. 
d)adoção do monoteísmo cristão. 
e)libertação do domínio etrusco. 
 
10 – (ENEM/2016) 
 […] O SERVIDOR – Diziam ser filho do 
rei… 
 ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a 
criança? 
 O SERVIDOR — Foi ela, Senhor. 
 ÉDIPO — Com que intenção? 
 O SERVIDOR — Para que eu a matasse. 
 ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada! 
 O SERVIDOR — Ela tinha medo de um 
oráculo dos deuses. 
 ÉDIPO — O que ele anunciava? 
 O SERVIDOR — Que essa criança um dia 
mataria seu pai. 
 ÉDIPO— Mas por que tu a entregaste a 
este homem? 
 O SERVIDOR — Tive piedade dela, 
mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de 
onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para os 
piores males! Se és realmente aquele de quem 
ele fala, saibas que nasceste marcado pela 
infelicidade. 
 ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final 
tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te 
veja aqui pela última vez, já que hoje me 
revelo o filho de quem não devia nascer, o 
esposo de quem não devia ser, o assassino de 
quem não deveria matar! 
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011. 
 
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o 
núcleo da tragédia grega, revela o(a) 
a)condenação eterna dos homens pela prática 
injustificada do incesto. 
b)legalismo estatal ao punir com a prisão 
perpétua o crime de parricídio. 
c)busca pela explicação racional sobre os fatos 
até então desconhecidos. 
d)caráter antropomórfico dos deuses na medida 
em que imitavam os homens. 
e)impossibilidade de o homem fugir do destino 
predeterminado pelos deuses. 
 
11– (ENEM PPL 2016) 
O aparecimento da pólis, situado entre os 
séculos VIII e VII a.C., constitui, na história 
do pensamento grego, um acontecimento 
decisivo. Certamente, no plano intelectual 
como no domínio das instituições, a vida social 
e as relações entre os homens tomam uma 
forma nova, cuja originalidade foi plenamente 
sentida pelos gregos, manifestando-se no 
surgimento da filosofia. 
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego.Rio de 
Janeiro: Difel, 2004 (adaptado). 
 
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia 
foi resultado do(a) 
a)constituição do regime democrático. 
b)contato dos gregos com outros povos. 
c)desenvolvimento no campo das navegações. 
d)aparecimento de novas instituições religiosas. 
e)surgimento da cidade como organização social. 
 
 
 
 
 
 
5 
12 – (ENEM/2015) 
O que implica o sistema da pólis é uma 
extraordinária preeminência da palavra sobre 
todos os outros instrumentos do poder. A 
palavra constitui o debate contraditório, a 
discussão, a argumentação e a polêmica. 
Torna-se a regra do jogo intelectual, assim 
como do jogo político. 
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de 
Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado). 
 
Na configuração política da democracia grega 
especial a ateniense, a ágora tinha por função 
a)agregar os cidadãos em torno de reis que 
governavam em prol da cidade. 
b)permitir aos homens livres o acesso às decisões 
do Estado expostas por seus magistrados. 
c)constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se 
reunia para deliberar sobre as questões da 
comunidade. 
d)reunir os exércitos para decidir em assembleias 
fechadas os rumos a serem tomados em caso de 
guerra. 
e)congregar a comunidade para eleger 
representantes com direito a pronunciar-se em 
assembleias. 
 
13 – (ENEM/2014) 
Compreende-se assim o alcance de uma 
reivindicação que surge desde o nascimento da 
cidade na Grécia antiga: a redação das leis. Ao 
escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes 
permanência e fixidez. As leis tornam-se bem 
comum, regra geral, suscetível de ser aplicada 
a todos da mesma maneira. 
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado). 
 
Para o autor, a reivindicação atendida na 
Grécia antiga, ainda vigente no mundo 
contemporâneo, buscava garantir o seguinte 
princípio: 
a)Isonomia — igualdade de tratamento aos 
cidadãos. 
b)Transparência — acesso às informações 
governamentais. 
c)Tripartição — separação entre os poderes 
políticos estatais. 
d)Equiparação — igualdade de gênero na 
participação política. 
e)Elegibilidade — permissão para candidatura 
aos cargos públicos. 
 
14 – (ENEM/2014) 
TEXTO I 
Olhamos o homem alheio às atividades 
públicas não como alguém que cuida apenas 
de seus próprios interesses, mas como um 
inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as 
questões públicas por nós mesmos na crença 
de que não é o debate que é empecilho à ação, 
e sim o fato de não se estar esclarecido pelo 
debate antes de chegar a hora da ação. 
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: 
UnB, 1987 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Um cidadão integral pode ser definido por 
nada mais nada menos que pelo direito de 
administrar justiça eexercer funções públicas; 
algumas destas, todavia, sãolimitadas quanto 
ao tempo de exercício, de tal modo quenão 
podem de forma alguma ser exercidas duas 
vezespela mesma pessoa, ou somente podem 
sê-lo depois decertos intervalos de tempo 
prefixados. 
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
 
Comparando os textos I e II, tanto para 
Tucídides (no século V a.C) quanto para 
Aristóteles (no século IV a.C.), acidadania era 
definida pelo(a) 
a)prestígio social. 
b)acúmulo de riqueza. 
c)participação política. 
d)local de nascimento. 
e)grupo de parentesco. 
 
15 (ENEM/2013) 
Durante a realeza, e nos primeiros anos 
republicanos, as leis eram transmitidas 
oralmente de uma geração para outra. A 
ausência de uma legislação escrita permitia aos 
patrícios manipular a justiça conforme seus 
interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus 
conseguiram eleger uma comissão de dez 
pessoas – os decênviros – para escrever as leis. 
Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para 
estudar a legislação de Sólon. 
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 
2000. 
 
 
 
6 
 
A superação da tradição jurídica oral no 
mundo antigo, descrita no texto, esteve 
relacionada à 
a)adoção do sufrágio universal masculino. 
b)extensão da cidadania aos homens livres. 
c)afirmação de instituições democráticas. 
d)implantação de direitos sociais. 
e)tripartição dos poderes políticos. 
 
16 – (ENEM PPL 2012) 
No contexto da polis grega, as leis comuns 
nasciam de uma convenção entre cidadãos, 
definida pelo confronto de suas opiniões em 
um verdadeiro espaço público, a ágora, 
confronto esse que concedia a essas convenções 
a qualidade de instituições públicas. 
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação 
política: vínculos territoriais decompromisso dos deputados 
fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010. 
 
No texto, está relatado um exemplo de 
exercício da cidadania associado ao seguinte 
modelo de prática democrática: 
a)Direta. 
b)Sindical. 
c)Socialista. 
d)Corporativista. 
e)Representativa. 
 
17 – (ENEM PPL 2012) 
Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas 
Vivem pros seus maridos 
Orgulho e raça de Atenas. 
BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus 
caros Amigos, 1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. 
Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento). 
 
Os versos da composição remetem à condição 
das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, 
naquela época, em razão de 
a)sua função pedagógica, exercida junto às 
crianças atenienses. 
b)sua importância na consolidação da 
democracia, pelo casamento. 
c)seu rebaixamento de status social frente aos 
homens. 
d)seu afastamento das funções domésticas em 
períodos de guerra. 
e)sua igualdade política em relação aos homens. 
 
18 – (UNICAMP/2018) 
Os gregos sentiram paixão pelo humano, por 
suas capacidades, por sua energia construtiva. 
Por isso, inventaram a polis: a comunidade 
cidadã em cujo espaço artificial, 
antropocêntrico, não governa a necessidade da 
natureza, nem a vontade dos deuses, mas a 
liberdade dos homens, isto é, sua capacidade de 
raciocinar, de discutir, de escolher e de 
destituir dirigentes, de criar problemas e 
propor soluções. O nome pelo qual hoje 
conhecemos essa invenção grega, a mais 
revolucionária, politicamente falando, que já 
se produziu na história humana, é democracia. 
(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São 
Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.) 
 
Assinale a alternativa correta, considerando o 
texto acima e seus conhecimentos sobre a 
Grécia Antiga. 
a)Para os gregos, a cidade era o espaço do 
exercício da liberdade dos homens e da tirania 
dos deuses. 
b)Os gregos inventaram a democracia, que tinha 
então o mesmo funcionamento do sistema 
político vigente atualmente no Brasil. 
c)Para os gregos, a liberdade dos homens era 
exercida na polis e estava relacionada à 
capacidade de invenção da política. 
d)A democracia foi uma invenção grega que criou 
problemas em função do excesso de liberdade dos 
homens. 
 
19 – (UNICAMP/2015) 
Apenas a procriação de filhos legítimos, 
embora essencial, não justifica a escolha da 
esposa. As ambições políticas e as necessidades 
econômicas que as subentendem exercem um 
papel igualmente poderoso. Como 
demonstraram inúmeros estudos, os dirigentes 
atenienses casam-se entre si, e geralmente com 
o parente mais próximo possível, isto é, primos 
coirmãos. É sintomático que os autores antigos 
que nos informam sobre o casamento de 
homens políticos atenienses omitam os nomes 
das mulheres desposadas, mas nunca o nome 
do seu pai ou do seu marido precedente. 
(Adaptado de Alain Corbin e outros, História da virilidade, vol. 
1. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 62.) 
 
 
 
 
7 
Considerando o texto e a situação da mulher 
na Atenas clássica, podemos afirmar que se 
trata de uma sociedade 
a)na qual o casamento também tem implicações 
políticas e sociais. 
b)que, por ser democrática, dá uma atenção 
especial aos direitos da mulher. 
c)em que o amor é o critério principal para a 
formação de casais da elite. 
d)em que o direito da mulher se sobrepõe ao 
interesse político e social. 
 
20 – (FUVEST/2016) 
Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade 
foram sempre um povo disperso. Penetraram em 
pequenos grupos no mundo mediterrânico e, 
mesmo quando se instalaram e acabaram por 
dominá􀍲lo, permaneceram desunidos na sua 
organização política. No tempo de Heródoto, e 
muito antes dele, encontravam-se colônias 
gregas não somente em toda a extensão da 
Grécia atual, como também no litoral do Mar 
Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do 
sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da 
África e no litoral mediterrânico da França. No 
interior desta elipse de uns 2500 km de 
comprimento, encontravam-se centenas e 
centenas de comunidades que amiúde diferiam 
na sua estrutura política e que afirmaram 
sempre a sua soberania. Nem então nem em 
nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve 
uma nação, um território nacional único regido 
por uma lei soberana, que se tenha chamado 
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). 
M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 
1972. Adaptado. 
 
Com base no texto, pode-se apontar 
corretamente 
a)a desorganização política da Grécia antiga, que 
sucumbiu rapidamente ante as investidas militares 
de povos mais unidos e mais bem preparados para 
a guerra, como os egípcios e macedônios. 
b)a necessidade de profunda centralização 
política, como a ocorrida entre os romanos e 
cartagineses, para que um povo pudesse expandir 
seu território e difundir sua produção cultural. 
c)a carência, entre quase todos os povos da 
Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de 
formular estratégias adequadas de estruturação e 
unificação do poder político. 
d)a inadequação do uso de conceitos modernos, 
como nação ou Estado nacional, no estudo sobre 
a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de 
organização social e política. 
e)a valorização, na Grécia antiga, dos princípios 
do patriotismo e do nacionalismo, como forma de 
consolidar política e economicamente o Estado 
nacional. 
 
21 – (UEFS/2018) 
Os homens espartanos eram exclusivamente 
soldados profissionais. Sua vida, integralmente 
modelada pelo Estado, era-lhe inteiramente 
dedicada. Aos sete anos o menino era entregue 
nas mãos do Estado; a educação consistia, 
sobretudo, em desenvolver a habilidade 
guerreira. Tornando-se adulto, ele passava a 
maior parte do tempo com seus companheiros 
de armas e devia participar da refeição 
comum. 
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1980. 
Adaptado.) 
 
Na Grécia Antiga, a cidade-Estado de Esparta 
distinguia-se 
a)pela organização política e social orientada pelo 
objetivo preponderante de defesa da cidade. 
b)pela formação dos dirigentes políticos para o 
exercício das atividades agrícolas e comerciais da 
cidade. 
c)pela adoção de um regime político cuja 
participação era permitida apenas aos guerreiros 
das cidades aliadas. 
d)pela anexação de mercados externos 
fornecedores de equipamentos militares para a 
cidade. 
e)pela inexistência de relações escravistas em 
uma cidade de pouco desenvolvimento da 
atividade comercial. 
 
22 – (UFGD/2017) 
Em Atenas, na Grécia Antiga, os ideais dedemocracia conviviam com a escravidão. 
Pedro Paulo Funari, em sua obra “Grécia e 
Roma” (2002) destaca que não é “exagero 
dizer que a democracia ateniense dependia da 
existência da escravidão” (p. 38). 
 
 
 
 
8 
Nessa perspectiva, considera-se que: 
a)Os escravos de Atenas, em sua maioria, eram 
prisioneiros de guerra e seus descendentes. 
b)A escravidão em Atenas era limitada, pois se 
prevalecia a ideia de democracia plena, em que 
gradativamente o sistema escravista ia 
desaparecendo 
c)Os grupos de escravos que viviam em Atenas 
eram provenientes de Esparta, haja vista que, 
Atenas e Esparta eram rivais históricos desde o 
século III. 
d)A democracia ateniense foi ímpar para pensar o 
sistema democrático no Brasil, após a 
proclamação da República, em 1822. 
e)Os escravos atenienses eram de origem 
africana, sobretudo, dos países que compõem o 
Sul da África. Até o século VI, o tráfico de 
africanos para Atenas era significativo. 
 
23 – (UNESP/2017) 
Apesar de sua dispersão geográfica e de sua 
fragmentação política, os Gregos tinham uma 
profunda consciência de pertencer a uma só e 
mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais 
extraordinário, considerando-se a ausência de 
qualquer autoridade central política ou 
religiosa e o livre espírito de invenção de uma 
determinada comunidade para resolver os 
diversos problemas políticos ou culturais que 
se colocavam para ela. 
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. 
Adaptado.) 
 
O excerto refere-se ao seguinte aspecto 
essencial da história grega da Antiguidade: 
a)a predominância da reflexão política sobre o 
desenvolvimento das belas-artes. 
b)a fragilidade militar de populações isoladas em 
pequenas unidades políticas. 
c)a vinculação do nascimento da filosofia com a 
constituição de governos tirânicos. 
d)a existência de cidades-estados conjugada a 
padrões civilizatórios de unificação. 
e)a igualdade social sustentada pela exploração 
econômica de colônias estrangeiras. 
 
24 – (UNESP/2016) 
A cidade tira de seu império uma parte da 
honra, da qual todos vós vos gloriais, e que 
deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis 
às provas, se não renunciais também a buscar 
as honras; e não penseis que se trata apenas, 
nesta questão, de ser escravos em vez de livres: 
trata-se da perda de um império, e do risco 
ligado ao ódio que aí contraístes. 
(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da 
Antiguidade, 2009.) 
 
O discurso de Péricles, no século V a.C., 
convoca os atenienses para lutar na Guerra do 
Peloponeso e enfatiza 
a)a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do 
trabalho livre como base de toda sociedade 
democrática. 
b)a defesa da democracia, por Atenas, diante das 
ameaças aristocráticas de Roma. 
c)a rejeição à tirania como forma de governo e a 
celebração da república ateniense. 
d)a defesa do território ateniense, frente à 
investida militar das tropas cartaginesas. 
e)a defesa do poder de Atenas e a sua disposição 
de manter-se à frente de uma confederação de 
cidades. 
 
25 – (ENEM/2017) 
TEXTO I 
 
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me 
foram denunciados como cristãos: perguntei a 
eles mesmos se eram cristãos; aos que 
respondiam afirmativamente repeti uma 
segunda e uma terceira vez a pergunta, 
ameaçando-os com o suplício. Os que 
persistiram, mandei executá-los, pois eu não 
duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia 
e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. 
Outros, cidadãos romanos portadores da 
mesma loucura, pus no rol dos que devem ser 
enviados a Roma. 
Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, 
provínciaromana situada na Ásia Menor, aoimperador 
Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: 
www.veritatis.com.br. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado). 
 
TEXTO II 
 
É nossa vontade que todos os povos regidos 
pela nossa administração pratiquem a religião 
que o apóstolo Pedro transmitiu aos romanos. 
Ordenamos que todas aquelas pessoas que 
seguem esta norma tomem o nome de cristãos 
 
 
 
9 
católicos. Porém, o resto, os quais 
consideramos dementes e insensatos, 
assumirão a infâmia da heresia, os lugares de 
suas reuniões não receberão o nome de igrejas 
e serão castigados em primeiro lugar pela 
divina vingança e, depois, também pela nossa 
própria iniciativa. 
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, 
M. G. História da Idade Média: textos e testemunhas. São 
Paulo: Unesp, 2000. 
 
Nos textos, a postura do Império Romano 
diante do cristianismo é retratada em dois 
momentos distintos. Em que pesem as 
diferentes épocas, é destacada a permanência 
da seguinte prática: 
a)Ausência de liberdade religiosa. 
b)Sacralização dos locais de culto. 
c)Reconhecimento do direito divino. 
d)Formação de tribunais eclesiásticos. 
e)Subordinação do poder governamental. 
 
26 – (ENEM/2016) 
A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V 
a.C., fixou por escrito um velho direito 
costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o 
código permitia, em última análise, matar o 
devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro 
lado do Tibre” — isto é, fora do território de 
Roma. 
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. 
Rio de Janeiro: Graal, 1984. 
 
A referida lei foi um marco na luta por direitos 
na Roma Antiga, pois possibilitou que os 
plebeus 
a)modificassem a estrutura agrária assentada no 
latifúndio. 
b)exercessem a prática da escravidão sobre seus 
devedores. 
c)conquistassem a possibilidade de casamento 
com os patrícios. 
d)ampliassem a participação política nos cargos 
políticos públicos. 
e)reivindicassem as mudanças sociais com base 
no conhecimento das leis. 
 
27 – (ENEM/2016) 
Os escravos tornam-se propriedade nossa seja 
em virtude da lei civil, seja da lei comum dos 
povos; em virtude da lei civil, se qualquer 
pessoa de mais de vinte anos permitir a venda 
de si própria com a finalidade de lucrar 
conservando uma parte do preço da compra; e 
em virtude da lei comum dos povos, são nossos 
escravos aqueles que foram capturados na 
guerra e aqueles que são filhos de nossas 
escravas. 
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade.São 
Paulo: Graal, 2003. 
 
A obra Institutas, do jurista AeliusMarcianus 
(século III d.C.), instrui sobre a escravidão na 
Roma antiga. No direito e na sociedade 
romana desse período, os escravos 
compunham uma 
a)mão de obra especializada protegida pela lei. 
b)força de trabalho sem a presença de ex-
cidadãos. 
c)categoria de trabalhadores oriundos dos 
mesmos povos. 
d)condição legal independente da origem étnica 
do indivíduo. 
e)comunidade criada a partir do estabelecimento 
das leis escritas. 
 
28 – (ENEM/2009) 
O fenômeno da escravidão, ou seja, da 
imposição do trabalho compulsório a um 
indivíduo ou a uma coletividade, por parte de 
outro indivíduo ou coletividade, é algo muito 
antigo e, nesses termos, acompanhou a história 
da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, 
percebe-se que tanto o status quanto o 
tratamento dos escravos variaram muito da 
Antiguidade Greco-romana até o século XIX 
em questões ligadas às divisões do trabalho. 
 
As variações mencionadas dizem respeito 
a)ao caráter étnico da escravidão antiga, pois 
certas etnias eram escravizadas de preconceitos 
sociais. 
b)à especialização do trabalho escravo na 
Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram 
frequentemente realizados por escravos. 
c)ao uso dos escravos para a atividade 
agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no 
mundo moderno, pois o caráter étnico determinou 
a diversidade de tratamento. 
 
 
 
10 
d)à absoluta desqualificação dos escravos para 
trabalhos mais sofisticados e à violência em seu 
tratamento, independente das questões étnicas. 
e)ao aspecto étnico presente em todas as formas 
de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade 
Greco–romana, como no mundo moderno,considerado uma raça inferior. 
 
29 – (UNICAMP/2017) 
 
 
A imagem acima retrata parte do mosaico 
romano de Nennig, um dos mais bem 
conservados que se encontram até o momento 
no norte da Europa. A composição conta com 
mais de 160 m2 e apresenta como tema cenas 
próprias de um anfiteatro romano. 
(https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/media/File:Retiari
us_stabs_secutor_(color).jpg. Acessado em 12/08/2016.) 
 
A partir da leitura da imagem e do 
conhecimento sobre o período em questão, 
pode-se afirmar corretamente que a imagem 
representa 
a)uma luta entre três gladiadores, prática popular 
entre membros da elite romana do século III d. C, 
que foi criticada pelos cristãos. 
b)a popularidade das atividades circenses entre os 
romanos, prática de cunho religioso que envolvia 
os prisioneiros de guerra. 
c)uma das ações da política do pão e do circo, 
estratégia da elite romana que usava cidadãos 
romanos na arena, para lutarem entre si e, assim, 
divertir o povo. 
d)uma luta entre gladiadores, prática que tinha 
inúmeras funções naquela sociedade, como a 
diversão, a tentativa de controle social e a 
valorização da guerra. 
 
30 – (FUVEST/2018) 
(…) o “arco do triunfo” é um fragmento de 
muro que, embora isolado da muralha, tem a 
forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros 
exemplos documentados são estruturas do 
século II a.C., mas os principais arcos de triunfo 
são os do Império, como os arcos de Tito, de 
Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro 
romano, e todos de grande beleza pela elegância 
de suas proporções. 
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao 
século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81. 
 
Dentre os vários aspectos da arquitetura 
romana, destaca-se a monumentalidade de 
suas construções. A relação entre o “arco do 
triunfo” e a História de Roma está baseada 
a)no processo de formação da urbe romana e de 
edificação de entradas defensivas contra invasões 
de povos considerados bárbaros. 
b)nas celebrações religiosas das divindades 
romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos 
seus ancestrais etruscos. 
c)nas celebrações das vitórias militares romanas 
que permitiram a expansão territorial, a 
consolidação territorial e o estabelecimento do 
sistema escravista. 
d)na edificação de monumentos comemorativos 
em memória das lutas dos plebeus e do 
alargamento da cidadania romana. 
e)nos registros das perseguições ao cristianismo e 
da destruição de suas edificações monásticas. 
 
31 – (FUVEST/2018) 
Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas 
de formas gregas e orientais, alargaram o 
espaço da civilização urbana da Antiguidade 
clássica, diluindo-lhe a substância [...]. 
De 200 a.C. em diante, o poder imperial 
romano avançou para leste [...] e nos meados 
do século II as suas legiões haviam esmagado 
todas as barreiras sérias de resistência do 
Oriente. 
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: 
Afrontamento, 1982. 
 
Na região das formações sociais gregas, 
a)a autonomia das cidades-estado manteve-se 
intocável, apesar da centralização política 
implementada pelos imperadores helenísticos. 
 
 
 
11 
b)essas formações e os impérios helenísticos 
constituíram-se com o avanço das conquistas 
espartanas no período posterior às guerras no 
Peloponeso, ao final do século V a.C. 
c)a conquista romana caracterizou-se por uma 
forte ofensiva frente à cultura helenística, 
impondo a língua latina e cerceando as escolas 
filosóficas gregas. 
d)o Oriente tornou-se área preponderante do 
Império Romano a partir do século III d.C., com a 
crise do escravismo, que afetou mais fortemente 
sua parte ocidental. 
e)os espaços foram conquistados pelas tropas 
romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu 
período de apogeu, devido às lutas intestinas e às 
rivalidades entre cidades-estado. 
 
32 – (FUVEST/2014) 
César não saíra de sua província para fazer 
mal algum, mas para se defender dos agravos 
dos inimigos, para restabelecer em seus 
poderes os tribunos da plebe que tinham sido, 
naquela ocasião, expulsos da Cidade, para 
devolver a liberdade a si e ao povo romano 
oprimido pela facção minoritária. 
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação 
Liberdade, 1999, p. 67. 
 
O texto, do século I a.C, retrata o cenário 
romano de 
a)implantação da Monarquia, quando a 
aristocracia perseguia seus opositores e os 
forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas 
oligárquicas e populares. 
b)transição da República ao Império, período de 
reformulações provocadas pela expansão 
mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da 
plebe. 
c)consolidação da República, marcado pela 
participação política de pequenos proprietários 
rurais e pela implementação de amplo programa 
de reforma agrária. 
d)passagem da Monarquia à República, período 
de consolidação oligárquica, que provocou a 
ampliação do poder e da influência política dos 
militares. 
e)decadência do Império, então sujeito a invasões 
estrangeiras e à fragmentação política gerada 
pelas rebeliões populares e pela ação dos 
bárbaros. 
 
33 – (PUC-SP/2019) 
“Como, ao tempo em que o Império se 
enfraquecia, a Religião Cristã se afirmava, os 
Cristãos exprobavam aquela decadência aos 
pagãos, e estes pediam contas dela à Religião 
Cristã. 
 
Diziam os Cristãos que Diocleciano perdera o 
Império associando-se a três colegas, porque 
cada Imperador queria fazer despesas tão 
grandes e manter exércitos tão fortes como se 
ele fosse único. 
Que, por isso, não sendo proporcional o 
número dos que davam ao número dos que 
recebiam, os encargos se tornaram tão grandes 
que os agricultores abandonaram as terras e 
elas viraram florestas” 
(Montesquieu, Charles de Secondat, Baron de, 1689-1755 – 
Consideraçõessobre as causas dagrandeza dos romanos e da 
sua decadência/Montesquieu;introdução, tradução e notas de 
Pedro Vieira Mota. – São Paulo : Saraiva, 1997 – Páginas 304 
e 305) 
 
A partir do texto ao lado, pode-se entender que 
a crise do Império Romano decorreu, dentre 
outros fatores: 
a)Da entrada dos chamados “povos bárbaros”, 
que intensificaram trocas comerciais na parte 
ocidental, levando à desestruturação da vida rural. 
b)Da ascensão do cristianismo, religião que 
negava a divindade do Imperador, e dos altos 
custos militares, levando à inevitável oneração 
dos tributos sobre os agricultores. 
c)Da expansão territorial constante, o que levou à 
substituição de camponeses livres por escravos, 
causando forte êxodo rural. 
d)Das trocas culturais com outros povos, o que 
levou a críticas internas ao poder central, já que 
permitiu a penetração de ideais republicanos 
trazidos pelos “povos bárbaros”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
34 – (UNESP/2018) 
 
(http://recursostic.educacion.es.) 
 
O mapa do Império Romano na época de 
Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra 
a)a dificuldade das tropas romanas de avançar 
sobre territórios da África e a concentração dos 
domínios imperiais no continente europeu. 
b)a resistência do Egito e de Cartago, que 
conseguiram impedir o avanço romano sobre seus 
territórios. 
c)a conformação do maior império da 
Antiguidade e a imposição do poder romano 
sobre os chineses e indianos. 
d)a iminência de conflitos religiosos, resultantes 
da tensão provocada pela conquista de Jerusalém 
pelos cristãos. 
e)a importância do Mar Mediterrâneo para a 
expansão imperial e para a circulação entre as 
áreas de hegemonia romana. 
 
 
35 – (UNESP/2014) 
Roma provou ser capaz de ampliar o seu 
próprio sistema político para incluir as cidades 
italianas durante sua expansão peninsular. 
Desde o começo ela havia – diferentemente de 
Atenas – exigido de seus aliados tropas para 
seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; 
desta maneira, diminuindo a carga de sua 
dominação na paz e unindo-os solidamente em 
tempo de guerra.Neste ponto, seguia o 
exemplo de Esparta, embora seu controle 
militar central das tropas aliadas fosse sempre 
muito maior. 
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 
1987. Adaptado.) 
 
O texto caracteriza uma das principais 
estratégias romanas de domínio sobre outros 
povos e outras cidades: 
a)o estabelecimento de protetorados e de 
aquartelamentos militares. 
b)a escravização e a exploração dos recursos 
naturais. 
c)a libertação de todos os escravos e a 
democratização política. 
d)o recrutamento e a composição de alianças 
bélicas. 
e)a tributação abusiva e o confisco de 
propriedades rurais. 
 
HISTÓRIA MEDIEVAL 
36 - (ENEM/2016) 
Enquanto o pensamento de Santo Agostinho 
representava o desenvolvimento de uma 
filosofia cristã inspirada em Platão, o 
pensamento de São Tomás reabilita a filosofia 
de Aristóteles – até então vista sob suspeita 
pela Igreja –, mostrando ser possível 
desenvolver uma leitura de Aristóteles 
compatível com a doutrina cristã. O 
aristotelismo de São Tomás abriu caminho 
para o estudo da obra aristotélica e para a 
legitimação do interesse pelas ciências 
naturais, um dos principais motivos do 
interesse por Aristóteles nesse período. 
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: 
Sahar, 2005. 
 
A Igreja Católica por muito tempo impediu a 
divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de 
a obra aristotélica 
a)valorizar a investigação científica, contrariando 
certos dogmas religiosos. 
b)declarar a inexistência de Deus, colocando em 
dúvida toda a moral religiosa. 
c)criticar a Igreja Católica, instigando a criação 
de outras instituições religiosas. 
d)evocar pensamentos de religiões orientais, 
minando a expansão do cristianismo. 
e)contribuir para o desenvolvimento de 
sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria 
política. 
 
37 - (ENEM/2015) 
A casa de Deus, que acreditam una, está, 
portanto, dividida em três: uns oram, outros 
combatem, outros, enfim, trabalham. Essas 
 
 
 
13 
três partes que coexistem não suportam ser 
separadas; os serviços prestados por uma são a 
condição das obras das outras duas; cada uma 
por sua vez encarrega-se de aliviar o 
conjunto... Assim a lei pode triunfar e o 
mundo gozar da paz. 
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de 
textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. 
 
A ideologia apresentada por Aldalberon de 
Laon foi produzida durante a Idade Média. 
Um objetivo de tal ideologia e um processo que 
a ela se opôs estão indicados, respectivamente, 
em: 
a)Justificar a dominação estamental / revoltas 
camponesas. 
b)Subverter a hierarquia social / centralização 
monárquica. 
c)Impedir a igualdade jurídica / revoluções 
burguesas. 
d)Controlar a exploração econômica / unificação 
monetária. 
e)Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 
 
38 - (ENEM/2015) 
Calendário medieval, século XV. 
 
Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012. 
 
Os calendários são fontes históricas 
importantes, na medida em que expressam a 
concepção de tempo das sociedades. Essas 
imagens compõem um calendário medieval 
(1460-1475) e cada uma delas representa um 
mês, de janeiro a dezembro. Com base na 
análise do calendário, apreende-se uma 
concepção de tempo 
a)cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno 
retorno. 
b)humanista, identificada pelo controle das horas 
de atividade por parte do trabalhador. 
c)escatológica, associada a uma visão religiosa 
sobre o trabalho. 
d)natural, expressa pelo trabalho realizado de 
acordo com as estações do ano. 
e)romântica, definida por uma visão bucólica da 
sociedade. 
 
39 - (ENEM/2014) 
Sou uma pobre e velha mulher, 
Muito ignorante, que nem sabe ler. 
Mostraram-me na igreja da minha terra 
Um Paraíso com harpas pintado 
E o Inferno onde fervem almas danadas, 
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra. 
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: 
LTC, 1999. 
 
Os versos do poeta francês François Villon 
fazem referência às imagens presentes nos 
templos católicos medievais. Nesse contexto, as 
imagens eram usadas com o objetivo de 
a)redefinir o gosto dos cristãos. 
b)incorporar ideais heréticos. 
c)educar os fiéis através do olhar. 
d)divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e)valorizar esteticamente os templos religiosos. 
 
Questão 40 - (ENEM/2013) 
Quando ninguém duvida da existência de um 
outro mundo, a morte é uma passagem que 
deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O 
homem da Idade Média tem a convicção de 
não desaparecer completamente, esperando a 
ressurreição. Pois nada se detém e tudo 
continua na eternidade. A perda 
contemporânea do sentimento religioso fez da 
morte uma provação aterrorizante, um 
trampolim para as trevas e o desconhecido. 
DUBY, G. Ano 2000 na pista do nossos medos. São Paulo: 
Unesp, 1998 (adaptado). 
 
Ao comparar as maneiras com que as 
sociedades têm lidado com a morte, o autor 
considera que houve um processo de 
a)mercantilização das crenças religiosas. 
b)transformação das representações sociais. 
c)disseminação do ateísmo nos países de maioria 
cristã. 
 
 
 
14 
d)diminuição da distância entre saber científico e 
eclesiástico. 
e)amadurecimento da consciência ligada à 
civilização moderna. 
 
41 - (ENEM/2018) 
TEXTO I 
É da maior utilidade saber falar de modo a 
persuadir e conter o arrebatamento dos 
espíritos desviados pela doçura da sua 
eloquência. Foi com este fim que me apliquei a 
formar uma biblioteca. Desde há muito tempo 
em Roma, em toda a Itália, na Germânia e na 
Bélgica, gastei muito dinheiro para pagar a 
copistas e livros, ajudado em cada província 
pela boa vontade e solicitude dos meus amigos. 
GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud 
PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História daIdade Média: texto 
e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
TEXTO II 
Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata 
esse livro; mas, como a gente tem que se 
acomodar às exigências da boa sociedade de 
Córdova, preciso ter uma biblioteca. Nas 
minhas prateleiras tenho um buraco 
exatamente do tamanho desse livro e como 
vejo que tem uma letra e encadernação muito 
bonitas, gostei dele e quis comprá-lo. Por outro 
lado, nem reparei no preço. Graças a Deus 
sobra-me dinheiro para essas coisas. 
AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. 
G. A Península Ibérica entre o Oriente e o Ocidente: cristãos, 
judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002. 
 
Nesses textos do século X, percebem-se visões 
distintas sobre os livros e as bibliotecas em 
uma sociedade marcada pela 
a)difusão da cultura favorecida pelas atividades 
urbanas. 
b)laicização do saber, que era facilitada pela 
educação nobre. 
c)ampliação da escolaridade realizada pelas 
corporações de ofício. 
d)evolução da ciência que era provocada pelos 
intelectuais bizantinos. 
e)publicização das escrituras, que era promovida 
pelos sábios religiosos. 
 
42 - (ENEM/2018) 
A existência em Jerusalém de um hospital 
voltado para o alojamento e o cuidado dos 
peregrinos, assim como daqueles entre eles que 
estavam cansados ou doentes, fortaleceu o elo 
entre a obra de assistência e de caridade e a 
Terra Santa. Ao fazer, em 1113, do Hospital de 
Jerusalém um estabelecimento central da 
ordem, Pascoal II estimulava a filiação dos 
hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo 
daqueles que estavam ligados à peregrinação 
na Terra Santa ou em outro lugar. A 
militarização do Hospital de Jerusalém não 
diminuiu a vocação caritativa primitiva, mas a 
fortaleceu. 
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar, 2002 (adaptado). 
 
O acontecimento descrito vincula-se ao 
fenômeno ocidental do(a) 
a)surgimento do monasticismo guerreiro, 
ocasionado pelas cruzadas. 
b)descentralização do poder eclesiástico, 
produzida pelo feudalismo. 
c)alastramento da peste bubônica, provocadopela 
expansão comercial. 
d)afirmação da fraternidade mendicante, 
estimulada pela reforma espiritual. 
e)criação das faculdades de medicina, promovida 
pelo renascimento urbano. 
 
43 - (ENEM/2017) 
Entre o século XII e XIII, a recrudescência das 
condenações da usura é explicada pelo temor 
da Igreja ao ver a sociedade abalada pela 
proliferação da usura, quando muitos homens 
abandonam sua condição social, sua profissão, 
para tornar-se usuários. No século XIII, o 
papa Inocêncio IV teme a deserção dos 
campos, devido ao fato de os camponeses 
terem se tornado usurários ou estarem 
privados de gado e de instrumentos de 
trabalho pertencentes aos possuidores de 
terras, eles próprios atraídos pelos ganhos da 
usura. A atração pela usura ameaça a 
ocupação dos solos e da agricultura e traz o 
espectro da fome. 
LE GOFF, J. A bolsa e a vida: economia e religião na Idade 
Média. São Paulo: Brasiliense, 2004 (adaptado). 
 
A atitude da Igreja em relação à prática em 
questão era motivada pelo interesse em 
 
 
 
15 
a)suprimir o debate escolástico. 
b)regular a extração de dízimos. 
c)diversificar o padrão alimentar. 
d)conservar a ordem estamental. 
e)evitar a circulação de mercadorias. 
 
44 - (ENEM/2017) 
Mas era sobretudo a lã que os compradores, 
vindos da Flandres ou da Itália, procuravam 
por toda a parte. Para satisfazê-los, as raças 
foram melhoradas através do aumento 
progressivo das suas dimensões. Esse 
crescimento prosseguiu durante todo o século 
XIII, e as abadias da Ordem de Cister, onde 
eram utilizados os métodos mais racionais de 
criação de gado, desempenharam certamente 
um papel determinante nesse aperfeiçoamento. 
DUBY, G. Economia rural e vida no campo no Ocidente 
medieval. Lisboa:Estampa, 1987 (adaptado) 
 
O texto aponta para a relação entre 
aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço 
técnico na Europa ocidental feudal, que 
resultou do(a) 
a)crescimento do trabalho escravo. 
b)desenvolvimento da vida urbana. 
c)padronização dos impostos locais. 
d)uniformização do processo produtivo. 
e)desconcentração da estrutura fundiária. 
 
45 - (ENEM/2015) 
No início foram as cidades. O intelectual da 
Idade Média — no Ocidente — nasceu com 
elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado 
às funções comercial e industrial — digamos 
modestamente artesanal — que ele apareceu, 
como um desses homens de ofício que se 
instalavam nas cidades nas quais se impôs a 
divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é 
escrever ou ensinar, e de preferência as duas 
coisas a um só tempo, um homem que, 
profissionalmente, tem uma atividade de 
professor erudito, em resumo, um intelectual – 
esse homem só aparecerá com as cidades. 
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 2010. 
 
O surgimento da categoria mencionada no 
período em destaque no texto evidencia o(a) 
a)apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. 
b)relação entre desenvolvimento urbano e divisão 
do trabalho. 
c)importância organizacional das corporações de 
ofício. 
d)progressiva expansão da educação escolar. 
e)acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 
 
46 - (ENEM/2015) 
TEXTO I 
Não é possível passar das trevas da ignorância 
para a luz da ciência a não ser lendo, com um 
amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. 
Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por 
isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. 
Para eles irão todos os meus cuidados e, todos 
os dias, a aurora me encontrará entregue ao 
seu estudo. 
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da 
Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
TEXTO II 
A nossa geração tem arraigado o defeito de 
recusar admitir tudo o que parece vir dos 
modernos. Por isso, quando descubro uma 
ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-
a a outrem e declaro: — Foi fulano de tal que o 
disse, não sou eu. E para que acreditem 
totalmente nas minhas opiniões, digo: — O 
inventor foi fulano de tal, não sou eu. 
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da 
Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
Nos textos são apresentados pontos de vista 
distintos sobre as mudanças culturais 
ocorridas no século XII no Ocidente. 
Comparando os textos, os autores discutem 
o(a) 
a) produção do conhecimento face à 
manutenção dos argumentos de autoridade da 
Igreja. 
b) caráter dinâmico do pensamento laico 
frente à estagnação dos estudos religiosos. 
c) surgimento do pensamento científico em 
oposição à tradição teológica cristã. 
d) desenvolvimento do racionalismo crítico 
ao opor fé e razão. 
e) construção de um saber teológico 
científico. 
 
 
 
 
 
 
16 
47 - (ENEM/2015) 
 
DUARTE, P. A. Fundamentos de cartografia. Florianópolis: 
UFSC, 2002. 
 
As diferentes representações cartográficas 
trazem consigo as ideologias de uma época. A 
representação destacada se insere no contexto 
das Cruzadas por 
a)revelar aspectos da estrutura demográfica de 
um povo. 
b)sinalizar a disseminação global de mitos e 
preceitos políticos. 
c)utilizar técnicas para demonstrar a centralidade 
de algumas regiões. 
d)mostrar o território para melhor administração 
dos recursos naturais. 
e)refletir a dinâmica sociocultural associada à 
visão de mundo eurocêntrica. 
 
48 - (ENEM/2014) 
Sempre teceremos panos de seda 
E nem por isso vestiremos melhor 
Seremos sempre pobres e nuas 
E teremos sempre fome e sede 
Nunca seremos capazes de ganhar tanto 
Que possamos ter melhor comida. 
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvainou le chevalieraulion (1177-
1181). Apud MACEDO, J. R.A mulher na Idade Média. São 
Paulo: Contexto, 1992 (adaptado). 
 
O tema do trabalho feminino vem sendo 
abordado pelos estudos históricos mais 
recentes. Algumas fontes são importantes para 
essa abordagem, tal como o poema 
apresentado, que alude à 
a)inserção das mulheres em atividades 
tradicionalmente masculinas. 
b)ambição das mulheres em ocupar lugar 
preponderante na sociedade. 
c)possibilidade de mobilidade social das mulheres 
na indústria têxtil medieval. 
d)exploração das mulheres nas manufaturas 
têxteis no mundo urbano medieval. 
e)servidão feminina como tipo de mão de obra 
vigente nas tecelagens europeias. 
 
49 - (ENEM/2014) 
Veneza, emergindo obscuramente ao longo do 
início da Idade Média das águas às quais devia 
sua imunidade a ataques, era nominalmente 
submetida ao Império Bizantino, mas, na 
prática, era uma cidade-estado independente 
na altura do século X. Veneza era única na 
cristandade por ser uma comunidade 
comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou 
colhe uvas”, como um surpreso observador do 
século XI constatou. Comerciantes venezianos 
puderam negociar termos favoráveis para 
comerciar com Constantinopla, mas também 
se relacionaram com mercadores do islã. 
FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo e islã, de 
Maomé à Reforma.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. 
 
A expansão das atividades de trocas na Baixa 
Idade Média, dinamizadas por centros como 
Veneza, reflete o(a) 
a)importância das cidades comerciais. 
b)integração entre a cidade e o campo. 
c)dinamismo econômico da Igreja cristã. 
d)controle da atividade comercial pela nobreza 
feudal. 
e)ação reguladora dos imperadores durante as 
trocas comerciais. 
 
50 - (ENEM/2011) 
Se a mania de fechar, verdadeiro habitusda 
mentalidade medieval nascido talvez de um 
profundo sentimento de insegurança, estava 
difundida no mundo rural, estava do mesmo 
modo no meio urbano, pois que uma das 
características da cidade era de ser limitada 
por portas e por uma muralha. 
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. 
História da vida privada daEuropa Feudal à Renascença. São 
Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
 
As práticas e os usos das muralhas sofreram 
importantes mudanças no final da Idade 
 
 
 
17 
Média, quando elas assumirama função de 
pontos de passagem ou pórticos. Este processo 
está diretamente relacionado com 
a)o crescimento das atividades comerciais e 
urbanas. 
b)a migração de camponeses e artesãos. 
c)a expansão dos parques industriais e fabris. 
d)o aumento do número de castelos e feudos. 
e)a contenção das epidemias e doenças. 
 
51 - (ENEM/2018) 
Então disse: “Este é o local onde construirei. 
Tudo pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre 
e uma rede de canais. Só um lugar como este 
sustentará o exército e a população geral”. 
Assim ele traçou e destinou as verbas para a 
sua construção, e deitou o primeiro tijolo com 
sua própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, 
e em louvor a Ele. Construí, e que Deus vos 
abençoe”. 
AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1995 (adaptado). 
 
A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de 
construir Bagdá nesse local orientou-se pela 
a)disponibilidade de rotas e terras férteis como 
base da dominação política. 
b)proximidade de áreas populosas como 
afirmação da superioridade bélica. 
c)submissão à hierarquia e à lei islâmica como 
controle do poder real. 
d)fuga da península arábica como afastamento 
dos conflitos sucessórios. 
e)ocupação de região fronteiriça como contenção 
do avanço mongol. 
 
52 - (UNICAMP SP/2018) 
Estamos acostumados a considerar que o 
sistema centro/periferia, ao menos no 
Ocidente, é um eixo essencial da estrutura e do 
funcionamento no espaço das economias, das 
sociedades, das civilizações. O historiador 
Fernand Braudel estimou que tal sistema só 
existiu e funcionou plenamente a partir do 
século XV. Essa definição não se aplica à 
Cristandade Medieval sem importantes 
correções. A noção de centro e a oposição 
centro/periferia são menos decisivas que 
outros sistemas de orientação espacial. O 
principal sistema é o que opõe o baixo ao alto, 
quer dizer, o Aqui, esse “mundo” imperfeito e 
marcado pelo Pecado Original, ao céu, morada 
de Deus. 
(Adaptado de Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt, 
“Centro/Periferia”, em Dicionário temático doocidente 
medieval, v. 2. São Paulo: Edusc, 2002, p. 203.) 
 
A partir do texto acima, assinale a alternativa 
correta. 
a)Usada nas Ciências Humanas para a 
compreensão de períodos históricos desde a 
Antiguidade, a noção de centro/periferia perdura 
até a atualidade e estrutura o sistema econômico 
global contemporâneo. 
b)As noções de baixo e alto têm um sentido 
histórico mais preciso para a compreensão da 
Cristandade Medieval do que o sistema 
centro/periferia. 
c)O sistema centro/periferia é aplicável ao estudo 
da Cristandade Medieval, já que os feudos 
constituíam o centro da vida econômica e cultural 
naquele contexto. 
d)O sistema centro/periferia aplicado durante a 
Era Medieval espelhava o sistema de orientação 
baixo e alto, sendo o baixo o mundo do pecado e 
o alto o mundo da virtude cristã. 
 
53 - (UNICAMP SP/2016) 
Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do 
bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a 
uma paróquia rural. 
 
“Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em 
sua doença obtém a saúde do corpo e a 
remissão dos pecados. Se é possível, pois, 
encontrar este duplo benefício na Igreja, por 
que há infelizes que se empenham em causar 
mal a si mesmos, procurando os mais variados 
sortilégios: recorrendo a encantadores, a 
feitiçarias em fontes e árvores, amuletos, 
charlatães, videntes e adivinhos?” 
(Fonte: 
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php?option=co
_content&view=article&id=1397:sao-cesario-de-arles-sermao-
13-parauma- paroquia-rural&catid=28: outros-
artigos&Itemid=285.) 
 
A partir desse sermão, escrito no sul da atual 
França, é correto afirmar que: 
a)A Igreja Católica assumia funções espirituais e 
deixava à nobreza o cuidado da saúde dos 
 
 
 
18 
camponeses, através de ordens religiosas e 
militares. 
b)O cristianismo tinha penetrado em todas as 
categorias sociais e era interpretado da mesma 
forma através da autoridade dos bispos. 
c)Práticas consideradas menos ortodoxas por 
Cesário de Arles ainda encontravam espaço em 
setores da sociedade e a elite da Igreja tentava se 
afirmar como o único acesso ao sagrado. 
d)O avanço do materialismo estava afastando da 
Igreja os camponeses, que, com isto, deixavam de 
pagar os dízimos eclesiásticos. 
 
54 - (FUVEST SP/2019) 
Os comentadores do texto sagrado (…) 
reconhecem a submissão da mulher ao homem 
como um dos momentos da divisão hierárquica 
que regula as relações entre Deus, Cristo e a 
humanidade, encontrando ainda a origem e o 
fundamento divino daquela submissão na cena 
primária da criação de Adão e Eva e no seu 
destino antes e depois da queda. 
CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das 
Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122-123. 
 
O excerto refere-se à apreensão de 
determinadas passagens bíblicas pela 
cristandade medieval, especificamente em 
relação à condição das mulheres na sociedade 
feudal. A esse respeito, é correto afirmar: 
a)As mulheres originárias da nobreza podiam 
ingressar nos conventos e ministrar os 
sacramentos como os homens de mesma condição 
social. 
b)A culpabilização das mulheres pela expulsão do 
Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua 
subordinação social aos homens. 
c)As mulheres medievais eram impedidas do 
exercício das atividades políticas, ao contrário do 
que acontecera no mundo greco-romano. 
d)As mulheres medievais eram iletradas e tinham 
o acesso à cultura e às artes proibido, devido à 
sua condição social e natural. 
e)A submissão das mulheres medievais aos 
homens esteve desvinculada de normatizações 
acerca da sexualidade. 
 
55 - (UNESP SP/2017) 
A Igreja foi responsável direta por mais uma 
transformação, formidável e silenciosa, nos 
últimos séculos do Império: a vulgarização da 
cultura clássica. Essa façanha fundamental da 
Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e 
função na passagem para o Feudalismo. A 
condição de existência da civilização da 
Antiguidade em meio aos séculos caóticos da 
Idade Média foi o caráter de resistência da 
Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas. 
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 
2016. Adaptado.) 
 
O excerto permite afirmar corretamente que a 
Igreja cristã 
a)tornou-se uma instituição do Império Romano e 
sobreviveu à sua derrocada quando da invasão 
dos bárbaros germânicos. 
b)limitou suas atividades à esfera cultural e evitou 
participar das lutas políticas durante o 
Feudalismo. 
c)manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e 
proibiu representações de imagens religiosas na 
Idade Média. 
d)reconheceu a importância da liberdade religiosa 
na Europa Ocidental e combateu a teocracia 
imperial. 
e)combateu o universo religioso do Feudalismo e 
propagou, em meio aos povos sem escrita, o 
paganismo greco-romano. 
 
56 - (UNESP SP/2016) 
Eis dois homens a frente: um, que quer servir; 
o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O 
primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as 
nas mãos do segundo: claro símbolo de 
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda 
acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, 
a personagem que oferece as mãos pronuncia 
algumas palavras, muito breves, pelas quais se 
reconhece “o homem” de quem está na sua 
frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se 
na boca: símbolo de acordo e de amizade. 
Eram estes – muito simples e, por isso mesmo, 
eminentemente adequados para impressionar 
espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que 
serviam para estabelecer um dos vínculos mais 
fortes que a época feudal conheceu. 
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) 
 
Miniatura do LiberfeudorumCeritaniae, século 
XIII 
 
 
 
19 
 
(www.mcu.es) 
 
O texto e a imagem referem-se à cerimônia 
que 
a)consagra bispos e cardeais. 
b)estabelece as relações de vassalagem. 
c)estabelece as relaçõesde servidão. 
d)consagra o poder municipal. 
e)estabelece as relações de realeza. 
 
57 - (UNESP SP/2015) 
Os homens da Idade Média estavam 
persuadidos de que a terra era o centro do 
Universo e que Deus tinha criado apenas um 
homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus 
descendentes. Não imaginavam que existissem 
outros espaços habitados. O que viam no céu, o 
movimento regular da maioria dos astros, era 
a imagem do que havia de mais próximo no 
plano divino de organização. 
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 
1998. Adaptado.) 
 
O texto revela, em relação à Idade Média 
ocidental, 
a)o prevalecimento de uma mentalidade 
fortemente religiosa, indicativa da força e da 
influência do cristianismo. 
b)a consciência da própria gênese e origem, 
resultante das pesquisas históricas e científicas 
realizadas na Grécia Antiga. 
c)o esforço de compreensão racionalista dos 
fenômenos naturais, base do pensamento 
humanista. 
d)a construção de um pensamento mítico, 
provavelmente originário dos contatos com povos 
nativos da Ásia e do Norte da África. 
e)a presença de esforços constantes de predição 
do futuro, provavelmente oriundos das crenças 
dos primeiros habitantes do continente. 
 
58 - (Famerp SP/2016) 
Não é mais o templo que distingue a cidade 
medieval da cidade antiga, porque muitas 
vezes ou o templo foi reutilizado como igreja, 
ou então a igreja cristã foi construída sobre o 
local do templo. Com a igreja, um elemento 
fundamentalmente novo sobreveio. Os sinos 
aparecem e se instalam no século VII no 
Ocidente. Eles serão ponto de referência na 
cidade; em particular na Itália, onde o sino 
muitas vezes é instalado não no corpo do 
monumento, mas numa torre especial: o 
campanário. 
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.) 
 
O historiador descreve o surgimento da cidade 
medieval, assinalando, como um dos seus 
aspectos fundamentais, 
a)o florescimento das atividades econômicas nos 
pontos de encontro de diversas rotas de comércio. 
b)a autonomia política conquistada por meio de 
um processo de luta contra o senhor feudal e a 
Igreja. 
c)a onipresença de um poder religioso visível e 
controlador da existência cotidiana da população. 
d)a reorganização do espaço urbano com vistas a 
manter a tradicional estrutura militar da 
antiguidade. 
e)o deslocamento da população da cidade para as 
comunidades de religiosos nos mosteiros. 
 
59 - (UFU MG/2018) 
Observe a imagem. 
 
 
Pintura medieval de 
1411.<http://brasilescola.uol.com.br/oque- e/historia/o-que-foi-
a-peste-negra.htm 
 
 
 
20 
 
Essa pintura retrata um dos fatores que 
contribuíram para a derrocada do sistema 
feudal na Europa Medieval. 
 
Sobre o contexto abordado, é correto afirmar 
que a rápida disseminação da peste negra 
decorreu em grande parte em função 
a)da circulação de mercadorias na Europa 
totalmente urbanizada. 
b)do reforço do sistema servil, que debilitou 
ainda mais os camponeses. 
c)da crença na ira divina, que dificultava a cura 
pela medicina. 
d)do baixo nível nutricional e das precárias 
condições sanitárias dos indivíduos. 
 
60 - (UNICAMP SP/2016) 
Uma categoria inferior de servidores que 
coexiste nas grandes casas com os domésticos 
livres são os escravos. Um recenseamento 
enumera em Gênova, em 1458, mais de 2 mil. 
As mulheres estão em uma proporção 
esmagadora (97,5%) e 40% não têm ainda 23 
anos. São totalmente desamparadas; todos na 
casa a repreendem, todos batem nela (patrão, 
mãe, filhos crescidos) e os testemunhos de 
processos em que elas comparecem mostram-
nas vivendo, frequentemente no temor de 
pancadas. Em Gênova e Veneza, a escrava-
criada é essencial no prestígio das nobres e 
ricas matronas. 
(Adaptado de Charles De laRoncière, “A vida privada dos 
notáveis toscanos no limiar daRenascença”, em Georges Duby 
(org.), Históriada vida privada - da Europa feudal à 
Renascença,vol 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 
235-236.) 
 
Sobre o trabalho nas cidades italianas do 
período em questão, podemos afirmar 
corretamente que: 
a)O declínio da escravidão está ligado ao novo 
conceito antropocêntrico do ser humano e a uma 
nova dignidade da condição feminina no final da 
Idade Média. 
b)O trabalho servil era predominantemente 
feminino e concorria com o trabalho escravo. A 
escravidão diminuiu com essa concorrência, 
desdobrando-se no trabalho livre. 
c)Conviviam inúmeras formas de trabalho livre, 
semilivre e escravo no universo europeu e a 
sobreposição não era, em si, contraditória. 
d)O uso do castigo corporal igualava as escravas 
a outros trabalhadores e foi o motivo das 
rebeliões camponesas do período (jacqueries) e 
agitações urbanas. 
 
61 - (FUVEST SP/2016) 
Assim como o camponês, o mercador está a 
princípio submetido, na sua atividade 
profissional, ao tempo meteorológico, ao ciclo 
das estações, à imprevisibilidade das 
intempéries e dos cataclismos naturais. Como, 
durante muito tempo, não houve nesse 
domínio senão necessidade de submissão à 
ordem da natureza e de Deus, o mercador só 
teve como meio de ação as preces e as práticas 
supersticiosas. Mas, quando se organiza uma 
rede comercial, o tempo se torna objeto de 
medida. A duração de uma viagem por mar ou 
por terra, ou de um lugar para outro, o 
problema dos preços que, no curso de uma 
mesma operação comercial, mais ainda 
quando o circuito se complica, sobem ou 
descem _ tudo isso se impõe cada vez mais à 
sua atenção. Mudança também importante: o 
mercador descobre o preço do tempo no 
mesmo momento em que ele explora o espaço, 
pois para ele a duração essencial é aquela de 
um trajeto. 
Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média. Petrópolis: 
Vozes, 2013. Adaptado. 
 
O texto associa a mudança da percepção do 
tempo pelos mercadores medievais ao 
a)respeito estrito aos princípios do livrecomércio, 
que determinavam a obediência às regras 
internacionais de circulação de mercadorias. 
b)crescimento das relações mercantis, que 
passaram a envolver territórios mais amplos e 
distâncias mais longas. 
c)aumento da navegação oceânica, que permitiu o 
estabelecimento de relações comerciais regulares 
com a América. 
d)avanço das superstições na Europa ocidental, 
que se difundiram a partir de contatos com povos 
do leste desse continente e da Ásia. 
 
 
 
21 
e)aparecimento dos relógios, que foram 
inventados para calcular a duração das viagens 
ultramarinas. 
 
62 - (FUVEST SP/2015) 
A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar 
das trocas econômicas que recorrem sempre 
mais a um meio de troca essencial: a moeda. 
[...] Centro econômico, a cidade é também um 
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra 
o poder tradicional do bispo e do senhor, 
frequentemente confundidos numa única 
pessoa, um grupo de homens novos, os 
cidadãos ou burgueses, conquista 
“liberdades”, privilégios cada vez mais amplos. 
Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: 
Record, 2010. Adaptado. 
 
O texto trata de um período em que 
a)os fundamentos do sistema feudal coexistiam 
com novas formas de organização política e 
econômica, que produziam alterações na 
hierarquia social e nas relações de poder. 
b)o excesso de metais nobres na Europa 
provocava abundância de moedas, que 
circulavam apenas pelas mãos dos grandes 
banqueiros e dos comerciantes internacionais. 
c)o anseio popular por liberdade e igualdade 
social mobilizava e unificava os trabalhadores 
urbanos e rurais e envolvia ativa participação de 
membros do baixo clero. 
d)a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de 
bens materiais, enfrentava forte oposição da 
burguesia ascendente e dos grandes proprietários 
de terras. 
e)as principais características do feudalismo, 
sobretudo a valorização da terra, haviam sido 
completamente superadas e substituídas pela 
busca incessante do lucro epela valorização do 
livre comércio. 
 
63 - (FUVEST SP/2011) 
Se o Ocidente procurava, através de suas 
invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o 
resultado foi exatamente o inverso. 
 
Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes.São Paulo: 
Brasiliense, p.241, 2007. 
 
Um exemplo do “resultado inverso” das 
Cruzadas foi a 
a)difusão do islamismo no interior dos Reinos 
Francos e a rápida derrocada do Império fundado 
por Carlos Magno. 
b)maior organização militar dos muçulmanos e 
seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o 
Império Romano do Oriente. 
c)imediata reação terrorista islâmica, que colocou 
em risco o Império britânico na Ásia. 
d)resistência ininterrupta que os cruzados 
enfrentaram nos territórios que passaram a 
controlar no Irã e Iraque. 
e)forte influência árabe que o Ocidente sofreu 
desde então, expressa na gastronomia, na 
joalheria e no vestuário. 
 
64 - (FUVEST SP/2009) 
“A Idade Média europeia é inseparável da 
civilização islâmica já que consiste 
precisamente na convivência, ao mesmo tempo 
positiva e negativa, do cristianismo e do 
islamismo, sobre uma área comum 
impregnada pela cultura greco-romana.” 
José Ortega y Gasset (1883-1955). 
O texto acima permite afirmar que, na Europa 
ocidental medieval, 
a)formou-se uma civilização complementar à 
islâmica, pois ambas tiveram um mesmo ponto de 
partida. 
b)originou-se uma civilização menos complexa 
que a islâmica devido à predominância da cultura 
germânica. 
c)desenvolveu-se uma civilização que se 
beneficiou tanto da herança greco-romana quanto 
da islâmica. 
d)cristalizou-se uma civilização marcada pela 
flexibilidade religiosa e tolerância cultural. 
e)criou-se uma civilização sem dinamismo, em 
virtude de sua dependência de Bizâncio e do 
Islão. 
 
65 - (UNESP SP/2014) 
Mais ou menos a partir do século XI, os 
cristãos organizaram expedições em comum 
contra os muçulmanos, na Palestina, para 
reconquistar os “lugares santos” onde Cristo 
tinha morrido e ressuscitado. São as cruzadas 
[...]. Os homens e as mulheres da Idade Média 
tiveram então o sentimento de pertencer a um 
mesmo grupo de instituições, de crenças e de 
hábitos: a cristandade. 
 
 
 
22 
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 
2007.) 
 
Segundo o texto, as cruzadas 
a)contribuíram para a construção da unidade 
interna do cristianismo, o que reforçou o poder da 
Igreja Católica Romana e do Papa. 
b)resultaram na conquista definitiva da Palestina 
pelos cristãos e na decorrente derrota e submissão 
dos muçulmanos. 
c)determinaram o aumento do poder dos reis e 
dos imperadores, uma vez que a derrota dos 
cristãos debilitou o poder político do Papa. 
d)estabeleceram o caráter monoteísta do 
cristianismo medieval, o que ajudou a reduzir a 
influência judaica e muçulmana na Palestina. 
e)definiram a separação oficial entre Igreja e 
Estado, estipulando funções e papéis diferentes 
para os líderes políticos e religiosos. 
 
HISTÓRIA MODERNA 
66 - (ENEM/2014) 
Outro remédio eficiente é organizar colónias, 
em alguns lugares, as quais virão a ser como 
grilhões impostos à província, porque isto é 
necessário que se faça ou deve-se lá ter muita 
força de armas. Não é muito que se gasta com 
as colónias, e, sem despesa excessiva, podem 
ser organizadas e mantidas. Os únicos que 
terão prejuízos com elas serão os de quem se 
tomam os campos e as moradias para se darem 
aos novos habitantes. Entretanto, os 
prejudicados serão a minoria da população do 
Estado, e dispersos e reduzidos à penúria, 
nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não 
foram prejudicados terão, por isso, que se 
aquietarem, temerosos de que o mesmo lhes 
suceda. 
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 
2010. 
 
Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos 
para a manutenção do poder político, como o 
deste trecho, que tem como objeto a 
a)transferência dos inimigos da metrópole para 
a colônia. 
b)substituição de leis, costumes e impostos da 
região dominada. 
c)implantação de um exército armado, constituído 
pela população subjugada. 
d)expansão do principado, com migração 
populacional para o território conquistado. 
e)distribuição de terras para a parcela do povo 
dominado, que possui maior poder político. 
 
67 - (ENEM/2013) 
Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir 
ao contrato uma soberania absoluta e 
indivisível. Ensina que, por um único e mesmo 
ato, os homens naturais constituem-se em 
sociedade política e submetem-se a um senhor, 
a um soberano. Não firmam contrato com esse 
senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, 
em proveito desse senhor, a todo o direito e 
toda liberdade nocivos à paz. 
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel 
a nossos dias.Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado). 
 
A proposta de organização da sociedade 
apresentada no texto encontra-se 
fundamentada na 
a)imposição das leis e na respeitabilidade ao 
soberano. 
b)abdicação dos interesses individuais e na 
legitimidade do governo. 
c)alteração dos direitos civis e na 
representatividade do monarca. 
d)cooperação dos súditos e na legalidade do 
poder democrático. 
e)mobilização do povo e na autoridade do 
parlamento. 
 
68 - (ENEM/2012) 
Que é ilegal a faculdade que se atribui à 
autoridade real para suspender as leis ou seu 
cumprimento. 
 
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a 
Coroa sem o concurso do Parlamento, sob 
pretexto de prerrogativa, ou em época e modo 
diferentes dos designados por ele próprio. 
 
Que é indispensável convocar com frequência 
o Parlamento para satisfazer os agravos, assim 
como para corrigir, afirmar e conservar as 
leis. 
 
 
 
23 
(Declaração de Direitos. Disponível em: 
http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez 2011 – 
Adaptado) 
 
No documento de 1689, identifica-se uma 
particularidade da Inglaterra diante dos 
demais Estados europeus na Época Moderna. 
A peculiaridade inglesa e o regime político que 
predominavam na Europa continental estão 
indicados, respectivamente, em: 
a)Redução da influência do papa – Teocracia. 
b)Limitação do poder do soberano – 
Absolutismo. 
c)Ampliação da dominação da nobreza – 
República. 
d)Expansão da força do presidente – 
Parlamentarismo. 
e)Restrição da competência do congresso – 
Presidencialismo. 
 
69 - (ENEM/2012) 
 
(Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1994.) 
 
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem 
fabricada por um conjunto de estratégias que 
visavam sedimentar uma determinada noção 
de soberania. Neste sentido, a charge 
apresentada demonstra 
a)a humanidade do rei, pois retrata um homem 
comum, sem os adornos próprios à vestimenta 
real. 
b)a unidade entre o público e o privado, pois a 
figura do rei com a vestimenta real representa o 
público e sem a vestimenta real, o privado. 
c)o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao 
conhecimento do público a figura de um rei 
despretensioso e distante do poder político. 
d)o gosto estético refinado do rei, pois evidencia 
a elegância dos trajes reais em relação aos de 
outros membros da corte. 
e)a importância da vestimenta para a constituição 
simbólica do rei, pois o corpo político adornado 
esconde os defeitos do corpo pessoal. 
 
70 - (ENEM/2012) 
TEXTO I 
 
O Estado sou eu. 
Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-
1715. Disponível em: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011. 
 
TEXTO II 
 
A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de 
tudo. Sua vontade é sempre legal; na verdade é 
a própria lei. 
SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. Os 
alemães: a luta pelo poder e aevolução do habitus nos séculos 
XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. 
 
Os textos apresentados expressam alteração na 
relação entre governantes e governados na 
Europa. Da frase atribuída ao

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