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Curso: Assistência odontológica para pacientes com DCNT: doenças cardiovasculares

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➔ A assistência aos usuários dos serviços de saúde com doenças
cardiovasculares deve transcender os cuidados médicos e deve ser realizada
de forma inter, multi e transdisciplinar; portanto os cuidados odontológicos
ocupam um espaço importante nesse processo, sendo incluídos em todos os
níveis de atenção à saúde.
➔ A criação de fluxos assistenciais em saúde bucal é uma estratégia que
contribui para o melhor funcionamento da Rede de Atenção à Saúde Bucal,
permitindo que as equipes da APS possam interagir com os demais serviços
de acordo com as necessidades dos usuários sob seus cuidados.
Unidade 1
❏ As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são a maior causa de
morbidade e mortalidade no Brasil. Para o atendimento dessa demanda, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), são necessárias articulações que
organizem e operacionalizem o cuidado às pessoas com doenças crônicas.
❏ As doenças crônicas em geral estão relacionadas a causas múltiplas, sendo
caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com
longa ou indefinida duração. Apresentam curso clínico que muda ao longo do
tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar
incapacidades. São doenças que requerem intervenções com o uso de
tecnologias apropriadas, associadas a mudanças de estilo de vida, em um
processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura
❏ Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas diz que deve:
❏ Ampliar o acesso dos usuários com doenças crônicas aos serviços de
saúde;
❏ Promover o aprimoramento da qualidade da atenção à saúde dos
usuários com doenças crônicas, por meio do desenvolvimento de
ações contínuas, coordenadas pela atenção primária, que busquem a
integralidade e a longitudinalidade do cuidado em saúde, e que
propiciem o acesso aos recursos diagnósticos e terapêuticos
adequados em tempo oportuno, de modo a garantir a integralidade do
cuidado, conforme a necessidade de saúde do usuário;
❏ Promover hábitos de vida saudáveis com relação à alimentação e à
atividade física como ações de prevenção às doenças crônicas;
❏ Ampliar as ações para enfrentamento dos fatores de risco às doenças
crônicas, tais como o tabagismo, consumo excessivo de álcool e
alimentação não saudável;
❏ Atuar no fortalecimento do conhecimento do usuário sobre suas
doenças e na ampliação da sua capacidade de autocuidado e
autonomia.
❏ As diretrizes voltadas para a garantia de direitos dos usuários são
❏ Modelo de atenção centrado no usuário e realizado por equipes
multiprofissionais;
❏ Acesso e acolhimento aos usuários com doenças crônicas em todos
os pontos de atenção;
❏ Humanização da atenção, almejando a efetivação de um modelo
centrado no usuário, baseado nas suas necessidades de saúde;
❏ Respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e
aos hábitos e cultura locais;
❏ Participação e controle social dos usuários sobre os serviços;
❏ Autonomia dos usuários, com a constituição de estratégias de apoio
ao autocuidado;
❏ Equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da
saúde.
❏ As Diretrizes clínicas podem ser compreendidas como recomendações que
orientam tanto decisões assistenciais, de prevenção e promoção, quanto de
organização de serviços para condições de saúde de relevância sanitária, as
quais são elaboradas a partir da compreensão ampliada do processo
saúde-doença, com foco na integralidade, incorporando as melhores
evidências da clínica, da saúde coletiva, da gestão em saúde e da produção
de autonomia.
❏ As Linhas de Cuidado consistem numa forma de articulação entre os
recursos e as práticas de produção de saúde, orientadas por diretrizes
clínicas, e as unidades de atenção de uma dada região de saúde, para a
condução oportuna, ágil e singular dos usuários pelas possibilidades de
diagnóstico e terapia, em resposta às necessidades epidemiológicas de
maior relevância
❏ Vários pressupostos devem ser observados para a efetivação das linhas de
cuidado:
❏ Garantia dos recursos materiais e humanos necessários à sua
operacionalização;
❏ Integração e corresponsabilização das unidades de saúde;
❏ Interação entre equipes; processos de educação permanente;
❏ Gestão de compromissos pactuados e de resultados. Tais aspectos
devem ser de responsabilidade de grupo técnico, com
acompanhamento da gestão regional.
❏ As Linhas de Cuidado delimitam o percurso terapêutico dos usuários na rede,
considerando não somente protocolos estabelecidos, mas também o
potencial de gestores dos serviços em pactuar fluxos, de modo a reorganizar
o processo de trabalho e a facilitar o acesso do usuário às unidades e
serviços dos quais necessita
❏ Modelo de Atenção às Condições Crônicas
❏ NÍVEL 1 (Intervenções da Promoção da Saúde): Opera-se com a
população total de uma rede de atenção à saúde, com foco nos
determinantes sociais intermediários, ou seja, nos
macrodeterminantes: condições de vida e de trabalho, acesso aos
serviços essenciais e redes sociais e comunitárias. As intervenções de
promoção da Saúde para a população total serão realizadas por meio
de ações intersetoriais.
❏ NÍVEL 2 (Intervenções de Prevenção das Condições Crônicas):
Opera-se com subpopulações estratificadas por fatores de risco, com
foco nos determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos
estilos de vida, por meio de intervenções de prevenção de doenças,
voltadas para indivíduos e subpopulações. A prevenção dá-se com a
modificação de fatores de risco comportamentais, tais como a
alimentação inadequada.
❏ NÍVEL 3 (Gestão da Condição de Saúde): Trabalha-se com
subpopulações que já apresentam doença crônica estabelecida. No
nível 3, as condições crônicas são de baixo ou médio risco ou a
subpopulação apresenta fatores de risco biopsicológicos. Nesse nível,
a atenção à saúde é fortemente ancorada em ações de autocuidado
apoiado, mas há também a atenção clínica ao indivíduo, realizada, de
maneira geral, pela atenção primária.
❏ NÍVEL 4 (Gestão da Condição de Saúde): Opera-se com
subpopulações com condição crônica de alto ou muito alto risco.
Nesse nível, além do autocuidado apoiado, observa-se a necessidade
mais significativa de cuidados profissionais, incluindo o especializado.
❏ NÍVEL 5 (Gestão do Caso): Opera-se com subpopulações que
apresentam condição de saúde muito complexa e que chegam a
consumir a maior parte dos recursos globais de um sistema de
atenção à saúde. Nesse nível, as intervenções podem ser realizadas
pela tecnologia da gestão de caso e, em geral, exigem planos de
cuidado mais singulares.
➔ O MACC possui três âmbitos de aplicação dos Cuidados Inovadores
para as Condições Crônicas (CICC).
◆ ÂMBITO MICRO: É representado pela tríade: pessoas usuárias
e suas famílias, equipe de saúde e grupos de apoio da
comunidade. Os objetivos fundamentais nesse âmbito são:
preparar, informar e motivar cada elemento dessa tríade.
◆ ÂMBITO MESO: Propõe uma mudança de foco das
organizações de saúde, incorporando um modelo de atenção
que dê conta não só de condições agudas, mas também da
atenção às condições crônicas. Para isso, atuar junto à
comunidade é indispensável para que os recursos da
organização e os recursos comunitários sejam integrados.
◆ ÂMBITO MACRO: O trabalho deverá ser direcionado para a
elaboração de políticas que considerem as singularidades das
condições crônicas, de modo que essas redes sejam
desenvolvidas de forma sustentável.
Compreendendo a Rede de Atenção à Saúde Bucal à pessoa com doenças
cardiovasculares
❏ O crescimento e o envelhecimento da população brasileira são
acompanhados pelo aumento do número de doenças
cardiovasculares, por isso é importante elaborar um plano de ação
para atendimento a pacientes cardiopatas no Sistema Único de Saúde.
❏ Principais doenças cardiovasculares: hipertensão, arritmia, doença
arterial coronariana, doenças valvares, endocardites infecciosas,
miocardiopatias e cardiopatias congênitas e adquiridas.
❏ As doenças cardiovasculares podem, nasua forma mais leve à
moderada, ter atendimento na atenção primária, e na forma mais
moderada/grave ou grave e/ou aguda ter o seu seguimento em âmbito
ambulatorial e hospitalar
❏ EQUIPE DE SAÚDE BUCAL: Os usuários hipertensos devem ser
acompanhados pela equipe de saúde bucal da APS, com a realização
de consultas programadas de recuperação, manutenção, reabilitação,
orientação de dieta, controle do biofilme dental e acompanhamento no
território. De maneira semelhante, aqueles usuários com cardiopatias
controlados devem ser acompanhados na APS, enquanto os casos
mais graves deverão ser encaminhados para atendimento
especializado (ambulatorial ou hospitalar)
❏ CEO: Caso o usuário não tenha todas as suas demandas atendidas na
atenção primária, ele será encaminhado para atenção especializada
❏ A Odontologia Hospitalar é uma área da Odontologia que atua em
pacientes que necessitem de atendimento em ambiente hospitalar,
internados ou não, ou em assistência domiciliar. Tem como objetivos:
promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças
orofaciais, de manifestações bucais de doenças sistêmicas ou de
consequências de seus respectivos tratamentos.
❏ Além do atendimento na unidade de saúde, a equipe de saúde bucal
deve também participar das visitas domiciliares, que se configuram
como um dispositivo robusto para o conhecimento do contexto familiar
e dos determinantes sociais que interferem no processo
saúde-doença, bem como para a realização de atividades educativas
ou até curativas (desde que haja infraestrutura adequada)
especialmente entre os usuários dos serviços de saúde que
apresentam dificuldades de se deslocarem às Unidades Básicas de
Saúde.
❏ Independente da doença cardiovascular apresentada pelo paciente,
cabe ao cirurgião-dentista a realização de uma boa anamnese,
identificando o uso de medicamentos como anti-hipertensivos,
antiarrítmicos, anti agregantes plaquetários e anticoagulantes,
considerando as particularidades na prescrição de medicamentos e/ou
planejamento do acompanhamento odontológico
❏ O planejamento inclui: Aferir a pressão arterial sistêmica, o pulso e o
ritmo cardíaco antes do atendimento; Observar, por meio dos
prontuários, informações sobre o estado de saúde do usuário, e
sempre que necessário, contatar o profissional responsável pelo
gerenciamento das cardiopatias, que pode ser o médico da família de
sua equipe ou o cardiologista da atenção especializada; Observar
questões de saúde que podem influenciar no tratamento, como uso de
medicações, histórico de arritmias no atendimento, risco de febre
reumática, entre outros fatores que podem influenciar na conduta
clínica adotada; Dialogar com o paciente e possibilitar que esse
conheça seu plano de cuidado e coloque suas possíveis angústias e
apreensões sobre o atendimento odontológico. Realizar um
planejamento prévio, com consultas em horários mais favoráveis ao
atendimento, e observar alterações do comportamento que podem
estar ligados à percepção de dor, e com isso, desencadear um
aumento da pressão sanguínea.
COMPONENTES E PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À PESSOA COM DOENÇA CRÔNICA
➔ As Redes de Atenção à Saúde (RAS) organizam-se em pontos de atenção à
saúde e têm como ponto central de comunicação a Atenção Primária à
Saúde (APS), que é a porta de entrada.
➔ A APS exerce um papel fundamental na ordenação do cuidado, uma vez que
identifica as necessidades de saúde da população a partir da realização da
estratificação de risco, o que contribui para a organização da Rede.
➔ RAS: estrutura operacional, população e modelo de atenção à saúde
➔ A população sob responsabilidade das RAS vive em territórios sanitários
singulares, organiza-se socialmente em famílias e está cadastrada e
registrada em subpopulações por riscos sociossanitários
➔ Serviços de Atenção Primária: Constituem-se como centro de comunicação
da rede, tendo um papel-chave em sua estruturação, atuando como
ordenadora da rede e como coordenadora do cuidado, além de realizar o
cuidado integral e contínuo da população que está sob sua responsabilidade
e de ser a porta de entrada prioritária para a organização do cuidado.
➔ Ambulatórios Especializados: Constituem um conjunto de serviços e ações
eletivas de média e de alta complexidade. O estabelecimento hospitalar é um
ponto de atenção estratégico voltado para as internações eletivas e/ou de
urgência de usuários agudos ou crônicos agudizados. Enquanto que os
Serviços de Urgência e Emergência podem ser definidos como o conjunto de
serviços e ações voltados aos usuários que necessitam de cuidados
imediatos nos diferentes pontos de atenção, inclusive de acolhimento aos
usuários que apresentam agudização das condições crônica
➔

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